[Sessão Crítica] Star Wars: Episódio VIII - Os Últimos Jedi 3D Xplus

CONTINUANDO O CICLO

lágrimas e surpresas marcam o oitavo longa

Enquanto O Despertar da Força celebrava a nostalgia (quase uma refilmagem do filme de 77), Os Último Jedi se torna uma sequência autêntica, seguindo naturalmente a história com os personagens novos já iniciados no longa anterior.

John Williams retorna afiando à constante Guerra nas Estrelas num tom mais próximo do clássico e fazendo jus aos 40 anos da cinessérie. É o capítulo mais ousado desde a primeira trilogia. Porém, subtramas - feitas para se destoar do tom da tensão do tema principal - são desinteressantes e deixa longa bastante arrastado em suas 2 horas e 30 minutos (o filme mais longo de toda a franquia).

Se em O Despertar, testemunhamos toda a grandeza de impacto visual e a bem valorizada apresentação da nova geração de personagens, de uma maneira brilhante e profunda, aqui os personagens são testados em novas dinâmicas em meio a ação frenética sem tempo para reapresentações. Os outros novos que surgem no caminho, tem seus bons momentos, certo carisma e por vezes (os antagonistas) deixam um certo sentimento de revolta. Tudo isso em uma filmagem mais sóbria, e aparentemente mais modesta, do diretor Rian Johnson. 

Também contrariando muitas previsões (para a surpresa de uns e desespero de outros), Os Últimos Jedi não busca, nem de longe, ser uma refilmagem ou uma homenagem ao Episódio V (o mais impactante e mais prestigiado entre os fãs) mas sim engrandecer e aprofundar conceitos da cinessérie. Nesse ponto, até mesmo as ferramentas futuristas que testemunhamos soam de forma completamente confortável e transparente como parte de um futuro alternativo e distante do que algo obsoleto (até mesmo os personagens desta atual geração interagem de forma crítica com esse tipo de situação).

Sutil e imaginativo em desenvolver personagens clássicos e novos, é menos convencional ao se se assumir com a sinceridade de se preocupar em ser uma sequência do que se perder em um produto puramente comercial. O Despertar da Força foi importante em rebuscar elementos clássicos para familiarizar espectadores novos e antigos, agora o andar da carruagem precisa seguir naturalmente.

MEMÓRIAS DA SESSÃO

Sem condições de comparecer a mais uma pré-estréia (desta vez, consegui olhar a tempo as vagas mas estava sem condições financeiras) esperei pela promoção da UNIQUE Filme da Semana e então pude pagar por menos da metade a sessão Xplus 3D (mais um ano sem assistir Star Wars em IMAX 3D na estréia). Mas estou satisfeito com a sessão. Dizem que o filme foi muito escuro para se assistir no 3D. Realmente há cenas bem escuras. Se houver oportunidade, assistirei em IMAX 3D mais pra frente, mas acredito que não muda muita coisa - exceto pelo tamanho da tela (o Xplus tem o som suave e imagem ajustada para qualquer lugar da platéia, exceto, como na maioria dos cinemas de tela grande, na frente). O atendente, muito simpático, foi detalhista e no final lembrou "é na quinta às 19: 10, não vai perder". Ele parece que leu o meu pensamento devido ao desastre que foi a minha caminhada para assistir Liga da Justiça.

Platéia se comportou. Só no começo, antes da sessão, que ficou bem chato um aleatório imitando Chewbaca o tempo todo - teve um que até riu. A galera realmente vibrou com os feitos de Luke Skyawalker em cena. Assim que os créditos subiram, a plateia aplaudiu ovacionada (assim como aplaudiu Luke em duas cenas e depois um som leve de "ahhhh...!"). O UCI Parkshopping, como sempre, ligou as luzes quando os créditos começaram a subir (erro de etiqueta), algumas pessoas saíram e a maioria ficou até o fim dos créditos. A música e créditos subindo em Star Wars é um momento mágico desde Guerra nas Estrelas. Como um dos espectadores disse: "A gente sabe que não vai ter nada." Como parte de uma cinessérie marcante, o respeito sempre é mantido até o último minuto do longa na tela.

 SESSÃO CRÍTICA 

STAR WARS: EPISÓDIO VIII: OS ÚLTIMOS JEDI

SESSÃO ACOMPANHADA: UCI Parkshopping - P 03 - 19:10 - 15/12 (Quinta-Feira/ Estréia)