NESTA POSTAGEM
SESSÃO CRÍTICA
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro
Ficha Técnica
SESSÃO CRÍTICA
A AMEAÇA DE ELECTRO
NA TEIA DE ATRAÇÕES
Segundo longa marca pelas diversas subtramas e o começo do Sexteto Sinistro
Quando a Sony decidiu reiniciar a franquia Homem-Aranha em 2012, exatos 5 anos após o fim prematuro da trilogia com Tobey Maguire, ainda era improvável o sucesso de um longa estrelado por outro ator. Em uma nota, Andrew Garfield, às vésperas de sua estréia como o novo aracnídeo nos cinemas, foi humilde em reconhecer que Tobey é o único Homem-Aranha - o qual ele se declara fã de carteirinha em relação ao trabalho de Sam Raimi.
Ainda era cedo dizer qual o melhor Homem - Aranha nessa batalha de teias, Tobey ou Garfield? Ambos são ótimos atores. Tobey trouxe aquele tipo de Peter Parker tímido e que acaba ganhando mais autoconfiança na pele do Homem-Aranha. Alguns o criticam por seu escalador de paredes ser um lerdo - mas, ora, quem não tem os seus momentos de insegurança? Então é justamente por isso que Tobey se mostra um Homem-Aranha mais humano. A versão de Garfield é um tipo mais específico - um Peter mais confiante e que ampliou estes poderes depois de ser picado pela aranha geneticamente modificada.
Garfield se mostra amplamente mais divertido - a exemplo do ritmo desta sequência. Como a trama segue para eventos ainda maiores, é interessante observar como o seu Peter Parker agora ira lidar com situações ainda mais impactantes em sua vida pessoal - sendo um despojado todo o tempo. Do estilo de andar do "Ronaldo O Fenômeno", agora a inspiração de Garfield é o Pernalonga.
A motivação dos "vilões" se tornarem vilões se encaixa numa teoria de vingança tão básica a ponto de se tornar absurda: "Estou de mal com você porque você não ligou pra mim e eu vou te bater" - coisas desse tipo. Tudo bem, isso salva-se por um fato: esta segunda aventura procura se aproximar do lado mais criança do público. Essa "infantilização" não diminui o rendimento emocional de um evento impactante na vida do nosso amigo de sempre (onde até a sua própria teia ganha um aspecto humano) - o som do IMAX contribuiu muito para me deixar chocado até agora com esta icônica cena.
O único vilão enfraquecido nessa aliança sinistra é Paul Giamatti como Rino - não é pelo fato de que "a sua única e maior coisa é atirar" mas sim por que já está se tornando "surrado" supervilões dentro de armaduras nessas adaptações (nos quadrinhos, Rino acaba virando um mutante). A fidelidade nem é tão preocupante, mas lhe faltou substância para cativar, ainda que Giamatti seja um ótimo e aclamado ator.
Efeitos visuais, como sempre, incríveis e dignos de Oscar. Cheios de cores e ângulos (em meio às batalhas e manobras do Espetacular Homem-Aranha) muito bem favorecidas pelo 3D - o diretor Marc Webb usou determinadas cenas em "bullet time" (tipo os trajetos velozes de bala) para justamente nos fazer apreciar cada detalhe e o utiliza muito bem, sem parecer nada forçado.
O Homem-Aranha está mais próximo das artes de Todd Mcfarlane
A trilha sonora instrumental (mais heroica, com os seus acordes militares) é um show á parte. A trilha cantada deixou de lado aquele som mais metálico dos filmes estrelados por Sam Raimi e assumiu um estilo mais pop/ eletrônico. Enquanto o estilo Rock combina mais com o clima agitado e pesado das aventuras do Aranha, a trilha pop/ eletrônica tem mais a ver com o estilo mais solto representado por Garfield.
A ação desenfreada não se torna um problema, sobra ainda um tempo pra pequenos momentos de comédia romântica entre Peter e Gwen - mais uma vez bem representados pela dupla Garfield/ Stacy; e um pouco de boa exploração em dramas familiares com momentos de diálogos muito verossímeis entre Garfield e Sally Field (Tia May). O desfecho da pequena subtrama envolvendo os pais de Peter, ainda que sofra de alguns exageros (como a batalha meio "cartunesca" no avião), acaba sendo muito bem utilizado para esclarecer o mistério por trás da genética do herói.
Não buscando ser um reinício cheio de referências ou homenagens a (ainda) recente trilogia de Sam Raimi, Marc Webb teve desafios pela frente. Algumas situações exploradas na trilogia anterior não são exploradas aqui, e as que não foram exploradas acabam se tornando um dos pontos de maior destaque neste - a exemplo do relacionamento de anos de amizade entre Peter e Harry (algumas coisas interessantes sobre a infância de Peter são reveladas durante a conversas entre os dois personagens).
Essa dinâmica em não repetir o que já foi realizado é mais bem sacado nesta sequência. Por seguir a amplitude desse novo universo , mais verossímil, faz de Webb um diretor merecedor de aplausos. Embora não tão perfeito, pelas boas intenções, é sem dúvida um dos mais interessantes filmes da cinessérie Homem-Aranha.
Cenas Pós-Créditos
Nota: As cópias do UCI New York City Center não vieram com cena pós-créditos. Cogita-se que há uma cena pós-créditos, em algumas exibições, apresentando uma prévia extra de X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido.
Nota²: Há um efeito visual, simulando a eletricidade do personagem Electro, interrompendo a rolagem no meio dos créditos por rápidos segundos.
Curiosidades
(Fonte: Bol)
1) O Espetacular Homem -Aranha 2 é o primeiro filme do aracnídeo totalmente gravado em Nova York
2) 7 Câmeras foram utilizadas nas filmagens
3) 15 é o número de sets utilizados nas gravações
4) As filmagens duraram 101 dias
5) 124 containers foram utilizados nos sets
6) 300 pessoas trabalharam nos sets
7) 300 figurantes atuaram na cena da Times Square
8) 1.100 figurantes participaram da cena de formatura
9) 1.100 pessoas integraram a equipe completa
10) 11 mil figurante trabalharam no filme
Feliz dia Internacional do Bombeiro
FICHA TÉCNICA
Título Original: The Amazing Spider Man 2
País: E.U.A.
Gênero: Aventura
Duração: 142 Minutos
Sessão Acompanhada: UCI New York City Center 16:40 - O 7 - 3/5/2014 (Sábado)