Pela primeira vez, viajo duas vezes a São Paulo no
mesmo ano. É a primeira vez na vida que viajo duas vezes de casa para algum
lugar fora da minha cidade, inclusive nesse curto espaço de apenas 1 mês de
diferença.
Desta vez a viagem a São Paulo contou com trajetos
de trem e metrô da rodoviária para o evento. Passeio modesto para quem, em
1993, conheceu pela primeira vez a cidade com a família passeando no taxi
branco da cidade. Porém, a maior parte do tempo, caminhando à pé pelas ruas e
sentindo a grandeza da cidade mais industrializada do país.
E aquele ano de 1993, vou contar à vocês, foi o passeio que mais aguardei por todos os
anos. Eu admito que nunca gostei de viajar exceto para eventos específicos ou para grandes
cidades que não me faça ficar no meio do mato. Eu sempre gostei de grandes
cidades e agradeço à Deus todos os dias por ter nascido em uma. Mas São Paulo me
divide. Se eu quisesse sair do Rio eu iria pra São Paulo. Certamente, vejo São
Paulo como a minha segunda casa.
A ansiedade era muita naquele ano de 1993, mal
conseguia dormir, os dias passando e um dia antes, eu acredito que foi a
primeira vez que fiquei acordado até tarde aguardando por aquele dia terminar –
ao contrário, só demorou. Um dos meus melhores anos justamente por ser o ano
que conheci O Parque da Mônica, As Lojas Mappin, o Shopping El Dourado e, especialmente, a cidade de São Paulo. Infelizmente não
tivemos nenhuma foto daquela viagem pra registrar – por mais que tirássemos
fotos de todas as viagens aquela acabou não entrando, não sei o por quê. Se bem
que, do jeito que as coisas andaram na família, provavelmente eu não teria mais
essas fotos se tivessem sido registradas – por um lado eu penso: “ - Ainda bem
que ficaram apenas na lista das melhores memórias e no coração “.
Diferente do ano de 1993, essas duas últimas viagens
foram bem tensas. Com pouco dinheiro, a vontade de ir era muita – não perder
grandes momentos para serem contados – ao mesmo tempo que colocaria em risco
minha economia e as contas da casa. O
aluguel, certamente, é o meu maior carma de vida. Porém, tracei um plano para
os próximos anos que podem me ajudar – precisei eliminar a gula (e fechar os olhos e ouvidos das palavras e vozes de quem atende a esse tipo de pecado mas que não precisa de aluguel
para pagar – ou seja: "Ter aonde cair morto").
A Brasil Game Show 2018 foi sensacional – conquistei
o meu objetivo, que era conhecer o Daniel Pesina. A Capcom Pro Tour 2018 veio
como um golpe surpresa. Diante do inesperado emaranhado de lançamentos no
cinema, tive que fazer uma escolha: Assistir O Doutrinador e Johnny English 3.0
ou deixar de assistir Johnny English 3.0 (perdendo o fio da meada dos filmes
anteriores da série que também assisti no cinema – isso é horrível, para um
colecionador). Isso tudo acabou decidido
naquelas primeiras horas do dia do feriado antes da viagem para a CPT 2018 –
não tinha como desistir, as passagens já estavam compradas – foi como colocar
uma bomba relógio como foguete nas costas, me deixei sem escapatória, sem saída
para escapar de um esperado mais um dia de felicidade em São Paulo – eu queria
dar esse presente pra mim ao mesmo tempo que pensava o que seria de mim depois.
Foi graças ao amigo Marcio “Synbios” Yukio que me lembrou da Capcom Pro Tour:
Latin América. Daí, me recordei
vagamente que teria um grande evento de Street Fighter V por aí que teria
grandes astros japoneses dos campeonatos – na hora mencionaram até Daigo e
Tokido depois viram que seria difícil trazer Daigo. Outro grande evento que não
poderia perder, e mais a frente teria o evento Warpzone Essencial Street
Fighrer (17 de Novembro) um evento que prometi para mim que eu iria, fora o RGB Inside, um
evento retrô de jogos de luta organizado por Fabio Santana e Dennys Mechelassi
da CAPCOM dedicados a utilização dos mesmos rodando em TV com aqueles gráficos
pixelados “crocantes” com cabo SCART. AH! Meu Deus, por que tantos eventos e filmes
no mesmo mês? Deus não quer que eu fique rico. Só pode. Eu ia ficar rico final
do ano, era a minha meta. Porém, A CPT contribuiu na minha permanência de
continuar pobre. Mas rico de felicidade
com tudo o que aconteceu. Só agradeço à Deus, mais uma vez, e peço que o
processo de ficar rico só tenha se adiado mais um pouquinho mas que vou
conseguir o mais rápido quanto imaginei.
Imaginei que o evento do Essencial Street Fighter me
empobreceria com mais coisas sugestivas sendo vendidas por lá, isso é fato. A CPT foi uma escolha acertada e que me
alegrou muito por trazer algo além do que imaginava.
A sensação de
indecisão pairava em mim até o último minuto. No trajeto de VLT,
chegando a rodoviária Novo Rio um dia antes do feriadão e dois dias antes do
evento, coloquei na minha cabeça: “- Se não houver a promoção de R$ 54, 00 eu
não vou. “ E durante a confirmação após cair na lista de reserva do evento, o
e-mail passou batido e a sensação é de que recebi com atraso, logo veio um
e-mail negando meu pedido de participação por eu não ter confirmado a tempo
(isto é, 1 dia depois de receber o e-mail para confirmação). Marcio ficou
atento e aceitou à tempo.
Durante esse tempo, ninguém mais e ninguém menos do
que Eric "ChuChu" Moreira – um dos nomes mais famosos do Street Fighter no eSport (o primeiro de grande referência que vi na TV
durante a era de Street Fighter IV em um micro programa da Rede Globo durante a
madrugada – sim, era o Madrugames) me cumprimenta reservadamente seguindo com a pergunta a respeito se o “Mestre
Ryu Kanzuki” na planilha era eu e se eu já tinha confirmado pro evento. Até
aquele momento, entre sim e não, acabei dizendo que não iria então neguei minha
participação. Ainda assim, meu nick saiu da reserva e entrou para lista de
participantes.
Inicialmente, disse que eu não participaria do campeonato mas gostaria de fazer uma cobertura pra o evento. Pela lotação, o organizador tentou ver com seu chefe mas confirmou, porém, que a melhor forma seria ir para jogar. Então pensei na minha importância para a cena competitiva e aquilo me motivou a ir para o evento, sem medo de ser feliz.
Mesmo voltando ao e-mail atrasado e negando – com aquela dor no coração fortíssima – o meu nick permaneceu por lá. Enfim, Deus queria que eu fosse pro evento, ele disse pra mim que eu iria me divertir muito e que eu não precisaria me preocupar de ficar sem dinheiro depois – pra tudo tem um jeito. Então, eu voltei e confirmei o e-mail de novo, mandando mensagem pro organizador.
Inicialmente, disse que eu não participaria do campeonato mas gostaria de fazer uma cobertura pra o evento. Pela lotação, o organizador tentou ver com seu chefe mas confirmou, porém, que a melhor forma seria ir para jogar. Então pensei na minha importância para a cena competitiva e aquilo me motivou a ir para o evento, sem medo de ser feliz.
Mesmo voltando ao e-mail atrasado e negando – com aquela dor no coração fortíssima – o meu nick permaneceu por lá. Enfim, Deus queria que eu fosse pro evento, ele disse pra mim que eu iria me divertir muito e que eu não precisaria me preocupar de ficar sem dinheiro depois – pra tudo tem um jeito. Então, eu voltei e confirmei o e-mail de novo, mandando mensagem pro organizador.
Cada viagem para São Paulo é mágico. Aqueles dias de
trajeto Campinas, São Paulo e BGS 2018 foram inesquecíveis e vi aquilo tudo se
repetindo de novo para a CPT 2018. Algumas situações me fizeram recordar como a
cortesia da CPT Latam foi impressionante ao oferecer Pizza Creek e refrigerante de
graça para todos. Pizza Creek tinha de vários sabores, refrigerante não é mais
minha bebida mas optei por meu inseparável guaraná dos tempos que tomava
frequentemente. Felizmente, não fiquei com
fome e tirou meu receio de gastar horrores ali. A CAPCOM foi e está sendo uma mãe
para os consumidores e admiradores de Street Fighter V. Evento de graça e com
comida e bebida de graça tanto para os staffs quanto para os competidores ? Me
aponta algum evento que faz isso? A gente coloca no dedo.
Sem contar
com a estrutura. Eu e Marcio chegamos bem cedo pro evento – os soldados mais
exemplares. Ficamos um tempo aguardando ali, enquanto surgia um staff e outro.
Até que liberaram nossa entrada e acompanhamos um grupo entrando. O e-mail
dizia que o check-in seria às 09:00 e já eram umas 10:00, ninguém havia chegado
ainda. Então estávamos lá dentro, um colaborador conhecido como Fabio “Venon” Guimarães (também responsável por assinar os e-mails da CPT - se apresentou com seu nick mesmo) passava
as informações do local e então testemunhei em primeira mão toda aquela
estrutura maravilhosa do evento com cadeiras gamer, TV gamer da Benq e fone
gamer da Razer, Tudo muito luxuoso. Sem contar todo o cenário temático e o
telão. Incrível como anfitrião explicava e eu só pensava em levantar a minha
câmera pra andar filmando porém, acreditando que eram informações valiosas,
deixei passar batido e só prestar atenção. No final, me liguei em uma coisa e
virei pro Marcio: “-Estão passando informações para staffs! “ chegamos a essa
conclusão: “-Xii! Estamos aqui como penetras! OMG Que confusão! ”. A ficha nem
caiu, nem mesmo quando o anfitrião falava de escalar cada um para ajudar os
jogadores nas determinadas estações. Um dos staffs era veterano no cenário competitivo atual de Street
Fighter, desde o IV, e só jogou a fundo SFV na Temporada 1 chegando a Liga Platinum (considerada
a última liga na época antes de surgirem as ligas Diamond e Master). Porém, teve preferência pelos tempos de Street
Fighter IV. Jogava com Bison e passava umas dicas sujas, depois saímos para
tomar um café. E logo após retornarmos, já havia um grupo de jogadores aguardando
entrada.
Rostos conhecidos e rostos novos. Malhei para
reconhecer, só de tentar associar pelas fotos nas redes sociais. Entre eles, grandes surpresas, como
conhecer um grande jogador que conheci
num campeonato online se consagrando grande bicampeão e campeão de outros jogos
aonde exibe, em suas redes virtuais, seus troféus. Jogador Multijogos e, para a
minha surpresa, dentro de uma comunidade retrô de jogos de luta online conhecer
um jogador competitivo de Street Fighter V. Era ninguém mais e ninguém menos do
que: RTN Cobra (também conhecido como
Evil Cobra).
Em meio a nuvem de jogadores, eis que vejo de longe
uma garota de óculos escuros, pelos traços logo reconheci a possível única
garota a participar da CPT Latam: Nicole “Hinomoto Ani” – inicialmente descrito
como “ Nicole Nicole “ . Sugeri ao organizador a possibilidade dela entrar na
stream, mas não ocorreu.
O lance dos sorteios para as Brackets foi bem
assustador. Marcio jogaria com o mito Keoma – meu mestre Brasileiro de Karin –
e eu jogaria com a lenda Destroyer – o mais jovem talento do cenário
competitivo de Street Fighter V. Já aguardava uma fácil eliminação dupla logo
de cara. Daí surgiu um novo sorteio, com a chegada de novos jogadores fora da
reserva no sorteio e, por um milagre ou tragédia do destino, jogaria com o meu
melhor amigo, Marcio. Seria então uma batalha entre dois grandes amigos no
cenário competitivo Street Fighter V. Marcio tem mais bagagem, jogou por mais
tempo e chegou com bastante bravura ao
Super Platinum, caindo para a Liga Gold depois – e enquanto ele era Liga Gold,
eu ainda estava para começar a jogar Street Fighter V em Outubro de 2016.
Pedi ajuda ao Leo "Leokof02", o meu parceiraço do time
esportivo ProGamer (família esportiva, na verdade), para gravar a nossa partida. Procurei aplicar
os meus conhecimentos de “Option Select” adquiridos nas últimas partidas e
aprimorados no Street Fighter III 3rd Strike online e até que funcionaram. Foi
equilibrado e os poderes de Super Platina foram transferidos para mim por um
tempo.
Porém, na partida contra Baby Brasil tentei manter o
mesmo ritmo, manter a mesma calma, mas não adiantou, esqueci todo o processo de jogo
neutro e fui abalado pela pressão do seu F.A.N.G. acabei até fazendo aquele
procedimento de voltar à tela de seleção de personagens para pensar um pouco.
Consegui manter tranquilidade a maior parte do tempo e esse espírito fez o Baby
pular da cadeira algumas vezes – com os Crush Counters na rasteira, por exemplo. Senti que o Baby é
bastante emocional na partida – ele se parece comigo, mas tem um sentimento de
se manter firme, mais forte. A experiência falou mais alto – falta de
conhecimento contra F.A.N.G. pesou também.
A terceira partida, na “Losers”, contra SOA-RafaReis
admito que foi vacilo. Mais uma vez, deixando de lado a concentração num jogo
neutro, abalou minha precisão na partida e o timing dos agarrões de sua Laura
acabaram vencendo com aqueles combos absurdos. Olha que tenho muita experiência
contra Lauras, mas quando o timing não ajuda já era. Fora que a minha
dificuldade em se acomodar ao controle Hori
FC4 me atrapalhou também - o desconforto acaba se tornando repentino em comandos que exigem mais movimento em curto espaço de tempo como o "Orochi". E é por esse
motivo que preciso manter meu processo para ficar “rYco” e fazer logo esse
controlinho personalizado com o Chico da Brook o quanto antes para nunca mais
perder precisão de um joystick pro outro.
Durante o intervalo pós-versus com o Baby, conheci a
área de alimentação aonde o evento nos saudava com Pizza Creek e refrigerante.
Na área para pegar o elevador, olhei para uma moça de preto - deduzia que fosse
staff do evento ou uma das recepcionistas - ao lado do segurança – ela me olhou
de volta, com olhar receptivo, e continuei olhando, depois chegou o elevador.
No 6º andar com cobertura e uma vista ao fundo,
havia uma figura conhecida e curiosa, provavelmente eu nunca tinha visto antes
– era a estátua da Laura com o seu cenário do Brasil atrás, conhecida dos
eventos desde sua revelação na Brasil Game Show 2015 (após o vazamento). Entre comes e bebes, eis que me deparo com o
lendário FGC-Watcher se apoiando ali no canto da cantina, ele me reconhece me chamando pelo nome. A exemplo do
Gabriel2Silva, que me reconheceu assim que estava entrando no evento - bem no corredor para a entrada (ele se adiantou para me alcançar na caminhada). Eu que
fico na expectativa de encontra-los e eles me encontram. Fico feliz por isso
pois mesmo com as fotos, possivelmente não os reconheceria.
“-Essa Laura tá precisando de uma boa limpeza, heim ?” dizia o FGC Watcher analisando a estátua da Laura. Eu achava que alguns detalhes eram perda de pintura mas na verdade eram sujeira mesmo. Ficamos de tirar aquelas fotos iradas ao lado da Laura sugeridas pelo amigo FGC e acabaram ficando só pelo pensamento depois que fui chamado para competir no térreo de volta.
Levou um tempo por causa dos comes e bebes e do
elevador. Chegando lá, um cara sentado na cadeira me aguarda impacientemente –
com aquele comportamento dos jogadores online: “-Esperando esse Mestre Ryu ! “
não sei se foi a intenção mas achei a forma como ele falou e olhou para o lado como um atípico comportamento impertinente para um jogador considerado PRO (afinal,
representa um time esportivo). Já
imaginava também que seria outra pedreira previsível – geralmente ou em muitos
casos, jogadores que fazem fila tem fama de serem arrogantes mas essa geração
esportiva me fez mudar o modo de pensar ao ver que muitos buscam se
profissionalizar trabalhando até mesmo a imagem ou nasceu para esse tipo de
coisa com comportamento diferenciado.
Depois de tudo terminado, estávamos livres então
para curtir o evento. Marcio disse que ia pra dentro pois precisava descansar
enquanto assiste às partidas no telão. A tebela aparentemente foi sorteada para
que somente jogadores renomados aparecessem na streaming. A comunidade (melhor,
a audiência) mimizeia bastante quando
jogador iniciante vai pra streaming e jogador famoso não vai. Eu
particularmente acho que todos deveriam ter sua chance de aparecer mas sabem
como é o comércio.
De qualquer modo, eu e Marcio aparecemos pro mundo
todo curtindo o evento na plateia. E foram bons momentos. Que momentos. Ainda
rolou de conhecer uma lenda que salvou minha Karin da perdição total no Street
V: Kenryo "Mago" Hayashi (mago2dgod / mago2dgod_ps4) . O jogador japonês estava lá – aquele que considero como o “Daigo
Umehara que joga de Karin Kanzuki”.
Marcio me ajudou a registrar esse momento mágico aonde apresentei minha
Karin de bolso (a miniatura/ gashapon da coleção Capcom Fighting Evolution) e
ele adorou, tanto é que assim que estávamos nos preparando, ele segurou
empolgadamente a bonequinha, e unidos ali como se nós estivéssemos fazendo um pacto
(e seria ainda melhor se eu soltasse as mãos para deixar só ele segurando
enquanto eu deixava as mãos abertas saudando a sua benção). Uma bela união
entre Brasil e Japão – e os jogadores são bem abertos. Marcio ainda me apresentou Hiromi "Itabashi Zangief" Kumada e Kubo "StormKUBO" Arashi (jogador irônico de Abgail, morria de rir nas streams – de nervoso ou um jogo de estratégia ? ) . Conheci também Tatsuya Haitani e seu Akuma
competindo com o talento brasileiro mais recente com o mesmo personagem, Arturo
Rey.
Voltando para mais uns Pizza Creek da tarde, vejo o
Dennys devorando umas 4 daquelas ao mesmo tempo. O negócio era tão inacreditável
que os jogadores chegavam e sempre perguntava se podia pegar mais um pedaço
quando na verdade poderia pegar o quanto quisesse, sem limite. Estávamos num
sonho com um evento daquela estrutura.
Voltando, eis que reencontro a staff de roupa social
e ela estava por ali – fiz uma brincadeira com a situação e ela então disse que
era segurança e deveria ficar responsável por aí. “- Ela então era segurança !
” respondi pra mim mesmo, surpreso, sobre aquela moça simpática. Se o Anderson
Deco estivesse por ali, certamente faria ela cair na risada.
O amigo Marcio foi o meu maior guia dessa viagem.
Nos trajetos então concordamos o quanto São Paulo é incrível – era a sua
segunda vez na cidade. No processo de
saída do evento – que era previsível a extensão dela (tanto é que comprei
passagem de volta pro último horário e não rolou a promoção por ter sido muito
em cima da hora então gastei mais nessa viagem do que dois dias de evento da
BGS, mas não reclamo por todo o resultado) chamei o FGC Watcher para tirarmos
aquela foto para registrar (na falta de tirarmos a foto com a Laura no 6ª andar
que já havia fechado ). O amigo FGC deu aquela força incrível com belas fotos.
No caminho para pegar o ônibus eis que alguém
assovia e vejo Juliano Rocha ao fundo com um cara que não visualizei a imagem
direito. Juliano é também um jovem talento do Street Fighter V – Jogador de
R.Mika, um dos melhores do Brasil. Reconhecendo-o como uma pessoa gentil, não
teria feito aquele assovio, porém, logo percebi depois que ele me disse de quem
se tratava daí lembrei que o mesmo tentou alimentar uma treta em uma situação aonde me senti prejudicado num determinado evento online.
Ao parar para dar atenção, uma mulher de idade passa
a minha frente. Fiquei calado, mas poderia ter dito: “-Estou na sua frente!” da
mesma forma que ocorreu na rodoviária ao comprar as passagens, um homem de
idade passou a minha frente (porém, desatento) um amigo dele que estava atrás
junto com ele disse: “-Não liga não, ele tá bêbado! Nem tá ligando pro que tá
na frente! Nem te viu! ” Eu podia ter reclamado mas na minha cabeça o cara
passou e eu deixei achando que era preferencial.
O engraçado é que quando a gente reclama, o errado
somos nós. Enfim. A educação muda também com esse povo com mente de pobre como a da mulher de idade que passou na frente (e
nem parecia ser muito de idade assim). Não é querendo jogar praga na minha própria cidade, mas parece que só de embarcar pro RJ, nego é movido a causar confusão. De São Paulo, voltando para o RJ, posso notar
a diferença sombria e abismal de educação. Os cariocas adoram uma malandragem e
o paulista é receptivo demais. O amigo Marcio foi o meu maior guia dessa viagem.
Nos trajetos então concordamos o quanto São Paulo é incrível – era a sua
segunda vez na cidade.
Recordei então, num balanço, o quanto o paulista é
atento aos detalhes. Assim que saí da plataforma da rodoviária em direção ao
metrô um motorista perguntou para onde eu iria, explicou o processo de ir à pé
e ofereceu o seu serviço por KM. Sem contar a vantagem do transporte integrado:
trem + metro, por ironia do destino: “-Até parece o Rio de Janeiro” só que não.
MEMÓRIAS
PÓS-EVENTO
Hinomoto
Ani (Nicole) – Foi difícil se comunicar. Pela
primeira vez, tive um contato direto com uma amiga fora do Brasil frente a
frente. Trocamos apenas umas 3 ou 4
frases. O amigo Marcio ajudou no processo, traduzindo do português pro inglês
pra amiga Chilena. Nos reencontramos dentro do elevador mas não ocorreu nenhum
diálogo. O amigo que a acompanhou no evento – jogador de alto nível também,
inclusive, disse: “-Tchau, Nicole! ” enquanto ela descia. O garoto falava
português mas parece ter nascido na Coréia, segundo a representação da bandeira
na transmissão em que ele apareceu jogando.
Lanche
da manhã no Estabelecimento – O staff da CPT veterano
de competições perguntou de qual estado eu era e então me lembrei de perguntar
ao vendedor da padaria o nome dos salgados para então não criar confusão na
hora de pedir. Foi uma situação engraçada se lembrar agora.
Recepcionista
do Check-in - Uma hora perguntei “-Aonde estão
distribuindo lanches ?” ao ouvir uma staff. O segurança disse pra mim assim:
“-Pergunta pra aquela garota bonitinha que ela te diz! Aquela garota bonitinha
ali ó! “ ele apontou pra loirinha. A loirinha foi bem comentada pelos
presentes. Fico feliz ao tomar coragem de tirar foto com as recepcionistas
apesar que eu estava cheio de vergonha. Feliz que o Marcio conseguiu naquele
sol e luz pra todo lado. Eu ainda queria ter tirado uma foto com a segurança do
evento, aquela simpaticona, só pra registrar, mas a timidez apertou. A vergonha
aperta todo o tempo mas a gente precisa enfrentar pra viver.
Robinho
FGC – O outro mestre brasileiro de Karin estava no evento
mas não consegui identificar. Eu olhava e desconfiava o tempo todo para alguns
rostos tentando ver se reconhecia. E eis que ao assistir a transmissão gravada,
vejo que ele estava degraus abaixo de mim brincando com os amigos, colocando
chifrinho, rindo e tudo. Brincalhão igual nas suas streamings. Nem acredito que
o ídolo estava lá debaixo do meu nariz e não o conheci.
KidMagia
(Júlio
Mayer) – Comediante mesmo. Figura
carismática e carimbada que, inclusive, modera as principais comunidades de
Street V nas redes sociais. É responsável pelas frases mais engraçadas do
evento que causaram grande distração durante as partidas. Eu chorava de rir,
parecia os tempos de fliperama. Durante uma partida aonde um determinado
jogador criava um jogo avançado e ofensivo para o inesperado comeback ele descrevia sempre: “-Só faz
isso?” provavelmente tirando sarro das linguagens mais faladas na geração de
jogadores profissionais brasileiros do jogo. O seu timing para as falas era
impecável mas os outros jogadores parecem já saber de cor e salteado e nem se
impressionava.
Reconhecimento
– Apesar
de muitos no cenário competitivo questionarem meu nick, a permanência ajudou
para que amigos que só me conheciam na internet me reconhecerem ou então amigos
que acompanham meus trajetos pela web descobrir que eu também estaria
participando do evento.
AGRADECIMENTOS
ESPECIAIS
Marcio
“Synbios” Yukio - Depois de me ver enrolado nas infinitas
entradas e saídas da longa estação de metrô (acabei pagando duas passagens) me
deu uma força e disse que a recompensa foi a parceria. Sempre estaremos juntos
nesses trajetos. Também disse que gostaria de se encorajar em tirar fotos por
onde andasse. Já podemos nos preparar para que o amigo Marcio se torne nosso
fotógrafo oficial ou ele mesmo se mostre motivado nesse caminho. Já formulo a
hashtag #MarcioparaFotógrafo .
Leonardo "ProGamer I Leokof" Barbosa - O cara que abrilhantou na gravação da partida com o Marcio com apenas algumas dicas, mostrou com todo o carinho e detalhes tanto as jogadas quanto todo o cenário. Ficarei eternamente agradecido. #Leokof02paraCameraman
Maiores detalhes e registros do evento nas fotos do perfil no
Instagram
e em breve vídeos no You Tube.