Apresentado em Capitão América: Guerra Civil, Pantera Negra
recebe o tão aguardado longa solo desde que deixou sua marca. A Marvel Studios,
com a notoriedade que ganhou e por ter se tornado a referência não só para o
gênero como para o cinema – trazer dos quadrinhos a fórmula dos universos
compartilhados – nos surpreende e ousa ao trazer um filme de Super-Herói
protagonizado por um elenco negro, uma representatividade como raramente se vê
no gênero.
Porém, há como aproveitar a obra além de sua importância
social. Alguns ainda poderão comparar a história com a de O Rei Leão da Disney,
acredito que tenha sido uma referência proposital. A homenagem cai muito bem ao
descrever a trajetória de um rei e sua família numa aventura de ação e fantasia
aonde nem tudo é o que parece – as reviravoltas muito bem elaboradas dizem por
si só, envolvendo também espionagem; camadas culturais e religiosas, características
africanas em todo um contorno visual e trilha sonora (com leves modernizações) em um capricho exorbitante.
A Marvel Studios conseguiu aqui um grande avanço em sua
fórmula “Sessão da Tarde Cinematográfica” sem profundidades superficiais e
alguns momentos que passam a se tornar marcantes com o tempo em que passamos a
pensar neles. Porém, nem tudo são flores – a edição das batalhas são sem
impacto para um longa que busca ser tão ousado, o que afeta momentos
simbólicos. Uma história de ação que busca ser épica exige cenas de luta
bastante agressivas na edição, nesse ponto, eu diria, a rival, Warner/ DC sai
na frente (Mulher-Maravilha consegue dosar de forma excelente essa sensação de
história épica e lutas impactantes).
A Marvel Studios já prova que sabe fazer história, criar um
visual deslumbrante e atualizar seus Super-Heróis para o cinema do Século XXI.
Agora, o que ela precisa nos provar, são de cenas de ação impactantes,
principalmente as lutas, algo que ela faz muito bem nos quadrinhos – mais do
que sua obrigação – e deixa a desejar no cinema.
As mulheres também
ganham forte destaque na história. Fora as viagens no tempo que já nos preparam
para longas futuros como: Capitã Marvel.
ATENÇÃO: FIQUEM DURANTE E APÓS OS
CRÉDITOS
MEMÓRIAS DA SESSÃO
Eu admito que o sucesso do filme foi uma surpresa pra mim. Tive
um certo receio do filme ser boicotado e se tornar o primeiro grande fracasso
da Marvel Studios. Sendo um projeto ousado pela sua temática completamente
complexa e rara para um filme de Super-Herói (devido a todo esse movimento de
representatividade por fora). Mesmo com o sucesso dos improváveis Os Guardiões
da Galáxia ainda sentia essa sensação. A popularidade da Marvel Studios também
auxiliou a me provar que as pessoas podem surpreender. A sala encheu, não
sobrou um lugar sequer. Durante a entrada, um atendente pediu para que as
pessoas que pagam meia entrada que tenham seus comprovantes em mãos para
adiantar, logo depois (acredito que o mesmo) veio confirmar os ingressos das
pessoas na fila.
As pessoas ficaram bastante quietas e comportadas durante as
raras cenas de humor (fora do comum para um filme do Universo Cinematográfico
Marvel). Houveram risadas em alguns momentos e grandes risadas em um
específico. No final, uma moça procurou levantar um aplauso mas ninguém
aplaudiu. Uma pena, pois o longa merecia. Felizmente, o único barulho tenso foi
o choro forte de uma criança já nos créditos.
O UCI mais uma vez não adotou a regra de etiqueta e ligou as
luzes durante as cenas de créditos. Alguns casais saíram. Após a cena extra do
meio, mais alguma outra parte saiu. Até o fim dos créditos, havia um grande
número de pessoas na sala.
Os trailers foram de quase todos os próximos super-heróis
Marvel: Deadpool 2, Vingadores: Guerra Infinita e Venom. Somente um de Jurassic
World, estrelado por um protagonista dos filmes da UCM: Chris Pratt.
Pontualmente, a abertura das chamadas antes do filme começaram no horário da
sessão e levaram uns 16 minutos, contando também as duas chamadas do UCI Xplus.
S E S S Ã O C R Í T I C A
SESSÃO
ACOMPANHADA: UCI PARKSHOPPING – 16/02/ 2018 (SEXTA-FEIRA)