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sábado, 29 de junho de 2019

[Sessão Crítica] Toy Story 4 - 3D XPlus " Aventura de uma Vida "

BRINQUEDOS NO COMANDO



“ O tempo vai passar...Os anos vão confirmar ” apesar de ser fora do sentido com que a clássica canção “Amigo Estou Aqui” (Originalmente You've Got a Friend in Me de Randy Newman) do primeiro longa de 95 queira dizer, essas duas frases em combinação nunca fizeram tanto sentido em Toy Story 4.  O tempo realmente passa e sentimos o peso disso na cinessérie da Disney/ Pixar.

Trama era premeditada de forma irônica através de MEMEs
ainda na época de lançamento de Toy Story 3.
O terceiro filme parece realmente ter fechado um ciclo mas esta quarta aventura afirma quem manda na história, sempre foram eles, os brinquedos. Apesar de se passar num tempo atual, a forma como a tecnologia substituiu a brincadeira prática não entra em questão em nenhum momento – ela está banida da importância nesse universo para não tirar a atenção dos brinquedos, ao menos até agora.

Portanto, a melhor saída que o quarto episódio encontrou para nos mostrar uma trama que se sustenta com o tema é continuar mantendo os computadores fora disso – e, pra falar a verdade – são os brinquedos que acabam, ironicamente, tendo controle sobre eles (como a impagável e icônica cena do GPS, por exemplo), um dos motivos pelos quais se explora, de forma ainda mais escrachada, algumas das ações dos brinquedos como o principal centro das situações. Esse quesito, torna Toy Story 4 levemente (ou emocionalmente) mais cartunesco que os anteriores. 

Woody (Marco Ribeiro – Tom Hanks na voz original) se apresenta como o guia do esquisito novo no pedaço ao Garfinho (Forky, nome no original) – testemunhamos então uma relação paternal do caubói de pano nesse ponto – o novo centro das atenções tem, no fundo, no fundo, um tom sensível mas ao mesmo tempo custa um pouco para ganhar a mesma simpatia de Buzz Lightgear no primeiro filme. Apesar de sua simples história, ele constitui ampla complexidade na aceitação e entendimento, é necessário observar uma das principais e mais difíceis mensagens passadas na presença do novo personagem: até as pequenas coisas possuem seu valor.

E a pequena representante dessas pessoas amantes por pequenos grandes valores (e incompreendidas fora do seu mundo) é Bonnie, a nova dona dos brinquedos aventureiros, habilmente conduzida na sua importância de uma forma graciosamente incrível e genial. Dentre os novatos, o maior destaque é Duke Caboom (no original, é dublado pelo velho novo queridinho Keanu Reeves – uma bela surpresa) e Gabby Gabby como uma das melhores personagens já inclusas na cinessérie – sua importância entra em sintonia com a maturidade imposta pela trama.

Há mais humor que drama, mas não deixa de emocionar e encantar – especialmente afinando o lado romântico. O empoderamento feminino e a diversidade, este último espiritualmente implícito, se mostram temas essenciais de inclusão na história. Estas são as maiores características que nos fazem acreditar que Toy Story 4 se passa num tempo tão atual como nunca.

ATENÇÃO: FIQUEM ATÉ DEPOIS DOS CRÉDITOS

Memória Pós-Crítica
- Tin Toy, personagem do primeiro desenho em curta da PIXAR de 1988, faz sua ponta no filme (segundos antes da aparição de Duke Caboom). 

- Marco Luque (CQC – Custe o Que Custar, 2008-2015) é a grande surpresa do elenco na versão dublada. Ele dá voz ao personagem Patinho.

MEMÓRIAS DA SESSÃO
Mais uma vez, com problemas no site Ingresso.com para imprimir os ingressos, tenho que ir até a boca do caixa da bilheteria para solicitar impressão – me assustei ao vir uma moça com a filha pequena perguntando se ali era para pegar o ingresso que comprou online (uma área ali só estava reservada para pessoas especiais mas deveriam deixar claro ou, se não está, separar quem comprou online da fila regular para quem vai comprar ainda).

Mais uma cara emburrada disse que não tinha pôster do filme – isso tá realmente uma sacanagem, pagar pelo filme e não receber o brinde do UCI Unique. Beleza, fui para a sessão.

Assim que cheguei, uma turma estava sentada na fileira de fundo e uma garota sentada na minha cadeira – olhava de olho arregalado. Eu não entendi nada, mas perguntei se aquela poltrona era o 21 (aonde eu iria sentar). Como estava numa posição adequada e a turma parecia ser uma família junta, deixei pra lá. Repentinamente, a turma sai toda dali de cima depois que o povo vem chegando. Continuei ficando sem entender mais ainda e pensei: “-A gente paga o lugar pra outro sentar no seu lugar agora ?” realmente tá foda esse dia. Agora, escuta essa aí o que vem depois.

Mais uma vez, como de costume, as luzes são ligadas antes do fim dos créditos – um assistente fica ao fundo observando - e toda a sala sai. Até que ao descer, vejo que estava perdendo uma cena extra (o assistente que pegou os óculos 3D e logo tacou na sacola, não falou nada) saí com raiva com a certeza de que nunca terei aquela oportunidade outra vez (pagar de novo pela sessão 3D? Reclamar na gerência? Assistir em casa na TV 3D em Blu Ray 3D quando sair? De repente, quando tudo não fica caro, fica chato). 

E tudo acaba em pizza por que se eu for reclamar sozinho, não adianta. Então, botei pra fazer estardalhaço nas redes sociais até que alguém sugere algo interessante (ainda que de nada adiantou a ideia – mas valeu a intenção. Enfim).

Ponto EXTREMAMENTE POSITIVO na Sessão: Todo mundo aplaudiu o filme após as primeiras cenas pós-crédito.

SESSÃO CRÍTICA
TOY STORY 4
Sessão Acompanhada:  UCI Parkshopping - 17:45 - P 21 – 22/06/ 2019