BRINQUEDOS
NO COMANDO
“ O tempo vai passar...Os anos vão confirmar ”
apesar de ser fora do sentido com que a clássica canção “Amigo Estou Aqui”
(Originalmente You've Got a Friend in Me de
Randy Newman) do primeiro longa de 95 queira dizer, essas duas frases em
combinação nunca fizeram tanto sentido em Toy Story 4. O tempo realmente passa e sentimos o peso
disso na cinessérie da Disney/ Pixar.
Trama era premeditada de forma irônica através de MEMEs ainda na época de lançamento de Toy Story 3. |
O terceiro filme parece realmente ter fechado um
ciclo mas esta quarta aventura afirma quem manda na história, sempre foram
eles, os brinquedos. Apesar de se passar num tempo atual, a forma como a
tecnologia substituiu a brincadeira prática não entra em questão em nenhum
momento – ela está banida da importância nesse universo para não tirar a
atenção dos brinquedos, ao menos até agora.
Portanto, a melhor saída que o quarto episódio
encontrou para nos mostrar uma trama que se sustenta com o tema é continuar
mantendo os computadores fora disso – e, pra falar a verdade – são os
brinquedos que acabam, ironicamente, tendo controle sobre eles (como a
impagável e icônica cena do GPS, por exemplo), um dos motivos pelos quais se
explora, de forma ainda mais escrachada, algumas das ações dos brinquedos como
o principal centro das situações. Esse quesito, torna Toy Story 4 levemente (ou
emocionalmente) mais cartunesco que os anteriores.
Woody (Marco Ribeiro – Tom Hanks na voz original) se
apresenta como o guia do esquisito novo no pedaço ao Garfinho (Forky, nome no
original) – testemunhamos então uma relação paternal do caubói de pano nesse
ponto – o novo centro das atenções tem, no fundo, no fundo, um tom sensível mas
ao mesmo tempo custa um pouco para ganhar a mesma simpatia de Buzz Lightgear no
primeiro filme. Apesar de sua simples história, ele constitui ampla
complexidade na aceitação e entendimento, é necessário observar uma das
principais e mais difíceis mensagens passadas na presença do novo personagem:
até as pequenas coisas possuem seu valor.
E a pequena representante dessas pessoas amantes por
pequenos grandes valores (e incompreendidas fora do seu mundo) é Bonnie, a nova
dona dos brinquedos aventureiros, habilmente conduzida na sua importância de
uma forma graciosamente incrível e genial. Dentre os novatos, o maior destaque
é Duke Caboom (no original, é dublado pelo velho novo queridinho Keanu Reeves –
uma bela surpresa) e Gabby Gabby como uma das melhores personagens já inclusas
na cinessérie – sua importância entra em sintonia com a maturidade imposta pela
trama.
Há mais humor que drama, mas não deixa de emocionar
e encantar – especialmente afinando o lado romântico. O empoderamento feminino
e a diversidade, este último espiritualmente implícito, se mostram temas essenciais
de inclusão na história. Estas são as maiores características que nos fazem
acreditar que Toy Story 4 se passa num tempo tão atual como nunca.
ATENÇÃO: FIQUEM
ATÉ DEPOIS DOS CRÉDITOS
Memória
Pós-Crítica
- Tin Toy, personagem do primeiro desenho em curta
da PIXAR de 1988, faz sua ponta no filme (segundos antes da aparição de Duke
Caboom).
- Marco Luque (CQC – Custe o Que Custar, 2008-2015)
é a grande surpresa do elenco na versão dublada. Ele dá voz ao personagem
Patinho.
MEMÓRIAS
DA SESSÃO
Mais uma vez, com problemas no site Ingresso.com
para imprimir os ingressos, tenho que ir até a boca do caixa da bilheteria para
solicitar impressão – me assustei ao vir uma moça com a filha pequena
perguntando se ali era para pegar o ingresso que comprou online (uma área ali
só estava reservada para pessoas especiais mas deveriam deixar claro ou, se não
está, separar quem comprou online da fila regular para quem vai comprar ainda).
Mais uma cara emburrada disse que não tinha pôster
do filme – isso tá realmente uma sacanagem, pagar pelo filme e não receber o
brinde do UCI Unique. Beleza, fui para a sessão.
Assim que cheguei, uma turma estava sentada na
fileira de fundo e uma garota sentada na minha cadeira – olhava de olho
arregalado. Eu não entendi nada, mas perguntei se aquela poltrona era o 21
(aonde eu iria sentar). Como estava numa posição adequada e a turma parecia ser
uma família junta, deixei pra lá. Repentinamente, a turma sai toda dali de cima
depois que o povo vem chegando. Continuei ficando sem entender mais ainda e
pensei: “-A gente paga o lugar pra outro sentar no seu lugar agora ?” realmente
tá foda esse dia. Agora, escuta essa aí o que vem depois.
Mais uma vez, como de costume, as luzes são ligadas
antes do fim dos créditos – um assistente fica ao fundo observando - e toda a
sala sai. Até que ao descer, vejo que estava perdendo uma cena extra (o
assistente que pegou os óculos 3D e logo tacou na sacola, não falou nada) saí
com raiva com a certeza de que nunca terei aquela oportunidade outra vez (pagar
de novo pela sessão 3D? Reclamar na gerência? Assistir em casa na TV 3D em Blu
Ray 3D quando sair? De repente, quando tudo não fica caro, fica chato).
E tudo acaba em pizza por que se eu for reclamar
sozinho, não adianta. Então, botei pra fazer estardalhaço nas redes sociais até
que alguém sugere algo interessante (ainda que de nada adiantou a ideia – mas
valeu a intenção. Enfim).
Ponto EXTREMAMENTE POSITIVO na Sessão: Todo mundo aplaudiu o filme após as primeiras cenas
pós-crédito.
SESSÃO
CRÍTICA
Sessão
Acompanhada: UCI
Parkshopping - 17:45 - P 21 – 22/06/ 2019