Se o negócio era voltar para casa no filme anterior,
neste, o Homem Aranha está longe, bem longe de casa (subtítulo é um trocadilho
ao filme anterior). De Nova York à Europa – desta vez – traz ao amigo da
vizinhança uma considerável expansão de seus filmes anteriores embora não
explore muito o elemento James Bond – ação interrupta em diferentes localidades
– há a sonoridade que define as características locais de uma forma fina e
diferenciada para fazer o espectador entrar dentro da aventura. A trilha instrumental de Michael Giaccino (Homem-Aranha: De Volta ao Lar) é impactante.
Na pele do herói, Tom Holland ainda apresenta um personagem
imaturo mas que, de maneira incidental, entra na ação pra valer.
Consideravelmente, o Peter Parker de Holland é bastante humano – mas covarde,
perto do papel estabelecido por Tobey Maguire na trilogia de Sam Raimi. Ainda
assim, é um dos melhores Homem-Aranha do cinema – assim como a produção.
Padrão MARVEL Studios de qualidade, a trama
dosa humor num ritmo frenético de comédia adolescente com ação característica e
indispensável. Pela sua livre interpretação, dividirá corações, como um encerramento
da épica Fase 3 – fechando, de vez, os primeiros 10 anos deste Universo
Cinematográfico – a sensação é de luto, sim, pela saudade e pela sensação de
nova fase chegando – com as transformações – mas é justificável o jeitão
descontraído que busca resgatar o vigor de reinício “– Coisas tristes
aconteceram, ok, bola pra frente !” e é desta forma, sem ignorar os
acontecimentos de luto, que a história busca dosar e trazer alguns novos
personagens interessantes.
Assumindo o papel de Michelle “MJ” Jones, Zendaya assume a
mocinha com mais atitude dentre todos os filmes homônimos já lançados do
Homem-Aranha – o que poderá agradar aos entusiastas mais abertos a
interpretações como um reflexo de Mary Jane Watson nos quadrinhos. Durona e de
atitude, essa nova Mary Jane busca
seguir com a representação do empoderamento feminino do cinema moderno.
O maior destaque do elenco, certamente, fica com Jake Gyllenhaal,
a grande surpresa da trama na pele do personagem Mistério. Para quem é
acostumado a ver Jake como um mocinho de personalidade romântica vai se
surpreender com o seu estilo mais dramático e militarializado na pele de um
guerreiro.
XPLUS 3D: A qualidade
3D da trama se destaca consideravelmente nas cenas de vertigem, valorizando os
efeitos visuais que buscam criar uma confusão psicológica.
ATENÇÃO: FIQUEM
ATÉ DEPOIS DOS CRÉDITOS
Momento Pós-Crítica: John Watts foi também um nome mantido na produção desde o primeiro filme. O diretor de Homem-Aranha: De Volta ao Lar e a sua pegada jovem, mais esperta e mais descolada, descreve muito do seu estilo fora das câmeras – um verdadeiro amante dos videogames (de Spider-Man a God of War, ambos de Plasytation 4) mas admite não ter se influenciado pelo jogo homônimo para Homem-Aranha: Longe de Casa.
MEMÓRIAS
DA SESSÃO
- Fazendo as pazes com uma atendente do UCI, eu
recebi o pôster (o último que restava e um pouco amassadinho) do filme durante
a compra com UCI Unique. Nota 10/10 pelo
atendimento.
- Uma pessoa fantasiada de pato gigante andava
pelos corredores do cinema durante a fila.
- Algumas pessoas saíram sem assistir ao fim dos créditos. Como de costume, o UCI não respeitou as luzes desligadas e acabou fazendo pior (desta vez, quase dei um berro) ligando e desligando diversas vezes durante os créditos (provavelmente aguardando o fim ou testando alguma coisa).
- Algumas pessoas saíram sem assistir ao fim dos créditos. Como de costume, o UCI não respeitou as luzes desligadas e acabou fazendo pior (desta vez, quase dei um berro) ligando e desligando diversas vezes durante os créditos (provavelmente aguardando o fim ou testando alguma coisa).
S
E S S Ã O C R Í T I C A
Sessão
Acompanhada: UCI PARKSHOPPING P – 09
– 19:00 – 7/ 07 / 2019