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sábado, 20 de outubro de 2018

[Sessão Crítica] Venom - 3D Xplus

SUPER-HERÓI AO AVESSO


Depois que a Sony dividiu o Homem-Aranha com a sua casa de origem, a Marvel Studios,  
eles pareciam desesperadamente pensar em ter um aracnídeo só deles. E a vítima da vez foi Venom,
um dos maiores antagonistas do amigo da vizinhança se torna aqui uma espécie de super-herói
ao avesso.
Tudo o que conhecemos das histórias de origem, vistas nos filmes do Homem-Aranha,
é reinterpretado de uma forma pessimista na visão de Venom, para caracterizar bem de que ele não
é um Homem-Aranha mas sim um anti-herói. Mas nem tudo é feito de uma forma que faça jus
à ideia – principalmente a conclusão – o que enfraquece muito a relação do personagem com
o público.  Porém, os mais entusiastas poderão encontrar algum interesse em conhecer melhor
quem é o Venom de raiz dos quadrinhos.
O longa, portanto, deveria ser mais pesado, prometido para ter uma faixa etária alta (a exemplo
de Logan) mas não é isso que vemos, ao menos no seu lançamento no Brasil. Encontramos então
uma adaptação reencarnando um personagem imponente e ameaçador num longa despretensioso
e com cara de aventura genérica muito aquém da era em que encontramos outros provindos
dos quadrinhos mais obscuros, como As Tartarugas Ninjas e O Máskara, deixando de serem
mais sombrios para uma visão mais simpática com o público. A fórmula deu certo com eles,
mas ficou estranho para o alienígena simbionte negro.
Venom busca essa tentativa de aproximação mais amigável com o espectador casual,  
porém, todo o processo de evolução do personagem na tela, Eddie Brock, na pele de Tom Hardy,
é aparentemente desperdiçado com toda a correria de videoclipe, criando um desenvolvimento frio
e desinteressante. Oferece interessantes propostas mas sem aprofundar dramaticamente o luxo
ao limbo.
Uma dessas boas propostas, é tentar trazer uma visão ampla da origem do simbionte,
o que poderia se desprender para um um longa voltado para um universo de terror com monstros
– a altura dos clássicos da Universal. Infelizmente, nada disso acontece.
Por outro lado, se o longa for visto como um trabalho de universo caricato e paralelo
aos filmes do Homem-Aranha, pela essência de humor negro, ele poderá se tornar
um entretenimento razoável apesar das doses já bem conhecidas que se refletem numa visão geral.
O prometido e pesado sentimento de gênero terror da divulgação é deixada de lado no processo
de suavização do longa – mesmo com o sucesso exemplar de Logan, a Sony, sem explicações
plausíveis como sempre, resolve correr atrás e desperdiçar uma grande oportunidade, ou  o melhor,
uma oportunidade de ouro em mostrar Venom como veio ao mundo ou ficou conhecido.
Atenção: Fiquem depois dos créditos


  Memórias da Sessão

Com o dia da votação logo no domingo, eu fiquei receoso em sair de casa no Sábado.
Mesmo assim, consegui me animar e conferir o longa. Porém, um grande problema.
O site Ingresso.com não imprimiu o meu ingresso e eu tive que ter esse trabalho de sair um pouco
mais cedo de casa para pegar a impressão no atendimento do caixa. E ainda, pra completar o azar,
cai uma chuva daquelas. Um movimento desconfortante de carros subindo e descendo na rua que mal
dava pra se locomover. Na escuridão da noite.
Na correria, disputando espaço com um bando de gente no shopping, consegui chegar a tempo e o caixa
me recepcionou de uma forma super rápida. Eu olhei pra ele e ele olhou pra mim, nem acreditei de tão rápido.
Fiquei super agradecido. A fila estava imensa. Assim que entrei, já estava rolando os trailers.
No fim, todos ficaram até o fim dos créditos – apenas uma parcela muito pequena de casais saíram.
O UCI respeitou o tempo de rolagem dos créditos até a cena do meio. Diferente da maioria dos filmes
do universo da Marvel Studios, a cena do fim dos créditos é na verdade uma bela propaganda.

 SESSÃO CRÍTICA--  
VENOM
Gênero: Ação
Sessão Acompanhada: UCI Parkshopping – P 09 - 20: 00 – 06/10/2018 (Sábado)