UMA SURRA NA INTELIGÊNCIA
Lançado há 14 anos, até hoje devem se perguntar o motivo de
uma adaptação cinematográfica americana do jogo The King of Fighters. Parece até aquelas artes comerciais de
divulgação ocidentais de jogos japoneses – muitas vezes encontrada em encartes
de cartucho dos anos 90 - do mais mal gosto possível. Isso sem contar os comerciais e algumas
tentativas de séries de TV que só ficaram no piloto - sabiam que existe uma
adaptação americana com atores em carne e osso do desenho japonês Os Cavaleiros
do Zodíaco? Pois é.
Mas com The King of Fighters: A Batalha Final, os americanos
conseguiram se superar. É não só uma das piores adaptações de videogame como
uma das piores adaptações de uma obra japonesa da história.
Bem diziam, no mundo dos games: “ – O que os americanos faziam, os japoneses
iam lá e faziam melhor”. Essa guerra entre as duas potências é histórica.
Ocidentalizaram e destruíram a série The King of Fighters no cinema por pura
inveja ? Parece que tudo faz parte do plano para os
americanos sempre capturarem uma obra japonesa e aderirem a sua língua para
destruírem depois. Parece até um ato nazista (desculpem o termo, mas é verdade).
E, ironicamente, hoje, temos os movimentos neonazistas nos E.U.A. ainda que
exista essa comparação, não vem ao caso estendermos.
A história reescreve a lenda dos Kusanagi e dos Yagami para
contar o ponto de vista do longa enquanto pitadas das misturas entre elementos
dos jogos são inseridas ali depois de serem batidas até ficarem em doses
mínimas no liquidificador. O sacrifício de sangue – ou ao menos referências a
ela – não fazem sentido nas situações em que Mai Shiranui (Maggie Q) e Rugal
Bernestein (Ray Park) aparecem.
As origens da lenda de Orochi nos jogos – e a justificativa
que o traz de volta à vida, são justificadas de uma forma péssima. Mal
desenvolvida e mal apresentada. A onda
dos filmes de origem fizeram escola naquela metade para a virada da primeira
parte da década dos anos 2000, mas trouxeram maus alunos. Não aprenderam nada
com Batman
Begins. Não conseguiram acrescentar nada a história da série de jogos. Pelo
contrário, conseguiram fazer impressionantemente pior. É como ensinar um
motorista burro a seguir toda a rota exatamente colada na sua frente.
Não sabemos se o longa de Gordon Chan teria tido algum tipo
de revisão ou outras sugestões de roteiro. Sabe-se que um dos primeiros
anúncios pela imprensa de Super
Mario Bros. O Filme – o primeiro longa metragem adaptado de um videogame em
Hollywood – era tornar Mario e Luigi uma dupla de policiais.
É clara a impressão de que The King of Fighters: A Batalha
Final foi uma realização sob completa pressa e despreparo de informações
envolvendo toda a obra. É impressionante termos atores mestiços na adaptação e
ter um protagonista à imagem de um ocidental com o nome de Kyo Kusanagi. O que
entendemos disso? Embranquecimento.
Pouco ousado, visivelmente investido com orçamento baixo,
desta vez adicionaram atores em sua maioria desconhecidos e uns dois nomes
mediamente conhecidos – como Q e Park.
Uma já se mostrou querida por seu porte de heroína e protagonismo (mostrando
bem essas características em Missão:
Impossível III) e outro, já mostrou imponência de vilão icônico como Darth
Maul em Star
Wars – Episódio I: A Ameaça Fantasma.
Desperdício de talento e de oportunidade em apresentar uma mega produção
que respeita as suas ricas origens. E pelo que pude ver aqui, isso dificilmente
vai acontecer – justamente e claramente a rivalidade entre essas potências
(desde as guerras e também no comercio dos jogos). A grande impressão, por mais
triste que seja, é de parecer um verdadeiro boicote.
Entre caras e bocas, por pior que seja, possivelmente se
encontra algumas características das imagens dos jogos nos rostos dos atores.
Visualmente, todos parecem muito iguais e o figurino é de dar risadas – a
exemplo de Terry Bogard (David Leitch). Quando estão no universo paralelo, para
competir, os guerreiros se reencontram com seus alter egos. Nesse ponto, remetemos o clássico moderno Matrix, num
questionamento filosófico sobre o sentido de viver numa dimensão real ou na outra,
que é imaginária. Porém, neste título em questão, o universo paralelo atua com
mais destreza sobre o real.
Tirando os questionamentos sobre fidelidade, esse elemento
sugerido pela produção – aonde a ambição do desejo de poder em seu mundo
influenciar o real – chega a ser interessante se discutido por fora (a obsessão
que algumas pessoas possuem sobre o seu próprio mundo fechado) mas não é
aprofundado pela história cinematográfica. Essa história toda sobre outra
dimensão é puxada diretamente de um elemento do jogo – o surgimento de Orochi
como o principal chefe em The
King of Fighters 97.
Com uma gama larga de sagas e interligações dentro dos jogos
do console Neo Geo, da própria SNK (sua fabricante), terminando no carro chefe
da série (anual entre 94 e 2003) que dá título a adaptação, optaram por criarem
uma história própria (que nem parece realmente com o game). O filme se limita a
concentrar suas energias no pouco elenco
- comparado ao elenco estelar dos jogos – e colocar todos lutando da mesma forma (sem
muitas características únicas em seus movimentos).
Com o desastre de títulos anteriores em tentar trabalhar em
um elenco gigantesco de personagens (como no caso, Street
Fighter: A Última Batalha) parece ter sido correto trabalhar com um elenco
reduzido. Parece ter sido correto escalar um elenco que inclui atores asiáticos
ou mestiços. Tudo, aparentemente, se entende como certo. Mas a derrapada aí
seja o mal aproveitamento dessas escolhas. A história completamente destruída e
a expectativa (que poderia ser boa, mas se torna a pior possível) ao referir
outros personagens somente pelo nome, torna-se uma das experiências
cinematográficas mais frustrantes que já tive em toda a minha vida. E,
certamente, de todos os fãs da série de jogos. Sobra então o público comum e a
crítica especializada. O público comum quer um filme divertido, mas o que sobra
é um roteiro e desenvolvimento maçante, cansativo, sonolento. E sobremesa fácil
para os críticos fervorosos, não encontrarão, praticamente, nenhum
aproveitamento intelectual que os ajude a defender a expansão da indústria dos
jogos na cultura pop.
ESCOLHENDO
OS JOGADORES
UMA COMPARAÇÃO LADO A LADO: FILME X VIDEOGAME
Terry Bogard, de arruaceiro a Agente da CIA interpretado por
David Leitch. Dentro da lógica do universo do filme (sem imaginar em
sequências), Rugal poderia ao menos ser o responsável pela morte de seu pai, o
que o justificaria a se tornar espião. Optaram
por torna-lo um alívio cômico e ignorar suas origens dramáticas.
Em um erro do filme, Terry aparece no outro mundo com boné,
leva uma surra da Mai e – de repente – seu boné some. Ele consegue outro
depois.
Mature (Monique Gardeton) e Vice (Bernice Liu) vivem a tal
tensão sexual prometido nos bastidores de pré-produção do filme. As duas
possuem ligações diretas nos jogos – justamente por fazerem parte do mesmo
time, usarem roupas sociais, e de também serem assistentes de Rugal – cada uma
surgia em uma ponta durante as cenas de história, respectivamente, em The King
94 e 95. E em artes oficiais de divulgação estão sempre juntas – sem contar que
também morreram nas mãos de Iori, juntas, no final de T.K.O.F. 96.
Ainda que pareça uma piada, levando toda essa comparação ao
filme em questão, até que não parece absurdo. Elas, sim, poderiam ser um alívio
cômico, mas acabaram por torna-las dramáticas até demais. De qualquer forma,
estão entre as menos piores caracterizações do filme.
Rugal (Ray Park) surge usando armas de fogo. Ver outros
personagens usando armas brancas e todo objeto que encontra pela frente como
forma de luta é de doer – ciente que cada personagem tem um estilo único nos
jogos. De alguma forma, Rugal é traficante de arma na história de origem de
fundo, isso meio que passa, mas não muito. O personagem ainda usa espada. Seus
golpes especiais apresentados no filme não fazem referencias à lâminas e sim a
elementos de fogo.
O fato de usar quimono, remete a Geese Howard nos jogos. Mas
a modificação de suas origens, para se aproximar melhor dos mocinhos e amarrar
a história, reduz seu misticismo e potencial (parece briga de família). De
alguma forma, vale lembrar que Rugal adere forças unificadas de Geese e
Wolfgang Krauser (dois dos chefes mais fortes da série de jogos Fatal Fury).
Por essa conexão de origens com o jogo, e por ser vilão,
Rugal ao menos poderia ter ligações mais próximas com o Terry do filme, na
falta de Geese Howard*, pensando no filme como uma história fechada e sem
continuidade, além de tornar a adaptação menos ruim num comparativo de
referências.
*Geese é o responsável pela morte de Jeff Bogard, o pai de Terry.
Mai Shiranui (Maggie Q) parece encabeçar o elenco pela fama de sua interprete – a exemplo de Jean Claude Van Damme em Street Fighter: A Última Batalha - não só sua interprete, como sua personagem também é uma das mais populares da série de jogos, se não a mais (desde seu jogo de origem, Fatal Fury). Mai como protagonista chega a ser louvável, mas aonde estão suas roupas e características de ninja ? Como nas artes, ela apenas usa roupas sensuais sem transparecer muito bem isso em suas características ou na linguagem corporal representada pela atriz. Fora que nos games, ela também transparece alívio cômico – sendo uma das mais extrovertidas. Apesar da imponência de super heroína de Maggie, faltou melhor orientação para a essência de sua personagem.
Chizuru Kagura (Françoise Yip) parece ter sido uma das melhores caracterizações – exceto pelas roupas curtas. Sensualizou demais para uma representante da personagem do material de origem. Faltaram roupas mais características, algo que ao menos remetesse a sacerdotisa ou algo parecido, como ela tem certo envolvimento com elementos milenares, trazendo maior misticismo sobre a personagem.
Side by Side, Chizuru adere alguns elementos de história recentes em sua aparição nos jogos. E sofre nas mãos do vilão. Talvez seja a melhor representação de uma personagem no filme, tirando os seus trajes do mundo real.
Um dos arranjos mais interessantes é trazer Iori Yagami (Will Yun Lee) como o primeiro a ser apresentado no filme, em ordem de aparição. Nos jogos, Iori só surgiu no segundo ano da série de jogos, The King of Fighters 95. O ponto mais criticado é o fato do personagem ter cabelo preto no filme. Realmente, tirando o olhar do ator, mais sóbrio, não há nada que lembre visualmente o personagem. Assim como todo o elenco, é visualmente linear, sem nenhuma vestimenta ou estilo próprio que chame atenção. Seu outside outro lado, Orochi Iori, se torna uma ferramenta importante no filme – e ainda conta com uma mudança de clima, contando com um tema mais trágico nas mãos do compositor Tetsuya Takahashi (que passa real sentimento dramático), a exemplo dos momentos finais de KOF 97 nos games. Mas as sequências de edição, ainda que se conte acertadamente com a câmera lenta, e o teor suave de violência não ajudam.
Kyo Kusanagi (Sean Faris) é a última peça apresentada para encaixar o quebra cabeça do tedioso enredo. Parecem acertar na caracterização garoto mimado para explorar suas origens – na essência, um possível passado para o personagem do game, antes de se tornar esse guerreiro talentoso e confiante que se torna o melhor do Japão junto ao seu time. Ou talvez, por outro lado, para ridicularizar – ainda que acidentalmente – a auto confiança demasiada dos protagonistas japoneses em suas obras, todos sempre são muito determinados para se tornarem os melhores do mundo em suas origens. Podem conferir o trabalho dos mangás shonen de ação de grande sucesso em anos mais recentes – principalmente 80 e 90. Mais uma vez, uma eterna briga cultural entre E.U.A. x Japão no mercado.
A troco de quê? A troco dos americanos sempre tentarem ter
pontos de destaque. A obra
cinematográfica ao menos tenta aproximar o protagonista do espectador mais
jovem que está conhecendo o mundo.
Porém, se não queriam representar Kyo, ao menos criassem personagens
originais para o filme.
Aliás, todo o elenco deveria ser composto de personagens que de alguma forma representasse os personagens do jogo. No universo do filme, os personagens do jogo poderiam ser de uma linhagem ancestral e os do filme aderindo qualidades deles. Aí diriam que só carregaria o nome do jogo. Bom, o filme só parece carregar o nome do jogo mesmo. Pois mesmo a origem da lenda de Orochi tenta seguir as raízes históricas – tendo as modificações enfraquecidas pelo filme - e não o que é apresentado no jogo.
P.S. Pra ser sincero, esse Kyo do filme está mais para o desajeitado Shingo Yabuki. Está bem inexperiente e cru.
Saisyu Kusanagi (Hiro Kanagawa) quando surgiu, achei que estavam falando de Kyo. Daí pensei: “-Como? Kyo é um velho maluco no filme?” mas logo acertaram na relação. Se não fosse por ter lido sobre os bastidores e referências antes do lançamento, eu simplesmente estaria perdido para saber quem é quem no filme. Saisyu mantém sua origem dramática como nos jogos. Sendo assim, é uma das menos piores adaptações de personagem dentro do longa.
A lenda de Orochi, a espada Kusanagi e os Yagami
Na mitologia japonesa, a espada Kusanagi (Kusanagi no Tsurugi) se refere a um dos lendários três tesouros sagrados do Japão. Originalmente chamada de espada celestial de juntar nuvens (ame-no-murakumo-no-tsurugi), no folclore japonês, a espada representa a virtude da coragem. Ela foi a arma que o guerreiro Susanoo usou para massacrar a Serpente de Oito Cabeças (Yamata no Orochi). Já Yagami ou em kanji (hiragana) respectivamente: 八神(やがみ), significa uma série de termos em sua simbologia: 八 se associa a Oito Radicais e 神 se associa a Deuses, mente ou alma. Numa tradução aparente (ou ao pé da letra), poderia ser definido algo como "Oito Radicais Mentes" ou "Oito Radicais Deuses" ou "Oito Radicais Almas" - coincide com a personalidade sempre orgulhosa e bastante convencida do personagem (e, por vezes, bem violenta ou agressiva também). Sendo assim, os nomes Kusanagi, Yagami e Orochi foram inspirações para os nomes dos respectivos personagens, clãs e toda a construção de ambientação da história no videogame.
Paralelos da cronologia: Art Of Fighting
Mr.Big (Sam Hargrave) faz uma ponta no início do longa sem os óculos estilosos e de cabelo sem o corte de cabeço característico.
ESCOLHENDO O CENÁRIO: AMBIENTAÇÃO
Mais BRIGA DE RUA GRATUITA do que UM CONTRA UM
O problema está longe de ser apenas identidade visual com os
personagens dos jogos. Se fosse só por isso, não seria tão ruim. O problema é
ter todo um universo imersivo e cheio de ligações e sequências reduzidas para
caber num pote – e deixar ainda um vazio.
Isso sem contar que as referências vieram de outras
composições da raiz dos jogos de luta, ignorando que a obra de origem tem toda
uma saga para ser aproveitada ou como se ela não existisse ou não tivesse
alguma história culturalmente interessante para trazer à vida.
Todo o universo mais parece ter saído de algum videogame de
alguma série de jogos estilo pancadaria gratuita como Final Fight *¹, aonde os personagens
são postos pra brigar com uma gangue de marginais no meio da rua. Resolver o
enigma de artefatos perdidos e batalhar em outra dimensão – isso estaria mais
para um bom roteiro cinematográfico de Double
Dragon III: The Rosetta Stones*². Alguns ainda saíram da sessão acreditando
que haviam assistido a um filme da cinessérie de terror A Hora do Pesadelo.
*¹Final Fight, este
jogo que é de uma rival direta da SNK ( a fabricante da série de jogos KOF), a
própria CAPCOM.
*²Double Dragon III é o jogo de ação citado ao lado do pôster do filme.
As lutas são genéricas, e em algumas situações até mal
editadas, e pouco empolgantes. Como se não bastasse, o mais chamativo para os
fãs mais atentos dos jogos é que as habilidades entre os lutadores também foram
trocadas. Rugal detém o poder de fogo – quando era pra ser o Kyo, que detém o
poder da lâmina.
P.S. De qualquer forma, os efeitos de magia de fogo são os que Street Fighter, lá em 1994, deveria ter tido se não tivesse torrado todo o orçamento nos cachês dos atores.
ARTES DE DIVULGAÇÃO
ANALISANDO O MATERIAL DE MARKETING DE KOF
Pouco cuidado se teve para trabalhar o ambiente do filme. A direção de arte e nem os figurinos trazem algum elemento atrativo para ao menos trazer, por exemplo, uma inspiração comercial para brinquedos, quadrinhos (se é que existe) e até mesmo jogos adaptados.
Pelo menos a Maggie Q está a Maggie Q com as cores, caras e bocas da Mai. Sabendo que a rainha kunoichi dos jogos de luta é uma das mais populares personagens dos videogames, eles então foram espertos em investir na divulgação de Q como a musa Shiranui.
Olha, tem até roupa alternativa na cor preta (essa chega a ser inédita até para os jogos clássicos da série).
P.S. Outra curiosidade em seus cartazes solo, é o seu cabelo tingido de loiro - o que (felizmente, para efeitos de semelhança com as cores padrão da personagem original) não ocorre no filme.
Nas artes para DVD e Blu Ray americano, destacam Sean Farris como Kyo Kusanagi talvez por que pensaram: "- o mocinho liderando a capa poderia vender mais para os fãs tradicionais de filmes de ação".
No pôster original de cinema, era Mai quem liderava a capa valentona. Esse é o cartaz de lançamento que ficou destacado nos países asiáticos.
Até Françoise Yip entrou liderando uma das raríssimas capas na pele de Chizuru. Desta vez, nas regiões da Chéquia (Europa Central).
Esse pra DVD tem ares de versão preliminar mas chega a parecer capa de edição para colecionador com jogo de cores que lembram uma história em quadrinhos e é um dos melhores. Nota 10.
Um show de luzes nessa capa. Por um momento, chega a lembrar algo semelhante ao de um filme futurista mas são efeitos dos poderes.
As artes de divulgação, cheias de cores, parecem melhores do que se vê no próprio filme mas estão longe de parecer uma adaptação satisfatória dos jogos, diferente das artes de Street Fighter: A Última Batalha.
Street Fighter foi certamente um dos trabalhos de propaganda mais bem apresentados para uma adaptação que se tornou a primeira dentre as maiores decepções cinematográficas que já tive. Ao menos no quesito: expectativa. Enganou todo mundo no resultado e veio razoável.
BASTIDORES, RECEPÇÃO & LANÇAMENTO
DESTRAVANDO OS RELÍQUIAS SECRETAS DO FILME KOF
- As filmagens começaram em 3 de Novembro de 2008 e terminaram em 19 de Janeiro de 2009 no Canadá. Os primeiros anúncios datam do começo de 2007 com Gordon Chan (um diretor de filmes de ação de Hong Kong) na direção.
- Com orçamento avaliado em U$$ 12 Milhões, o filme foi programado para estrear nos cinemas em 4 de Novembro de 2009. No Brasil, foi lançado diretamente em DVD.
- A chegada aos cinemas se limitou a algumas locações ao redor do mundo. Teve lançamento inicial na cidade de Singapura em 26 de Agosto de 2010 com arrecadação de U$$ 45, 575 em sua abertura e terminando com U$$ 73, 129. Nos Emirados Árabes, foi a segunda locação identificada com maior audiência com U$$ 55, 551 na estreia (em 23 de Dezembro de 2010) e U$$ 95, 856 no total.
- Na Malásia, estreou em 2 de Setembro de 2010 com uma expressiva abertura em comparação à locação de abertura: U$$ 162, 527 e fechou com U$$ 329, 943. Foi a maior arrecadação do filme nos cinemas até então. A menor de todas foi na Tailândia (apenas U$$ 214 na abertura e fechando com U$$ 380), provavelmente pelo seu lançamento tardio (em 6 de Abril de 2011). No Líbano, não houveram informações de sua abertura mas fechou com um total de U$$ 2.845 (sabe-se que sua abertura foi em 20 de Janeiro de 2011).
- No total, KOF amargurou U$$ 502, 153 ao redor do globo, matando assim, toda e qualquer possibilidade de um universo de filmes já que a produção nem mesmo se pagou. Um verdadeiro desastre cinematográfico - foram alguns milhões de dólares investidos com um pouco mais de U$$ 500 mil dólares de retorno. Triste destino para um investimento de temporada.
- Desde a fase de produção ao lançamento coincidiu com a data comemorativa de 15 anos da série de jogos The King of Fighters e que neste mesmo período eram lançados os jogos The King of Fighters XII e XIII.
Direção: Gordon Chan
Ano: 2010
Duração: 94 Minutos
Classificação: 14 Anos
Slogan: "Um Torneio de Lendas", "O Destino do Mundo Está nas Mãos Deles"
Distribuição: Flashstar
País: Alemanha, Japão, Taiwan, Estados Unidos
Site Oficial: Imagem Filmes
Referências: A lenda não vista de Kusanagi Twitter