Real or fake? 🤔 ...Street Fighter 6 coming to PS5? 🔥 #fgc #streetfighter #ps5 pic.twitter.com/MofzeRPZWK
— 天 Fighters Generation (@Fighters_Gen) November 5, 2019
Se for olharmos essa arte de fã, obviamente, muito pretensiosa (remetendo a ideia de nostalgia do quão grandioso o logotipo clássico de Street Fighter foi: sempre flamejante na maioria dos títulos) mas não muito longe da realidade do que, provavelmente, será revelado no verão de 2022. Mais um exclusivo da Sony ? O que ninguém comenta muito é a crise que circula nos corredores e os problemas sérios que a produção de Street 6 juntou nos bastidores - como um sistema de luta que deixaria de ser um contra um para ser algo relacionado a times (não é novidade se considerarmos que a primeira vez a integrar essa opção na série foi no Modo Grupo que encontramos nas versões caseiras de Street Fighter II).
Street Fighter II: The World Warrior do Super Nintendo foi uma atualização devida do jogo de Arcade de 91 - com leves alterações em sua reprogramação (como ecos e variações nas vozes) que posteriormente foram aproveitados nos jogos do Arcade que vieram depois. Um completa o outro, embora os mais conservadores ignorem isso em favor da qualidade de imagem e som do fliper (claro, muito superior mas que no 16 Bits da Nintendo era fiel dentro de suas limitações).
A verdade, que todo mundo parece ignorar, é que os números de Street Fighter são alarmantes. SF nunca alcançará as mais de 6 milhões de vendas (e subindo a cada relançamento) de Street Fighter II do SNES (superando os 60 mil das máquinas de Arcade - registro da enciclopédia). Street Fighter V teve 1 milhão de vendas em seu primeiro ano (ficando aquém de SF IV - entre 4 e 5 milhões nos diversos sistemas). A CAPCOM viu que a nostalgia vende e, desde SF IV, ela não vem se arriscando muito e sempre buscando se manter à sombra de SF II - sempre revisitando cenários, temas sonoros e personagens clássicos da série.
Isso é algo que não só ocorre com Street mas com a maioria dos títulos do gênero já consagrados no mercado. KOF XV voltou com jogabilidade prestigiada e história (de fundo) fraca - o que já era previsível num cenário cada vez mais focado no lucrativo cenário esportivo. Ou, simplesmente, se acomodar no próprio sucesso (a garantia de que: "- o que poderia dar errado ?") na certeza de que todos irão comprar (independente se for bom ou ruim) o que soa um posicionamento muito arrogante (ou auto confiança demasiada) dessas marcas - já que tem sempre um gado fabricado defendendo tudo o que é popular em rede social para não perder a confiança do seu networking e dos próprios patrocínios.
A Capcom e outras demais se estagnaram, como a veterana Nintendo, e se manterá fazendo mais do mesmo. Se o mundo girasse todo em torno de uma audiência conservadora de rede social, a Capcom jamais deixaria seu jogo de luta avançar em sua história e nem atingir uma nova geração a longo prazo. É o que, aparentemente, está acontecendo. A Capcom está desesperada - e esse "tal de Street Fighter 6" foi anunciado com uma tentativa de não se sentir deixada pra trás pela concorrência. Hoje nós temos Guilty Gear Strive e KOF XV. Mortal Kombat, que ainda busca trazer avanços em seu roteiro (ainda que controversos - tanto nos rumos quanto em visual), ao menos se esforça (só erra em ser tão desesperada com campanhas tão curtas).
Do ponto de vista dos conservadores, o aguardo sempre será por um Street Fighter II. 2, SF III. 2 ou um SF IV. 2. A ideia deste título de post seria originalmente em 2008: "...não é maior que Street Fighter IV" mas nem SF V merecia um tipo de posicionamento desta forma pois é válido o quanto sofreu para chegar bem próximo das vendas de SF II (SNES) - o que Street II do Super levou em um dia, SF V levou uns 5 anos para conquistar. SF 6 não será diferente, desde que se tenha uma campanha bem construída e que respeite seus consumidores. Consideravelmente, SF V (mesmo com seus altos e baixos) teve uma campanha muito mais honesta que SF 6 e nos trouxe crossplatform e dinheiro virtual para desbloquear conquistas especiais dentro do jogo (que não afetam a sua jogabilidade, vale lembrar).
A ousadia de SF 6, se permanecer, é trazer o toque realista. Ainda é muito cedo para realmente avaliar tudo num geral - mas nas primeiras impressões é o que nos dizem muita coisa, a velha frase: "-Primeira impressão é a que fica". Se estes mesmos conservadores que sempre exigem mais do mesmo zombavam de Street Fighter: The Movie, como uns verdadeiros xiitas descontrolados, e hoje exaltam os gráficos realistas (o que é uma ignorância tremenda), é fato que eles nunca quiseram uma sequência de Street Fighter de verdade e sim mais um produto de belo encarte para permanecer encostado na prateleira. Ou, na pior das hipóteses, estão só para fazer o caos pelo engajamento mesmo.
Afinal, o choque e a desgraça que chama mais a atenção e não o que é positivo. Um exemplo disso, é que muito que dá notícia hoje para SF 6 não é novidade frente ao que já foi comentado em SF IV. É o mesmo clichê de sempre para toda geração que evolui tecnologicamente: sem assunto, perdem tempo com temas fúteis e adolescentes em favor de maior engajamento.
Ainda depois de colocar tudo isso em questão, vai continuar sendo novidade pra algumas pessoas. Faz parte. Se Street Fighter 6 despertar a curiosidade de novos jogadores, ótimo. Exceto para os velhos xiitas e rabugentos que só sabem falar de: "faltou Blanka, "faltou Akuma, "faltou Fei Long, "faltou minha vó", ".. minha tia" e por aí vai. O importante é a série não viver dos excessos como tem feito ultimamente.