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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

[Sessão Crítica] xXx Reativado: O retorno de Vin Diesel como Xander Cage



O primeiro filme, dirigido por Rob Cohen, lançado em 2003 – um dos primeiros longas dos estúdios Revolution (2000-2007) - tentava abrir uma nova geração de super espiões da tela grande. Num conceito radical, Triplo X, interpretado por Vin Diesel - que integra os heróis de ação do cinema dos anos 2000 desde Velozes & Furiosos (2001) – era mais um tipo de filho que buscava ser mais esperto que o pai James. James Bond, sendo tão Bad Boy quanto.  Enquanto Bond intencionava, ao cair de paraquedas de um avião sem se despedir, Xander dispensa os outros soldados para fora. Pra falar a verdade, o primeiro longa tentava se levar tão a sério, de certa maneira, que chegava a ser pretensioso demais, tornando-o lento a cada passo e cada vez mais desinteressante. O segundo, com Ice Cube, é mais frenético e superior. A cinessérie xXx permanece comendo poeira e não chega aos pés do grande 007, que se reinventou muito bem a cada geração da forma sutil.

Agora, com o retorno de Vin Diesel, em Triplo X: Reativado, eles buscaram reencontrar um outro tom para o personagem. Eu disse, buscaram. É tão bom quanto os dois anteriores, mas o seu estilo mal montado tem muitas falhas. É quase uma paródia cartunesca - a trilha sonora (ainda que ótima) pouco se adéqua  às cenas de ação que beira o infantil (por mais que existam boas “mentiradas”), mas não se decide muito por atribuir características bem ultrapassadas. Ainda que o jeitão pastelão soe levemente maravilhoso para o filme – deixando-o mais ágil e mais divertido. 

O clima, entre personagens e ambientação, busca remeter longas mais recentes do gênero, até mesmo as adaptações de quadrinhos (Esquadrão Suicida) e de super espiões com trama mais política (Jason Bourne). Como se não bastasse, característica do primeiro não muito explorada, sobram referências a videogames e a internet.

Mas a maior pieguice está na trama, que tenta se levar a sério com elementos cafonas e não se mostra deveras atual para a geração – deixando a desejar com as velhas histórias já bem contadas pelos grandes longas de ação em sua devida época (sejam os de comédia policial ou os de James Bond) com aquele ar de anos 60 com os anos 2010. Essa mescla deveria deixar de lado as pontas soltas (apesar das boas intenções de reviravolta) e a falta de profundidade dos personagens. Porém, existem bons momentos com Vin Diesel e os antagonistas. Neymar faz uma ponta funcional, muito melhor do que o entra mudo e sai calado do Rodrigo Santoro em As Panteras Detonando (se for comparar algum longa do mesmo estilo).

Xander é mais palpável do que primeiro filme, explorando mais o seu estilo bombadão sex simbol (contra o estilo elegante e mais formal de Bond). Positivamente, há elementos que justificam o começo alternativo de Inimigo do Estado (disponível apenas em DVD: A Morte de Xander Cage).

GALERIA







MEMÓRIAS DA SESSÃO

Aproveitei para utilizar o Cartão Unique e ganhar o ingresso grátis para o xXx Reativado. Não precisou utilizar a carteira de identidade. Logo depois, vi que a máquina de Tekken 5 estava funcionando e  fiz a minha estreia de jogatinas na Hot Zone, com o cartão, voltei no tempo. Joguei com a  Christine Monteiro, no aquecimento para o Tekken 7, mas não vinguei muito. Durei 2 lutas com a Ling Xiaoyu
e 3 lutas com a Chris. Dificuldade estava altíssima.

Durante a sessão, ligaram as luzes nos créditos. Todos saíram, menos eu e um garotinho mais a frente (meu amigão, meu camarada. Esse é cinéfilo mesmo!). Fiquei ali, como tradição, até os créditos terminarem.

  SESSÃO  CRÍTICA  
XXX REATIVADO

SESSÃO ACOMPANHADA: UCI Parkshopping – 3D XPlus (Cortesia)