COMPORTANDO
GRANDEZA
" Saudades dessas limitações de memória ... "
Desde que foi lançado para as máquinas de fliperama, Street
Fighter II ganhou uma considerável fama entre os jogadores de rua. Porém,
somente após o seu lançamento no Super Nintendo, em 1992, é que a série passou
a ganhar os olhos da mídia impressa. Foi então, através do trabalho
jornalístico e junto aos leitores das revistas de videogame, que passei a
conhecer definitivamente os seus icônicos 12 lutadores, lançados ao estrelato,
juntamente às suas atualizações: Champion Edition e Hyper Fighting, ambos
lançados com alguns meses de diferença e no mesmo ano de lançamento da primeira
versão de Super Nintendo. O resultado pipocou com matérias e mais matérias,
além de ganharem capas, propagandas de locadoras e tirinhas nas principais
revistas de videogame brasileiras.
No Japão, sua terra de origem, e nos Estados
Unidos, o estopim do sucesso influenciou outras fabricantes a se dedicarem ao
gênero, criando os mais variados estilos de jogos de luta – dos obscuros aos
grandes sucessos momentâneos - que passaram a vir depois embarcando nesta
grande onda do momento.
Agora, no ano de 1993, era a vez de investir no mercado
de brinquedos e quadrinhos – alastrando de vez todo o sucesso dos videogames
para a cultura pop. Isso era apenas alguns dos passos, pois outro plano
ambicioso estava à caminho: transportar todo aquele universo estereotipado para
um dos públicos mais exigentes: as telas de cinema. Isso, é claro, não seria
nada fácil para a linguagem livre dos videogames, ser transportado de uma
maneira tão modesta apenas pela marca.
E como o mercado não para, a série tenta sobreviver ao
novo tempo e às concorrentes. Com o imenso sucesso de crítica e público de
Street Fighter II, era preciso surpreender com algo além do que apenas mais uma
atualização - já que todos aguardavam por um Street Fighter III. O que a Capcom
ofereceu, ainda não foi exatamente isso, mas uma palhinha de novidade em uma
placa nova. Cenários clássicos reformulados e novos lutadores.
Era a primeira vez que Street Fighter II ganhava novos
personagens. Street Fighter II: The World Warrior de Super Nintendo foi a maior
razão do sucesso mundial desse título. Super Street Fighter II: The New
Challengers e os seus quatro novos desafiantes não fez muito alarde, mas
encontrou alternativas interessantes para organizações de campeonatos como a
edição Super Street Fighter II: Tournament Edition. Numa revista, jogadores
profissionais revelavam as suas dicas com os personagens e os seus depoimentos
durante a amostra da máquina.
Nos meus bons tempos, jogava Super Street Fighter II na
minha tela de TV Sharp, exatamente como essa aí em cima. Infelizmente eu não
pude recuperar essa TV para reproduzir fielmente a vocês cada cena desse jogo
rodando no meu Mega Drive exatamente como na época. Mas eu consigo reproduzi-la com a minha incrível TV de tubo da Panasonic, onde entrei
para a era dos 128 bits com o Dreamcast.
Mas, ao tocar na minha TV de tubo da Panasonic, eu sou
magnetizado, o Dreamcast que estava ali na estante desaparece. Alguma coisa bem
curiosa aconteceu. Volto a 1994 e me vejo.. sem emprego, sem dinheiro, sem
cartão de crédito, sem dívidas nebulosas no SERASA, sem computador e sem acesso
a internet, bem, estou com 10 anos, sou criança, sou muito mais feliz e muito
mais apaixonado. Sou uma criança sonhadora e dependo da boa vontade e da
condição dos meus pais financeiramente. Mas, para tudo, dependia de acreditar
em Deus enquanto agia com um pouco de insistência e um choro, como muitas da
minha idade. Acreditar em Deus com uma grande fé na esperança. Esta força, com
certeza, vem de Jedi.
Folheio a revista Ação Games ali na cama e, que surpresa,
Super Street Fighter II chega aos Fliperamas dos Estados Unidos - uma das
prévias que chegavam às revistas de videogames no ano de 93. Pra rivalizar com
a (agora) veterana Chun-li, me chama atenção a característica dos novos
lutadores. Aparentemente muito novos e até mesmo estranhos em comparação aos 12
já existentes. Tem uma adolescente loira de “boné” e maiô, um certo sósia do
Bruce Lee, um negão sorridente e um grandalhão que era mais um pretendendo se
vingar (o índio fortão teve a aldeia incendiada pelo exército de Mister Bison).
Eu mal sei fazer os golpes especiais do Street Fighter II: Special Champion Edition mas já estou louco pra conhecer esse jogo. De
repente, sou jogado para um ano depois e vejo uma imensa divulgação de
lançamento das conversões caseiras de Mega Drive e SNES. Segundo informações da
revista Sega Mania (Ed. nº 1 de 1994) o Mega Drive ganhou uma versão com alguns meses de
antecedência em comparação ao SNES. Algo justo realmente, já que o SNES foi o
primeiro a ganhar uma conversão de Street II.
Agora estou na escola. Está sendo angustiante ver o
Di, meu colega bagunceiro, mostrando os jogos do Mortal Kombat II e o Super
Street Fighter II de SNES que acabou de ganhar. Está mostrando pra todo mundo
na sala de aula. Os pais dele devem ter muito dinheiro. Eu só podia ter em casa
o Street II: Special Champion Edition de Mega. As versões de SNES desses jogos
pareciam ser mais fáceis de achar do que os de Mega.
Agora estou fazendo aqueles deliciosos passeios de fim de
semana com os meus pais. Passando na
parte de eletrônicos, eu não estava acreditando no que eu estava vendo. Senti
muita empolgação e estou boquiaberto. Eu tô vendo o jogo Super Street Fighter II de Mega Drive rodando pela
primeira vez numa loja do Carrefour (loja incrível com muitos jogos). Tô em
êxtase. Não me lembro exatamente o que aconteceu, mas acredito que chorei muito
pedindo aquele cartucho. Meu pai não podia, achou o jogo muito caro. Incrível
que depois disso, não encontrava o jogo pra vender em loja nenhuma.
Um ponto curioso: Do
outro lado, em uma outra TV, a loja estava apresentando um jogo chamado
Skitchin (um game de patins onde é possível se segurar em veículos em
movimento), era o maior barato. Fui verificar a embalagem, ao lado do SSFII, e
o jogo também vinha com a faixa etária 13 anos.
Era incrível aquela apresentação com o Ryu na sombra,
começando a surgir, uns raios no fundo e no final soltando um HADOUKEN..
UOOOOOOOOA! Era um cartucho de 40
megabits (o maior da história do Mega Drive até hoje). Aquilo tinha que fazer
parte da minha coleção e da minha vida. Sim, eu me importava muito com o tamanho
de memória (isso valeu bastante pra vender a capacidade dos jogos). Época em
que os videogames eram vistos comercialmente pela importância de sua
capacidade, um reflexo do evento o qual eles estão sempre divulgando os seus
lançamentos, a CES – Consumer Eletronic Show. Ali era coisa de adulto, de
gênios da informática. A tecnologia dos videogames queriam competir com a
tecnologia dos computadores e provar o poder da realidade virtual, grande
importância pra época *.
*Voltando brevemente aos tempos atuais - no melhor estilo De Volta Para o Futuro - isso parece estar se tornando uma realidade com o Metaverso. A interação com NFTs é só um primeiro passo.
No final de 1994, viajamos para Vitória (Espírito Santo).
Em um quiosque na esquina, próximo a praia, cheia de carros estacionados por
perto, encontro o meu paraíso: um lugar cheio de fliperamas. Me chamaram a
atenção dois deles: Mortal Kombat II e.. Oh! É claro: Super Street Fighter II,
ali estava ele. Eu já conhecia Super Street II mas eu fiquei ainda mais
impressionado com o Mortal II e as risadas do Shao Khan a cada upercut* ou
durante o fim dos assaltos. Eram todas máquinas de tempo, com o Super Nintendo
embutido, mas era a primeira vez que havia visto Super Street II em uma máquina
de fliper. Uma máquina oficial de Super Street II deve ser muito cara, talvez
em um shopping eu possa encontrar.
P. S. Achar a versão de fliperama de Mortal Kombat II parecia ser um pouco mais fácil, encontrei uma vez no Shopping Vitória. E eu babava com as revistas falando sobre Mortal Kombat II na banca, comprava todas que eu via. Aliás, bem ali perto da loja da praia, eu comprei numa banca uma revista cheia de dicas para MK II bem antes de ter o jogo.
P. S. Achar a versão de fliperama de Mortal Kombat II parecia ser um pouco mais fácil, encontrei uma vez no Shopping Vitória. E eu babava com as revistas falando sobre Mortal Kombat II na banca, comprava todas que eu via. Aliás, bem ali perto da loja da praia, eu comprei numa banca uma revista cheia de dicas para MK II bem antes de ter o jogo.
- * Upercut, o famoso gancho com soco.
Já em casa, meados de Abril de 1995, 4 meses depois do natal
de 94 e da viagem à Vitória para rever os tios, meu pai olha o jornal de
domingo e me avisa a respeito de um anúncio do campeonato de Super Street
Fighter II. A inscrição é R$ 15,00 e o local fica em Nossa Senhora de
Copacabana. Essa notícia, que engraçado, não tinha visto em nenhuma
revista. O paizão era bastante antenado
nas melhores notícias – sempre me mostrando materiais surpreendentes e
agradáveis. A competição era na versão
de Super Nintendo, havia dias de treino e dias de disputa valendo o torneio. O
vencedor levava um 3DO e um Super Street Fighter II X.
Nessa mesma época, estreava no mesmo mês a adaptação Street
Fighter: A Última Batalha nos cinemas. Havia muita divulgação por parte da
mídia (TV, revistas..) e até existiu uma certa edição da revista videogame, bem
especial, com um VHS trazendo videoclipes musicais, propagandas da Sukita e um
trailer poderoso do filme. Não imaginava como seria uma adaptação de Street
Fighter II com atores reais, mas esperava coisa boa. Uma das primeiras
informações trazia notícias do filme em produção (com uma imagem do Van Damme),
entrevistas do diretor e até uma lista de falas com as cumprimentações
Bisônicas do filme.
Eu me lembro que meu pai até se esforçou em me levar, com a
família toda, mas nos deparamos com a sala lotada do Cine Palácio durante a
estreia. Eu ouvia um monte de gente gritando (certamente crianças e
adolescentes, entre 12 e 16 anos, mais ou menos na faixa etária da maioria que
jogava Street Fighter II) dentro da sala. Nossa, como eu estava amando aquela
bagunça. Queria estar lá dentro, compartilhar daquela farra, mas não foi
possível. Voltei pra casa com a barra de decepção SUPER cheia, mas não era a culpa do meu pai - sabe
como é criança, quando se decepciona, quando o seu sonho não é realizado, faz a
sua birra.
Em mais um dia de campeonato, eu recebi de graça uma revista
da Super Game Power, falava de altos lançamentos envolvendo o filme Street
Fighter e o jogo do filme. Ah, e cheguei a ouvir falar sobre alguma coisa
relacionada a Street Fighter Legends – onde “os lutadores de calças curtas
retornariam ao passado”, em algum jornal da série O Globinho. E outra novidade
também era o Mortal Kombat III e as preparações para o filme (cujo trailer eu
assisti pela primeira vez quando eu e meu pai assistimos Debi & Loide: Dois
Idiotas em Apuros no cinema). No local onde estava rolando a competição, a
Romstar do Brasil disponibilizou uma máquina do Street Fighter: The Movie.
Passou alguns longos dias, acredito que meses também, e
eu rezei, rezei, rezei, rezei muito e pedi profundamente a Deus para que eu
pudesse conseguir aquele cartucho, para que eu pudesse ter aquele jogo, para
que meu pai pudesse ter condições de comprá-lo. Nunca orei tanto na minha vida.
Desejos de criança, os melhores e os mais puros.
No mesmo dia, nossa família fez uma nova viagem ao Carrefour e então, corri até a parte de eletrônicos e.. LÁ ESTAVA ELE paradinho ali na prateleira me aguardando e o jogo sendo apresentado na tela da TV de Tubo, que agora estava cheia de chuviscos e mal sintonizado aparentemente. Poxa, DEUS É PAI !! Meu paizão aceitou comprar pra mim de presente e eu consegui adquirir o cartucho com um manual de 40 páginas e cheio de informações, com história dos personagens e tudo. SUPER lindo! Tudo completinho, embora não esteja lacrado e pelo que eu pude notar, o jogo estava para sair de catálogo das lojas. Ganhei SUPER tarde, mas foi SUPER abençoado.
No mesmo dia, nossa família fez uma nova viagem ao Carrefour e então, corri até a parte de eletrônicos e.. LÁ ESTAVA ELE paradinho ali na prateleira me aguardando e o jogo sendo apresentado na tela da TV de Tubo, que agora estava cheia de chuviscos e mal sintonizado aparentemente. Poxa, DEUS É PAI !! Meu paizão aceitou comprar pra mim de presente e eu consegui adquirir o cartucho com um manual de 40 páginas e cheio de informações, com história dos personagens e tudo. SUPER lindo! Tudo completinho, embora não esteja lacrado e pelo que eu pude notar, o jogo estava para sair de catálogo das lojas. Ganhei SUPER tarde, mas foi SUPER abençoado.
Tem uma coisa curiosa em relação ao cartucho anterior,
tive de aproximar o ouvido mais perto da TV porque o som é baixíssimo (vai lá
saber o por que), as vozes masculinas não pareciam estarem roucas, mas pareciam
que estavam com alguma farofa na boca agora. Tudo bem, uma coisa que é incrível
são as variações de vozes de cada personagem: o Ryu não tinha a mesma voz do
ditador Mr. Bison e assim era o mesmo com os outros demais, o mesmo se pode dizer em relação a voz da Cammy e da Chun-li. A música parece abafada, mas
tem um arranjo empolgante da versão mixada do cenário do Ryu.
Outro detalhe impressionante que eu percebi, jogando em companhia depois, é que todos os 16 personagens tem os seus nomes falados pelo locutor em situações específicas.
Percebendo cada detalhe gráfico, as cores dos cenários estão diferentes - aparentemente mais suaves. E o pôr do sol no cenário de Sagat é maravilhoso - sem dúvida um dos mais bonitos, se não o mais. Agora o Vega (ninja espanhol) tem um introdução bem bacana no cenário. Sem contar a sombra acompanhando os muitos golpes de cada lutador do jogo. Isso tudo é muito incrível. Existe também um pequeno detalhe curioso: quando eu avanço com o Shoryuken de fogo do Ken, aparece um leve vazamento de memória na faixa preta superior da tela - percebi isso no cenário do índio grandalhão (T.Hawk Stage).
40 Megas de memória, mas nem tudo é milagre. Não há
animação durante a tela de continue (os jogadores ficam parados, sem se mover )
e não há opção para Sound Test (Teste de Som/ Seleção de Músicas) e nem para S.
E. Test (Sound Effect Test/ Teste de Efeitos Sonoros/ Seleção para ouvir os
efeitos sonoros do jogo) na tela de Options (Opções).
Ações como Primeiro Ataque (First Attack), Combinações (Hit Combo) e Reversais (Reversal) são avisados em tempo real na tela apresentando os pontos recebidos por cada situação. Detalhes da versão de Arcade mantidos na conversão.
Veteranos
& Novatos
De
12 blocos de Tetris, virou Torre de Babel. 16 lutadores para jogar.
A tela de Player Select (Selecione o Jogador) ficou grande.
A tela de Player Select (Selecione o Jogador) ficou grande.
A maioria dos (já antigos) Guerreiros Mundiais ganharam
novos movimentos – um dos benefícios da atualização que inaugurou a então
recente placa CPS II dos fliperamas da Capcom – indo além de cenários
reformulados. Ryu e Ken podem mandar giratórias (Tatsumakis) para várias
direções da tela, mas nenhuma delas em linha reta. Todos os 4 chefes (Balrog,
Vega, Sagat e Bison) também ganharam novas animações e novos estilos de jogar,
se desprendendo de vez de suas simplicidades e tendo mais cara de lutadores
comuns – frente aos outros 8 selecionáveis desde o primeiro Street Fighter II –
e com direito a finais específicos.
Os
Guerreiros Mundiais
Ryu: Ganhou nova animação em seu Hadouken (ficou maior e
mais bonito) com alcance mais curto. Agora tem comando para mandar Hadouken de
fogo (a “lenda” dos Street Fighter II anteriores). O projétil de fogo, além de
torrar (como as labaredas do Dhalsim), derruba de perto.
Ken: Continua uma boa máquina assassina. Agora o seu
Shoryuken queima e pode gerar até 3 acertos. E os seus Tatsumakis, agora
assumindo trajetos variados, lhe rende novas possibilidades de realizar combos.
E.Honda e Dhalsim continuam os mesmos de Hyper Fighting/
Special Champion Edition, com os devidos balanceamentos, mas contemplados com
as novas qualidades sonoras de Super Street II. Dhalsim ganhou novos efeitos
sonoros em seu teleporte.
Chun-li: Se tornou uma lutadora completamente carregável.
Seu Kikoken, antes lento e executado com um complexo meia lua, agora é mais
rápido – porém, de curto alcance - pode ser usado da mesma forma que o sonic
boom de Guile.
Zangief: O domador de ursos bem humorado agora tem
animação de agarrão quando o seu pilão escapa.
Blanka: Seu Rolling Drive aéreo foi balanceado, não
podendo mais cair rolando como antes.
Guile: O seu Flash Kick não possui mais a mesma
ofensividade de antes - agora, de dois acertos, acerta apenas um.
Balrog: O boxeador ganhou um movimento especial antiaéreo
que levanta com uma cabeçada.
Vega : O ninja espanhol agora ganhou chutes e não mais
pode subir as grades do seu cenário.
Sagat: Ganhou novos golpes com as mãos e os seus Tiger Shots agachado ficaram mais perigosos e agora acerta quem defende em pé.
Mister Bison: Ganhou um novo movimento especial aéreo (Devil Reverse),
mas o seu Psycho Crusher perdeu a ofensividade da Special Champion Edition – seus pés não acertam mais com o torpedo
quando o outro jogador levanta.
Os
Novos Desafiantes
Dee Jay, Cammy, T.Hawk e Fei Long vieram com estilos bem
interessantes para o universo Street Fighter, se adaptando às tendências da
nova jogabilidade a qual a série estava atribuindo e se adaptando. Cada
personagem possui características que lembram os veteranos, porém, construídos
para executarem combos fulminantes – uma das maiores descobertas de Street
Fighter II pelos jogadores mais feras do mundo.
Cammy: Diferente de Chun-li, Cammy não possui magia,
apesar de possuir comandos familiares (estilo meia lua e Shoryuken). Além da
característica visual – com um misto de militar e roupas de ginástica - usa
técnicas que lembram acrobatas e ginastas. Levando em consideração esses
detalhes, todos os seus movimentos são bastante originais para o universo Street
Fighter II. Seu Cannon Drill (Spiral Arrow) é um movimento que ela lança como um canhão para
cima do adversário e o Cannon Spike (ou Thrust Kick) que pode servir de antiaéreo ou
revidar ataques. Seu Axle Spink Knuckle ainda atravessa magias. Rápida e pequena, é uma ótima
personagem para se realizar um jogo mais racional ou mais agressivo. É a
segunda melhor dentre os quatro novos.
T.Hawk: Veio para ser o “novo Zangief” justamente por ser
outro grandalhão fortão do jogo, mas possui peculiaridades. Possui o Condor Drive, que
sobrevoa pela tela com a sua cabeçada, podendo ser usado como antiaéreo, efeito
reverso ou como adição para combos. Fora o seu “pilão” (Mexican Thyphoon) que não possui
animação de agarrão como o dominador de ursos da antiga União Soviética.
Fei Long: É o lutador mais complexo dentre os quatro novos.
O sócia de Bruce Lee traz, pela primeira vez ao universo Street Fighter, a
possibilidade de se executar golpes especiais em sequência, de acordo com o
número de comandos que você realiza. O seu Rekkaken pode acertar até 3 vezes.
Possui também o frente + chute médio, o primeiro recurso de “overhead” (que
acerta na cabeça) como movimento somado ao direcional em Street II. O problema
é que ele não é funcional nessa versão e pode ser defendido mesmo agachado.
Dee Jay: Talvez o melhor dentre os quatro novos. O negão sorridente é um ótimo lutador para realizar combos detonantes e fazer pressão com os seus
projéteis de rápida recuperação e rasteiras com chute forte que também servem
de antiaéreo.
De
cape, maiô, marcas no rosto e tatuagens militares para camuflagem nas “coxa”,
Cammy entra para a cota feminina (que agora aumenta em 2%).
Cammy entra para a cota feminina (que agora aumenta em 2%).
A máquina Super Street Fighter II: Tournament
Edition dos Arcades virou uma opção exclusiva no Mega Drive.
Super Street Fighter II de Mega Drive não tem opção para 10
velocidades mas trouxe um shopping center de novidades para quem joga sozinho
(opções bastante atrativas, diga-se de passagem). E uma delas, trata-se do
Tournament Battle, inspirado na versão Tournament Edition. A opção é quase como se fosse um outro jogo dentro do cartucho, com músicas exclusivas e o anúncio "Player X Versus Player Y" pelo locutor. É sem dúvida alguma
uma das melhores opções do jogo, onde as lutas são travadas em torneios. Escolhendo o seu lutador e depois escolhendo END para o jogador 2, é possível jogar sozinho no torneio e os outros sete lutadores que entrarão na disputa serão automaticamente escolhidos e usados pela CPU. Se tiver o acessório Team Player, é
possível jogar com até 4 jogadores.
Há ainda o Modo Challenge: pode ser escolhido Time Challenge (Desafio por Tempo) ou Score Challenge (Desafio por Pontos). Seria você capaz de ultrapassar o
recorde desses jogadores destacados ? Provavelmente pilotos da Capcom.. e dos bons.
Os
16 lutadores passariam a se tornar mais técnicos na então atualização seguinte,
lançado para os fliperamas naquele ano de 1994: Super Street Fighter II X.
Grandes mistérios giravam em torno do então 17º lutador. Quem seria? De onde
vem?
A conversão de Mega Drive é quase perfeita. Mas tem cara
de ser um título levemente desatualizado com o cenário de Street Fighter nas
casas de fliperama em 1994. A versão dos Arcades ignorou (saudavelmente) a velocidade
turbinada de SF II Hyper Fighting, mas no Super Street II de Mega a velocidade
do jogo pode ser aumentada em até 4 estrelas, a única herança da recente
máquina Super Street Fighter II X, que até então saía para os flipers, mas
mantendo a qualidade da ótima jogabilidade de Special Champion Edition.
Desta vez, a Capcom não aproveitou o frisson do
lançamento do novo jogo (Super Street II X) como fez com o Special Champion
Edition (aderindo características aos lutadores na opção Hyper – aproveitando a
atualização Hyper Fighting em 1993, a última da CPS I). Não há a opção SUPER e
SUPER X (modos sugestivos, caso houvesse possibilidade de escolhas de
jogabilidade no jogo). Se houvesse, todos os 16 lutadores teriam o estilo
técnico da versão X do Arcade, mais a presença do 17º lutador. Provavelmente,
esta reprogramação de Super Street II veio às pressas, trazendo apenas o
Tournament Battle, como adição de um título posterior ao SSF II original.
Realmente uma pena. Mas os extras, apesar de tudo, compensam bastante.
SALVOS
NA MEMÓRIA
EXPERIÊNCIA REAL: Super Street Fighter II: The New
Challengers
também é compatível com o SEGA Activator,
um acessório que, apesar das más
críticas, se tornou um dos maiores percussores a interagir por meio de
sensores.
O
LANÇAMENTO NO JAPÃO: O ano de 1994 também ficou incrivelmente
marcado com a estreia de dois longas
de Street Fighter, Além do título nos cinemas norte-americanos com atores
reais, o primeiro longa animado chegava aos cinemas nipônicos em 1994. Para o
Mega Drive Japonês, o encarte do cartucho no Japão trazia a imagem do pôster
oficial do filme de título Street Fighter
II: Movie.
DEDO NO JOYSTICK