Ao longo da nossa
vida, recebemos muita informação, principalmente agora com a internet.
Absorvemos muita coisa, mas nunca realmente paramos para pensar naquilo que
temos como verdade ou referência. Isso é muito presente inclusive nas coisas
básicas, como os sentimentos. Muito ouvimos falar de “amor”, mas o que
exatamente é o “amor”? Neste post, exponho o fruto de minhas pesquisas,
divagações e discussões sobre o tema. Espero poder ajudar a iluminar algumas
mentes anuviadas por aí.
O amor é absoluto.
Não pode existir de modo parcial. Logo, se se ama, deve fazê-lo como um todo.
Ou seja, não se pode amar algo/alguém só em alguns aspectos, pois gostar só de
alguns aspectos em algo/alguém é só gostar. E isso é parcial.
Mas daí você me diz: “É
impossível gostar absolutamente de algo ou alguém”. E de fato eu concordo. É
claro, pode acontecer, mas é raro demais e, mesmo existindo, desperta dúvidas
acerca de sua veracidade.
A partir disso,
pode-se concluir então que o amar é falso, forçado, enquanto que o gostar é
verdadeiro. Mas será?
Desse modo, as
pessoas se tornariam “rodízios de características”, onde se serve do que melhor
lhe convir.
Isso soa como algo
interesseiro para mim e foge até do gostar, partindo para o “sugar”. Como disse,
é realmente difícil (ou impossível) gostar em absoluto, mas eu me sentiria
pessoalmente usado se alguém ficasse ao meu lado por uma coisa ou duas sobre
mim. De modo mais amplo, as relações se tornariam um grande clube de
benefícios.
Então como explicar
isso? Ficamos ao lado de alguém por pulsos eletroquímicos, talvez? Os pulsos
eletroquímicos controlariam então nossas relações e as características de
terceiros seriam o argumento para nossa permanência?
Bem, de um ponto de
vista científico, isso é bem possível. Mas quem disse que a ciência possui a
verdade absoluta? Ela se apoia apenas no sensorial. Sim, coisas maravilhosas
foram feitas assim, mas e o extra-sensorial? O fator humano? A vontade? Esses
pulsos podem ser apenas manifestações físicas de algo mais profundo. Seria
ignorância nos apoiar somente nos fatos científicos.
Chegamos a um
impasse, então? Será? É claro que não!
Primeiramente, cada
pessoa é um universo. Um microcosmo. Ela nasce, cresce e se desenvolve. Cada
uma em um local diferente, com pessoas diferentes, um modo de vida diferente e
assim por diante. Nisso não há certo ou errado. Alguém nasce na China e é
budista enquanto alguém nasce no Brasil e é cristão. E então, quem é o certo e
quem é o errado? Nem um dos dois é certo ou errado, pois cada um nasceu em um
lugar diferente, com uma cultura diferente e teve aprendizados diferentes. Bem
vindo ao mundo!
Em um mundo com sete
bilhões de pessoas, há uma diversidade que aponta para o infinito. E mais uma
vez, o ato de se gostar de tudo se torna impraticável. Então, podemos concluir
que o amar não existe? Muito pelo contrário!
As pessoas tem uma
necessidade enorme de serem aceitas, respeitadas do exato modo como são. E não,
isso não é pedir demais. Gostar é diferente de respeitar. Quando se respeita,
se admite a existência do diferente e o deixa ser como ele é.
Estaríamos
delimitando demais o ato de amar colocando-o apenas como um gostar mais forte.
O verdadeiro amor vem da tolerância, do respeito, de perceber o quão enorme é o
mundo em que vivemos, quanta diversidade ele possui e quanto isso é
maravilhoso. Quando pensamos nisso, começamos a perceber o amor em sua
essência.
Ou seja, quando se
ama, se entende e tolera o diferente. Vivemos, assim, de modo mais pacífico,
harmonioso e empático.
Mas seria isso fácil?
Claro que não! Se fosse, as coisas seriam diferentes. Porque esse ato de amar
requer muito esforço por parte do ser. Mas aqueles que fizeram grandes coisas
na história nunca tiveram a facilidade a seu lado, não? E coisas boas
geralmente são produtos de esforço, não?
Bem, essa
é mensagem que quero passar com esse post: viva e deixe viver. Se um dia se
prezou pela paz, isso nunca foi feito sem o amor. Se realmente queremos viver
em um local melhor, devemos começar amando uns aos outros. E, com esse amor,
(desculpe minhas divagações utópicas) poderemos caminhar para um mundo efetivamente melhor.