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domingo, 19 de julho de 2015

[Sessão Crítica] Homem - Formiga IMAX 3D Legendado




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ÍNDICE  - ÍNDICE ÍNDICE 
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--NESTA POSTAGEM-- 
SESSÃO CRÍTICA
HOMEM-FORMIGA

EXTRAS
MEMÓRIAS DA SESSÃO
ORIGEM
FICHA TÉCNICA
SOBRE

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 SESSÃO CRÍTICA 

HOMEM-FORMIGA

MANTENDO A FÓRMULA
Uma dica para quem leva essas adaptações muito à sério: se você vai ao cinema assistir a um longa da Marvel Studios, é bom estar avisado de que esteja com a expectativa de se divertir e não de encontrar uma referência para refletir profundamente sobre as desgraças do mundo. Portanto, as tradições ainda permanecem mantidas em Homem-Formiga, o longa que encerra essa segunda fase cinematográfica.

Longe de serem obras "cult" ou violentamente trágicas - com altas doses de impacto - os heróis Marvel, ao menos a maioria de sua adaptações, vieram para as telas com o intuito de humanizar esse universo imaginativo e tão distante da nossa realidade. Com o passar dos anos, essas adaptações procuraram então encontrar em O Cavaleiro das Trevas (da rival Warner/ DC) uma forma de equilibrar seus heróis na realidade.

Ainda no início dos anos 2000, o equilíbrio cinematográfico entre fantasia e vida civil dos super-heróis Marvel tentavam encontrar um meio de se harmonizarem em seus argumentos (nem que, por muitas vezes, estes heróis tenham que lutar sem a sua máscara para enfrentar os seus antagonistas).  Um pouco antes disso, aqueles mutantes dos X-Men (ainda hospedados lá na Fox) foram os primeiros a se rebelarem contra as suas fantasias - recusando a lycra amarela pelas roupas escuras e discretas.

O pequeno Homem-Formiga é mais um a entrar nessa cinessérie Vingadores, da 'mamãe' Marvel Studios, entre os mais obscuros personagens para o grande público. Em sua produção, o filme tem direção de Peyton Reed - mais conhecido por dirigir Kristen Dust em As Apimentadas (2000) e outras comédias; e no roteiro, Edgar Wright (Scott Pilgrim Contra o Mundo). Esse trabalho em conjunto resultou num acabamento digno de "sessão da tarde" - se criássemos uma sinopse, ele certamente seria mais ou menos assim: - "Um ladrão atrapalhado, o seu mentor e a sua assistente se unem para viver altas confusões".

Só de perceber, logo pela introdução, já mostra o quanto a Marvel Studios está cada vez mais soltinha em seu multiverso cinematográfico, chegando a tirar uma onda com Os Vingadores. Mas se é pra falar uma palavra, de uma forma nada tradicional, O Homem-Formiga meio que "passa a mão na bunda" de alguns nomes dessa corrente conectada sem deixar de lado o equilíbrio de importância frente aos demais - tendo então saídas inteligentes das situações (sem comprometer um herói especialmente convidado) e sem ofuscar a importância daquele que faz jus ao título (mostrando o quanto ele pode ser vigorosamente incrível, de certa forma).

Com os avanços na cinessérie, e a maneira monstruosamente popular com que os Super-Heróis - e as suas histórias de origem na cultura pop (cheias de simbolismos) - chegaram, Homem-Formiga não perde muito tempo contando sua origem (ela vai se construindo de uma forma não muito linear no decorrer do filme). E uma nota curiosa para os navegantes veteranos: elementos como S.H.I.E.L.D. e Hydra também são mencionados, com novos rostos a frente.

No campo técnico, a trilha sonora agitada inova o repertório ao trazer alguns temas cantados de gênero latino. O formato IMAX 3D, apesar de não haver novidades, o 3D contribui levemente na percepção das perspectivas - inclusive nos efeitos de transformação e objetos em movimento.

Nos diálogos, algumas sacadas na tradução (um "-Já era tempo !" virou "- Demorou !"). Os textos de script com o traducional humor (algumas vezes somadas às expressões de atuação) mais parecem saídos de alguma comédia pastelão para adolescentes (ainda que de leve) - e esse charme até diverte, pelo ritmo equilibrado. Ainda que existam cenas ou situações previsíveis, certos textos de moral finaliza de uma forma pouco usual.

Ao escalar veteranos da nova geração, a Marvel apostou em Michael Douglas como Hank Pym. A surpresa é por ser um nome ainda tão em evidência quanto o de Robert Downey Jr. foi, antes de ser escalado para o Homem de Ferro, e tão ousado para os que já passaram pelo time quanto o polêmico Mickey Rourke (Homem de Ferro 2). Paul Rudd é Scott Lang - aquele que recebe uma grande missão em sua vida, depois de alguns equívocos do passado (Rudd reforça o tom cômico que percorre em boa parte do longa). Na pele de Hope van Dyne, Evangeline Lilly é a primeira mocinha a assumir o posto de heroína dentre os filmes de origem estrelados por mascarados nesta cinessérie Marvel. Já Corey Stoll traz um vilão com os seus ares sarcásticos e ameaçadores - como Darren Cross (ou o "Jaqueta Amarela"), um toque meio "Disney" para fugir da imagem de alguns vilões genéricos encontrados em filmes de ação estrelados pelos bombadões dos anos 80 e 90.

Se o embate entre o bem e o mal já é tradição nessas histórias, assim como também não deixa de lado o conceito de que herói precisa estar em boa formal, essa busca por um sentido "mais fincado na realidade" fez com que a Marvel amadurecesse, em Homem-Formiga, essa fórmula de entreter ao explorar outros conceitos familiares - normalmente visitados com uma certa sensibilidade em gêneros de drama (como a relação entre pais e filhos). Ela foi capaz de montar uma realidade parodiada do nosso próprio cotidiano ou dos fracassos da nossa vida de batalhas - muitas vezes formadas por escolhas equivocadas (seja por falta de informação ou por falta de oportunidade).

Esse é o sentido Marvel de ser ao criar muitos desses heróis, menos Deuses em universos muitos distantes e mais humanos bem próximos da nossa casa (talvez, seja por isso que não exista aparentemente nenhuma menção ao Thor, como induzia um certo cartaz). E o Homem-Formiga, apesar de ser tão esquisito quanto os Guardiões da Galáxia, é um dos que mais conseguiu equilibrar isso, ao lado de um certo amigo da vizinhança.

ATENÇÃO: Fiquem até depois dos créditos


 EXTRAS 
MEMÓRIAS DA SESSÃO 
Antes da sessão:
O dia começou bem cedo, umas 08:00 de sábado (milagre), ainda com os vestígios exaustivos da semana, fui a uma consulta, sendo que o sindico do prédio avisou que o doutor estava em uma palestra, então tive que abortar a missão, voltar pra casa, e adiantar a digitalização de uma fita para um amigo (que aguardava há semanas).

Caminho para a sessão (17:00):
Me desdobrando para sair na hora certa, acabei por chegar minutos após a sessão que eu estava querendo pegar. E como não deu certo, peguei a próxima um pouco mais tarde. Como estou em um momento de crise, aproveitei para usar a cortesia - tive que explicar a situação. E como em certas empresas/ lojas tudo é muito complicado ou burocrático, tive uma certa paciência para a atendente chamar a responsável e eu ter que explicar de novo - mas deu tudo certo e ganhei sessão de graça. Peguei uns cartazes do filme e do novo Exterminador do Futuro ali de sopa, mas a mochila do 'Keep Calm and Call Batman' (Bagaggio) não foi a melhor alternativa pois eles ficaram todos amassados e eu tive então que redobrá-los muitas e muitas vezes, sem sucesso.




Enquanto a sessão não começa (18:46-20:50:):
Aproveitei para dar um passeio pelo shopping, tirar fotos e gravar uns vídeos (para serem usados futuramente). Na praça de alimentação, avistei um grupo de asiáticos, um deles com uma câmera fotográfica, estavam ali trocando umas conversas e provavelmente tirando umas fotos - uma moça (também asiática) estava ali sentada, tocando conversa com o que estava de câmera fotográfica - tentei entender a situação se era uma artista ou um ensaio, mas, ficou no mistério mesmo.

O Brinquedo x A Embalagem (19:00- 20:50):
Caminhando em uma loja de brinquedos, encontro este Star Lord com o traje diferente em relação a ilustração atrás (o boneco não tinha a alça preta).

Vamos às compras (19:00- 20:50)
Entrei nas Lojas Americanas e não resisti a essa coleção com A Princesinha e O Jardim Secreto numa luva por um preço bem em conta (apenas R$ 19,90). São dois filmes que marcaram a minha infância, de uma maneira diferente. A Princesinha eu assisti logo quando saiu (alugado e gravado em VHS ainda em meados de 1997) e O Jardim Secreto eu tive o conhecimento através de algumas propagandas da Warner no SBT, já anunciado para as locadoras (entre 1993 e 1994). Meu pai alugou e gravou a fita em VHS mas eu não havia assistido - só após 20 anos que eu assisti, após comprar o DVD, e o filme definitivamente me emocionou bastante (foi em período de ano novo, 2012 para 2013).

É hora da sessão (20:55-21:05)
Quando a gente vê o tempo ficar impreciso, nos distraímos bastante a ponto de passar do ponto. E foi quase isso que aconteceu, corri um pouco depressa - minutos antes. Chegando lá, uma fila aguardava pela entrada "-É aqui a fila pro Homem-Formiga", perguntei a um garoto (na faixa dos 12/ 13 anos de idade), enquanto o outro amigo estava lá distraído com outra coisa, e ele confirmou acenando a cabeça. A sessão demorou a começar, aparentemente porque estavam limpando a sala. A fila começou a andar logo após as 21:05 e um atendente - meio agitado - acelerava o passe nervoso pegando os ingressos e chamando o próximo. "-Não precisa de tanta pressa!" disse uma moça pro namorado.

Fim da sessão (21:10-23:10)
Tudo correu bem. A galera foi bem participativa (ria em determinadas situações) e a sessão estava com bastante pessoas. Percebi que era um público bem fiel dos filmes Marvel. 99% do público ficou firme até o final dos créditos (aparentemente, só um casal levantou e voltou depois).

Momento pós-Memórias

Voltando para casa (23:10-01:00)
Quando eu fui de BRT pela primeira vez, tudo foi uma maravilha. Só que desta vez, eu sofri um bocado. Peguei estações em pé (evitando confronto diretos com a correria da manada) e a saída foi meio tensa - com gente mal educada (daqueles que "sentam no seu lugar") e barulhenta.
Sentei bem próximo ao motorista (pela segunda vez), no lado do corredor. Aquilo foi frustrante, pois além de querer sentar em outro lugar, tive que aturar nego rocando e um sujeito todo esquisito sentado do outro lado (o mesmo que, ficou parado lá na estação - com "vontade de vomitar" - e que deve ter me visto passar umas 2 vezes pra tentar saber onde diabos iria passar o veículo do meu itinerário).

O ponto mais curioso, nesse meio tempo foi quando veio um sujeito que se aproximou do motorista, falando alto, cheirando a bafo de cigarro e cachaça, além dos dentes sujos e do volume de massa corporal bem avantajado (pronto pra ocupar 2 passagens). Ele disse que tinha uma proposta para os passageiros (e eu pensei, meio curioso, "- Ihh, lá vem..!")  daí ele começou a falar de redes sociais (aonde as pessoas o perguntavam sobre o assunto), me lembrou daquelas propagandas para vender mala direta na internet (achei que fosse isso também.. mas não era) aí ele então finalmente revelou a sua interessante proposta: R. vendia livros por mídia (um total de 77 livros) "- Só peço R$ 5,00, gente !", ele dizia. E descreveu, como um professor (será que ele foi ?) características que podiam mudar a nossa vida através daqueles títulos. Entre eles, A Arte da Guerra, O Príncipe Maquiavel, O Pequeno Príncipe, Mentes Perigosas,  Homens são de Marte, mulheres são de Vênus; Por Que os Homens fazem Sexo e as Mulheres Fazem Amor entre outros títulos bem famosos (e Mentes Perigosas, eu li e recomendo muito mesmo).

Comecei a me interessar pela reflexão que ele trouxe sobre várias obras, enquanto uma penca de mulheres não parava de falar alto lá no fundo e o 'esquisito' que tava do outro lado saiu de cena com um "-Fala pra caralho!", provavelmente saindo do veículo ou mudando de lugar. R. ficou por muito tempo ali falando, realmente, mas mesmo meio agressivo nas palavras e falando palavrão (além de ficar cuspindo na minha camisa), ele então disse coisas realmente bem interessantes "-...As pessoas preferem ficar se preocupando com futebol e fofocas de celebridade !"; ."-..Eles é quem estão ganhando dinheiro e não estão nem aí para o que a sociedade pensa !"; "-...Se eu viesse aqui com um CD de pagode, seria mais fácil vender !.". E então ele terminou com uma reflexão, para que as pessoas dessem mais importância para a leitura, depois saiu de cena.

Bem, eu já estudei um pouco de publicidade e já trabalhei com vendas.. portanto, sou testemunha. Achei que ele teve uma boa proposta, só não soube como conduzi-la (o CD não vinha descrição nenhuma, só os contatos dele impressos na capa); fora a boa imagem ou a maneira sincera como se passa essa imagem, que também são instrumentos muito importantes para vender.

ORIGEM
Nas HQs, o pequeno herói teve duas origens

O Homem-Formiga foi criado por Stan Lee, Larry Lieber & Jack Kirby (mencionado apenas Lee & Kirby nos créditos do filme). Sua primeira aparição surgiu na edição Tales to Astonish nº 27 (Jan. 1962). Hank Pym foi o primeiro a assumir o posto e também foi o fundador do grupo Os Vingadores nos quadrinhos, ele já assumiu outros nomes, inclusive o de "Jaqueta Amarela" (mencionado no filme). Scott Lang foi o segundo Homem-Formiga, usando as partículas de Pym para salvar a sua filha Cassie Lang, sequestrada pelo vilão Fogo Cruzado (William Cross).

Soctt Lang ( o protagonista do filme ) foi criado originalmente por David Michelinie & John Byrne (este último que ficou bem conhecido devido a uma das mais importantes reformulações do Superman). A primeira aparição de Scott como o Homem-Formiga foi em 1979 na edição Marvel Premiere nº 47. Posteriormente, apareceu em Avengers nº 181, apenas como civil.



Cassie (Abby Ryder Fortson) no filme
x HQ
 (já como uma heroína)
Cassie Lang, filha de Scott, também se tornou uma Vingadora (na categoria dos "Jovens Vingadores") ao usar as partículas Pym. Ela se torna heroína na edição 6 de "Young Avengers" (Maio de 2006) assumindo a identidade de Estatura.









FICHA TÉCNICA
Título Original: Ant-Man
Direção: Peyton Reed
Duração: 117 minutos
Gênero: Aventura
País: E.U.A.
Sessão Acompanhada: UCI NYCC - O 16 - 21:05 - 19/07/15 (Sábado)

SOBRE
SESSÃO CRÍTICA: HOMEM-FORMIGA

Textos, edição de imagens e vídeos por Mestre Ryu