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quinta-feira, 10 de novembro de 2022

[Sessão Crítica] Pantera Negra: Wakanda Para Sempre

Questões políticas e sociais extraem o melhor de sua trama, trazendo raízes pelas quais originaram
os super-heróis de uma era pré-cultura pop dos quadrinhos.


Pantera Negra: Wakanda para Sempre é um verdadeiro tributo. 

Esse acontecimento entra de uma forma natural na narrativa, a constante relação de luto nas cores da fotografia ou então na edição de som. 

Ótimas atuações, especialmente de Angela Bassett (Ramonda) que fortalece este como um dos filmes mais sérios da MARVEL STUDIOS (até mesmo pelas questões naturais dos bastidores: a falta de seu icônico protagonista, Chadwick Boseman - eterno Pantera Negra).

Boas introduções de novos personagens, como as de Dominique Thorne (Riri) sendo ela um pretexto para breve aproveitamento pra alívio cômico do elenco e bom destaque para Tenochi Huerta (Namor) - grande surpresa como antagonista. Forence Kasunba, demonstra desenvoltura física e valentia com sua Aya - segurando bem a ponta do lado dos heróis.

Lupita Nyong'o (Nakia) expressa a sua graciosidade e Letitia Wright, mesmo entre altos e baixos no equilíbrio do enredo, tem desenvolvimento dramático muito impactante (uma emocionante construção da protagonista Shuri).

Mas, num somatório disso tudo, destaca-se profundamente a trilha sonora de Ludwig Goransson e belíssimo figurino de Ruth E. Carter  (Malcon X). Boas cenas de ação que, assim como no primeiro filme, são apenas uma peça de fundo na história (fugindo mais uma vez o tradicional de outros longas de super-heróis) - o diretor Ryan Coogler, numa atuação técnica, convence melhor nas cenas de confronto sem muitas atuações em câmera lenta. 

Talvez o maior ponto negativo dessa vez sejam cenas muito escuras que de alguma forma podem atrapalhar a interação em alguns cinemas específicos, mas tirando isso é um deslumbre técnico com bons efeitos visuais dentro de um dos melhores filmes (ou, se não, o melhor) da Fase 4.

Atenção: Fiquem durante os créditos


SESSÃO CRÍTICA

PANTERA NEGRA: WAKANDA PARA SEMPRE