As falas de Alan Grant (Sam Neil) no trailer são as melhores
Virou modinha falar mal de Jurassic World. Mas Jurassic World: Domínio estreia e com um slogan de divulgação bastante pretencioso para muitos cogitarem o fim de uma icônica e lucrativa cinessérie. Mas, será mesmo ?
Intitulado originalmente de Jurassic Park IV em 2015, a intenção de trazer todo o elenco original estava previsto mas havia a necessidade de equilibrar ciência numa trama de aventura e assim nasceu Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros. Porém, foi um bom recomeço. Mas pelo que parece, tem alguns influenciadores digitais por aí pagando de crítico diminuindo a importância do filme para gerar visualizações, curtidas e apoios da base que adora uma briga na rede social (sim, aquelas tribos específicas que não se diferencia muito de comunidades de Star Wars ou até mesmo de 007 ao redor da internet).
Tudo bem, ao fim de Reino Ameaçado, testemunhou-se aquele evento mais curioso, perigoso e incontrolável: os dinossauros agora saíram do conceito de parque e convivem ao lado dos humanos. Chegar a esse ponto, não é uma tarefa fácil de se resolver sem uma mente brilhante e ousada por trás do roteiro.
A classificação etária (entre livre e 12 anos) também não ajuda muito. Longa poupa violência e desperdiça muito potencial do que deveria e acaba sendo quase uma autoparódia dos seus antecessores - e sem o brilho do primeiro: quando a audiência e os próprios protagonistas viram os dinossauros pela primeira vez.
A edição de som razoavelmente embala as cenas de ação confusas. A presença do elenco clássico tem alguns bons momentos, com Dr. Alan (Sam Neil), Dra. Ellie Sattle (Laura Dern) e Ian Malcom (Jeff Goldblum) mas a mão de Spielberg realmente faz falta desde O Mundo Perdido: Jurassic Park - que tem sim alguns baixos (como a entrada meio morna dos dinossauros) mas não deixa o tom de aventura cair em nenhum momento - somada a trilha sonora do lendário John Williams.
Há um pouco de tudo por aqui: ação, suspense e alguns tons de filmes de espionagem - mas faltou um enredo consistente que pudesse surpreender muito bem já que, desta vez, os dinossauros não são mais tão importantes assim na história.
A história tinha tudo para ser um bom conto de filme-catástrofe tão bom quantos os anteriores, chegando a ponto de parecer algo estilo Extermínio (2002) ou o brilhante Madrugada dos Mortos (2004), agregar o tom conceitual desses filmes de zumbi seria bem interessante para o estilo ficção científica, ação e catástrofe ao universo de Jurassic World mas o único pecado de sua terceira parte, Domínio, é: ele se recusa a crescer.
Pelo menos, nem tudo está perdido neste apocalipse jurássico mas não é: Isabella Sermon (Maisie Lockwood) tem seu destaque e potencial de nova protagonista. No entanto, o carismático Chris Pratt (Owen Grady) parece cada vez mais distante da boa imagem de um principal herdeiro da franquia - por ser um caçador, domador e ex-militar, um tremendo brutamontes num filme de selva que sempre tentou ser algo ao estilo "King Kong" (essa persistência de imagem cansa a cinessérie alçar maiores voos) - embora, apesar do contraste, o personagem de Pratt seja interessante para cenas de combate intensos. A ideia de criar um laço materno para a personagem Claire Dearing (Bryce Dallas Howard), herdando o conceito da personagem Julianne Moore (Sarah Harding) de O Mundo Perdido: Jurassic Park, pareça sim muito bem intencionado.
Memórias da Sessão
Luzes ligadas durante os trailers e durante os créditos (bola fora, como sempre e isso é rotina em cinema de shopping). Fiquei até o fim dos créditos com colaboradores do cinema eventualmente aparecendo lá embaixo. antes eu ficava nervoso, hoje não eu não tô nem aí. Afinal, eu estou pagando. Poucas pessoas na sessão mas ótimo comportamento (nota 10,0 para os espectadores).
Depois fui procurar por um novo fio de carregador de celular nas lojas Kalunga - aparentemente ele está com vício de bateria e o fio original foi destroçado quando emprestei pra uma certa pessoa que eu prefiro nem comentar (literalmente, responsável por muitos problemas recentes na minha vida pessoal - pois é, não é só na tela grande que a gente vê T.Rex, na vida real a gente encara uns grandões também).
Foi dar uma dormida nervosa, chegando em casa. Acordei CLEAN de madrugada e fui ligar o PC.. DESGRAÇA. A parada não ligou e eu quase chorei porque tem evento do canal no Sábado e orei, orei muiito.. pra Deus me ajudar. E deu certo, meus amigos, quem tem fé, vai longe.
Não esquece do nosso encontro no Sábado e vai ser aquele PONG de Brodway a Hollywood com a atriz Melody Key (A História Sem Fim III, Férias em Alto Astral).
SESSÃO ACOMPANHADA: 18:30 - M 13 - 02/06/2022 (Estreia) - Legendado (primeira sessão)