ADERINDO
A MODA
A reunião entre grandes super-heróis nas telas do cinema é
mais um grande evento cinematográfico aguardado por décadas. A possibilidade de
acontecer esse encontro só não partiu da própria DC se a própria Warner (dona
de sua marca) não tivesse se desencontrado em várias ideias deixadas em
sequências ou em roteiros abandonados no meio do caminho.
Coube então deixar o tempo seguir até surgir a iniciativa
Marvel Studios – que após ver seus heróis ganharem os holofotes por meio de
outros estúdios e ganharem cinesséries de sucesso (como X-Men, Blade e
Homem-Aranha) – resolveu traçar de forma organizada o seu trajeto aderindo
químicas que certamente atraíram o grande público para seus filmes, o estilo de
humor cartunesco acabou sendo o principal tempero que outros títulos adaptados
de quadrinhos obscuros (como As Tartarugas Ninja e O Máskara) aderiram para se
tornarem carta de entrada para atrair uma família inteira e a melhor saída para
aceita-los comercialmente.
O fracasso comercial, tanto de crítica quanto de público,
que o Universo Cinematográfico DC – criado às pressas para concorrer com a
rival e para estabelecer a meta de seus contratos – veio sofrendo, forçou a
buscar formas mais rápidas para diminuir os prejuízos. Com o sucesso que a Marvel
Studios vinha realizando com cada título desde Homem de Ferro, a quebra de
recorde de Os Vingadores – The Avengers, era certo, para quem realmente
acompanha cinema. Liga da Justiça, levando em consideração o histórico dos
trabalhos dirigidos por Zack Snyder, o sucesso era incerto. Praticamente, se
criou uma expectativa nula em relação ao longa.
E diante dos problemas de produção, contaram ainda com a vinda de ninguém mais e
ninguém menos do que um cruzamento com o diretor Joss Whedon (direto da Marvel
Studios), deixando uma forcinha do Capitão América e companhia, uma grande
surpresa, o que nos faz acreditar que ele teria deixado ali a sua marca (pelo
menos na essência). Porém, o filme todo em sua caracterização tem muito de Zack
Snyder – uma xerox fiel de uma página de quadrinhos ou de adaptações populares como
o desenho da TV.
Whedon parece ter contornado tudo com a cara de Snyder, ao
mesmo tempo que existam certas características bem familiares das produções em
que dirigiu – como a boa relação entre os personagens em cena – algo que também
ficou bastante interessante em Batman v.s. Superman: A Origem da Justiça por
Zack Snyder. Um bom trabalho em conjunto, mesmo que indiretamente, que acasalou
bem no seu resultado final.
Na trilha sonora, entra Danny Elfman – grande compositor de
temas de ação e suspense como o inesquecível tema heroico e sombrio de Batman
de 1989 e muito desse elemento também é relembrado em Homem-Aranha. Elfman
optou por realizar uma trilha que homenageasse os temas dos heróis em outras
produções e mídias, a mais familiar – constantemente lembrada – é a de Batman.
Curioso cruzamento com os paralelos que parece funcionar muito bem aqui para
efeitos de nostalgia.
Uma pena que Batman, embora bem defendido por Ben Affleck,
não tenha encontrado um caminho de grande destaque neste recente universo de
filmes. No caso de Superman (Henry Cavill), o herói ganhou a importância que merecia –
justificando de forma muito coerente os eventos do filme anterior. Cyborg (Ray Fisher),
Aquaman (Jason Momoa), Mulher-Maravilha (Gal Gadot) e Flash (Erza Miller) também possuem seus pequenos momentos
triunfais. Gadot, pela presença de impacto visual e personificação, Miller e Fisher por serem revelações da trama e Momoa pela sua caracterização e personalidade bem encaixada ao personagem.
Este grande evento aguardou por muitos anos devido a muitos
desafios tecnológicos - unir os Deuses mais poderosos dos quadrinhos diante de
seus anos e anos de história dentro de um evento único de duas horas de forma
satisfatória não é nada fácil.
Os mais atentos e adeptos do estilo mais pesado e dramático
de Batman v.s. Superman já devem vir preparados sem nenhum tipo de expectativa.
Num conjunto da obra, a Warner/ DC encontrou o caminho mais convencional e nos
trouxe um longa bem divertido sem pretensões gigantescas.
ATENÇÃO: FIQUEM ATÉ O FINAL DOS CRÉDITOS
Momento Pós-Crítica
Apesar de toda a discussão a respeito da trilha sonora de Danny Elfman, Gary Clark Jr. & Junkie XL também não foram esquecidos,
a versão 'Come Together' da dupla embala como o principal tema cantado do álbum.
MEMÓRIAS DA SESSÃO
Na confiança de chegar a tempo, acabei perdendo alguns
minutos iniciais de filme. Fiquei alguns minutos pulando de uma poltrona e
outra no meio da profunda escuridão do cinema
a fim de acompanhar na melhor posição. Admito que fiquei ... da vida no
meio do caminho. Mas no fim, deu pra curtir. UCI Parkshopping Campo Grande,
quase acertou nas regras de etiqueta desta vez. O cinema respeitou as telas
apagadas até a cena do meio dos créditos depois ligou as luzes e apagou na
última cena pós-créditos. Aparentemente, quase ninguém saiu nesse período de
tempo.
GÊNERO: AÇÃO
SESSÃO ACOMPANHADA: 13:30 – 17 P (?) - 3D XPLUS Legendado – 18/11/17 (Sábado)
SESSÃO ACOMPANHADA: 13:30 – 17 P (?) - 3D XPLUS Legendado – 18/11/17 (Sábado)