Reunindo a pirotecnia do segundo e expandindo elementos do terceiro, a empreitada aprofunda mais construção emocional dos personagens como se fosse um seriado de TV, sem deixar de lado a essência espiritual da cinessérie: o princípio da ação que parte de um desafio crescente e cada vez mais complexo, fechando o tempo para os heróis, tendo ainda mais presença dos coadjuvantes em importância.
Sabendo-se que a dupla de protagonistas - Mike Lawrey (Will Smith) e Marcus Burnett (Martin Lawrence) - não são super-heróis ou tampouco super agentes. Agora, a dupla lida com outro desafio: o peso da responsabilidade diante dos anos lhes trazem limitações os quais eles precisam lidar - partindo dessa situação, vemos Marcus se estabelecendo literalmente como o maior alívio cômico da história e por vezes tentando fazer referências curiosas a dramas com doses de mistério (quando rapidamente associamos inspirações dos grandes sucessos do gênero de ação, fantasia e ficção científica da cinessérie Marvel e o seu UCM). E então, ficamos em dúvida se Marcus é um vidente - diante de uma situação muito impactante ou se ele está realmente mais sensível em antecipar os perigos com sua intuição.
No entanto, ficamos na dúvida se as coisas realmente irão seguir para esse lado do mistério (ou pura sorte) quando acontecimentos cada vez mais perigosos surgem no caminho e então a história muda de chave fazendo com que agora o espectador entenda que estamos realmente no universo Bad Boys e o que aconteceu antes era só mesmo um momento de cotidiano para suavizar e nos preparar para surpresas bem mais pé no chão para o que virá depois.
Vilões sanguinários e a câmera lenta de Michael Bay também está lá. Além de interessantes sequências de ação vistas do plano de rosto dos atores quanto em primeira pessoa (para atrair a audiência mais conectada com jogos eletrônicos).
Além do show de absurdos (e até mesmo referências para a audiência digital, mais moderna), é um capítulo bastante satisfatório tanto para entreter quanto para celebrar o retorno de duas lendas do cinema de ação 95 em 2024 (tanto é que a abertura revive a introdução do filme original).
A dupla de diretores Adil El Arbi e Bilall Fallah
parece bem engajada com produções envolvendo cinesséries populares
Momento Pós-Crítica: Bad Boys Até o Fim é uma sequência direta do filme anterior. A história já estava planejada para ser divida em dois filmes pelos diretores Adil El Arbi e Bilall Fallah (do cancelado Batgirl). Originalmente, a primeira parte dessa história, Bad Boys III (Bad Boys Para Sempre), seria intitulado "Bad Boys 4 Life" foi posteriormente alterado para "Bad Boys For Life" já pensando em Bad Boys 4 (Bad Boys Até o Fim).
BAD BOYS ATÉ O FIM