Para quem criticava a fórmula Marvel, deverá se surpreender com esse. Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é o 28º filme do Universo Cinematográfico da Marvel e o quinto desde o grande evento Vingadores: Ultimato. Nesse período, novas séries especiais foram lançadas e tudo parece estar conectado por aqui.
Tendo conhecimento de sua popularidade, Doutor Estranho 2 procura se mostrar uma sequência natural dos eventos - sem deixar de lado as referências dos seriados de televisão (Disney +) - desde Homem de Ferro 3, este universo procura se convencer de que essa cinessérie já faz parte da cultura pop.
Com um orçamento de U$$ 225 milhões - alguns a menos do especulado por seu antecessor - a grande surpresa neste é a direção de Sam Raimi e trilha sonora assinada por Danny Elfman, a dobradinha da clássica trilogia Homem-Aranha (2002-2007). Danny, já bem conhecido pelo tema sombrio da clássica duologia Batman (1989-1992), compõe aqui o clima sombrio a altura de Raimi e seus filmes de terror (marcado por Uma Noite Alucinante de 81).
Para interagir com maior imersão no longa, é necessário sim estar bem conectado com o UCM e até mesmo com estilo de filmes dirigidos por Raimi. Se não for um profundo conectado com este estilo pipoca, pode, sim, se sentir levemente dividido.
A trama traz um desenvolvimento interessante, com boas cenas de ação, e variações de ambiente - trazendo um grande sentimento daqueles filmes evento - e parece conectar com mais seriedade nessa relação entre multiversos que carrega o título. Não apenas pelo fanservice mas por trazer sentido a evolução de Wanda Maximoff, interpretada por Elisabeth Olsen (nos trazendo uma outra vertente de sua personagem) que nos apresenta uma transformação surpreendente sem parecer nada realmente forçado.
A Marvel Studios, mesmo na Disney desde 2010, continua fazendo o seu bom trabalho e rendendo bons frutos. De filmes de super-herói, transitando agora para um estilo mais terror e deixando algo mais autoral passar pela cinessérie - algo tão raro pelo conservador projeto MCU - diferente dos outros dessa safra, não é um filme muito recomendado para crianças desde que elas estejam preparadas por sua conta e risco para alguns elementos que irão ver: gera alguns sustos para os desatentos.
Memórias da Sessão
Atraso da Loucura
Dia tumultuado. Pra falar a verdade, deu tudo errado mesmo: fiz tudo atrasado e cheguei muito atrasado para a sessão. Um grande desperdício. Parei de frente da entrada com algumas pessoas aguardando para a sessão, perguntei: "-Doutor Estranho ? Das 19:30?" um dos últimos da fila me respondeu: "- Das 20:00 ? 19:30 já foi há muito tempo." Nossa. Por que na última sessão, eles até tiveram um atraso. Torci por um atraso dessa vez, mas sem sucesso. Se eu pudesse escolher ir para um multiverso, seria voltar num tempo em que eu não teria perdido nada desse filme. Uma pena mesmo. Fica pra próxima.
Luzes acesas: luzes do cinema se apagaram apenas durante as cenas do meio e pós-créditos.
Escurinho: como já estava no filme, eu tive que procurar qualquer cadeira que estivesse próximo. Não foi um bom lugar mas também não foi um lugar tão ruim para assistir.
GALERIA
SESSÃO CRÍTICA
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
Gênero: Aventura, Fantasia