Para a nossa alegria, a fera Jim Carrey voltou. Desta vez, em papel duplo. Em sua imprevisível e carismática dinâmica, como o conhecemos, Jim nos coloca entre o sorriso e a emoção, alternando entre o cruel e a pura comédia, além de uma pitada de drama, tornando o vilão Dr. Ivo Robotnik ainda mais humanizando. Sem contar o alter ego que o torna irreconhecível quando o avô do cientista louco está em cena (chegando a brincar com essa referência). A grande surpresa na versão legendada é a presença do lendário Keanu Reeves como Shadow. Temos então dois grandes nomes de sucesso dos anos 90 em um único filme.
Alternando entre o estilo cartunesco e o real na narrativa, este terceiro longa consegue fazer o seu devido trabalho, o de aproximar ainda mais do universo dos videogames. Tendo uma narrativa mais amadurecida, sem se acomodar em meras simplificações que tornam o ritmo superficial. Até mesmo os coadjuvantes James Marsden (Tom) e Tika Sumpter (Maddie Watch), personagens introduzidos para serem representações humanas da audiência casual ou pouco habituada aos seres fantásticos, não são peças excessivas ou algo forçado que atrapalhe o desenvolvimento do universo fantástico.
Com boas cenas de ação e bons efeitos visuais, SONIC 3 é um novo caso de amadurecimento entre as adaptações de videogame (que nos faz acreditar que este subgênero pode ter valor cinematográfico) trazendo-nos gargalhadas e emoções sinceras, sem pieguice. Vale a conferida e os aplausos.
Nota: Muitos aplausos foram dados durante a sessão.
ATENÇÃO: Fiquem depois dos créditos.
MEMÓRIAS DA SESSÃO
O CINEMA PRECISA DE UM LANTERNINHA (ISSO E SERIO)
Como só tinha copias dubladas, previ o caos que iria ser (crianças gritando e celulares ligados a todo custo sem respeito na sessão). Enfim, apesar de tudo, fui assim mesmo.
Os problemas com celulares continuam durante as sessões. Desta vez, precisei solicitar a um jovem ao lado que desligasse o aparelho, pois estava incomodando demais. No entanto, o jovem foi educado e pediu desculpas. Mesmo assim, ele ligava o celular ocasionalmente, soltando aquele brilho repentino. Além disso, houve casos de mães com crianças tirando fotos com flash durante a sessão. Acabei me sentando bem à frente (a sessão estava quase lotada) para evitar as luzes desses aparelhos eletrônicos infernais, que as pessoas não conseguem controlar em um momento cultural de lazer que exige silêncio e atenção.
O ponto positivo: aplausos ocorreram durante a sessão em várias situações, nos momentos finais e também durante os créditos. Acompanhei os aplausos e aplaudi junto.
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SESSÃO CRÍTICA