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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

[Dedo No Joystick] Street Fighter II: Special Champion Edition (Mega Drive, 1993) - "F.ROUND"... " MEGA EXTRAS II " !

NESTA POSTAGEM 

MEGA EXTRAS DE CAMPEÃO II
A ORIGEM DOS NOVOS GOLPES
IMAGENS DA VERSÃO BETA
ENCARTES DE PROPAGANDA
O LEGADO
A ARTE DE STREET FIGHTER II


CRÉDITOS
FICHA TÉCNICA
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS




DEDO NO JOYSTICK
STREET FIGHTER II: SPECIAL CHAMPION EDITION  
(Mega Drive)
MEGA EXTRAS 
DE CAMPEÃO II


 A ORIGEM DOS NOVOS GOLPES

Lendas e boatos certamente circulavam os tempos da geração Street Fighter II. Sabemos que parte dessas lendas se tornaram tão polêmicas que se tornaram concretas e aceitas como oficiais como o caso de Sheng Long - inicialmente tendo a sua aparição em mídias adaptadas como o desenho Americano de Street Fighter II e posteriormente se tornando personagem selecionável nós últimos jogos da série.  

Levando em consideração as mutantes ideias que brotavam diante das mídias alternativas, a Capcom decidiu inicialmente beber dessa fonte através das milhares de máquinas piratas de Street Fighter II que se proliferaram diante do auge da série nos fliperamas, em meados do ano de 1992. Nessas máquinas - hoje mais conhecidas como Raibow Edition - Hadoukens eram executados em direções variadas na tela e Tatsumaki Senpukyakus (as famosas giratórias) saiam em alta velocidade percorrendo a tela, em outras versões (um pouco raro de encontrar) era possível trocar de lutador durante as lutas. Era uma bagunça divertida. No Brasil, essas máquinas estavam quase em todo canto onde se tinha uma esquina com um bar. Era mais baratas do que comprar uma máquina original de Street Fighter II: Champion Edition na época, por exemplo. E por esse motivo, ficaram famosas por um longo tempo (uma das primeiras vezes que joguei Street Fighter II no fliperama foi através de uma dessas máquinas). 
Observando todo esse poder de atenção da pirataria, a Capcom copiou as melhores ideias ou as que podiam agregar ao seu sistema comum, de uma forma balanceada para os jogadores da série. Estavam lá, giratórias que podiam ser feitas no ar com Ryu e Ken.

Progames número 2 e Gamers número 1, respectivamente 

Como se não bastasse as lendas e as máquinas piratas que parodiavam a imagem da série, havia a polêmica da metralhadora do Guile que provavelmente muitos acabaram caindo na época das grandes sacadas das revistas de videogame. A brincadeira foi publicada pela primeira vez  na clássica revista Progames número 2 (de 1993) e depois quando se tornou revista Gamers, edição número 1 de 1994. Como pode ser visto nas imagens acima, em uma sessão de cartas. O comando divulgado por eles (aparentemente imaginado para o SF II: The World Warrior de Arcade ou de SNES - provavelmente inspirado naquele truque verdadeiro que consistia em entrar e sair da tela de opções umas 20 vezes) consiste em fazer ↑ ↑↓ ↓ AABBXXYYRRLL 70 vezes durante a luta. Um absurdo. 

 IMAGENS DA VERSÃO BETA

Esta é uma fotos liberadas da versão beta para a imprensa quando o jogo tinha apenas 16 Mega. No calor da competição contra a Nintendo, a SEGA cobrava a Capcom para garantir a melhor versão possível de Street Fighter II para os 16 Bits. Inicialmente, a versão de Mega Drive parecia uma conversão bem próxima de Street Fighter II: Champion Edition com semelhanças gráficas relacionadas a versão The World Warrior. A faixa preta por trás da barra de energia e outras informações da tela se tornou um dos detalhes mais chamativos. 

Outros detalhes como cores, sons, músicas e animações eram diferentes. A música não corria mais rápido durante um certo período quando a luta fica mais tensa ou um dos personagens está perdendo (em comparação a versão final) mas mudava, como nas versões de Arcade. Havia bem menos realismo ou efeito nas cores (Dhalsim parecia azul e mais desenhado) e é também possível ver algumas animações mais simples e outros quadros de animação não encontrados na versão final (como a queda do Ken após um arremesso da Chun-li). Seguem mais fotos abaixo.

 
 
 
 

ENCARTES DE PROPAGANDA

LOJAS MESBLA (Meados dos anos 90)
(Imagem escaneada da minha coleção pessoal )

AÇÃO GAMES: NÚMERO 48 (1993)

(Imagem escaneada da minha coleção pessoal )

ENCARTE DO MEGA DRIVE*
(Imagem escaneada da minha coleção pessoal )


[Atualizado: 2/2/14 - 02:00] *Nos encartes, encontrados em meados de 1994, a Tec Toy classificou o cartucho como Ação, ao lado de títulos como Sonic The Hedgehog 3.

O LEGADO 
Com a grande popularidade de Street Fighter II, brinquedos como bonecos e chaveiros dominavam os camelôs ao lado de produtos alternativos ou importados de outras franquias como Os Cavaleiros do Zodíaco e Batman, de Tim Burton. Vale citar que a Tec Toy não marcou no ponto só com o sucesso do jogo de Mega Drive e também aproveitou para lançar outros produtos. Confira:

MINIGAME
Para quem não tinha condições de arcar com um videogame portátil como o NOMAD, este Street Fighter II desenvolvido pela Tiger garantia toda a complexidade dos jogos de Arcade para as telinhas dos minigames. Os botões de ataque se resumiam a soco (também usado para movimento especial) e chute. É também possível defender e fazer comandos como ataques múltiplos, dentro da simplicidade do aparelho. 
Os golpes especiais eram executados de maneira diferente em comparação aos videogames. Ao todo, seis dos doze Guerreiros Mundiais estão presentes. Para começar a partida e escolher um dos lutadores, o jogo apresenta o modo de Jogo A e Jogo B com três selecionáveis cada. No Jogo A: Ryu/ Guile/ Ken e no Jogo B: Blanka/ Zangief/ E. Honda. 

Seguem mais imagens fotografada da minha coleção pessoal com os encartes da época: 

PENSE BEM


O Pense Bem surgiu no fim dos anos 80 e trouxe além de temas didáticos, (como Geografia, Matemática e História) temas específicos de universos envolvendo personagens de desenhos até dos games da SEGA. São ao todo 10 perguntas, onde a máquina pergunta, ao final da resposta, se a questão acionada está correta.  Abaixo, imagens raríssimas da versão exclusiva de Street Fighter II: Lutas Marciais. As perguntas normalmente são baseadas no conhecimento popular do Ocidente (herança dos Americanos). 

(Imagem: Site Hadouken)



BONECOS  
Andando com a minha mãe, em meados de 1994, encontro em um camelô perto de casa, pela primeira vez, bonecos inspirados no jogo Street Fighter II. Eram eles: bonecos de Ryu & Ken da série World Championship: Street Fighter II fabricado na China. Diferente dos bonecos visto na caixa, como na imagem acima, os bonecos eram vendidos dentro de plásticos com um encarte na parte superior prendendo a abertura. Acredito que no mesmo dia, eu ganhei esses bonecos juntamente com um chaveiro do Zangief. 

Os bonecos de Ryu e Ken eram de borracha (assim como a miniatura do personagem Russo), com movimentações da cabeça (rotaciona pra direita ou esquerda), pernas (cima e baixo) e braços (cima e baixo) e os kimonos e a faixa eram de tecido. Sem dúvida os melhores bonecos de SF II que eu já vi, em comparação ao visual articulado de hoje em dia - embora nota 10 em articulação, perdem muito da sua característica original com o montante de traços de articulação. Por que não fazer algo inspirado nas bonecas da Barbie? Sendo que de um material mais resistente? 

Devido a uma mudança, eu perdi os bonecos, mas graças a Deus eu consegui recuperar o Zangief (apesar de ter perdido a parte onde se prende a chave) para apresentar aqui pra vocês. 

A ARTE DE STREET FIGHTER II
Através das artes oficiais, podemos entender como é o universo de Street Fighter II e então reconhecer que não é exagero certas características que vemos em suas adaptações para os quadrinhos, desenhos e outras mídias, se tratando da expressividade dos artistas em relação a estes guerreiros mundiais. 
Artes Americanas por Mick McGinty
Nas artes americanas, como as encontradas nas artes de McGinty, os guerreiros muitas vezes lutam ou se apresentam em grupos. Tal feito pode ser visto mais expressivamente no desenho americano exibido aqui em 1996 (e avaliado pela minha Sessão Crítica publicada em 2011). Uma entrevista com 45 perguntas ao artista podem ser encontradas no site especializado em desvendar mistérios e curiosidades por trás dos títulos de Street Fighter, FightingStreet.com

 Nesta arte, é curioso ver Dhalsim se teleportando entre a luta E.Honda V.S. Sagat. Segundo o próprio artista, o detalhe se tratou de um ato improvisando naquele momento. Improviso parece ser a característica nas artes de McGinty.
 Arte de capa do cartucho de Mega Drive para as terras do ocidente, Bison mostra assustadora superioridade diante de Guile.

Nesta raríssima arte, Sagat arrasa Bison com um Tiger Shot.

 Arte de capa bem conhecida com o lançamento da primeira versão de SNES, traz a versão de quase todos os personagens na visão do artista americano.

 Blanka de braços abertos nessa outra arte rara de McGinty.

 Cidade ao fundo, guerreiros mundiais lutando entre si em meio a um cenário aparentemente caótico (arte possivelmente encontrada de algum encarte de brinquedo licenciado). 


Artes dos chefes de McGinty para o primeiro Street II: The World Warrior (SNES) usados para a divulgação do cartucho SF II: Special Champion Edition na mídia. 

Artes Japonesas em Cenários Específicos 
por Kinu Nishimura
O traço delicado da artista é uma aparente influência clara dos mangás. Algumas vezes apresentando efeitos e destruições nas artes. 

Nessa arte de Ryu, esbravejando em seu cenário, é curioso encontrar a placa vista em The World Warrior, caída e quebrada. 
Nesta arte, E.Honda parece fazer o tatame (cumprimentação do sumô) quebrando o chão de seu cenário e segurando uma escova de banho. 

 Chun-Li mostra todo o vigor de sua sensualidade nesta que é uma de suas melhores artes (excelente trabalho da ilustradora, uma das minhas artes favoritas), com o seu famoso Spinning Bird Kick é perceptível um aparente efeito de imenso redemoinho deixando as partes mais de fundo do cenário apenas uma mistura de cores.

 Ken segura uma toalha - e acredito que seja usada para tirar o suor após uma luta (ou ao menos é o que parece). Ao fundo, se observa alguns detalhes não vistos no jogo, como um baú e um copo caído. 
 Dhalsim, mostrando a sua elasticidade em meio as trombas de elefantes (cientificamente, elefantas pesam toneladas e toneladas a ponto de esmagar um ser humano) e uma cobra pode ser vista, saindo de uma garrafa. 
 Zangief se apresenta surtado, saindo de um ambiente de seu cenário e destruindo tudo. O sangue estourando da cabeça lembra um artwork de perfil posteriormente visto em Street Fighter Zero 3.

Diferente do cenário do jogo, Guile está sozinho, como se fosse uma fotografia tirada de cima, focando alguns objetos conhecidos do cenário. 

O visual monstruoso de Blanka nessa arte se associa muito ao filme de 94 (basta notar, principalmente, as expressões do rosto e logo após o cabelo). Curiosamente ele está por cima de uma madeira sobre um lago (visto ao fundo), uma característica não encontrada no jogo. 

Aparentemente, essa arte do boxeador Balrog mais parece uma fotografia com as descrições bem no canto: BISON "such is life". Usando o seu nome original do oriente, os dizeres se traduzem como: BISON "assim é a vida".

Vega na arte Japonesa (à esquerda) e nos primeiros quadrinhos americanos (à direita)

A arte Japonesa de Vega justifica o motivo pelo qual o ninja espanhol é reconhecido como um lutador vaidoso, porém, sanguinário em determinadas mídias. Vega (Balrog na versão Japonesa) mostra toda a sua crueldade através da artista Japonesa, apresentando parte de sua garra quebrada e ensanguentada, como se tivesse saído de uma luta bem violenta (é também notado pingos de sangue pelo chão e pela calça do Ninja Espanhol). 

É perceptível que essas e outras incríveis artes Japonesas tenham servido de inspiração até mesmo para os quadrinhos americanos (prematuramente cancelados) lançados aqui em 1994 (avaliado Ao Pé da Letra por mim em 2011). 
 Sagat aparece nessa arte, segurando a cabeça de um lutador caído (após uma violenta luta) que parece ter muito a ver com um certo título que víria posteriormente (Seria a primeira aparição do personagem Dan Hibiki?).  
 O ditador M.Bison (Vega no original) mostra todo o seu terrível poder psíquico e destrutivo, capaz de causar uma cratera no chão. Sem dívida alguma uma dentre as minhas artes favoritas da ilustradora, se não a mais. É notável também que ele está utilizando uma caprichada capa junto ao seu uniforme militar (uma caracterização tão boa e elegante quanto o que vemos  nos jogos da série SF II - onde ele só aparece vestindo a capa enrolada no corpo e o joga durante o começo do primeiro Round - nos Arcades e no console, apenas na versão controlada pela CPU). 

Esse tipo de caracterização (com o Bison em ação, de uniforme e capa) acabou vista com mais frequência posteriormente em adaptações, como as de cinema (Americana e Japonesa); a série de TV, e logo depois se tornaram inspirações para a série Street Fighter Zero

Artes aleatórias e Combinadas 
Com a grande popularidade adquirida com as conversões caseiras de Street Fighter II para os 16 Bits, em 1993 era muito raro encontrar uma arte de Street Fighter II: Turbo para os fliperamas. A Capcom investia pesado nas divulgações e licenciamento das artes dos personagens para a mídia. Um exemplo é essa arte publicada pela revista americana Game Pro em forma de poster (com todos os 12 guerreiros reunidos - quase todos em seu visual alternativo - no cenário do Guile). Visual trabalha bastante os personagens com uma fisionomia mais realista. 
 Outra versão da arte acima em melhor resolução mas com o Bison em outra pose.

 O mesmo artista trabalhou na capa para o guia de estratégias de 1993, com o selo de aprovação da Nintendo. Traz o quarteto barra pesada no cenário de E.Honda. São artes aparentemente Japonesas mas com uma certa influência das artes Americanas de McGinty, talvez.

 Arte misturando trabalhos Japoneses de Nishimura (perfil dos personagens, pelos lados) e a Americana por McGinty (ao meio, com E.Honda encarando Sagat, e Dhalsim se teleportando entre os dois).
Nessa arte preliminar (à esquerda), Zangief encara ursos. Ideia também aproveitada pelas HQs Americanas de 93 (à direita).

(Imagem escaneada da minha coleção pessoal)

Em artes Brasileiras, a Tec Toy também caprichava na divulgação, é notável que a pose de alguns personagens tiveram uma certa inspiração dos artistas estrangeiros Americanos e Japoneses (como Daigo Ikeno e Mick McGinty). Arte rara e cobiçada encontrada em diversas divulgações de revistas (apareceu também num encarte da série "Bem-Vindo à Próxima Fase"). A arte acima foi retirada da revista AÇÃO GAMES: NÚMERO 48 (1993) de minha coleção pessoal.

 
Nessa outra arte nacional, notam-se características inspiradas em artes Japonesas dos guerreiros em SF II: The World Warrior (aparentemente desenhadas por Akira "Akiman" Yashuda, originalmente). A ilustração (com os personagens brigando pra ver quem vai jogar o Super Nintendo) foi realizada por ninguém mais e ninguém menos do que a Criação: Propaganda & Comunicação (a mesma produtora do programa Game TV). 

A propaganda parece ter sido desenvolvida para uma locadora Paulista para a divulgação do Super Nintendo, mas era uma certa chamada encontrada em uma revista Ação Games - ainda que inspirada em artes de um jogo de 1991, a divulgação é de 1993. 

CRÉDITOS

FICHA TÉCNICA
Título Original: Street Fighter II Plus: Champion Edition
Sistema: Mega Drive
País: Japão
Data de Lançamento: 28 de Setembro de 1993 (Japão);  Outubro de 1993 (E.U.A./ EURO); Dezembro de 1993 (Brasil)
Fabricante: Capcom
Distribuidora: Tec Toy (Brasil)
Gênero: Ação/ Luta

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
Site Projeto Sega Brasil (Scan do Encarte), ao site abençoado Fighters Generation (sem ele, seria impossível conhecer melhor os grandiosos artistas por trás das artes de Street Fighter II), aos Leitores do nosso Santuário e ao meu pai (graças à ele, eu conheço Street Fighter II através desse presente maravilhoso).

ISTO É TUDO.. 


AINDA NÃO ACABOU! 




OBRIGADO PELA LEITURA!

APRESENTADO POR
~SANTUÁRIO DO MESTRE RYU~

DEDO NO JOYSTICK
STREET FIGHTER IISPECIAL CHAMPION EDITION 
F.ROUND..MEGA EXTRAS II ! 
"MEGA EXTRAS DE CAMPEÃO II
Um artigo de 
Mestre Ryu 
(textos, adaptações de textos, digitalização e edição de imagens)

2013, 2014 ©Santuário do Mestre Ryu


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