NESTA POSTAGEM
SESSÃO CRÍTICA
NO LIMITE DO AMANHÃ
FICHA TÉCNICA
FICHA TÉCNICA
SESSÃO CRÍTICA
Nos anos 90, viajar no mesmo dia era tema pra bom humor (veja o caso "Feitiço do Tempo", de 1993). Hoje, "No Limite do Amanhã" aproveita o tema em torno de um alucinante videoclipe que segue acelerando e desacelera no seu fim, sem perder o ritmo e a tensão crescente. Pretexto para a geração atual associá-lo fácil a lista dos filmes com temática de videogame. "Viva, Morra, Repita" define.
Para uma adaptação inspirada num mangá, No Limite do Amanhã é um excelente filme adaptado de um videogame - O tom não caricato da história (a exemplo de outros tantos fracassos desse gênero) convence pelo investimento de U$$ 178 milhões (atualmente está arrecadando U$$ 20 milhões internacionalmente). Doug Liman provou uma excelente direção em filmes de ação com A Identidade Bourne (2002) e Sr. e Sra. Smith (2006) - este último misturando ação e comédia.
Comparo esse ritmo intenso desta ficção científica de aventura com base no trabalho de Liman já realizado em Jumper (2008). O diretor de 48 anos já prova como adora se envolver em histórias loucas como essa. A violência gráfica acaba servindo como um pretexto para um humor despretensioso - o que diverte mais ainda (Tom "coitado" Cruise é a vítima).
O som e dimensão do IMAX com os efeitos do 3D funcionam em excelente sintonia com as cenas de ação e impacto visual, tornando a experiência mais do que obrigatória para os espectadores assistirem apenas nesse formato (sem dúvida um dos melhores ao lado de outros poucos títulos, como Avatar). Vale também destacar a fotografia, com momentos de iluminação azul em meio a invasão a um esconderijo (vale lembrar os seus dias de "Guerra dos Mundos", que lhe mandou abraços extraterrestres).
Percebe-se que os complementos técnicos são importantíssimos no entretenimento deste título, e o que dizer do enredo? Tudo começa em uma série de situações que deixa transparecer uma trama confusa mas que aos poucos começa a se estabilizar - fincando pés no chão - enquanto acompanhamos esses mesmos sentimentos apresentados pelo protagonista.
Tom Cruise continua correndo pra burro, e essa grata característica já se tornou brincadeira em comunidades do Orkut e You Tube (suspeita-se que ele corre até mais do que o Forrest Gump) mas o que é importante dizer aqui, com seriedade, é o quanto Cruise é subestimado. Ele consegue visualmente transparecer as emoções - quando Cage se encontra sem saída ou em desespero por exemplo (ele também manda lembranças a sua característica "cara de preocupação" de Missão: Impossível 2).
A trama não se aprofunda em explicações sobre de onde (ou quando) surgem as tais criaturas enfrentadas por Cage (Tom Cruise) e Rita (Emily Blunt), por exemplo. É típico de japonês (e Doug Liman parece mesmo adorar isso). Pode convencer mais em um "Neo Genesis Evangelion" da vida mas não afeta o entretenimento da trama e não te obriga a assistir centenas de vezes (como Matrix) para compreender o que realmente acontece ou aonde a história quer chegar.
No Limite do Amanhã tem potencial para agradar um grande circuito como uma adaptação de mangá (gênero que não andou levando muitos ao cinema também, se levar em consideração Speed Racer e Dragon Ball: Evolution) mas que teve os seus bons momentos com Estrada da Perdição (2002) estrelado por Tom Hanks e é sem dúvida o melhor grande lançamento do circuito da semana. E se desse pra voltar o dia para assisti-lo de novo eu o faria.
Momento Pós-CríticaComparo esse ritmo intenso desta ficção científica de aventura com base no trabalho de Liman já realizado em Jumper (2008). O diretor de 48 anos já prova como adora se envolver em histórias loucas como essa. A violência gráfica acaba servindo como um pretexto para um humor despretensioso - o que diverte mais ainda (Tom "coitado" Cruise é a vítima).
O som e dimensão do IMAX com os efeitos do 3D funcionam em excelente sintonia com as cenas de ação e impacto visual, tornando a experiência mais do que obrigatória para os espectadores assistirem apenas nesse formato (sem dúvida um dos melhores ao lado de outros poucos títulos, como Avatar). Vale também destacar a fotografia, com momentos de iluminação azul em meio a invasão a um esconderijo (vale lembrar os seus dias de "Guerra dos Mundos", que lhe mandou abraços extraterrestres).
Percebe-se que os complementos técnicos são importantíssimos no entretenimento deste título, e o que dizer do enredo? Tudo começa em uma série de situações que deixa transparecer uma trama confusa mas que aos poucos começa a se estabilizar - fincando pés no chão - enquanto acompanhamos esses mesmos sentimentos apresentados pelo protagonista.
Tom Cruise continua correndo pra burro, e essa grata característica já se tornou brincadeira em comunidades do Orkut e You Tube (suspeita-se que ele corre até mais do que o Forrest Gump) mas o que é importante dizer aqui, com seriedade, é o quanto Cruise é subestimado. Ele consegue visualmente transparecer as emoções - quando Cage se encontra sem saída ou em desespero por exemplo (ele também manda lembranças a sua característica "cara de preocupação" de Missão: Impossível 2).
A trama não se aprofunda em explicações sobre de onde (ou quando) surgem as tais criaturas enfrentadas por Cage (Tom Cruise) e Rita (Emily Blunt), por exemplo. É típico de japonês (e Doug Liman parece mesmo adorar isso). Pode convencer mais em um "Neo Genesis Evangelion" da vida mas não afeta o entretenimento da trama e não te obriga a assistir centenas de vezes (como Matrix) para compreender o que realmente acontece ou aonde a história quer chegar.
No Limite do Amanhã tem potencial para agradar um grande circuito como uma adaptação de mangá (gênero que não andou levando muitos ao cinema também, se levar em consideração Speed Racer e Dragon Ball: Evolution) mas que teve os seus bons momentos com Estrada da Perdição (2002) estrelado por Tom Hanks e é sem dúvida o melhor grande lançamento do circuito da semana. E se desse pra voltar o dia para assisti-lo de novo eu o faria.
- No Limite do Amanhã é baseado em um mangá homônimo de Sakurazaka Hiroshi e Takeuchi Ryousuke publicado em Dezembro de 2004 como "All You Need is Kill" - concedido também ao filme em sua pré-produção antes de ganhar a denominação "Edge Of Tomorrow". Na idioma Japonês "All You Need is Kill" é traduzido como Ōru Yū Nīdo Izu Kiru" (オール ユー ニード イズ キル no Kanji).
- Bill Paxton é uma das surpresas do elenco, interpretando Farell, um sargento-mor com sotaque do interior. Ele também esteve na série Marvel's Agents of SHIELD.
Ficha Técnica
Título Original: Edge Of Tomorrow
Duração: 114 Minutos
Gênero: Ficção Científica
Sessão Acompanhada: UCI New York City Center - O 10 - 17:15 (31/05/2014)
Direção: Doug Liman