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sábado, 5 de novembro de 2016

[Sessão Crítica] Doutor Estranho: O Novo Alvorecer da Marvel




Aproveitando o feriado Dia de Finados (2), Doutor Estranho chega aos cinemas Brasileiros como mais uma aventura da Marvel Studios que apresenta um personagem desconhecido por parte do grande público.

Envolvendo artes místicas, o personagem criado por Stan Lee surgiu nos quadrinhos da 110ª edição de Stranges Tales (Histórias Estranhas, coincidente com o nome do personagem) publicado em julho de 1963. Mas o mago mais poderoso da Marvel só veio a estourar durante os anos 70 e 80 nos quadrinhos.

Na trama, um renomado neurocirurgião (Benedict Cumberbatch) sofre um acidente que o impossibilita de usar as mãos. A fatídica experiência o faz ir até ao himalaia em busca da ajuda do Ancião (Tilda Swinton).


Este é um dos filmes solo mais difíceis já produzidos pela Marvel Studios. Talvez o mais, por tratar de temas complexos sobre ocultismo. E com um padrão de contar histórias leves, aderido desde o primeiro Homem de Ferro, Doutor Estranho toca em temas profundos mas não costuma ir muito além com eles - como a transformação de Stephen Strange (Cumberbatch) a ponto de fazer até mesmo os céticos acreditarem naquele incrível universo. A falta de arriscar é o que faz o filme parecer bem pretensioso nesse quesito. De qualquer forma, o longa é dosado por um excelente elenco: Cumberbatch, Rachel McAdams (Christine Palmer) e Mads Mikkelsen (Kaecilius). Mas, não esquecemos, quem rouba a cena de verdade é: Tilda Swinton como o Ancião. Swinton traz a graciosidade ao personagem originalmente masculino nos quadrinhos, aqui, o termo "Ancião" é um simbolo (levando em consideração também a tradução na cópia dublada, que também respeita o nome original do personagem ao invés de chamá-lo de "Estranho").

O senso de humor continua a roubar esta produção Marvel. Porém, há pitadas leves de emoção na história e uma relação madura entre os personagens McAdams e Cumberbatch. Há pouco misticismo na história mas possui uma interessante reflexão entre ciência e religião. A trilha sonora de Michael Giacchino preenche o ambiente da aventura com grande louvor. O 3D, um ponto recomendado pelo produtor Kevin Feige para acompanhar a história, realmente ajuda a trazer dimensionalidade entre as viagens extraordinárias e as trocas de magias.


M e m ó r i a s 
da
 S e s s ã o

Infelizmente ignoraram as cópias legendadas em 3D para os arredores da Zona Oeste (RJ). O problema é que as distribuidoras subestimam o subúrbio Oeste. O jeito foi acompanhar a cópia dublada no Bangu Shopping. houve um certo tumulto em alguns momentos, espectadores barulhentos chegando atrasado, com lanternas pra lá e pra cá no escuro, e um cara que passava pra lá e pra cá pedindo licença  (pelo menos isso)  aonde eu estava enquanto a sua esposa o aguardava.

Durante a cena pós-créditos, ligaram as luzes e depois deixaram as laterais da frente ligadas enquanto rolava a cena do meio dos créditos. O público que estava lá parece não ter se manifestado muito, apenas 1 ou dois tentando falar alto para desligar a luz. Infelizmente um descontentamento do Cinesystem do Shopping Bangu. Outro problema é que a iluminação da tela é escura, assim como o do Shopping Nova América (Zona Norte do Rio). Com a crise do bolso, optei por assistir numa sessão barata, mas, é aquilo, muitas vezes o barato pode sair muito caro. Eu já torcia para não precisar assistir ao filme de novo numa sessão IMAX 3D para compensar a perda de qualidade.

As melhores partes: risadas do público nas cenas de humor e pessoas aplaudindo o filme durante os créditos (eu incluso), apesar de ter algumas cabeças a frente (umas duas moças) apenas olhando as minhas palmas sem participar da contemplação.



SOBRE
 SESSÃO  CRÍTICA 
DOUTOR ESTRANHO 
Título Original: Doctor Strange
Duração: 135 Minutos
Gênero: Aventura
Sessão Acompanhada: 18:30 - P 21 - 05/11/16
Formato: 3D (Dublado)
Slogan: "As Possibilidades São Infinitas"