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THE LAST: NARUTO - O FILME
EXTRAS
MEMÓRIAS DA SESSÃO: CRÔNICAS
COMO CONHECI NARUTO
Entre Encontros e Desencontros, Foram apenas Desencontros..
NARUTO NO CINEMA
VÍDEOS
Estúdio de Dublagem CBS
TRAILER
FICHA TÉCNICA
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--SESSÃO CRÍTICA--
QUASE UMA
NOVELA
The Last: Naruto - O Filme, deixa a guerra de lado e se concentra no romance
Depois de marcar uma geração pós-Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball Z, Naruto se consagrou como a série de animês (os desenhos japoneses) mais popular do Século XXI. E a Play Arte (já bem especialista com os lançamentos de grandes sucessos do gênero) não marcou bobeira com os fãs e lançou logo as cópias dubladas e legendadas do recente filme que celebra o fim do mangá (após 15 anos na praça).
Como algumas outras animações exibidas no cinema, The Last - Naruto: O Filme, passou timidamente nos cinemas sem nenhuma divulgação em larga escala na TV (em comparação aos outros lançamentos da semana em comerciais de emissoras de grande audiência, como a TV Globo). Parece que o carma é o mesmo de Dragon Ball Z: O Retorno de Freeza (adiado pro dia 18 de julho de 2015).
As distribuidoras meio que agora "reconhecem" que tal produto tem pouco apelo para um público grande, mas ao menos tolera - e não descarta - o lançamento para um público mais restrito. Hoje temos uma categoria de produtos cinematográficos desse tipo que beira, mais ou menos, ao "cult popular", aquele tipo de produção que pode ser popular a uma determinada tribo urbana. Melhor pensar assim do que não arriscar. Nota que a Play Arte, ao menos, está reconhecendo a importância de se trazer a cultura japonesa aos cinemas - as redes sociais certamente ajudam a reconhecer que este público existe.
Tanto na edição legendada quanto na edição dublada, o subtítulo "O Filme" vem sem tradução (sendo apresentado como "The Movie"). Para quem reclama de novela global, verá que The Last.. não é muito longe disso. Porém, o diferencial é a sutileza das animações japonesas - capazes de trazer uma visão muito além do que o amor se resume, pela mente ocidental, de sempre teimar associar (ou "resumir") o significado do amor ao "prazer corporal" no calor do momento (somos mal acostumados por esse ponto de vista comercial) em sua forma poética.
Sem também deixar de fora a identidade mais "cabeça" do histórico cinematográfico da animação japonesa, alternando entre lembranças e conflitos psicológicos, adota certas roupagens bem sacadas do cinema hollywoodiano (como o romance em meio ao caos e cenas pós-créditos, características popularizada pelos cinessérie Marvel). Naruto sempre foi uma colcha de influências (e o seu autor nunca descartou isso).
Longe dos momentos agitados da série de TV, a trama tem ritmo lento, modesto nos diálogos e meio "específico" nas piadas (mais apreciada para os fieis espectadores do desenho). O romance acaba sendo o grande destaque (parte de uma estratégia para pegar um público mais generalizado) cuja mensagem traça um importante fim ao valorizar que uma demostração de afeto pode vir dos simples gestos.
Toneri: vilão desperdiçado. |
Os efeitos em computação gráfica, com cenários em 3-D (tendência das animações japonesas desde o começo dos anos 2000) oferece boas animações em movimento. Já no traço, nem tanto - parecem mais rabiscos de uma pintura não finalizada (a vontade de entrar na tela era tremenda - só pra pintar um pouco aquele excesso de "cinza" entre o cenário e algumas criaturas). Pelo jeito, animais e criaturas não são mesmo o forte dos animadores do filme.
ATENÇÃO: Não saiam antes do fim dos créditos.
--EXTRAS--
MEMÓRIAS DA SESSÃO: CRÓNICAS
COMO CONHECI NARUTO
Mesmo não sendo um espectador de Naruto, a série foi o que mais me despertou atenção em meio a uma exibição de diversos animês no extinto encontro "Museu Anime Project" (Museu da República) em meados de 2001. Mas, descobri o encontro por acaso, através de uma longa história. Se você gosta de ler uma, não mude de endereço porque aí lá vem.Eu conheci Naruto, de certa forma, graças a uma garota muito simpática chamada Sheylla (nunca soube se o nome realmente era escrito dessa forma - mesmo ela me detalhando passo a passo. Eu que era tapado mesmo!). Ela era uma otaku (a gíria como é chamada os fãs de animê por aqui) que eu conheci na sala de chatt Dragon Ball Z, da seção criada por assinantes da UOL (a sala que eu mais frequentei, enquanto haviam amigos ativos no famoso Santuário de Athena. Hehe!).
Entre Encontros e Desencontros, Foram apenas Desencontros..
A Sheylla costumava me ligar sempre que podia. Pela maneira como ela se descrevia, de uma forma muito sorridente no telefone (a voz dela era linda), devia ser uma moça bem bonita e cobiçada (loira, magra, aparentemente sarada, e conhecida no meio dos vendedores dos eventos). Ela não era só bonita como também inteligente. Costumávamos nos falar por telefone feito adolescentes apaixonados por animê. Ela ainda me dizia o quanto Yuyu Hakushô era uma cópia de Dragon Ball Z (pela primeira vez eu ouvi essa comparação ao meu desenho nipônico favorito - Dragon Ball Z era o dela), mas eu nunca engoli.A Sheylla tinha um site que chegou a me passar (ele dizia que tinham fotos suas de quando era criança), eu imaginei que era uma espécie de fotolog (com fotos e fundo escuro), mas eu nunca consegui encontrar (até porque o endereço era muito complicado). Esse foi o meu primeiro azar para tentar descobrir o seu paradeiro. De imediato, chegamos a marcar um encontro no tal MAP para assistirmos juntos a estréia de Os Cavaleiros do Zodíaco: A Saga de Hades. Eu estava descrente, mas ela se encarregou: caso um não encontre o outro, me chamaria em um alto falante (melhor dizendo: gritaria o meu nome por lá até me encontrar). Ela então me deu uma pista para encontrá-la - descrevendo o seu irmão (que tinha stand lá no museu), e pra chegar lá e perguntar por ela.
Bom, lá vou eu em minha viagem conhecer o MAP. E, nessas referências, me lembrei que já estive no Museu da República há anos atrás, em uma feira de quadrinhos (meados de 1991 ou 1992, ou em algum outro ano da primeira metade da década de 90) onde se podia trocar e comprar exemplares usados (parti direto para os quadrinhos da Turma da Mônica e dos seus "almanacões").
Chegando ao encontro do Museu, descobri o futuro "Mi Amigo Passaro" (que adotaria as siglas MAP após a desvinculada do fórum virtual do evento), vi um cara altão* ditando várias coisas (com características parecidas com os de Marilyn Manson) junto a outros adolescentes, em uma pista asfaltada entre as pistas de grama em meio ao céu ensolarado. Passei batido e continuei tentando procurar pela Sheylla ou pelo seu irmão, sem resultado.
*Sobre o cara altão, descobri logo depois que ele era mais conhecido como "Taga" (graças a sua fama de "tagarela" como ele descrevia), um dos administradores do fórum MAP, pessoa muito gente fina.
Caminhando pelo evento, encontrei uma porta com informações sobre exibições de animê e entrei. Foi aí que eu passei a assistir uma série de novos animês até então inéditos no Brasil (com o som excelente da sala). Todos com o som original (pela primeira vez, pude testemunhar as vozes em japonês dos animês) a maioria trazia legendas em português, algumas ainda estavam com legendas em inglês. O evento costumava iniciar cedo (umas 8 ou 11 horas), algumas vezes cheguei a lutar contra o sono, e foi lá que então eu assisti ao primeiro episódio de Naruto.
Depois que eu pedi o número da Sheylla e passei a ligar, ela nunca mais me ligou. Depois disso, o tempo passou e nunca mais tivemos contato, desde aquele dia que marcamos o encontro (que se tornou "desencontro"). Mas continuei a visitar o MAP para continuar assistindo A Saga de Hades (até o episódio 11), enquanto Naruto continuava a ser exibido junto a mais outros animês.
Como um fã de animação japonesa e de cinema, tive que prestigiar. Chegando ao local, vi uma turma parada ali, quietinha no canto, fantasiada de personagens do Naruto, cheio de mochilas no chão. Eu fiquei naquela de "ir ou não ir até lá", vendo os arredores (andei pegando uma estranha "fobia" de algumas pessoas e seguranças em meio a esse cotidiano turbulento da cidade grande - com pessoas estressadas e paranoicas) . Quando veio uma menina para tirar uma foto com a galera, me motivei a ir até lá (tenho que parar com essa história de ser "movido a combustível").
coincidentemente, a "tchurma" toda invadiu a sessão e sentou do meu lado. Antes disso, eles estavam na dúvida em qual número o assento (7 pessoas, uma legião) e aí eu fiquei preocupado quando um parou na minha frente, -"E eu, gente?", dizia uma das integrantes do grupo (já ocorreu de número duplicado em alguma sessão, se não me engano, foi num cinema do Catete). Mas tudo ocorreu bem, e eles se acertaram. -"Ah, agora sim", dizia uma.
Autorretrato (o "selfie") com a galera do cinema |
Num balanço geral, a faixa marcou a presença de adolescentes, jovens entre 14 e 18 anos, e alguns com mais idade acompanhado de jovens. Todos tiveram um bom comportamento dentro da sala. O problema, infelizmente, é que o som do UCI estava baixo (parece que nenhuma caixa de som estava ligada), então, qualquer tipo de comentário (mesmo baixo) atrapalhava o entendimento da dublagem.
Final de Sessão (versão dublada): A platéia aplaudiu ovacionada no fim.
Dessa vez, o Norte Shopping perdeu em qualidade de satisfação para a exibição no Nova América. Na cópia do Kinoplex, o som ficou bastante calibrado entre as caixas (era possível ouvir a trilha e os efeitos sonoros que percorriam a sala). Assim como no Norte Shopping, a sala ficou consideravelmente preenchida entre os assentos mais altos e médios, com alguns nos assentos mais baixos (frente a tela - "- Eu não compraria naquele assento em frente a tela", dizia um dos Cosplayers do Norte Shopping).
Como esperado (e até uma surpresa, pelo nível de lotação) o público que frequentou a versão legendada era tremendamente diferente. Haviam pessoas mais sérias e com mais idade, sem deixar de serem jovens em sua faixa, junto a alguns idosos (uma senhora saiu com uma jovem no meio da exibição). Haviam poucas tiradas e risadas - apenas duas gargalhadas de uma moça sentada a duas poltronas do lado esquerdo. Pelo pouco que pude conversar, a moça parecia ser bem extrovertida e meiga - segurando uma bolsa de compras, ela estava acompanhada de um amigo (lado direito) e de seu namorado (lado esquerdo), até sugeri a ela sobre gravar um depoimento, junto aos dois, para um possível vídeo "Memórias da Sessão" o que acabou não acontecendo devido o tempo. Todos os 3 tinham características familiares dos jovens de Zona Sul que curtem um cinema "cult" (os dois homens eram meio fortões e barbudos e a moça usava óculos, encorpada e de estatura média; todos de cor branca).
A correria pra assistir a versão legendada no mesmo dia foi tarefa de ninja. |
Prestes a entrar na próxima sessão do KINOPLEX, venham comigo! |
Excelente iniciativa da Play Arte em nos surpreender com este tipo de opção para um público já bem melhor conhecido pela cultura pop - mas ainda restrito. E essa conquista é registrada pela exibição (apesar de curta) em grandes circuitos, como shoppings - fora de cinemas de rua para o público "cult" (como o Estação) - onde é cada vez mais difícil se escolher opções nas cópias legendadas. Arriscaram positivamente a tentativa sem medo de ver salas vazias (e os fãs, de uma sala dublada povoada por crianças). O resultado - ao menos nessa primeira e única semana - foi de um público diversificado (alguns com cara de que "O filme tá na internet, mas.. estou aqui pra prestigiar").
Final de Sessão (versão Legendada): A platéia saiu calada. Curiosamente, saindo para pegar condução, encontrei uma antiga amiga e o seu marido - ambos fãs de cultura pop.
Muitos pontos positivos para esse tipo de exibição estratégica, mas que a curta temporada não vire costume para outras exibições. Afinal, investir em divulgações maiores para esses tipos de trabalho, provinda de uma geração diferenciada, não custa nada - e até ajuda a diversificar culturalmente as opções cinematográficas no país. Afinal, somos de terceiro mundo mas - em um mundo perfeito - podemos nos orgulhar do direito de escolher entre as exibições, sejam eles filmes Nacionais, Americanos ou Japoneses. É assim que deveria ser, não é mesmo?
VÍDEOS
Estúdio de Dublagem CBS
Os bastidores da gravação brasileira do filme.
Trailer
Dublado em Português
FICHA TÉCNICA
Título Original: The Last: Naruto The Movie
Gênero: Aventura/ Romance (Animação)
Duração: 112 Minutos
Gênero: Aventura/ Romance (Animação)
Duração: 112 Minutos
Data de Lançamento: 28 de Maio de 2015 (Brasil)
País: Japão
Sessão Acompanhada 1: UCI Norte Shopping - 17:40 - M 13 - 30/05/2015 (Sábado)
Sessão Acompanhada 2: Kinoplex Nova América - 20: 50 - - 30/05/2015 (Sábado)
SOBRE
SESSÃO CRÍTICA
The Last: Naruto - O Filme
(Dublado & Legendado)
Um Post de: Mestre Ryu
Textos (Análise Ex*), imagens (fotografia e edição), vídeos (pesquisa, compartilhamento, gravação e edição): Mestre Ryu
*Análise Ex: Crítica + Extras (fotos, montagens e vídeos)
Sessão Acompanhada 2: Kinoplex Nova América - 20: 50 - - 30/05/2015 (Sábado)
SOBRE
SESSÃO CRÍTICA
The Last: Naruto - O Filme
(Dublado & Legendado)
Um Post de: Mestre Ryu
Textos (Análise Ex*), imagens (fotografia e edição), vídeos (pesquisa, compartilhamento, gravação e edição): Mestre Ryu
*Análise Ex: Crítica + Extras (fotos, montagens e vídeos)
Dedico este post ao amigo, Wilian Pinhal - fã de Naruto -
que me sugeriu e incentivou a postar esta Sessão Crítica.
Valeu, "Saske"!
Valeu, "Saske"!