OVERTURE

sábado, 25 de fevereiro de 2017

[Sessão Crítica] LEGO Batman não é o Batman




Tudo o que fora condenado no universo cinematográfico da cinessérie Batman, parece ter sido adotado como parte de sua cultura evolutiva pós-Era Nolan. E toda essa condenação está entre os traumas que a Warner adquiriu após o fracasso de Batman & Robin, acabando por não querer saber mais dessas histórias de Bat-Parcerias, de Bat-Humor, de Super Amigos ou qualquer coisa muito colorida misturada entre as parafernálias de seu maior Bat-Pesadelo por um bom tempo.

Como sendo uma aventura família, Lego Batman adere uma postura própria – seguindo o tradicional estilo com mensagens positivas e moralistas como outras produções do gênero direcionadas ao mesmo público.  A ideia parece ter dado certo, já que ultrapassa o sucesso de 50 Tons Mais Escuros.

LEGO Batman, como um brinquedo de super-herói de verdade é representado, não se desprende do seu “EU LEGO Batman” físico, de tão obcecado pela sua identidade. É a superestrela, é egocêntrico, é o que assume todo o risco e possui autoconfiança inabalável. Mas num mundo de construções e desconstruções, vemos heróis e vilões assumindo outras facetas ou até mudando de lado. 
A primeira impressão para quem já está apegado ao universo sombrio do personagem, é de estranheza. Ver o morcegão tocando música,  contando piada e sorrindo (coisa rara). Mas cabe a este espectador compreender que Lego Batman se trata de um outro personagem.

Assim como LEGO Batman, o Batman de 66 é o Batman de 66 o Batman de Tim Burton
é o Batman de Tim Burton e o Batman de Schumacher é o Batman de Schumacher e o Batman de Nolan é o Batman de Nolan.

Sendo assim, o nosso cavaleiro das trevas (mais pra homem-morcego mesmo) adere uma personalidade bem mais do ponto de vista daquele que brinca com este brinquedo – a própria produção.  A maneira de remontar toda a brincadeira transforma algo além de um filme do Batman. É praticamente o reflexo das crianças, que buscam criar um universo de acordo com os brinquedos que possui. Lembramos de Toy Story

LEGO Batman é certamente – junto a sua franquia de cinesséries LEGO que começa a montar as suas peças – uma das melhores histórias de brinquedos da tela grande.  A mistura cria uma situação de coisas que, se poderia ser uma história séria nas mãos de uma criança, se torna uma grande piada transportada para o filme – esta é a química que se transforma na grande magia romântica do cinema.



MEMÓRIAS DA SESSÃO
Depois de conferir uma das minhas possíveis nova casa, que ficaria 20 minutos da Barra e próximo ao BRT, decido pegar uma carona e seguir ao NYC pra uma sessão de LEGO Batman:O Filme.

O comportamento do público foi no mínimo..infantil.  Surpreendentemente, muitas crianças barulhentas na sessão mas que não atrapalharam muito, apesar do choro de um e da gritaria de outra.

No fim dos créditos, todos acabaram indo embora sem ficar até o final. Um colaborador que veio fazer a limpeza disse: “-Pode ficar à vontade, amigo!” volto a dizer que a forma de trato no UCI NYC é perceptivelmente de outro nível. Pois lá é aonde cinéfilos de verdade costumam frequentar e percebendo esse perfil, é notável a atenção dos colaboradores da sessão.


  SESSÃO CRÍTICA-
LEGO BATMAN: O FILME
SESSÃO ACOMPANHADA:
UCI New York City Center – 18/ 02/ 17 (SÁBADO) – 21:15 – 3D (DUBLADO)