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terça-feira, 25 de setembro de 2012

[Sessão Crítica Edição Especial] Dredd - O Juíz do Apocalipse 3D Legendado

NESTA POSTAGEM
SESSÃO CRÍTICA
DREDD 

EXTRAS 
A ORIGEM DE DREDD: O HOMEM DA LEI
GALERIA
FICHA TÉCNICA



 SESSÃO CRÍTICA 
DREDD 

SENTENÇA EXECUTADA
 Dredd X O Juíz: No lugar de Sylvester Stallone entra Karl Urban  e no lugar do papel de coadjuvante de apoio, Rob Schneider, vem Olivia Thirlb. Um gracioso brinde.

Esta nova adaptação busca aproveitar algumas rédeas do filme de 1995 - talvez para que antigos expectadores se habituem em meio a uma história nova. Quem assistiu a versão anterior, deve esquecer completamente o que viu.

A história se passa 120 anos em Mega City Um. Onde Dredd (Karl Urban) faz parte de um grupo de agentes de elite conhecidos como Juízes. Eles agem como se fossem políciais e como júris - decretando sentença em criminosos. Se a pena é a morte, eles tem permissão para executá-los de acordo com os seus julgamentos. E qualquer um que interromper ainda leva punição severa a ponto de ser preso por um longo tempo.

Dredd é o mais temido pelos bandidos e o mais respeitado na grande Metrópole. Junto a sua ajudante, a novata Anderson (Olivia Thirlb) , devem subir um prédio de 200 andares enfrentando criminosos liderados por Ma-Ma (Lena Headey). Uma ex-prostituta que domina o cartel de drogas conhecidas como Slo-Slo (de Slow Motion). Cujo efeito da substância é causar alucinações, em rítimo de camera lenta, ao usuário. 

Urban não usufrui da força burucutu do eterno Rocky Balboa mas traz vigor em seu quase inexpressivo personagem. A se destacar pelo tom de voz intimidador e convincente postura de durão - com o rosto sempre sério - o qual acreditamos o quanto ele é essencialmente inabalável e incorruptível em seu confronto contra os criminosos.

E aqui fizeram certo, o herói não tira o capacete em nenhum momento do filme, trazendo mais fidelidade ao herói das HQs. Deixando de ser mais um filme com cara de ator do que de herói (querendo ou não, O Juíz era mais Stallone do que o próprio Dredd).  

Olivia Thirlb: Só essa gatinha já vale o ingresso

Novata Anderson (Thirlb) soma bastante à trama - trazendo um toque especial ao representar o público feminino. Mesmo a sua característica extra (o de contar com poderes paranormais graças à mutações genéticas) é bem encaixada. Trazendo inclusive um jogo psicológico interessante em uma das cenas - quando ela vai questionar um criminoso sob sua custódia.

Anderson é vítima do universo masculinizado da trama, mas se sobressai com respeito em sua evolução. Ela é um ponto importante para os jovens expectadores se sentirem parte da história. Não só meninas como também meninos - vivendo naquele fardo pesado.

Uma sábia aprendiz ao lado de um velho mestre limitado por seus ideais incorruptíveis (assim como Robin e Batman). Talvez a única coisa que lhe tivesse faltado era fazê-la um pouco mais radical no começo. Quando a personagem ainda está transitando de uma agente inexperiênte e meio pacifista para uma autêntica agente aprovada. O que sobra são algumas diferenças de contestação entre ela e Dredd. Talvez num próximo filme essas diferenças possam ser melhor expostas. 

Na versão com o Stallone: Herman (personagem de Schneider) tentava suavizar a história querendo ser o alívio cômico mas não passava de um chato e só atrapalhava. 

O clima sombrio e truculento se mantém. Sua direção de arte futurista e pós-apocalíptica também não deve nada ao filme anterior.

Felizmente o visual é muito próximo ao que vimos em Distrito 9. Assim como as locações, ambos filmados em Joanesburgo. Cenários modernos - movidos a máquinas tecnológicas - e uma aparente pobreza se misturam.

E apesar de ter menos luxo no uniforme desta vez, o capacete de Dredd busca mais fidelidade às HQs.

Assim como outras belas e talentosas atrizes que topam um desafio,  Lena Headey ficou feia para viver a vilã Ma-Ma.  Além de sua caracterização forte - com toda a sua força de controle e liderança -  e nada sensual. Atuação espantosa.


O 3D acompanha a edição simulando os efeitos que a droga Slo - Slo causa nos usuários - e aproveita esses recursos para mostrar momentos de violência  de forma detalhada. Não é recomendado para quem não tem estômago forte. Além desse detalhe, o formato pode também ser melhor sentido na presença de cenários (como cenas filmadas atrás de uma janela, por exemplo).

O som instrumental clássico de Alan Silvestri é trocado aqui por uma balada eletrônica (composta por Paul Leonard-Morgan) combinada a agitada da trama. Tais mudanças não deixam de trazer o espírito heróico e digno como este herói merece.

A versão de 95: tinha tudo para ser um diferencial na carreira de Stallone mas não conseguiu. Por perder suas qualidades profundas, acaba por ser um filme genérico em sua grande parte - apesar de todo o investimento de superprodução.


A versão de 2012:  Essencialmente é uma adaptação anos luz mais legítima. É inteligente, seco e sem paradas para piadinhas sem sal ou pra palhaçadas irritantes. Por ter um rítimo tão acelerado, a sensação é de ter visto um curta-metragem muito interessante. Já estava mais do que na hora de trazer este personagem às telas com a caracterízação merecida. O julgamento está feito.


Vem mais por aí: Segundo os produtores a idéia é de que Dredd seja parte de uma trilogia.
(Assim espero.)


 EXTRAS  

A ORIGEM DE DREDD: O HOMEM DA LEI

Dredd é inspirado na HQ Britânica Judge Dredd criada por William Wisher Jr. e Michael De Luca. Seu nome completo é Joseph Dredd.


Sua primeira aparição foi em 2000 AD nª2 em 5 de Março de 1977.
O primeiro visual de Dredd mais parecia o de Corredor X (Speed Racer)

GALERIA
 


COMPARANDO O POSTER: DREDD X DEMOLIDOR: O HOMEM SEM MEDO (2003)

Capa da adaptação oficial do filme em quadrinhos (Dredd Movie Comic Book)

FICHA TÉCNICA 
Título Original: Dredd
Sessão Acompanhada: Espaço Itaú de Cinema - 19:50 - 23/09/2012 (Domingo)
Duração: 106 minutos
Gênero: Ficção/ Ação
Direção: Pete Travis
País: E.U.A./ África do Sul (Johanesburgo)
Classificação: 18 Anos