quarta-feira, 17 de julho de 2024

[Perdido.doc] Twister (1996): o tornado arrasador dos realizadores de Jurassic Park e Velocidade Máxima

A reintegração dos filmes-catástrofe se revelou isoladamente com grandes produções, como O Parque dos Dinossauros em 93. Mas é a partir de 96, com o fenômeno Independence Day, que o gênero passou a dominar de vez o cinema. Neste mesmo ano, Daylight com Sylvester Stallone também estreava. No ano seguinte, O Inferno De Dante com o 007 daquela geração: Pierce Brosnan. E o que dizer também do maior sucesso de todos os tempos, inspirado em fatos reais, Titanic de James Cameron?

O drama conjugal com ares de comédia romântica é um pretexto para a aventura. Com roteiro de Michael Crichton, produção executiva de Steven Spielberg, esta fita de sucesso é dirigida por ninguém mais e ninguém menos do que Jan De Bont. Revelação no gênero com o consagrado Velocidade Máxima, já em 1994, remetia o misto de cinema catástrofe com filme de ação/ policial (sendo consideravelmente comparado como o Duro de Matar dos anos 90). 

Em Twisters (sequência de 2024), o foco envolveu bastante a direção de arte. Neste, o original de 1996, o trabalho capricha nos efeitos visuais: desafios constantes aos protagonistas que precisam encarar as armadilhas jogadas a eles em meio a fúria do tornado, destaque para a chuva de granizos e a tonalidade de cor que ao tomar a cor mais escura já prepara o espectador para uma grande ameaça chegando - um dos maiores clímax do longa. Tudo isso, graças a bela fotografia de De Bont, que já tinha uma experiência com o ramo antes de se tornar diretor.

Para quem está com Twisters fresquinho na cabeça e não se recorda deste original, vale então considerar que o reinício moderno segue o mesmo caminho do original sem deixar de se estabelecer no cenário atual do mundo. Twister ainda conta com revelações daquela geração: Helen Hunt, Bill Paxton e Cary Elwes. Sem contar também com Philip Seymour Hoffman, também marcante no cultuado Boogie Nights: Prazer Sem Limites, se solidou como um dos melhores atores entre as duas primeiras décadas dos anos 2000 até a nossa prematura perda.

Em Twister, a interação dos personagens com a ameaça é ainda mais impactante e fatal por sua narrativa com melhor desenvolvimento e desfecho* - algo que foi muito prejudicado no segundo, pressupondo a grave dos roteiristas.

*O passado da protagonista Jo Harding (Helen Hunt) é apresentado e então seguimos sua história, com o reencontro com a carismática Meg Greene (Lois Smith). No entanto, uma passagem da história a coloca sob ameaça - trazendo mais uma vez o espectador para a trama quando a audiência se envolve de forma familiar. 

Vale considerar a trilha sonora que também se destaca. Conta ainda com Anthony Kiedis (Red Hot Chili Peppers) e Van Halen. Mark Mancina, compositor de Velocidade Máxima, também capricha aqui trazendo tonalidade ao terror e certos efeitos de marcha para os momentos de aventura com um certo estilo épico de sua atuação em O Rei Leão (1994).

Este é um dos principais papeis de Bill Paxton como protagonista, uma vez que ele foi considerado um coadjuvante de grande talento e destaque em todos os seus papeis das produções em que atuou. 

Momento Pós-Crítica


— Tributo a Bill Paxton
Paxton nos deixou em 2017, caçadores de tempestade chegaram a homenageá-lo por uma coreografia organizada pela Spotten Network. Cerca de 200 profissionais soletraram "BP" com seus blips de rastreador GPS. Essa homenagem só foi realizada apenas cinco vezes para nomes célebres fora da atuação.

- Caçadores de tornados, eles realmente existem? 
Segundo estudos, pesquisadores, fotógrafos e até curiosos arriscam suas vidas embarcando numa corrida para ver um dos mais estrondosos fenômenos da natureza. Um turismo para acompanhar fenômenos nos E.U.A. pode custar algo em torno de uns R$ 23 mil.





Os primeiros caçadores de tornados
No século XVIII, um filósofo renomado acabou sendo considerado um especialista em meteorologia. Benjamin Franklin, no entanto, ficava claramente inconformado. Este entendimento era justamente relacionada ao seu estudo na Filadélfia sobre raios em tempestades. No entanto, ele não sabia de quase nada sobre o clima. Benjamin entendeu que, em grandes sistemas de tempestades, os ventos predominantes na superfície não refletem necessariamente a direção em que a tempestade está se movendo – um princípio sutil que não seria totalmente aceito pelos meteorologistas por mais um século. Sua descoberta envolvem palpites sobre eletricidade estática. 

Numa noite, no verão de 1749, uma tromba d'água apareceu no Mar Mediterrâneo, ao largo da costa da Itália. Não foi um evento inédito. Trombas d'água sempre foram vistas no Mediterrâneo. O escritor romano Plínio, o Velho, em sua História Natural, mencionou os misteriosos pilares de água que às vezes se materializavam do nada em mar aberto e derrubavam barcos. Mas, na maioria das vezes, essas trombas d'água eram aparições remotas e vagas – cobras brancas que dançavam no calor de uma tarde azul e desapareciam antes que alguém chegasse muito perto. A tromba d'água de 1749 era um monstro negro coroado com relâmpagos que veio rugindo do mar escuro depois da meia-noite e caiu em terra.

A notícia dessa estranha visitação causou pânico em toda a região. Acreditava-se quase universalmente que a extremidade era um sinal do apocalipse. O papa era um dos poucos céticos, mas manteve a opinião para si. Para acalmar a população, ele anunciou que estava chamando um especialista para investigar o incidente e emitir um relatório público. O especialista foi o filósofo natural mais famoso da Itália, o padre Ruder Boscovich.

Embora as pessoas tendessem a acreditar que as trombas d'água fossem fenômenos das águas profundas do Mediterrâneo, os registros históricos eram claros que elas às vezes apareciam nas águas rasas das costas, e havia alguns casos documentados de trombas d'água chegando à costa. A conclusão do padre foi que esta foi uma ocorrência natural rara, mas não sem precedentes, e certamente não eram sinais do apocalipse.


— Menos badalado, mas com o mesmo nome
No final dos anos 80, há uma comédia intitulada com o mesmo nome do filme de 96, mas que não há nenhuma relação. A capa, no entanto, é muito semelhante. Twister é uma comédia, adaptação de um romance. Baseado no romance Oh!, de Mary Robison, de 1981, o filme conta a história da excêntrica família Cleveland durante o evento de um tornado que atingiu sua casa rural no Kansas. Longa conta com nomes conhecidos como Henry Dean Stanton (Alien: O Oitavo Passageiro, À Espera de um Milagre) e Suzy Amis (Contagem Regressiva, Titanic).









GALERIA

CAPA DO VHS

Perdido.doc
TWISTER
Slogans: "O lado aterrorizante da natureza"
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