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sábado, 5 de janeiro de 2019

[Sessão Crítica] WiFi Ralph: Quebrando a Internet 3D Xplus ~ Primeiras Impressões



Com Detona Ralph, a Disney apresentava uma obra que buscava unificar - no cinema - a fantasia e a tecnologia que mais vem faturando no mundo do entretenimento nos últimos anos: os videogames. Agora, 6 anos depois, chega WiFi Ralph, prometida continuação antes intitulada como Detona Ralph 2. O foco agora vai além dos videogames: A internet - a transição natural dos videogames para o ambiente dos multijogadores.

Retratando, ainda que indiretamente, o enfraquecimento de interesse pelos jogos de fliperama (a comparar com o crescimento de uma geração em Toy Story) o grande foco agora está associado ao universo tomado pelos usuários e grandes criadores de conteúdo - pessoas como nós e como você - que curte e compartilha alimentando a rede e o movimentado comércio de patrocinadores a favor da marca de grandes empresários. Isso tudo é mais um plano de fundo - um novo cenário, na verdade - para retratar a comovente relação de amizade entre Ralph (Pedro Laginha/ John C. Reilly) e Vanellope (Sarah Silverman/ Carla Garcia) - Carla que neste segundo filme, inclusive, substitui a influenciadora do Fotoloog e ex-VJ da MTV MariMoon, dubladora da princesa perdida e, agora, ex-corredora do carrinho de doces (Candy Rush).

A grande surpresa do longa é a personagem Shank, que no original é dublada por ninguém mais e ninguém menos que a Mulher-Maravilha Gal Gadot.

Mais uma vez unificando fantasia e comédia usando a linguagem moderna das novas tendencias tecnológicas, WiFi Ralph intensifica como nunca o entretenimento tratando de temas delicados como os perigos do amor excessivo associado ao sentimento familiar de amizade.

Como nem tudo é perfeito, vale lembrar que algumas promessas para a sequência de Detona Ralph - como a possível parceria com a Nintendo - podem também decepcionar. Já os detalhistas mais técnicos, sentirão falta de algumas explicações que incomodarão um pouco se as atenções voltadas a boa mensagem do longa não se tornarem suficientes. E mesmo com os certos cortes de cena vistas no trailer, a própria obra brinca agregando, de maneira bem inteligente, esses detalhes.


ATENÇÃO: FIQUEM ATÉ DEPOIS DOS CRÉDITOS 


MEMÓRIAS DA SESSÃO
Um dia de estréia nunca foi tão turbulento. Quinta estreava duas animações arrasa-quarteirão: O inesperado sucesso de O Filme: Dragon Ball Super - Broly e WiFi Ralph. Meu plano era assistir o novo filme de Dragon Ball primeiro. Assim que cheguei, vi uma inexplicável fila que parava até fora do cinema do Parkshopping em uma quinta normal (sem ser feriado) - a garotada estava de férias, só pode. Achando que era pra compra de ingressos, vi que não era, ao entrar, porém, havia uma outra filona pra comprar ingressos direto no caixa. Fiquei impressionado ao ver no telão o horário - estava muito em cima e crente que não assistiria DB porém, lembrei já na última volta da fila que o relógio deles estava adiantado em 20 minutos e um cliente atrás estava tranquilo ao falar ao telefone e desesperado para que o amigo viesse para não perder a sessão. Vi muitos com camisas de Dragon Ball (principalmente com ilustrações da saga Z das lojas Piticas, em especial). 

Chegando finalmente ao caixa, o atendente me diz que os ingressos para DB Super Broly já tinham se esgotado. Sessão era às 17: 25, estava crente de conseguir mas na incerteza ao ver que o nome do filme já não estava mais no painel. Então optei por assistir WiFi Ralph. Porém, um azar inesperado, assim que entrei na sala, vi que os trailers não estava exibido nenhum em 3D. Depois que veio o filme, logo na parte de apresentar a produção e a distribuição: "Ué! Cadê o logo da Disney ?" E quando começa: Minha Vida em Marte. Eu então notei que era o único ali com óculos 3D. Saí correndo da sala atrás da XPlus - bola fora também do recepcionista que só rasgou o papel mas não lembrou a localização da sala. Então, ao ver "XPlus" na porta, entrei. Como não percebi isso? Eu havia olhado para os lados e não percebi a falta do Xplus, só quando a tela clareou e aí já tinha começado o filme nacional. Então, o filme já tinha começado e ao ver minha cadeira, no meio de duas garotas, fiquei frustrado por perder tanto tempo de filme. 

O cinema abre as luzes nos créditos, mas eu fui o único a ficar até depois dos créditos e assistir a cena extra. Não parei de rir o filme todo, mas o público parece ter lidado com tudo bem friamente e quieto.  

E ao sair e voltar para o shopping, vejo uma figura conhecida, uma menina que costumo pegar ônibus no mesmo horário e ter um infeliz azar no último dia antes das férias igual ao que ela passou. Mesmo com R$ 20,00 o motorista da Viação Santa Cruz 643 não tinha troco - ela tinha R$ 50,00 e bateu boca logo depois de chegar bem educada dando bom dia ao motorista. A treta foi forte e ela saiu do ônibus pra pegar troco no posto de gasolina e resolveu ir embora deixando o motorista a ver navios. 

Depois que sai de novo do shopping, encontrei a moça no ônibus e chamei sua atenção perguntando se não era aquela menina que teve o problema do troco - ela então explicou e reconheceu o horário que pegamos o ônibus. Como ela tinha tatuagens no braço esquerdo, então tentei estender a conversa questionando sobre cultura pop, a mesma disse que tem preferência por filmes de Terror. Aparentemente, a moça loirinha estava dando atenção mas com aparente pressa - e eu ficava meio sem graça de ficar ali achando que estava "alugando o tempo" dela - mas foi bem prestativa quando falei do Santuário mas não pode anotar o endereço por causa do celular descarregado. Daí pra frente não desenvolveu muito a conversa e ela saiu como se eu não estivesse ali, eu sai cabisbaixo meio com sentimento de mala. De qualquer forma, tomei mais uma lição de passar a solicitar a criar cartões de divulgação. Assim que tiver condições financeiras, farei isso. 


SESSÃO CRÍTICA
WIFI RALPH
Sessão Acompanhada: 17:40 - L 3 - 4/ 01/ 2019 (Sexta-Feira)