SPEED RACER VAI.. PARA HOLLYWOOD!
Das diretoras de Matrix, adaptação de um dos animês mais ocidentalizados da história
chegava aos cinemas em 2008.
A crítica especializada descrevia essa adaptação como um tipo de Videogame sofisticado e vazio. Tudo bem. Só seria injusto não dizer que o filme reproduz bem o visual colorido do desenho: um ponto forte do filme.Fora isso, o roteiro deixa a desejar. Não tem o que dizer algo a mais do que isso se no caso você ser um tipo que gosta de assistir filmes mais maduros das irmãs Larry e Andy Wachowski como V de Vingança (independente de sua fidelidade) ou então Matrix: olha, passe longe desse.
Tem uma surpresa e outra que por pouco não decepciona completamente, como no caso do Corredor X, e não fica tratando muito o público como se fosse um idiota, embora as cenas fora das corridas cansam um pouco quando ocorrem as conspirações dialogadas entre Speed e o vilão - se bem que o vilão tem aquela cara de pateta dos filmes de comédia americano, estilo Esqueceram De Mim, sabe? Então não da pra intimidar. Apesar de tudo, o destaque mesmo fica com essa mistura de tramoias com as corridas, exatamente como ocorre no desenho.
Speed Racer tem os seus altos e baixos. Se inicia raso, cresce bem, depois cai e depois fica legalzinho no final. Fica assim numa balança meio assim, meio assado.
Não é um longa que vai te marcar pelo resto da tua vida, mas ao menos satisfaz em termos de adaptação de uma forma mediana. Há boas mensagens sobre os valores da família e sobre o mundo corporativo: críticas que o filme busca trazer em relação a ambição e a corrupção do ser humano.
Tem aquelas teorias filosóficas ao final do filme envolvendo o significado de ganhar uma corrida, embora seja razoável: se você trocar isso por um outro assunto relacionado a algo que te signifique muito no cotidiano.
Assistam com os seus filhos ou sobrinhos sem muitas exigências.
Pontos interessantes
- As boas cenas cenas de ação das corridas é um dos pontos interessantes. As vezes chega a levemente lembrar aquelas corridas de pods do Star Wars Episódio I: cairia como uma luva representado em algum videogame mesmo.
- Boa transposição dos personagens e do ambiente. Embora até futurista demais, chega a lembrar aquela versão Speed Racer do futuro: Speed Racer 2019 ou As Novas Aventuras de Speed Racer de 1993 (lembram?). Chega às vezes parecer Os Jetsons do que a própria adaptação de Speed Racer se levar em consideração tamanha tecnologia lançada no filme.
- Alguns carros usam uma espécie de protetor quando ocorre um acidente (?), elemento quase irreconhecível de cara, mas depois de prestar atenção melhor é possível identificar. Seria bem mais divertido ver os carros explodindo a todo momento mas, tudo bem, quiseram fazer algo mais simples.
MEMÓRIA PÓS CRÍTICA
AVALIAÇÕES DA CRÍTICA ESPECIALIZADA
AVALIAÇÕES DA CRÍTICA ESPECIALIZADA
Jornal O Globo
A MELHOR ADAPTAÇÃO
Speed Racer (Ed. Abril, 2000). Essa minissérie em quadrinhos dividida em 3 edições foi a melhor adaptação já feita e contava as origens do corredor mais famoso dos desenhos animados e a do enigmático Corredor X. Lançada entre 1999 e 2000 pela Wildstorm, foi distribuída por aqui pela Editora Abril em 2000 enquanto foi relançado lá fora num copilado (Speed Racer: Born to Race). A produção sul-coreana e americana conta com belas animações em um estilo mais fincado na realidade, atualizando perfeitamente Speed Racer num mundo muito mais crível. O mesmo autor (Tommy Yune) lançou posteriormente mais uma minissérie: Racer X (estrelada pelo Corredor X), inédita no Brasil.
Foi nesse período que a marca Speed Racer chegou a ser cogitada a virar uma adaptação cinematográfica com Johnny Depp. Se usassem como base o formato mais realista dessa HQ, tinha tudo para ser um filme superior ao lançado em 2008.
SPEED RACER NAS ANIMAÇÕES
O Speed Racer original tinha 52 episódios.
The New Adventures of Speed Racer: a série americana. Durou apenas 13 episódios.
SPEED RACER E A OCIDENTALIZAÇÃO DOS ANIMES
Os Gatchamans também foram vítimas da ocidentalização, transformando a série numa concha de retalhos. Sim, eles estão irritados com isso.
Tá certo que Speed Racer nasceu quase que como um ícone ocidentalizado do Japão. Tanto é que a primeira vez que se ouve falar em Speed Racer, dificilmente dá pra reconhecê-lo como um animê, assim como outras séries como Gatchaman que ficou conhecido por aqui como: Batalha dos Planetas e Força G - este último tinha uma musica icônica numa versão de abertura que foi lançado por aqui pelo Cartoon Network e era apenas instrumental.
Tal exemplo dessa ocidentalização é que podemos ver também cenas de Johnny Quest no filme. Numa cena em que Gorducho & Zezinho (divertidíssimos por sinal) estão assistindo juntos a TV e ficam imaginando cenas de luta se transportando pra tela - da forma mais nerd possível. Uma boa transposição da característica animêlesca.
Tá certo que Speed Racer nasceu quase que como um ícone ocidentalizado do Japão. Tanto é que a primeira vez que se ouve falar em Speed Racer, dificilmente dá pra reconhecê-lo como um animê, assim como outras séries como Gatchaman que ficou conhecido por aqui como: Batalha dos Planetas e Força G - este último tinha uma musica icônica numa versão de abertura que foi lançado por aqui pelo Cartoon Network e era apenas instrumental.
Tal exemplo dessa ocidentalização é que podemos ver também cenas de Johnny Quest no filme. Numa cena em que Gorducho & Zezinho (divertidíssimos por sinal) estão assistindo juntos a TV e ficam imaginando cenas de luta se transportando pra tela - da forma mais nerd possível. Uma boa transposição da característica animêlesca.
SESSÃO CRÍTICA