A VOLTA DAS
GRANDES AVENTURAS
Em 1973, George Lucas manifestou o seu desejo de homenagear as clássicas matinês de Sábado e em sua cartilha haviam duas escolhas: uma seria sobre uma aventura de ópera espacial e a outra de um arqueólogo, todas com muita ação e aventura em uma série de filmes. George Lucas ficou com a primeira mas atendeu o sonho de seu amigo, Steven Spielberg, que tinha o desejo de dirigir um filme de um certo superespião que dominou o gênero de ação desde o seu surgimento na década de 60.
Inicialmente intitulado como As Aventuras de Indiana Smith, o roteiro original que concebia o protagonista com inspirações nos trejeitos elegantes do ator Humphrey Bogart - protagonista do clássico Casablanca (1941), e habilidades do personagem Doc Savage (uma mistura de cientista, explorador, detetive, guerreiro e super inteligência para resolver enigmas).
Todo o cenário que constrói esse personagem e as suas aventuras é uma declarada celebração às produções da Republic Pictures, um estúdio independente dos anos 30 e 40. Essa especialista em filmes de baixo orçamento, também foi responsável por produções como As Aventuras do Capitão Marvel (1941), diretamente dos quadrinhos, que também ganhou uma série de drama nas rádios em 1943.
Quando Lucas apresentou o projeto a Spielberg, o mago adorou tudo menos uma coisa: o sobrenome "Smith". Foi quando Lucas disse: "-Que tal Indiana Jones ?". E então Spielberg aprovou o seu convite à direção daquele que seria o seu James Bond 007 ou, o melhor, o começo da aventura de um personagem que traria um novo conceito de personagem de ação para o cinema, substituindo, em importância, toda a ideia de invulnerabilidade do esperto espião.
Indiana trazia uma lição para o gênero de ação daquela década: para ser viril, não precisava ser completamente invulnerável enquanto contava com a testosterona. George Lucas então tinha razão quando disse que havia algo muito melhor a Spielberg que o fez deixar de lado a ideia de dirigir um filme de 007. Eles já tinham o seu James Bond ou um personagem ainda melhor do que aquele modelo de herói inabalável que fazia muito sucesso até então.
Com um amálgama de elementos: comédia, ação, romance, suspense e terror, Caçadores se tornou um ícone e um dos grandes sucessos que nem mesmo o Oscar conseguiu ignorar. A refilmagem atualizada para os anos 80 das clássicas aventuras de matinê da Republic Pictures foi indicada a 9 Oscars incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor (para Steven Spielberg).
Inicialmente, a produção contou com diversos atores na disputa para o papel do herói protagonista e um deles foi Tom Selleck que gravou ao lado de Sean Young (como a mocinha, Marion Ravenwood). O casal foi bem avaliado por Spielberg e Lucas tendo Selleck como o principal favorito até que ele precisou se desligar da produção devido as gravações frenéticas de seu seriado, Magnum (1980), produção que o lançou ao estrelato. E então, Spielberg sentiu que eles estavam sem ninguém. Originalmente, Spielberg tinha em mente desde o começo Harrison Ford mas Lucas não queria fazer do eterno Han Solo o seu Robert De Niro (como ocorre com Francis Ford Coppola em O Poderoso Chefão). No fim, Lucas cedeu a ideia de seu amigo Spielberg e Ford correspondeu às expectativas como o protagonista imponente e carismático da forma como eles estavam procurando.
Literalmente, quem olhasse para Harrison Ford, já o via como Indiana Jones em toda a sua essência e espírito - seja no traje característico ou em seus trajes alternativos ou variações. Ford já dizia que era só: " - Vestir o traje". É o personagem da sua vida e que perduraria até então por gerações. Insubstituível. Da mesma forma como também vemos outros atores assumindo determinados papeis os quais chega a ser até estranho quando olhamos pra trás (ou até para frente) e vemos aquele mesmo personagem sendo interpretado por outros atores e jamais conseguimos ver o mesmo icônico personagem neles a não ser pelo mesmo ator que ficou marcado por ele. E se Indiana Jones tem nome este nome é Harrison Ford.
Momento Pós-Crítica
A amizade entre Steven Spielberg e George Lucas aconteceu em 1967. Naquele período, Spielberg apresentou a Lucas, John Williams. Williams, então, se tornou o compositor de Star Wars. Para Indiana Jones, o compositor encara o ciclo das aventuras do arqueólogo como uma continuação da saga espacial de Lucas. Uma vez que ambas as histórias provém de uma atualização oitentista das clássicas aventuras quarentistas do pequeno cinema independente que também bebia na fonte das histórias em quadrinhos num estilo episódico e imaginativo de se observar o mundo.
E assim nasceu a dobradinha entre Spielberg, Lucas, Williams e Ford. Um time inseparável para a trilogia Indiana Jones.
MEMÓRIAS DA SESSÃO
Encarte dos jornais (O Estado de São Paulo)
Lembranças gloriosa da página VHS Preservação & Memória (Facebook)
Curiosidades da Trilogia
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- Para a personagem Marion (Karen Allen), John Williams criou uma melodia sensível que muito remete a romance mas o próprio compositor não saberia para onde Indy e Marion iriam na conclusão desse destino. O estilo e traje da personagem de Allen foi inspirada na avó da esposa do roteirista Lawrence Kasdan. Kasdan (roteirista de Caçadores e O Império Contra-Ataca) não teve interesse em retornar para a continuação.
- Paul Freeman é o ator que encarna o antagonista Belloq. Para Spielberg, a importância de sua escalação foi o seu olhar penetrante.
- Ronald Lacey, como Toht (outro dos grandes vilões do filme), perdeu interesse em atuar e se tornou agente. O convite para retornar em Caçadores retomou a sua vontade de atuar. A cena do cabide é uma inspiração
- George Lucas contou a Spibelberg sobre o projeto Caçadores em 1977. Foi assinado um projeto para nove filmes com a Paramount Pictures em 1979.
- Intitulado inicialmente como Os Caçadores da Arca Perdida nos cinemas, foi exibido na TV sendo apresentado, em chamadas comerciais, como Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida pela Rede Globo de Televisão. Já enaltecendo o protagonista, Indiana Jones, que já estrelava os títulos seguintes.
- Phil Kaufman, co-criador de Caçadores, foi o idealizador de incluir o artefato mágico que se tornaria o principal fio condutor da história (também conhecido como MacGuffin). E assim foi o modelo para todas as demais aventuras seguintes e marca registrada do personagem.
-Frank Marshall, diretor de segunda unidade, ficou responsável como produtor de todos os filmes da cinessérie Indiana Jones.
- No filme de 81, Indiana Jones tem o visual sujo e surrado de seu traje após explorações na caverna. O seu chapéu característico foi amassado com algumas sentadas pela designer de figurino (Deborah Nadoolman) e pelo próprio Harrison Ford ganhando assim o estilo amassadinho característico. O estilo original de seu chapéu se origina da Grã-Bretanha e um dos seus modelos mais antigos data de 1890 distribuído por Hebert Johnson.
- Segundo Deborah, o visual de Indy foi concebido para que fosse um tipo de trajes para todas as ocasiões: seja para os combates ou para viagens e descanso.
- Para o som das cobras, foi usado objetos e misturas pegajosas (como queijo, macarrão, ovos e pastas) sendo mexida com luvas para trazer sons de coisas gosmentas. Para reproduzir sons de tiros reuniram elementos como até mesmo aplauso num som elevado. Para o levantamento da tampa da Arca de Aliança foi usado o som da tampa de um vaso sanitário.
- Spielberg, que também assiste a seus filmes como um expectador, acredita que são poucos os seus filmes o qual ele volta pra assistir e considera Caçadores realmente bom de se ver com seus filhos. Este é um dos seus favoritos.
SESSÃO CRÍTICA
OS CAÇADORES DA ARCA PERDIDA
RAIDERS OF THE LOST ARK
Chapéu & Chicote! A Trilogia Indiana Jones
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Indiana Jones e a Última Cruzada dos Jogos Perdidos
30 DE NOVEMBRO ÀS 20: 00.
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