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domingo, 16 de setembro de 2018

[História dos Videogames 14+] Encontros & Desencontros na GAME XP



A POSTAGEM À SEGUIR NÃO É ACONSELHÁVEL PARA MENORES DE 14 ANOS
CONTEÚDO: LINGUAGEM INAPROPRIADA


Quando finalmente anunciaram a chegada de uma edição da GameXP independente do Rock in Rio, logo me preparei a dar prioridade às notícias e aos dias do evento. O suspense em aguardar a resposta do processo seletivo de credenciamento de imprensa era crescente a cada minuto. No dia selecionado para a resposta, houve uma prorrogação e o suspense quase explode meu coração. Felicidade imensa ao conseguir ser veículo selecionado no processo para cobrir o evento. 

Com a minha rotina exaustiva, não pude estar presente no Loading GameXP e nem no dia de Quinta – dias que aparentemente foram mais tranquilos. O Loading GameXP é especial para os credenciados para apresentar todo o evento. Esse dia seria especial para de repente conhecer todos os Omeleteiros ou até mesmo Roberto Medina. Se não fosse por isso, eu não estaria rodeando os três dias atrás do Érico Bogo.

E veio a amada e deliciosa Sexta – Feira de feriado 7 de Setembro toda bonitona.  Meu primeiro dia de evento, após um longo trajeto de Van com BRT. Logo naquele clima agradável da tarde refrescante, não sabia exatamente o que tirar foto ou gravar de tanta grandiosidade. Nada me fazia ficar satisfeito em reproduzir através de aparelhos eletrônicos – parece que nada reproduziria tamanha beleza que via nos meus olhos – com infinita superioridade de resolução do que qualquer câmera da Terra. Minha exigência por perfeccionismo me alimentava esse sentimento.

Assim que passei pelo Desafio Spiderman, encontro duas estranhas conhecidas do mundo Cosplay – Nicole como uma bela maga do League of Legends  e, finalmente, Amanda de Chun-li. Assim que vi, nem acredite, as duas correndo em trem, me viu no meio do caminho, Amanda levantou a mão para me puxar: - Vem! Vamos para o camarim depois iremos comer.

Estavam mortas de fome e não estavam pacientes para tirar fotos naquele momento. Mesmo assim, pararam para darem atenção à todos os visitantes da freira com o maior amor do mundo. Quem vê por fora nem sabe o quanto estes Artistas Independentes sofrem com assédio. Mas nem sempre é assim. Tem artistas que adoram assédio, desde que seja de bom senso.

Enquanto os cosplayers mais populares não conseguem aproveitar o evento fantasiados, os mais novos preferem ir de cosplay para aproveitarem o evento.

Me dispersando da Nicole e Amanda no trajeto, encontro  outra cosplayer muito querida dançando com outras na Arena Just Dance 2019. Era a Luiza – O Soldado Invernal – que com aqueles olhares misteriosos me entregava uma de suas armas para tirarmos uma foto no Barra Anime World. Por trás daquele cosplayer existia uma bela e jovem moça, mas que pouco sabia sobre. Apenas sentia uma grande sensibilidade em sua voz serena quando dizia seus dados para que eu pudesse marcar suas fotos nas redes sociais.

No meio da dança, eu coloco as mãos levemente em suas costas a fim de chamar atenção e daí ela vira, abre aquele sorrisão – era o nosso terceiro encontro (no segundo, eu a vi sorrindo pela primeira vez, no Geek & Game Rio Festival 2018) -  e me abraça de uma forma surpreendente, como se jogasse todo o seu corpo pra cima, eu não sabia como lidar com aquele mulherão, mas queria corresponder o máximo que pudesse com respeito. Ela estava bem animada naquele dia e até me animou. Foi o melhor  e mais divertido dia do evento pra mim e ela praticamente lacrou isso.  Nunca imaginei tanto amor vindo da parte dela, desde que a conheci com aqueles olhares frios do nosso primeiro encontro, mas era só interpretação.

Será que ela era do signo de Peixes? Pela sua sensibilidade e tudo. Ainda não perguntei. Mas com certeza nos aproximamos bem melhor e mais do que eu imaginava. Nunca imaginaria estar tão próximo de uma cosplayer algum dia assim. Sempre foi muito complicado pra mim, ter uma aproximação mais íntima com garotas desse meio pela sua rotina artística.

Se Rock in Rio é Por Um Mundo Melhor, eu diria que a GameXP foi o evento do amor, de certa forma. Seguindo a linhagem da galera do rock mas muito bem focado no público carioca que curte games  e cultura pop. Senti falta de mais cosplayers de games circulando, a maioria praticamente só se vestiu para fazer apresentação e concorrer à uma premiação valiosa. Investiram muito pesado nisso, todos eles. Teve até Metal Slug, uma grande surpresa, e Rockman X.

O Sábado foi uma tremenda correria, mas pude conferir pelo menos umas 4 horas de evento.  Tentei sair um pouco mais cedo na expectativa de chegar mais cedo no Domingo. Assim que recebi a mensagem de um amigo confirmando eu me animei de preparar tudo cedo.

Domingo foi o segundo melhor dia. Mesmo com uma situação desagradável que passei nos bastidores e que me deixou bastante entristecido e desvalorizado. Aquele sorriso e aquela imensa felicidade conectada sem medo algum – de 100% caiu para 0 – e logo me preparei para dar as costas e sair de vez do evento. Chutar o balde mesmo. Porém, eu pensei na Iara. Sim, a Luiza. Aquela mensagem que ela me enviou me animou muito. “-Vamos voltar juntos!” nós íamos pelo mesmo trajeto sem saber. Então ficamos nos comunicando periodicamente pelo celular.

Uma das minhas alegrias em meio a busca por Érico Bogo é encontrar Mantovani – CEO da poha toda : The Omelete Group e GameXP. Foi muito solicito e simpático.  Ele e seus amigos fizeram trocadilhos com a palavra Omelete de forma irreverente. “ – Omelete não é bom ?  ” Ele perguntou e eu respondi: “ - Porra, bom pra caralho....!!! ” um dos engravatados que o acompanhava então respondeu: “-Frito, melhor ainda!”. E todos riram. Na gravação do vídeo promocional, a correria foi tanta que ele acabou não dizendo o nome do nosso veículo. Mas esbanjou muito entusiasmo e simpatia.

E falando na Lully, ela surge dançando Just Dance 2019 no dia de domingo.   “-Quem quiser tirar fotos, estarei aqui embaixo!” Muito simpática, mandou beijo pra todo mundo. E nós tiramos a nossa segunda foto e finalmente gravei um vídeo promocional com ela.  Daí eu lembrei que nos vimos pessoalmente, pela primeira vez, num evento dedicado ao filme Blade Runner 2049. Eu não tenho a habilidade de abraçar e beijar como alguns tem, mas ao menos tentei dar um abraço. Espero que ela entenda que eu seja ultra tímido e inseguro com a minha aparência. Ela é uma baita cinéfila do You Tube, bem divertida, e tão simpática quanto eu imaginei. Finalmente tiramos a nossa segunda e melhor foto. Uma grata surpresa sua participação na GameXP. Voltei á arena bem na hora que ela estava no final de sua participação dançando com o público no palco.

E encontrei o jogador de Ryu que ganhei minha primeira medalha na vida e num campeonato de videogame, Street Fighter V (link no Facebook). Estava lá o João Paulo “Anakin” Nogueira que me reconheceu, ele estava de Homem-Aranha – bem inusitado. Ajudei ele a usar o disfarce e pedi ajuda a àquele que não sabia se era.

Numa das posições, ele fez posição para atirar teias agachado e eu apontei pro mesmo lado mas ficou cortado a situação – “-Tá apontando pra onde ?” ele perguntou.  Depois tiramos mais uma foto e ficou certinho a posição – eu havia feito o anterior de última hora, sem imaginar em algo.

Assim que eu olhava, prestando atenção no assunto, o jovem que em ajudou a tirar foto era ninguém mais, ninguém menos que Everton – NaoSeiMeuNome. Esse jogador ganhou a medalha de Primeiro Lugar no primeiro campeonato que competimos e numa partida casual em outro evento ele também me tirou e depois voltou a dançar Just Dance. O assunto “Just Dance” me fez prestar mais atenção pra ele e pude então reconhecê-lo: “-Ei, você joga Street Fighter, né ? ” Ele então confirmou.  Senti temor contra seu Ryu como nunca senti em outro nas ranqueadas que encontrei. Ele praticamente tirava cartas na manga que surpreendiam depois saia rindo pra dançar Just Dance. Só pelo seu nick, ele já se mostrava um cara zoero.

Como ele estava no camarim Cosplay, logo na recepção, ao lado da entrada, pegando a bolsa, eu perguntei qual era o seu Cosplay: “-Jogador de Just Dance” – não podia ser outro, ele estava com uma das luvas vestidas na mão ainda. Perguntei a ele de qual Liga era em SFV (como era um jogador de Ryu forte) então ele respondeu: “-Platinum” então era isso. Platinum. Eu era uma Karin Super ou Ultra Silver e estava encarando um Ryu Platinum o tempo todo. Por isso era imbatível, por isso o controle era maior. Pior que eu enfrentei um Ryu Platinum num campeonato online recente muito forte, vou até precisar olhar depois quem era.

Everton disse que costuma ir nos eventos de Street V na  Bar Beer Festival, tem ciência do Barzinga mas ainda não apareceu por lá com seu Ryu apavorador.

O jovem lutador dançarino disse que jogava de Dudley em Ultra Street Fighter IV e joga com ele desde o Street III. Assumiu que, assim que sair o Dudley em SFV ele deve largar o Ryu.

Já ao cair da noite, no meio do caminho, num túnel de saída da área de tecnologia, encontro Thiago Romariz mas acabo não podendo tirar uma selfie ou foto com ele devido o problema da câmera. Então pedi para que ele gravasse apenas um vídeo promocional. Nota: O apresentador até ficou um tempo esperando eu ajeitar a câmera pra ver se a gente tirava a foto. Muito solicito e tranquilo. Não consigo falar com Pandroni mas consegui conhecer o Romariz, é muita felicidade pro meu caminhãozinho digital.

Ao subir as escadaria e chegar à área extrema, encontro um velho amigo – irmão de um irmão meu, os dois são irmãos meus, na verdade. Uma amizade que dura mais de 20 anos. Ela me apresentou sua namorada e ela me lembrava a Lully de Verdade. Lully é a You Tuber que fez uma conexão valiosa com a gente num vídeo promocional do nosso blog. Eu e Gabriel, o irmão do meu amigo irmão Moisés, ficamos rindo com a comparação.

Assim que me dispersei, encontrei um amigo da Warpzone, Jaime, o qual estávamos marcando desde o dia anterior. “-A dica é não marcar encontro!” era mais ou menos assim que ele comentou e foi assim que nos encontramos por lá. Seu parceiro, André, chegava ao local com toda a aparelhagem para filmar a roda gigante. Estávamos na entrada da Game Arena da Oi. Local que eu não conheci desde o meu primeiro dia de evento.

Luiza estava desaparecida até aquele momento e eu fui fazer meu lanche e depois pegar o celular que deixei numa área de recarga da Oi. Todos procuravam por Luiza, que deixou seu celular com Nicole. No final, todos acabaram se reencontrando no mesmo lugar – acidentalmente entrei na arena aonde começaria o campeonato cosplay com Marcelo Hessel apresentando no palco.

No final do evento, encontro Nicole que aponta para a Luiza, vestida de Mulher-Aranha, de costas. “-Acabei de te mandar a mensagem!” então eu olho e confirmo que ela havia enviado pra avisar aonde estava.
Lá estavam um rosto conhecido da nova geração cosplay que eu havia conhecido juntamente com Nicole, a Bruna – a “ Hera Venenosa “ do Barra Anime World – que agora estava de Mary Jane junto a um grupo de garotas cosplayers de super-heroínas, uma delas uma Mulher-Maravilha incrível.

Mais ao fundo, encontro o casal de Megaman X que havia acabado de sair da apresentação do palco mas não alcanço pra tirar foto. Em compensação encontro o trio de modelos profissionais do evento como Superman, Capitão América e Deadpool. “-E aí, você de novo ?” disse Dan, o Capitão, quando nos cumprimentamos. Na hora de ir lá tirar a foto: “-Tem fila, amigo!” outra vez sou barrado de tirar foto pela enorme fila. Uma colaboradora do evento me ajudou a tirar a foto, disse “-Coitado, deixa ele tirar!” mas era a fila, e não era  primeira vez que explodiu uma fila do nada nas minhas costas. À tarde foi a mesma coisa, na arena do Just Dance. Desisti de tirar e acabei encontrando uma cosplayer que estava de Tempestade, e depois descobri que ela estava de Lara Croft na Sexta. Nem a reconheci pela maquiagem.

A moça que me ajudou a tirar as fotos, anteriormente também me pediu para ajudar a tirar suas fotos, que depois pediu para que a mandasse por Bluetooth mas posteriormente decidimos que seria melhor enviar pelo WhatsApp.

Assim que retornei das fotos com os modelos, Nicole me vê aproximar, com um sorrisinho sem graça, e diz: “-Eu vi o vídeo!” um dos vídeos que gravamos que foi pro ar. Logo vi que ela não curtiu o vídeo, eu também não curti. Então cogitamos gravar um outro futuramente. “-Só gravei por que eu gosto de você.” Disse ela, de uma forma super dócil. Expliquei então que a intenção inicial era gravar assim como aconteceu com a Amanda de Chun-li, com um cenário do evento no fundo ao invés do fundo branco. Mas pensei em sua necessidade de pressa. Estava agoniada para tirar a roupa no camarim e daí lembrou: “-Você disse que ia fazer alguma coisa comigo!”; “-Isso! gravar um vídeo!” Ela então manteve a roupa pois estava prestes a tirar o cosplay pra curtir o evento como uma garota civil e fora dos holofotes.

Após o fim do evento, as atrações extras aconteciam por mais alguns minutos. Levamos Nicole para casa e segui com Luiza junto com um generoso irmão de um conhecido delas, cosplayer de Thor – sua voz era bem parecida com o ator dos filmes, inclusive. E voltamos num BRT com um monte de presentes no evento com seus cabelos e roupas coloridas com os crachás super legais da GameXP. Esse fim me lembrou bem o tempo em que fui ao saudoso Rock in Rio III em 2001 e voltei pra casa com um pessoal na madrugada se dispersando para as suas casas e o mais legal ainda é que foi na rua do meu antigo bairro aonde passei toda a minha infância e início da juventude.

E nesse fim de evento consegui aproximações maiores com alguns cosplayers. Ainda que meu trajeto artístico siga um caminho diferente, consegui me identificar com muitos de seus sentimentos.  O dia, de certa maneira, estava à salvo apesar de algumas decepções.

M E M Ó R I A S   P Ó S – H I S T Ó R I  A
FILAS PARA TODAS AS ATRAÇÕES. 95 MIL VISITANTES E IMPACTO DE R$ 53 MILHÕES NA RECEITA (SEGUNDO O MINISTÉRIO DA CULTURA, E NÓS ESPERAMOS QUE ISSO NÃO SEJA DESVIADO). O EVENTO QUE O RIO DE JANEIRO PRECISAVA

DURANTE O CAMARIM, SUGERI A AMANDA IMITAR UMA CENA DE STREET FIGHTER II O FILME. FOI O MAIOR SUCESSO
REENCONTRANDO A LULLY DE VERDADE
PIERRE MANTOVANI, CEO DA CCXP, THE OMELETE GROUP E GAMEXP

 
MOMENTOS INCRÍVEIS COM A LUIZA, COSPLAYER PROFISSIONAL DE “SOLDADO INVERNAL”. NA ÚLTIMA FOTO, ELA DIZ: “- AGORA VAMOS TIRAR UMA FOTO TIPO NADA À VER !“. VIDA LOUCA NA GAME XP, MEUS AMIGOS.
NOTA: ESSE FOI O ÚNICO DIA EM QUE A LUIZA CURTIU PELO MENOS UMA FOTO MINHA NO FACEBOOK. MAS ELA JURA DE PÉ JUNTO QUE ESTAVA BÊBADA. (Certamente estava, para curtir uma foto minha no Facebook)


Possíveis “Cameo” ? Na Sexta, acompanhando Amanda e Nicole no camarim cosplay, falaram que o Hessel apareceu abrindo a porta, ficou boquiaberto e depois fechou. Praticamente nem vi. Perdi minha chance de tirar foto com o Hessel. Quando ele se revelou como o apresentador do Concurso Cosplay, tudo então se conectou.

QUE MULHER-MARAVILHA É ESSA, MINHA GENTE ???




PAPO-CABEÇA
UMA NOTA FINAL SOBRE AS BRINCADEIRAS
QUE HOMENAGEIAM OS SIMULADORES
Uma ideia interessante para os eventos futuros é se toda a ação dos participantes das atrações pudesse ser reproduzida em forma de computação gráfica (como se as crianças estivessem dentro do game – a exemplo do PlayGame, estrelado por Gugu Liberato).  Isso cairia bem para a Arena PES – Pro Evolution Soccer – que se assemelhou a um simulador de escolinha de futebol com alvos estratégicos na rede. 

A forma como tudo isso viesse a ser revisto da maneira correta, através do sugestivo simulador de realidade virtual, se tornaria ainda mais promissor. Tudo ainda projetado de uma forma bem inicial.