Depois que algumas empresas de videogame começaram a mexer os pauzinhos anunciando novas observações através dos seus direitos corporativos (tô falando com você, Capcom), sem contar os recentes e suspeitos ataques de bots que deletaram dezenas de contas com avatares de animê e mangá da Shueisha, agora é a vez do governo japonês anunciar novos métodos para os cosplayers. Daqui a pouco, criar conteúdo vai ser crime. Esperem e verão.
É cada vez maior a liberdade dos consumidores atuando nas redes sociais. Desenvolvendo modificações de jogos já produzidos ou até criando novos. Os cosplayers ganharam o mundo dos eventos de cultura pop que, inicialmente, eram apenas fãs de obras de ficção científica apenas brincando de se vestir. Hoje, é inevitável que se tornou uma indústria e, seus artistas, subcelebridades que faturam alto através de diversas formas de empreendimentos. Já lidamos até com serviços de coach (muito em alta e crescendo com o aumento das finanças). Mas tudo que é livre demais, uma hora chega a conta, assim como em toda profissão. E quem sempre está por trás para controlar é o governo.
O site Português OtakuPT publica a seguinte nota:
O jornal japonês Nikkan Sports, noticiou que o governo japonês está trabalhando na criação de leis que atinge as atividades do mundo cosplay. Embora o cosplay sem fins lucrativos não seja afetado, as fotos de cosplay colocadas nas redes sociais e os cosplayers que ganham dinheiro com eventos podem ser responsabilizados por violação de direitos autorais. O que a lei pretende esclarecer é se ao ganharem dinheiro com a venda de fotos ou serviços, os cosplayers estão infringindo os direitos autorais dos personagens. No momento, nada é oficial, e o governo está discutindo com cosplayers japoneses profissionais, como a Enako, que é bem conhecida pelos seus ganhos significativos com cosplay e também é embaixadora do Cool Japan.
"#コスプレ著作権ルール化 について、拡散されている情報だけでは少し誤解があるかと思いますが…こちらの記事の方が分かりやすいかと思います。https://t.co/YstRkMakre
— えなこ (@enako_cos) January 24, 2021
井上大臣からは、今のコスプレ文化に水をさすことなく、著作権保護を出来る道を模索中とのお話を伺いました。
Ela também afirmou: Cosplay sem fins lucrativos não infringe direitos autorais, mas enviar fotos para sites baseados em associação (SNS), como Instagram, ou receber remuneração em eventos pode violar direitos autorais.
Sobre a sua posição como cosplayer: A propósito, eu já disse isto muitas vezes antes, mas quando estou na TV, em eventos ou qualquer outra coisa com fins lucrativos, levo os direitos autorais em consideração e não faço cosplay de personagens de trabalhos publicados, mas utilizo as minhas próprias roupas originais em vez disso. Sempre que faço cosplay de personagens de trabalhos publicados, faço isso após obter permissão da editora.
Eu, você e toda a torcida do Flamengo sabe que as leis de direitos autorais sempre existiram. Há quem diga: "isso é normal", nós esperamos que sim. Porém, há quem abuse e por esse motivo todo mundo pode pagar muito caro por isso.
Há um ponto positivo nisso: isso acaba com quem faz cosplay pelo dinheiro. No quesito emocional, eu acho ótimo. Mas tudo tem um porém.
AINDA SOBRE COSPLAY NÃO SER PROFISSÃO
E A GRANDE VERDADE SOBRE VENERAÇÃO AO DIPLOMA
Eu particularmente continuo a considerar cosplay uma profissão. Uma vez que o artista vive disso, mesmo que não tenha formação pra isso. Porém, em paralelo a essa situação, vejo gente que não atua de forma remunerada, comemorando. Qual é o problema de viver do sonho e considerar ela uma profissão ? Será que você é tão frustrado em apenas trabalhar sem viver do que gosta ? Então eu analiso numa situação mais próxima, se algum dia a lei encontrar alguma forma de também taxar um criador de conteúdo independente que entrevista e escreve matérias, eu tenho certeza que quem vai comemorar são os jornalistas.
É, pois é, jornalistas que tem diploma na mão, tem fundamento, mas só escreve e fala besteira jogando na lata de lixo todos os livros que leu na vida. E o pior: às vezes ofendendo diretamente pessoas ou criando preconceito sobre tais decisões do que realmente analisar uma obra em questão. Ler tanta coisa e pensar unilateral, é complicado. A grande moral da história é que, nem sempre, o bom profissional é aquele que tem o diploma na mão. Só acho que todo mundo tem o direito de trabalhar da sua forma e honestamente, com diploma ou não. Sempre que eu pergunto a alguém com diploma eu questiono se isso que ele conquistou é necessário pra seguir em determinada área - não vejo um que não tenha dúvidas. A grande verdade é que o ensino superior é só no nome, não te ensinada nada, só te joga as peças, mas é você quem precisa montar. Fica a dica.
Veja também: Sora News 24 Horas (em Inglês)