NÃO QUIS JOGAR COMIGO QUANDO EU ERA PRATINHA
NÃO VENHA ME PROCURAR AGORA QUE SOU GOLDÃO
Só de olho nesses carrascos que não dão rematch e te
expulsam do Saguão só por que você é de Liga baixa.
Aí quando você entra pra uma Liga superior, começa a
ganhar destaque no cenário, vem um monte desses peões querendo adicionar.
Quem nunca... ?
Lembrando que o recado não são aos de bom coração e
quer compartilhar com você amizade e pensamentos iguais mas pra esses que não
querem ajudar ou compartilhar o seu aprendizado e só querem medir força. Cara,
isso, pra mim, é interesse e olho grande.
Há muitos bons jogadores por aí, mas o caráter fala
mais alto para considerarmos o perfil de um verdadeiro jogador
profissional (Isso vale tanto para homem quanto para mulher com
potencial em qualquer jogo. Só pra deixar bem claro).
Quando você chega a Liga Gold, significa que o jogo
te reconhece que você pode jogar contra jogadores mais fortes e ainda ganhar
deles. Em The King of Fighters, por exemplo, já aconteceu muito isso comigo no
Fliperama. Nas partidas de Street Fighter, isso não acontecia muito no começo –
ainda mais jogando online, com as suas diferenças brutais de tempo de resposta
dependendo da ferramenta utilizada pra jogar.
Com o tempo, Street Fighter se adaptou ao molde das
gerações mais atuais de jogos de luta – atribuindo coisas de outros gêneros do
cenário competitivo. Isso certamente foi um avanço, pois jogadores com técnicas
e estilos de jogo muito específicos não se tornavam invencíveis como um shoryuken
em seus primórdios.
Existe um pequeno grupo de exibidos que não querem
que o cenário avance, e o mais grave é que isso acaba partindo da boca de gente
importante e influente em determinada comunidade de um jogo competitivo (The
King of Fighters é o cenário mais desunido da comunidade de jogos de luta, por
exemplo). Peraí, Mestre Ryu, isso é uma “I-N-D-I-R-E-T-A ?” SIM, é uma
indireta. E se eu quisesse, daria boas DIRETAS na cara dessa pessoa e colocaria
aqui os nomes. Não faço isso porque não merecem a minha promoção e tampouco a
minha atenção.
Enfim, a este pequeno grupos que “só gosta de
aparecer”, para eles, o cenário dos Jogos de Luta se manteria na obscuridade,
nas partidas de bar, valendo 50 cervejas, por exemplo. “-Isso é coisa de Homem !” eles dizem, se
referindo a um jogo cuja mecânica precisa ser complexa de aprender. Pelo potencial que eles possuem e poder de
persuasão, acabam trazendo uma grave doença à comunidade com a sua bomba
atômica de besteiras.
Felizmente, o cenário hoje está se tornando muito
melhor do que eu acreditei que fosse. Na verdade, eu não acreditava em nada disso já que era um
cenário que eu passava a ter conhecimento através de algumas bocas venenosas.
Pra mim, já adiantava que isso não seria um bom futuro para a comunidade de
jogos de luta. Felizmente eu estava enganado.
As partidas virando um grande show de
entretenimento, atraindo pessoas e marcas até mesmo fora da tradicional
preferência pelo gênero, somada às tribos urbanas da cultura pop em alta, nos
trouxe novos rostos e novos perfis de jogadores. Algo que, lá trás, não
acreditava e achei que tudo estava perdido antes de começar. É triste você
gostar do jogo e a comunidade não prestar nem um centavo. Mas hoje, é
diferente. Felizmente as coisas estão ficando ainda melhores cada vez que
avança a passos de tartaruga o seu caminho.
E foi com toda essa energia de união da comunidade e
também de reconhecimento da CAPCOM em adaptar completamente Street Fighter ao
ingresso do universo competitivo, que consegui a realmente entender como eu devo me comporta na maneira de jogar
jogos de luta. Não é o fim do meu caminho. Pra falar a verdade, é só o começo
ou um recomeço.
Agora eu consigo ter mais consciência de onde vem a
dor da ferida e como eu posso saná-la sem ter que ficar traumatizado ou abalado
por algo que me acerta e eu não sei o por quê. Ao invés de só ficar ouvindo:
“-Você é ruim!”, “-Fulano é Deus!”. É a coisa mais irritante do mundo lidar com
gente que não tem consciência do que fala. E o pior é ver estes ganharem sem
saber o que estão fazendo na partida e quando perdem pra um tipo de técnica
simples falam que é roubo que: “-Se eu tivesse feito tal coisa, eu teria
ganho!” Não sabem perder e não aceita
que outro consiga ganhar de uma forma mais criativa, mais técnica, sem viver na
agressividade.
Aos poucos, Street Fighter vai aderindo tendências
novas e vai encontrando, aos poucos, a melhor forma de construir formas de
competir de maneiras mais variadas e balanceadas para seus títulos, os que não
querem progredir, vão ter que ficar pra trás, se manterão velhos na obscuridade
mesmo.
Tudo indica que eu comecei a realmente jogar Street
Fighter V após o dia 9 de Outubro. Depois de levar uma certa surra para
compreender a instalação da nova placa de vídeo. O jogo eu adquiri no
lançamento, tentei jogar a versão beta na placa de vídeo antiga mas não podia
ficar muito tempo pois a peça não aguentava e o jogo fechava com uma mensagem
de erro do hardware que posteriormente se recuperava. Tudo para jogar, mas
estava sem condições de atualizar a placa. Até que num belo dia, a placa mãe
deu sua partida e me vi forçado a decidir comprar as novas peças de
substituição. Nunca me senti tão feliz em estar com a máquina nova e finalmente
jogar.
O problema é que a prometida partida com o amigo
Marcio Yukio (Synbios do blog ) acabou não acontecendo devido a conexão. Isso
acabou melhorando depois que adquirir um novo provedor. Felizmente, foram meses de espera para o nosso
primeiro e épico encontro online.
Nos primeiros dias de Ranked que eu ainda não estava
jogando a fundo, foram emocionantes – lutando pela sobrevivência da minha
titular – com jogadores novatos assim como eu, descobrindo o jogo na raça. Os primeiros
dias de Ranked (aonde estava oficialmente jogando o jogo pra valer, com a placa
de vídeo recomendada) foram gloriosos. Consegui da melhor forma que pude sem
ter realizado ainda o Desafios. Fui descobrindo o botão e os combos no decorrer
da caminhada.
Porém, existe aquele caminho “Ao Encontro do Mais
Forte !” quando nos deparamos então num desafio de grande obstáculo que nos faz
cair de tal forma que nos torna descrentes. Aquilo me abalou e comecei a perder
as lutas de Ranked uma atrás da outra. O motivo disso: amigos já experientes
com o jogo me chamando para os Saguões. Ah, os Saguões. Como descreve uma certa
conquista do jogo desbloqueada (parece até duplo sentido) lhe parabeniza pelas
performances épicas (menos nos Saguões de Batalha).
Achei que aquilo fosse um deboche do jogo mas na
verdade se trata de uma descrição detalhada em excesso para que o jogador
identifique de onde veio a conquista . A minha leitura sobre a conquista
coincidiu com a minha desastrosa performance em todos os Saguões. Numa melhor de dez, levei 10 x 0 de vários
lutadores de um mesmo amigo – me senti o pior jogador da história – com direito
a perfects.
Enfim, era hora de refletir. Traumatizado com a
destruição, não obtive mais o sucesso que estava tendo nas Ranked. Temia qualquer
movimento, ataque aleatório e etc. Eu praticamente vi que desconhecia
totalmente o jogo. “-Minha nossa, que jogo é esse ??? Cadê as hit boxes (as famigeradas caixas/ alvos de acerto/ dor)
disso???
Era o momento de refletir então. Antes de pegar o
jogo pra jogar mesmo, saí salvando todos os vídeos possíveis da Karin – sejam
tutoriais, sejam partidas de jogadores dos mais variados estilos
(principalmente os melhores).
E comecei a fazer um estudo aprofundado disso.
Prestei atenção no jogador Mago, ele abriu a minha mente em relação a construir
novos tipos de “Counter Hit” que não tinham nos Desafios (estes que passei a
fazer também depois).
Mas já estava preparado em praticar o jogo mesmo com
o pesadelo que é reconhecido se aprofundar na série Street Fighter competitivamente (como aqueles combos
quase impossíveis do Street IV, por exemplo). Felizmente, o jogo veio suave e
amoleceu mais quando busquei um tipo de rotina que jamais teria feito com
nenhum outro jogo em nenhum momento da minha vida. Marcar diariamente um
horário e estabelecer tempo de treino – entre uma e duas horas antes de dormir.
E constantemente treinando combos e cancelamentos no modo treino. OK! Estava
afiado.
Um amigo ainda teve a graça de ficar insistentemente
me perguntando o que eu estava achando do jogo, depois da surra épica. Eu só
fiquei PUTO mas preferi ficar calado e não escrever nada. Ele mesmo não me
ganhava quando jogávamos outros jogos mais difíceis, como o Street Alpha 3.
Adiantei com sinceridade que o jogo ainda era um
mistério pra mim quando fui perguntado. É complicado opinar a respeito de algo
que você não conhece. Depois que peguei
o jeitão, percebi um tempo que os mesmos amigos que me surraram não me chamavam
mais. Eu também não me arrastei pra pedir.
O avanço foi rápido. No mesmo mês de aquisição do
jogo eu subi de Bronze para Prata. A precisão acabou não deixando subir mais do
que isso, mas quando comecei a participar de novos saguões , eu já estava na
Liga Super Bronze. Passando mais algum tempo, cheguei ao Ultra Bronze e,
sangrando muito mesmo, a atual Liga Gold – dias antes de completar 1 ano de
Street Fighter V.
Passei um bom tempo sem saber muito o que fazer no
jogo até soar uma palavra sábia em uma comunidade dedicada a minha titular,
Karin. “-Boneca tem pouca vida, não parte pra cima!”. Eu passei um bom tempo me
matando de praticar combos, jogar agressivo quando na verdade não atentei a
esse detalhe. Uma simples palavra mágica evoluiu o meu jogo em praticamente
200% e passei agora a ter melhor consciência do que fazer. Foi o que me fez
levar à Liga Gold – a primeira categoria superior e a terceira e última das
principais Ligas do jogo. Originalmente, Street Fighter V teria a Liga Gold
como a penúltima Liga e a Platinum como a última. Hoje nós temos também Diamond
e Master. Pouquíssimos chegaram à Liga Master no começo, hoje já existem bem
mais, naturalmente, pelo tempo de jogo. É fato que daqui há uns anos teremos
muitos e muitos jogadores profissionais (e amadores também) chegando à última
Liga. Eu espero estar lá.
Ocorreu uma vez realizar uma Melhor com um jogador
Diamante (eu ainda sendo quase Silver) – o jogador era um utilizador de Ken
como principal e hoje em dia é jogador de Kolin. Na época, achei que ele teria
me subestimado – coincidentemente, encontrei o seu perfil no Facebook
participando de conversas em meio a contatos conhecidos. Talvez, esse atenda a
minha crítica lá no começo – sobre “interesseiros”.
De qualquer forma, o cara foi “humilde” no nosso
primeiro encontro num saguão de batalha. Ele viu a minha Liga intermediária e
provavelmente acreditou que eu fosse algum tipo de conta “Smurf” - como apresentam aqueles jogadores que criam
cadastro falso com Liga iniciante ou se mantém com Liga abaixo da sua
originalmente – geralmente, alguns jogadores de Liga Gold, Platinum, Diamante
(a maioria) e em diante, fazem isso. Quando viu que eu era iniciante e eu
estava lá pra aprender, nunca mais me deixou entrar nos Saguões que ele fazia.
Foram nos frequentes Saguões da Sala Street FighterV que pude ter melhor frequência na evolução psicológica nas partidas.
Praticamente, a maioria já era Liga Gold e alguns próximos ou na mesma Liga,
Silver.
Também houveram os ótimos Saguões da Detona Games,
com transmissões diárias, com o mais alto nível de jogadores em grande número
que já vi juntos em um mesmo grupo de partidas. Sempre que eu tentava entrar
aleatoriamente num desses, eu era expulso ou o jogador saía da sala.
Eu vim de um histórico de comunidades irresponsáveis com o próximo,
pessoas que agem de forma tóxica, destrutiva, com a mentalidade de adolescente descompromissado e arrogante. Eu estava estranhando todo aquele acolhimento e
ainda estranho, fico ressabiado até mesmo em relação a declaração de alguns mas
fica claro que a preocupação está em estabelecer uma sociedade que continue
jogando, unida, e se desenvolvendo.
Street Fighter V me ensinou a ter disciplina com
jogos de luta. Por que é um jogo feito para a comunidade e não só um jogo feito
apenas para divertir a comunidade descompromissadamente, mas um passaporte para
ajuda-los a se educar. Mesmo com a Guerra Infinita que sempre irá existir entre
jogadores amadores, profissionais, casuais, competitivos, Playstation 4 e PC –
o jogo está cumprindo o seu papel que é o de unir a comunidade. Aproveita quem
está ali para ajudar e ser ajudado.
Eu sou Liga Gold agora, eu tenho uma categoria que o
jogo me concede e uma conquista que me mostra que eu tenho potencial.
Desmentindo mitos de jogadores da internet que adoram estabelecer regrinhas e
rótulos sobre quem são bons e quem não são bons em Street Fighter.
O INÍCIO DE STREET FIGHTER V
(Apenas o começo de uma longa jornada)
Quando ainda tentava jogar na Placa GeForce 9500
Quando a Capcom Finalmente trocou a minha Bandeira para o Brasil (durante uma luta com o amigo Manoel Beto da revista Game Sênior)
Primeiro Rage Quit de alguém
Sala Street Fighter V e alguns companheiros de partida bem famosos