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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

[História dos Videogames] Museu do Videogame Itinerante – Os Últimos Dias




Sabe o Jake do filme Avatar? Que quanto mais se envolve no mundo da tribo alienígena (os Na’vi) menos ele tem vontade de retornar ao mundo dele? Então, é como eu me senti depois daquele
domingo, pensando em tudo o que eu passei, tudo tão mágico, pessoas amigáveis e um dia infinitamente divertido. E o melhor: uma iniciativa do Nova América em contratar o evento. Devemos agradecer ao Shopping Nova América por essa ação. Um evento gratuito e familiar promovendo a saudade dos jogos antigos.



Depois daquele dia colorido, eletrônico e cheio de energia, eu via as máquinas se apagando e já batia uma certa tristeza. Era hora de retornar. Então, eu retornei ao mundo cinza. O fim do domingo para uma Segunda-Feira de manhã (24/ 01), trem lotado, além  de ter que lidar com pessoas sérias, comuns e sem aquele senso de humor que bata com o meu – falando de coisas básicas que simplesmente costumo chegar e fazer sem precisar ficar descrevendo todos os dias, da mesma forma, a mesma coisa sobre rotina.

Em meio às minhas obrigações corporativas, em um espaço silencioso, ficava centrado no meu posto sem saber o que falar. Eu tinha algo em mente que o mundo cinza em que vivo não compreende – algumas mentes pequenas consideraria isso uma grande besteira ou então veio aquela situação de ser mal visto pelo que eu estava planejando.  Eu estava querendo buscar uma forma de sair cedo das minhas obrigações, dizendo a verdade, é claro, mas não sabia como dizer.  Eu via os movimentos da minha líder, subindo e descendo da cadeira giratória, mas não sabia como lidar. 

Respirei fundo, levantei, e tentei desenrolar uma forma de participar do campeonato Street Fighter II Turbo no Super Nintendo – abri o coração e falei sobre os meus projetos a respeito do universo dos jogos.  A minha líder me atendeu super bem e eu me senti aliviado (já fomos muito próximos, enquanto compartilhávamos cargos semelhantes), mas pediu para que falasse com outra superior. Porém, devido as necessidades e novas regras, não foi possível que o meu sonho continuasse (uma forma de buscar representar melhor a participação que tive no passado, lá na década de 90). A nossa superior disse tudo de uma forma bastante clara e corporativa, considerando uma atividade extracurricular e que, se fosse por questões de saúde, até mesmo ela se comprometeria a ajudar porém, pra esse caso, não.

Não resisti. Depois que o meu necessário expediente do mundo cinza acabou, fugi na calada da noite daquela  Segunda-Feira – acabei preocupando algumas pessoas com essa loucura, mas ficou tudo esclarecido depois.  Já no térreo do metrô, partindo pra catraca, encontrei a minha líder – ela disse alguma coisa sorrindo e eu correspondi sorrindo e enquanto eu passava o passaporte “- Eu vou!” apesar de não ter entendido, foi assim mesmo a “piada”. Peguei o metrô e parti para a felicidade novamente, antes com a esperança de participar do campeonato Street Fighter II Turbo no Super Nintendo, infelizmente não aconteceu, mas meu amigo Thiago (dos tempos da comunidade “Eu ainda jogo Street Fighter 2 do Orkut”) participou.

No final, eu vi o vencedor do torneio prestando entrevista. Eu sou muito envergonhado, mas passei o dia inteiro imaginando coisas assim, imaginando como seria se eu estivesse naquele lugar, buscando contar toda a minha experiência de anos, contando também as ofensas que já recebi por parte da comunidade virtual,  e divulgando o Santuário do Mestre Ryu.



Caminhando por lá, tive uma bela e incrível SURPRESA. Colocaram Capcom v.s. SNK 2 no Dreamcast. E lá matei as saudades dos versus nesse game.  Fui cumprimentando o pessoal a cada fim de partida – todo mundo muito bem educado (um deu aperto e um tapinha nas costas, como se fossemos velhos amigos). Surgiu uma moça, o namorado dela, uns sobrinhos, e uma outra garota que estava com eles - não sei qual o grau de parentesco, mas ela tinha o cabelo meio pintado de ruivo e usava óculos. A moça que estava com o namorado jogou algumas comigo enquanto os sobrinhos a chamavam direto “-Tia, aqui!”, “-Tia, acolá!” – ela era bem extrovertida.  O namorado também jogou, disse que não jogava aquele jogo faz tempo. Depois o casal deu uma sumida e voltou – a moça então disse: “-Ainda não te tiraram daí?” acho que eu já estava com umas 25 vitórias.

Depois que eles se afastaram, já no fim da festa do segundo dia, a garota de cabelo ruivo corre e pega o primeiro controle, aproveitando que não tinha ninguém, e tenta localizar os personagens naquele mar de elenco: “-Cadê o Vega ?” “-Ali!” eu aponto pra tela. Daí ela começa a ver os outros personagens. Falava que fazia uns combos com a Chun-Li e dizia que o pai dela tem um Atari até hoje. É muito bacana ouvir essas histórias em eventos como esse, pessoas que realmente gostam de jogos ou estão ligadas a alguém que gosta ou aprecia de alguma forma.  Depois que desligaram as máquinas, a moça do namorado disse: “-Só assim pra te tirarem de lá, né?” risadas à parte.

Já no terceiro dia, peguei um cara brazuca de início e me perdi nos botões do Dual Shock 4 jogando Street Fighter V agora – acho que essa mistura de jogar Super Nintendo e depois Playstation não dá muito certo pra mim. O cara falava que só jogava no controle de X Box e até que não foi nada mal mesmo num controle de Play, pra um cara que pegou um controle bem pior do que o DS, pra esse tipo de jogo de luta, na minha opinião. Jogou umas, ganhou duas que jogamos e logo foi embora. Depois, joguei sangue nos olhos, comecei a vingar e virei o Rei da Mesa. 


Durante as partidas, estava eu olhando uma televisão com a imagem da Mileena dando um fatality bizarro no Mortal Kombat XL no Playstation 4. Aí eu olho pro lado, era uma loira, cabelo grande tipo o da Ronda (Rousey) espancando geral - fazendo fila. Ela também alternava pra Kitana. Enquanto isso, estava eu, do lado, fazendo fila no Street Fighter V. E as vezes a gente se esbarrava no espaço minúsculo.


Depois de um tempo, pressinto uma moça com um conjunto de roupas claras e uma bolsa de alça esperando atrás de mim. Aí eu viro e reconheço logo, e eis que a garota ruiva reaparece, com um outro penteado,  ela deu um sorriso com a recepção (deve ter ficado surpresa porque já reconheci na rua uma outra amiga sem maquiagem e sem cosplay – acho que é a minha certa habilidade de reconhecer atores/ atrizes nos filmes em seus vários visuais). 

“-Você vai me ensinar a jogar” ela disse. Legal, ganhei mais uma discípula. Busquei uma maneira mais simples de explicar a mecânica de jogo comparando os movimentos a geometria, ela me disse que é especialista em química. Então, os 198 segundos de jogo que tivemos foi tentando explicar a mecânica – infelizmente não dava pra estender muito por causa da fila – tentei até posicionar o polegar dela no centro do controle, e mover levemente o seu dedo, como estivesse deslizando, enquanto explicava os movimentos – na teoria, ela parecia ter noção dos termos “meia-lua / cê pra frente”. Expliquei qual o melhor personagem que ela podia jogar. Daí falei que jogava com a Karin, mas eu não iria indicar essa personagem porque seria muito difícil pra ela, como iniciante - sugeri Ryu, mas poderia ser o Ken, no caso dela. Quando começamos a jogar um pouquinho pra treinar, ela disse “-Você vai me assassinar!” e eu fiquei meio com dó, vi que precisava de um treinamento mais rígido. Quando o tempo acabou: “-Ih! Você ganhou!” eu disse. “-Assim não!” ela fez cara feia de brincadeira e saiu, pois não aceitava ganhar daquele jeito. Ela gostava de jogo limpo. Pena que naquela correria eu não pude explicar de forma satisfatória. Jogos competitivos são complexos.  Pedi o contato mas acabou que nem deu pra trocarmos. Eu até faria desenhos, apresentaria vídeos – e também citei a respeito de um projeto que pretendo fazer sobre isso.

Espero que ela não desista de aprender jogos de luta. Quanto maior o “Girl Power”, melhor. Já sinto orgulho de ver as minhas amigas e parceiras de batalha aqui do Face se dedicando e evoluindo no Street Fighter.



A coisa mais louca desse terceiro dia, é que eu só fui lá porque achava que o campeonato de Ultimate Mortal Kombat 3 no Super Nintendo (apesar de terem anunciado apenas como “Mortal Kombat”) fosse na Terça-Feira. Quando eu me dei conta, os campeonatos estavam acontecendo dia sim, dia não. Então, eu olhei no calendário e vi que era na Quarta. Ok! Vamos então voltar na quarta.

Voltei na Quarta-Feira, meu quarto dia. Meu amigo Daileon pediu um favor, mas como avisei que eu iria passar direto pro evento, ele reconheceu que eu ficaria cansado. E não deu outra, ele pareceu um oráculo. Eu estava cansadíssimo na quarta. Mas ainda assim, pedi a Deus pra me dar forças pra aproveitar. E eu consegui forças, o prazer de estar naquele momento animado me trouxe energias renovadas.

Porém, o clima tava meio tenso. Nada gritantemente grave, mas acabei dando de cara com alguns tipos não muito amigáveis ali no evento.  Isso aconteceu no meu primeiro dia de uma forma diferente - conheci pessoalmente uma pessoa “não grata” que desfiz amizade por causa da maldita guerra de ideologias extremistas, então nem me dei o trabalho de me apresentar, só fiquei observando e infelizmente deixou alguns momentos tensos pra mim ali, caso ele me reconhecesse e rolasse alguma briga. Felizmente isso não aconteceu – porque o cara é muito louco, muito radical - e o pior é uma ... dessas ser professor com mestrado – o destino beneficia pessoas assim para serem “nerds” para nos atazanar. Porém, eu não nego que o cara tem um amplo conhecimento de jogos (e até programa e presta palestras a esse respeito, além de ter dado uma bela contribuição aqui pra gente em nosso domínio).  Aposto muito que não será a última vez que nos esbarraremos em eventos desse tipo (mas eu particularmente, espero, que nunca mais nos encontremos).


E voltando ao clímax do quarto dia, lidei com pessoas com energias cheias de atrito. Enquanto jogava uns versus no Street Fighter II Turbo, do lado estava o meu amigo de infância, Diego “Dark”, agora jogador profissional de Street Fighter. Ele, quem diria, estava dominando no Mortal Kombat. Quando eu cheguei lá, eu o vi jogando e nem acreditei. Como jogadores profissionais são muito concentrados, mesmo o conhecendo, eu fiquei com receio de me aproximar e atrapalhá-lo no jogo. Porém, ele mesmo olhou pra trás e me cumprimentou. Grande irmão, gente finíssima. Muito tranquilo. Diferente de alguns que estavam ali na parte do Street. Eles tinham trocado a posição dos cartuchos. Street ficava de frente para o corredor e depois ficou na parte de trás, e colocaram agora o Mortal Kombat de frente (devido o torneio). “-Eu perdi pro campeão” disse o amigo “Dark”. Então, o nível do campeonato estava altíssimo. Eu nem me arrisquei em me esforçar de participar do UMK 3 justamente por já prever isso – além de não ser um tipo de jogabilidade que eu me adapto.

Enquanto jogava SF, um maluco começou a se irritar e falar “-Vai ficar só no macete ?” citando a rasteirinha com “balão” do Ryu. Eu estou num nível de jogo tão concentrado, que eu mesmo não estou rindo mais das minhas vitórias (só em raros casos). Daí, depois que saiu e voltou pra fila, viu minhas vitórias, e então disse alto “-Só ganha no macete!” eu já estava ficando irritado, com aquela matraca falando.

Não é do meu feito (e nunca foi) ficar retrucando nada, se nem no fliperama eu costumava fazer isso – e em fliper rola até porrada em meio a discussão.  Isso acabou me lembrando esses tempos quentes e fervorosos. Mas por um lado é ruim. Então, eu senti o peso daquele controle de Super Nintendo, o direcional estava falhando muito – de tanta esfregação por parte de quem não sabe jogar ou não está acostumado -  o que me forçou a usar técnicas repetitivas. Porém, contra jogadores mais habilidosos, acabei não rendendo muito contra um Vega (o ninja espanhol), apesar da partida ter sido equilibrada, eu poderia ter terminado bem rápido se fosse o primeiro dia (com o controle normal, sem danos), uma vez pegando um controle fora do meu costume, nada funciona. Depois daquela partida, simplesmente parti dali (em boa hora).


Teve uma situação no segundo dia que parecia tensa, mas foi na verdade irônica  e o cara era gente fina. Enquanto eu fazia vitórias no Capcom v.s. SNK 2, uma delas contra a moça com sobrinhos e o namorado, surgiu um camarada encostado próximo a escada rolante ali perto observando os meus movimentos. Daí ele disse: “- Tá se dando bem, né? ”, “ – Tá se divertindo com o bônus? ”, “-Só bônus, né?” aí eu, pra não desrespeitar ninguém, não falei nada, só fiquei dando aquele sorriso sem graça. “-Se ele tá falando assim, o cara deve jogar bem!” eu pensei. Já vi que finalmente encontrei uma tranqueira. Enquanto jogava, o filho pequeno de repente vem e começa a chama-lo toda hora e ele: “ -Perai .....(aquele palavrão raivoso e bem extremo) ! ” Na primeira partida, eu levei, depois jogamos outras. Daí, ele passou a usar estratégias bem perigosas com o Bison, criou a malícia de ter calma e ficar na defensiva (cara, como eu odeio encarar esse tipo de jogo), e assim ele levou. Depois levei a outra.

O mais interessante disso tudo é ver como o tempo passou. Se nos tempos de fliperama, nós tínhamos os camaradas que gritavam e xingavam nas máquinas, hoje eles gritam com os filhos. Em determinados casos, nem sempre o jeitão rebelde ficou tão de lado assim.

Voltando ao quarto dia, quando eu vi a tela onde estava o Dreamcast, mantiveram o Crazy Taxi como no dia anterior. E eu pensei: “- O que eles veem tanto no Crazy Taxi? Aff!” brincadeiras à parte porque eu gosto muito desse jogo porém eu estava sedento por partidas de ação estilo jogos de luta (desde que eu soubesse), então nem me arrisquei. Voltei pro Street Fighter V.

Depois de umas partidas no Street V, fui circulando e tentando ter um caso de namoro com o Soul Calibur II no X-Box. Fiquei estudando se eu me adaptaria a aquele bendito controle. Mas como SC é um jogo que não se precisa ficar baseando todos os ataques em só meia lua isso, meia lua aquilo – além de não precisar de 6 botões de ataque – resolvi arriscar. Peguei , logo de cara, um representante do staff do evento usando o lutador Nightmare (normal e o mascarado), fazendo a limpa em todo mundo. Eu perguntei antes de jogar cada botão e daí eu me lembrei de como eu jogava, mais ou menos, no primeiro jogo de Dreamcast e de algumas vezes no Playstation 2 nos eventos de anime - mandava todo mundo pro “Ring Out!” Só que o cara ali era absurdo (talvez pela vantagem do boneco). Eu escolhi a Xianghua, passei a gostar dela depois que observei a personagem com mais atenção ao tirar a minha personalidade em um teste que dizia que eu me parecia com ela. Então, ela se tornou a minha alma gêmea do Soul Calibur – antes eu jogava com Kilik e Sophitia.  O cara foi durão e não deixou nenhum Round de graça. Mas recebi elogios da galera “-Você foi um dos poucos que chegou perto!” sobre ganhar algum Round. Bem, risadas à parte.  


Entre a Quinta e a Sexta, já ficava planejando se iria no Sábado, para acompanhar o Concurso de Cosplay. Prometia ser um dia bem animado, cheio de pessoas fantasiadas andando no shopping – pra um evento divulgado com essa magnitude.  Após tirar uma foto com o meu amigo Wellington “Thyrso”, recebi uma mensagem da minha amiga Michele “Mi-Chan” perguntando se iriamos no Sábado, daí descreveu que iria com um cosplay de TKOF. Isso me tentou a ir e a repensar a minha participação em um grande circuito carioca de Street Fighter V, justamente num bairro que conheço de cor e salteado, por ter passado a minha infância, adolescência e uma parte adulta por lá. Estava curioso aonde seria o local e também para competir. O meu amigo Daileon ficou rindo de mim por eu estar agora confuso em me decidir, se competia ou se me divertia. As duas opções eram ótimas, então ficou difícil escolher, mas eu tinha que escolher – só que eu coloquei o meu apelido no torneio e fiquei com receio de desistir e ganhar fama de furão (eis o problema de confirmar com muita antecedência).  Pensei até em dar um pulo no campeonato só pra conferir e depois partir pro evento. Mas daí pensei também em querer ir muito cedo pra ver os staffs montando o evento, o shopping abrindo, eu queria aproveitar desde o início – pois aquele seria o meu último dia se eu fosse.


Daí, avaliando as possibilidades, o circuito acontecerá todo mês. Recebi um incentivo do Diego “Dark” – “-Vai, cara!” ele disse, com aqueles olhares sensíveis. Daí, eu sem saber o que dizer, 
pois fui pego de surpresa, ele aparecer no mesmo dia em que eu estava, na quarta, expliquei
o motivo e ele então entendeu e já adiantou aonde seria o local do próximo circuito BTrolynho, noticiado até pela ESPN e, desta vez, naquela edição de sábado, teria 
streaming e uma participante chamada Lidiane, uma jogadora que eu andei acompanhando há pouco tempo mas ainda não sei como ela joga ou com qual lutador (provavelmente, Akuma). Jogadoras femininas no circuito profissional de jogos de luta é uma agradável novidade, pois mostra que o gênero está ganhando 
sangue novo nesse campo.   

Partindo para a jornada, na viagem de trem, eu me senti surpreso ao entrar e ver algumas garotas aparentemente com cara de que vieram de algum teatro ou algum tipo de trabalho artístico, modelo ou alguma coisa. Será que elas tocavam música ou algo do tipo? Daí eu vejo um trio falando sobre a gravação de algum videoclipe.  Eu ficava sentado do outro lado observando que tipo de moças eram aquelas. Se eu estivesse no meu modo “cara de pau” até ia lá puxar um papo, mas eu estava mais “travado” do que o normal – com trauma de relações de amizade meteóricas e mal sucedidas virtualmente.  Então achei que não valeria a pena, apesar de perceber que eram garotas jovens, 
belas e inteligentes – tinham o aspecto magro e eram de pele bem clara, com roupas de verão (um certo jeito de intelectuais, uma com óculos escuros e outra com óculos de grau). Falavam até de política (como a diminuição das secretarias, por exemplo) – um assunto que eu acho muito bacana de ouvir mas não de discutir - já vivi muito dessa experiência no Facebook, de forma amarga, e eu não quero acrescentar mais atritos pro meu convívio. Não, obrigado. Por isso que acho mais interessante é ficar mesmo compartilhando e falando sobre jogos. Mais saudável, mais apaixonante. E eu me sinto mais feliz fazendo amigos do que inimigos (ou com pretensões pra isso). Já indo para o metrô, estranhamente, fez parada de transferência em outra estação. Pedi informações pra um daqueles guardas, um foi bem educado e outro meio rude, em meio as transições confusas.  

Chegando ao shopping, fui surpreendido por não ver nenhum cosplay passeando pelo shopping. Botei muita expectativa pra...nada! Mas, enquanto isso, fui me divertindo pelos jogos, começando por Street Fighter V, pra começar bem.  Seria provavelmente o meu único jogo daquele dia – eu precisava me adaptar ao controle do Playstation em caso de alguma emergência  (usei aquele dia de diversão para também algo proveitoso pros torneios).

Daí, fui dar um passeio pela praça de alimentação. Porém, nada ainda. Depois de um tempo, passeando, de repente, vi um cosplayer sendo arrumado pela mãe. Depois mais um outro (Deadpool). Voltando pra multidão, olhei várias vezes em frente ao palco e nada. Só aqueles que estavam no shopping? Voltei a jogar.

Depois de mais um tempo, olhei e já tava uma fila de cosplayers. Aí eu fui pro meio de fluxo de pessoas e próximo a um dos corredores, encontro a Mi-chan de Athena Asamiya – eu desconfiava, pelas dicas que ela passou antes. Mi-chan na versão KOF XIV estava deslumbrante, praticamente caiu como uma luva pra alguém tão extrovertida e ao mesmo tempo fofa. E então, quando ela me viu “-Amigo, como você tá?” eu respondi que estava bem, apesar de todos os problemas, eu não conseguia pensar sequer em alguma história triste pra contar, só me concentrar naquele dia animado – e pra não estragar o clima também – mas eu estava bem, pelo menos naquele momento ali. 

Ela me perguntou onde ficava a fila pro concurso e, daí, vieram uma sessão de fotos e uma repórter vindo para entrevista-la. Eu sai filmando e fotografando enquanto isso. Antes de tudo isso, tiramos uma foto – auxiliado pelo amigo Jorge “Kyo X”, marido de Mi. Meu casal do coração. É uma pena que depois disso, nos desencontramos e pensei também em tirar algumas outras fotos – pensei até numa selfie depois da experiência que tive mais pra frente.

Diante das acusações de assédio por parte das Cosplayers nos eventos – e isso já se tornou vinculo de notícias de grandes mídias – isso me causou grande medo, insegurança e vergonha de me aproximar.
Pela vergonha, me senti quando eu estava com planos de ir no meu primeiro evento de animê & mangá. Ainda adolescente, com os meus 15 anos, um pouco antes de conhecer o mundo da internet. 

Minha visão inocente dos eventos, era o de conhecer outros adolescentes aparentemente travados como eu. Imagina uma seita tranquila, como se fosse algo religioso? Era assim que eu pensava. Um convenção ideal, com todos quietinhos, assistindo desenho japonês numa sala branca, iluminada, cheia de cadeiras e silenciosa. Todos tímidos. Um mundo perfeito, não? Aonde seria fácil chegar e trocar contato, se apresentar, afinal, todos deveriam se parecer muito. Talvez no Japão, mas não aqui.

Eu me lembro que a primeira vez que fui a um evento, já com 16 anos e incluso na era digital, foi – a caminho da entrada - assistir três marmanjos empurrando o outro pra dentro do porta-mala de um carro, enquanto este se contorcia com as mãos tentando segurar a porta para que os seus “amiguinhos” não o prendessem lá dentro. Eu achei “-Ual! Que bacana! Um bando de loucos!” 
mas por outro lado, pensei também que não seria exatamente  assim o clima do evento. Muitas  e muitas risadas à parte, eu estava enganado. Mas também me surpreendi com o nível de criatividade. O cosplay que mais me surpreendeu naquele evento foi um cosplayer muito parecido com o Iori Yagami. E teve ainda gente com coragem de zoar o artista, chamando-o para se vestir de pedreiro ou coisa desse tipo.  Outra coisa legal é que eu o vi usar dois cosplays diferentes no mesmo evento, o Iori com o uniforme tradicional e outro com um visual estilo motoqueiro. É o melhor cosplay de Iori que vi até hoje.


Uma coisa que eu nunca imaginei que fosse ver em eventos assim, foi encontrar pessoas arrogantes ou desmerecendo os outros (até mesmo personagens e obras). Pessoas muito duras, secas. E o pior é que a competitividade nesse universo cosplay gerou muitas tretas até nas redes sociais. É uma comunidade muito forte, muito unida, apesar de tudo. E a principal causa disso foram as críticas que o Museu do Videogame Itinerante recebeu após  o resultado do concurso.

Enfim, num espaço dedicado aos jogos, eu esperava cosplay de muitos jogos, mas teve cosplay de outras mídias também. Não vejo problemas, acho que tudo faz parte do universo, e o melhor é que na esperança de me apaixonar por uma cosplayer de Karin Kanzuki (até simulei poses no espelho que faria, caso eu a encontrasse), acabei encontrando e me apaixonando por uma cosplayer daquela que eu diria ser a sua “mãe”: Supergirl.

Quando eu descobri na fila, a artista abraçando, sorridente, e tratando todos muito bem, eu nem acreditei. Encontrei uma Supergirl de verdade. Olha como Deus é maravilhoso e nos surpreende com coisas incríveis?

A moça era como uma divindade. Eu a olhava, e ela, nos seus olhares, não ignorava nenhum outro olhar de volta. Tentei perder o medo e a timidez e decidi me juntar. Alguém dizia que os cosplayers não podiam tirar fotos,  “-Falou bem alto lá no microfone, no palco. Você não ouviu?” uma garota dizendo pra uma amiga.  Mas me arrisquei mesmo assim.

Um senhor bem generoso, que estava pra ajudar a filha a tirar uma foto com a Super Moça, chegou ao mesmo tempo e então ficamos parando um no passo do outro - vendo quem ia tirar a foto primeiro – no ia ou não ia – aí ele estendeu a mão e pediu pra que eu fosse primeiro e gentilmente perguntou se podia ajudar a tirar a minha foto com ela. De repente, apareceu uma selfie acidental com a minha cara, a artista deu uma risada tão gostosa como eu nunca havia visto (parecia um anjo ali), eu retirei rapidamente, todo sem graça, pra preparar a câmera. 

Apesar do celular estar com os seus problemas técnicos, o moço felizmente tirou duas fotos, uma desfocada e outra focada. Eu, olhando rapidamente, olhei só a desfocada. Esperei  e depois pedi pra Supergirl mais uma foto pois aquela não estava focada. Então tiramos mais duas fotos, agora com selfie – ela se acolheu com confiança e feliz, como se fosse uma princesa mesmo. Daí, ela me disse que era o seu primeiro cosplay – isso me tocou. Depois conversamos mais um pouco e ela me disse que também chegou a fazer princesas da Disney pra eventos - justamente pela junção dessas características, eu vi a sensibilidade da cosplayer com aquela personagem. Toda aquela caracterização, generosa e encantadora das princesa aterrissou de uma forma que eu jamais imaginaria sobre a Supergirl. Ela trouxe uma faceta que eu considero simplesmente a melhor interpretação de Supergirl que já vi no universo cosplay, além da caracterização – muito idêntica a versão do seriado atual da TV.

Por compartilharmos o amor pela personagem, e por sua imensa simpatia, isso me animou a pensar em vários projetos que eu gostaria de compartilhar com ela. Até pedi o contato, se ela tinha alguma página, acabou que ficou pra depois e, no fim, nos perdemos. Isso partiu o meu coração.


Assistindo a apresentação, descobri  que o nome dela é Juliana Cardoso. Mas quem disse que seria fácil de encontra-la nas redes sociais, heim? Então me bateu uma certa tristeza. Encontrar alguém tão legal e perder contato assim, como já aconteceu algumas vezes.

Toda as vezes que a gente começava a se falar, vinha uma multidão querendo tirar fotos. Sabe como é falar com uma celebridade? Então. E o que é mais encantador é depois daquilo tudo, ela não se esquecer de mim. “-Fala!” ela dava aquela girada de saia com a capa vindo em minha direção. Eu me senti importante ali, tendo a atenção da Juli por uns minutos. Eu realmente não soube como lidar. Ela não é aquela Supergirl que simplesmente faz palhaçada ou só desfila pra mostrar que é bonita, saca? Ela é a Supergirl, que abraça acolhedoramente e acena pras pessoas numa apresentação de cosplay, cara. Dá pra sentir o poder de super-herói? Eu senti. E o melhor de tudo, né? Exemplo de ser humano. Moça simples, que se envolve profundamente em nossas demonstrações de afeto.

Falando em demonstrações,  vi um garoto beijando uma cosplayer no rosto depois de alguns elogios, e ela retribuindo de volta de olhos fechados,  simulando um beijo ao vento (com o impacto). Daí, aquela questão de assédio me veio a minha mente de novo. Porém, eu acho que tive sorte, creio eu, de encontrar cosplayers com uma coragem e uma confiança imensurável no ser humano – que sabem lidar com o assédio - alguns até brincaram passeando por um cavalinho eletrônico pela praça de eventos, na frente da multidão, e uma galera acompanhava filmando junto. Cosplayers muito criativos e talentosíssimos circularam por aquele espaço (que já tava pequeno).

Os eventos dedicada as tribos da cultura pop se tornaram um grande negócio.  Poucas vezes se vê eventos amadores agora. Eu também notei que a forma de comportamento da galera cosplayer mudou – possuem postura profissional, se comportando como celebridades, que não veem o público apenas como visitante mas como fãs, que tem carinho por eles. Vi cosplayers levantando crianças no colo ou tirando fotos com a família. Um clima diferente da turbulência que percorrem as más notícias por parte de acusações de assédio. Uma vez que você assume a fantasia de uma personalidade, certamente será reconhecido, assediado ou até mesmo malhado. É preciso saber lidar, mesmo que faça isso porque quer e gosta, mas está se tornando uma pessoa pública.



Um momento tenso foi durante o tumultuado e intenso trafego de pessoas próxima ao espaço onde estavam alguns cosplayers na fila, prontos para voltarem ao palco após a apresentação. “-Atrapalham a passagem só pra tirar foto!” falava algum cara raivoso, provavelmente não estava gostando do movimento, até porque sempre tem que ter um chato estraga prazeres (que não sabe pensar em outra coisa do Brasil do que beber cerveja e pular carnaval). Chegou um momento que eu me enrosquei no fluxo – que já estava ficando torto – e quase fui esmagado. Um pai com a sua família dizia serenamente “- Calma! Calma!” mas que de repente se enfezou e virou um trator empurrando quem estava na frente. Eu juro que quase fui partido no meio dessa confusão. 

Durante a apresentação dos cosplayers, a praça de alimentação e a sala de eventos ficou simplesmente lotada. Algo que eu só imaginava que só chamaria atenção nos eventos desse tipo de público, mas é aí que a gente vê o quanto a cultura geek se popularizou de tal forma que cativa qualquer pessoa. Um mutirão de pessoas se aglomerou na varanda da praça e próximo às escadas rolantes. Tentei encontrar um lugar pra tentar filmar ou assistir à apresentação, mas não tinha como. Tinha até gente que juntou cadeira pra subir pra olhar pra baixo. Enquanto tinha um lado, mais vazio, com pessoas só olhando a galera jogando.  Numa visão ampla, ao descer a escada rolante, era um espetáculo e as pessoas eram formigas.

Tentando me alocar em algum lugar, fiquei próximo a escada rolante e ali eu vi um jovem vestido de Homem-Aranha e, se apoiando a ele, sentada sobre um stand de vidro com um videogame, alternando o apoio com as mãos em cima do objeto, estava uma moça muito parecida com uma You Tuber que eu havia convidado pra ir ao evento. Eu olhava pra apresentação, olhava pra ela, olhava pra apresentação e olhava pra ela. " - Ela parecia ser mais alta, mas o rosto era idêntico." e ainda continuei pensando “-Deve ser ela sim, talvez seja menor no vídeo.” Mas daí tentei me lembrar do rosto do namorado dela (se não se associava ao jovem vestido de Homem-Aranha, sem a máscara).  
E como ela usava bandana do Naruto, entregava que ela era nerd, fora o jovem vestido de Homem – Aranha. Mas não sei se o namorado da You Tuber chegava a fazer cosplay ou apenas se fantasiava para ir aos eventos.


Estava intimidado pelo seu segurança, o jovem de Homem-Aranha. Até que eu ganhei coragem e perguntei: “-Você é a May?” ela, sorridente, disse que não era. O jovem vestido de Homem Aranha ficou me olhando um tempo mas nem encarei de volta. “-Ah, desculpa, pensei que fosse! Você é muito parecida!” dando um sorriso bem sem graça. Eu meio que previ  que o aracnídeo iria olhar e não deu outra. Eu simplesmente eu vi Peter Paker e Mary Jane ali (sem que ela estivesse fazendo cosplay).  Eu estava olhando os dois como um casal geek perfeito, apesar de não saber qual o grau de relação.   


Sabe como a Lois Lane fica quando perde o Superman de vista? Eu estava sendo a mulher da relação. Perdi a Supergirl de vista e fiquei triste. Meio sem coragem, mas segui em frente. Ou tentei, né?

Aí, encontro a Aurora. Uma das divas do concurso. Lutando com a certa falta de coragem, eu chego e peço uma selfie, alguém vem e a puxa e ela “-Vem junto!” estende a mão e eu continuo sem coragem pra retribuir. Mas corro assim mesmo. Chegando ao destino, de alguns passos, vem uma multidão pra tirar fotos, daí eu aponto, ela tira. Depois “- A nossa selfie!” ela diz, e então tiramos uma, depois tiramos outra. Só depois que eu olho a foto e vi que ela mudou a expressão “-Puxa! Que legal! Ela gostou!” meus olhos brilharam. Mas, como eu tenho um certo receio, medo, insegurança, por parecer um apreciador chato (fora esses noticiários sobre assédio que ajudam), isso me trava bastante pra fazer coisas mais ousadas. 


Eu cheguei a fazer vídeos mostrando os lados das vestimentas e pedi mensagens em vídeo dos cosplayers em outros eventos, mas aí vem a paranoia e a correria naquele espaço tumultuado que me impediu de pensar direito sobre o que fazer. Mas eu gostaria de fazer melhor, tirar mais fotos, realizar mais vídeos – mais ou menos como dos outros eventos em que já fui - ou algo diferente. Mas também tive receio de acabar a memória e acabar não podendo cobrir outras coisas (queria tirar mais fotos da Supergirl também !!!), mas acabou ficando só uma ou duas fotos de cada cosplay – acabou faltando o Fred Krueger, por exemplo, e uma selfie. Mas, em todo caso, eu gostei do resultado – infelizmente uma selfie não foi gravada no celular (devido aos seus problemas técnicos), era com a cosplayer Flavia Souza - intérprete de Sona (League of Legends) - até disse “ -Tudo bem, mas ignora o suor! ”



Outra surpresa é uma cosplayer chamada Even. Me impressionei com o cosplay – ela estava como uma arqueira League of Legends (e eu já sou fã da classe de arqueiros) – porém, nem passou pela minha cabeça que a cosplayer por trás da fantasia era uma dançarina das partidas de Just Dance que eu vi desde a primeira vez que fui ao evento e ali estava ela  arrasando e, por vezes, tirando a minha concentração dos jogos. As lentes e as vestimentas disfarçaram bem, porém, passou por um momento se seria ela.

De repente, encontro a Morrigan paradinha num canto. “-Você só faz cosplay ou joga também?” eu perguntei. Dai, ela respondeu “-Marvel v.s. Capcom”. Meu olho cresceu, “-Faz os combos e tudo?” ela respondeu, balançado a cabeça positivamente, assim, no duro.

Uma das últimas cosplayers a me juntar pra uma selfie foi a Cynara. Eu passei por ela antes da apresentação, mas não sabia de qual origem era o cosplay. Mesmo assim, arrisquei depois. Daí, traumatizado por não pegar o contato da Juli, decidi pedir o contato e procurar anotar num caderno, porém, ela adiantou: “-Anota no celular! ” era simples. Daí, ela tentou soletrar seu nome, mas ela disse “-É difícil! Acho que você não vai me encontrar.” Depois eu me perdi na explicação – não me liguei que o i era o de Cinara para trocar pelo Y, já que havia o sobrenome, que também tinha i. Quanto tentei apagar tudo, ela riu e depois alguém a chamou, ela se afastou e eu perdi mais um contato. Tentei ficar na torcida de alguém na internet postar o nome ou ela mesma aparecer em alguma página associada ao evento.



Depois que todos os cosplayers foram embora. aparentemente haviam uma dupla de garotas de cabelo azul jogando vários jogos entre eles o Capcom v.s. SNK 2. Estavam jogando entre si. Depois, entrei na partida e fiz uma fila básica. A minha Hibiki desceu a lâmina em todo mundo, com belas cortadas (que é uma pena não ter ninguém lá me acompanhando pra gravar). Minha vantagem sobre os outros jogadores do evento é que eu sabia defender, com paciência, e todo mundo só sabia atacar que nem desesperado. Essa que era a diferença.

Durante o concurso de cosplay, eu estava na praça de alimentação e então encontro o amigo Marco.
" Ganhando um monte de patinho, né? Eu li lá que você tava ganhando de todo mundo, só um que te tirou (se referindo a primeira postagem do Museu aqui). " ; " -Você joga com uma personagem que eu odeio. Karin. Eu não sei jogar com ela. "; " - Eu vejo os seus vídeos e dá raiva você jogando. Você é jogador profissional. "  Eu ria e ficava sem graça com as afirmativas. "- Estou treinando"; " - Treinando ? "  ele então fala que fez filão no jogo Killer Instinct. " - Eu só jogo Street Fighter IV. Não gostei do Street Fighter V. " daí eu falei que Street IV era difícil. " -Difícil? "; "- Pelo número de combos serem muito livres. Street V é todo padronizado" expliquei.

Voltando pra hora das partidas de Capcom v.s. SNK 2, acabei tirando o Vega do meu time algumas vezes pra testar outros personagens. O controle estava com o fio solto e não dava pra jogar direito (escolhia e se mexia sozinho, como se tivesse "vontade própria") depois consertaram - era só ter prendido o fio. Chegando ao meu MODO NIRVANA no evento - partindo da ideia de que ninguém tirava a minha Hibiki, o meu Ryu ou qualquer outro lutador - ganhava todo mundo em segundos. me recordei até de algumas frases do primeiro dia jogando Street V: "-Não deu nem pro cheiro!"; "-Essa Karin..". Alguém tentou entregar o controle 2 do Dreamcast para algum dos três jovens amigos marmanjos bombadões arás de mim, com as suas alturas variadas (eram até mais altos) e nenhum deles aceitaram, balançaram a cabeça negativamente enquanto se afastavam da fila com medo. Eu olhei rapidamente de lado e voltei ao meu estado normal, como se nada tivesse acontecido. Sem ninguém mais na fila, ficamos eu e um último desafiante jogando.

Eu terminava a última partida de Street Fighter V daquele dia com um Perfect K.O. com a Karin - o ouro jogador, que estava com a esposa, se impressionou e soltou um " -PUTZ! " segundos antes do staff se aproximar e apagar o sinal da TV e do videogame.


Se não fosse por algumas apunhaladas, eu estaria com a minha câmera profissional hoje. Preciso me contentar com a câmera amadora que está fazendo um excelente trabalho há 4 anos, somado às melhorias que faço no Photoshop sempre que posso. Tô buscando algumas dicas básicas de fotografia. Graças a página do fotógrafo André Calvet (Perdendo Tempo Animês), consegui encontrar algumas cosplayers da nova geração, inclusive a graciosa Juliana “Supergirl”. Ela ficou muito feliz de tê-la encontrado, e a sua presença é exatamente como fora da internet – muito prestativa e atenciosa.
Enfim, domingo era o último dia do evento, enquanto as máquinas se desligavam pela última vez, o meu domingo (com madrugada de segunda) já estava salvo.  E então, volto ao mundo cinza, um pouco menos cinza, com um certo sorriso no rosto, lembrando das coisas boas, das novas amizades realizadas naquele fim de semana.




Memórias em Multimídia

Gigante Guerreiro Daileon 
A presença do robô impressionou o público. 
E a sua performance na dança, por ser tão fiel
ao robô da TV, chegou a ser deveras engraçada
– arrancando risadas do público.








Miaka-Chan 
Ela completou aniversário no dia 5 de Fevereiro. Essa postagem eu dedico a ela. Sem a Mi, não teria ido ao dia do Concurso de Cosplays.
Sua performance foi uma das mais fieis a lutadora Athena. 


Supergirl
Juliana é formada como atriz desde 2013 e atualmente estuda Engenharia da Computação. Assumiu o seu primeiro cosplay por sugestão de sua amiga por dizer que ela era muito parecida. Depois do evento, descobri que a moça, protegida pelo Homem-Aranha, se chama Bruna, grande amiga da Supergirl. Ambas integram a associação Encanto e Magia Produções - RJ, uma empresa que só trabalha com personagem para festa de crianças, presidida pela própria Juli. Eu nem desconfiei que aquele sorriso generoso da Bruna fosse de uma princesa encantada. Mundo pequeno, não?  










Autorretratos 
Várias selfies com as divas cosplayers do Concurso Cosplay. De cima para baixo, da esquerda para direita: Juliana (Supergirl - Série de TV); Mulher-Maravilha (uma das juízas do concurso); Even (Ashe - League of Legends); Rosana (Morrigan - Darkstalkers); Luana (Moana - novo filme da Disney); Aurora (Cortana - Halo 4); Cynara (Teemo - League of Legends)e Kimberly (Coringa - Esquadrão Suicida). 

















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