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domingo, 29 de julho de 2012

[SESSÃO CRÍTICA] Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge IMAX 2D Legendado (28/07/2012 - Sábado) - Postagem Para Colecionadores

NESTA POSTAGEM

SESSÃO CRÍTICA
BATMAN: O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE

CINTO DE UTILIDADES
MEMÓRIAS DA SESSÃO: A CAMINHADA ATÉ O ESPERADO FILME DO ANO
BASTIDORES
CARTAZES OFICIAIS
CARTAZES ALTERNATIVOS
IMAGENS DE DIVULGAÇÃO
PRODUTOS PROMOCIONAIS
GIFS ANIMADOS
COMERCIAIS DE TV
TRAILERS
MATÉRIAS DE JORNAL, REVISTAS E OUTRAS CRÍTICAS



SESSÃO CRÍTICA
BATMAN: O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE

LÁGRIMAS DE ALEGRIA
Bane Quebra, Batman Emociona, Kate Seduz neste que é o mais choroso da saga de Christopher Nolan.

Descrevo esse terceiro ato da bat-saga em muitas palavras: É violento, é pesado, é tenso, é dramático, é engraçado e é histórico. Uma coisa que noto muito nos filmes de Christopher Nolan, é a coragem de explorar seus protagonistas. Pegar um personagem tão icônico como Batman e colocá-lo nesse patamar é realmente uma sensação inacreditável. 

Nolan fez o que nenhum outro diretor até hoje não conseguiu ou não teve coragem de fazer com nenhum Super-Herói na tela. Concluir uma história enquanto testemunhamos o limite do protagonista sendo explorado. Levando a nós trabalharmos com essa teoria: - E se?  Explora não só o drama e o sacrifício dele como também os outros ao seu redor em meio à história. 

Olhando por um Bruce Wayne abatido e exausto das batalhas, chega a me lembrar muito o personagem de Al Pacino, Will Dommer, em Insônia (refilmagem que ficou até melhor do que o original, inclusive). Bruce, pouco-a-pouco, vai se desfragmentando, mas não desiste de terminar sua missão sob o manto de Batman. 

Bruce Wayne/ Batman (Christian Bale): Da mesma forma que ele Ressurge, sua importância engrandeceu. Finalmente, voltamos a observar mais de Batman e ainda mais de Bruce Wayne - o lado humano sem o manto era pouco explorado em outros filmes. 

Diferente das frases de efeito do Coringa (Heath Ledger) do filme anterior, vilão é um bom rebatedor de diálogos e ainda conta com uma icônica fala dos quadrinhos

BANE (Tom Hardy): 
Hardy entrega bastante ênfase incorporando o vilão ameaçador como deve ser. A atuação e os truques de filmagem não me deixaram em nenhum momento suspeitar que Hardy é um Bane frangote como se olhava nas fotos, não.

Assim como O Espantalho (Batman Begins) e O Coringa (Batman: O Cavaleiro das Trevas), pouco sabemos de sua origem no filme. Podemos entender ou nos envolver com base em alguns vestígios deixados na história - inclusive bem amarrados com o início do filme.  

O único problema, talvez, seja o personagem ter toda a sua participação "enfraquecida" no fim por um único detalhe. Por outro lado, a reviravolta mostra um lado sentimental do vilão.

Apesar de que no Nolanverse (como os fãs descrevem este universo real) o personagem não depender da droga veneno para ficar mais forte, o que é valorizado aqui é a atuação. Olhamos para Hardy e encontramos nele um tipo de criatura que não se importa com nada, nem mesmo com socos violentos.

Um inimigo fisicamente inabalável - ao contrário do jeitão psicológicamente inabalável do Coringa - e isso é realmente assustador e um teste psicológico até para o maior detetive do mundo (o próprio Batman).

Ele vem com propósitos maiores do que vimos nos quadrinhos da saga Batman: A Queda do Morcego. Quase dá pra comparar o vilão a um ditador (com as suas falas de político) ou um terrorista revolucionário (se unindo a um monte de presidiários). 

Bane rebate as falas de Bruce/ Batman em seus primeiros encontros, mostrando respeito a inteligência de seu personagem em confrontar com o herói (ponto alto para os roteiristas). Dentre uma das frases rebatedoras mais interessantes: - Não sou torturador do corpo, mas da alma. Essa característica de Bane é a essência que Christopher Nolan buscou ainda mais aqui, no clima de suspense do filme. Criar violência quase sem sangue, com muita tensão.



Selina Kyle/ Kate (Anne Hathaway): 
Abandonou o chicote e acredita que armas de fogo são mais suficientes que um bat-bumerangue. Sua identidade conhecida como Mulher-Gato não é revelada. A não ser uma leve menção em uma conversa com Bruce Wayne durante uma dança.  Hathaway mostra versatilidade no papel - combinado ao seu personagem muito bem escrito. Também é responsável por alguns dos momentos engraçados mais memoráveis do filme. É esperta, cinica e habilidosa (realmente como uma gatuna). Hathaway tem certamente a melhor atuação feminina da trilogia.

Miranda Tate (Marion Cotillard): Muitas surpresas diante dessa mocinha. Algo que se torna bem típico na trilogia: uma reviravolta. Mesmo apagada, cumpre bem seu trajeto.

Marion e Bale na primeira e única cena erótica da trilogia.


Lucius Fox (Morgan Freeman): Ao lado de Miranda (Cotilard), ambos são colocados frente a frente com Bane, correndo tamanho risco. Mesmo com a quebra das indústrias Wayne, Lucius não perde sua lealdade ao amigo, e Morgan Freeman sapateia mais aqui ao ser posto em momentos de ação.

John Blake (Joseph Gordon-Levitt): Um cristão? Um herói que vem a se tornar vilão? Apenas um idealista?  Essas e outras respostas vocês verão nesta mesmo Bat-filme. O seu segredo é recompensador. Levitt mostra mais uma vez aqui uma grande revelação, fazendo um personagem bastante sério em comparação aos seus trabalhos anteriores.
Comissário Gordon (Gary Oldman): Passa por maus bocados e muitos riscos. Realmente o coração aperta por este personagem. Durante o momento em que está hospitalizado, o herói policial vive um dos momentos que quase me remetem ao primeiro filme da cinessérie O Poderoso Chefão. Blake (Levitt) tenta resgatá-lo.

a amizade entre Alfred e Bruce Wayne está abalada*..

Alfred (Michael Caine):
A atuação de Caine é digna de sua melhor peformace na trilogia. Vivendo na alma do personagem, é possível sentirmos o seu amor paterno e se emocionar com as suas lágrimas. Taís características humanizam e exploram ainda mais a relação com o mito Bruce Wayne/ Batman (Christian Bale, que também troca o sofrimento de seu personagem).


Trazendo-os mais próximos de nossos lares. Alfred e Bruce é o retrato de uma família abalada pelas escolhas - o julgamento de Alfred sobre a vida de Bruce é o mesmo julgamento preocupado de um amigo sobre a vida de uma pessoa presa a uma grande perda.


..*e isso mais uma vez me remete aos tempos mais marcantes dos quadrinhos noventistas Batman: A Queda do Morcego (só felicidade)

Em Gotham City, 8 anos após o desaparecimento de Batman, a trágica queda de um herói é mantida em sigilo. No nosso mundo, o falecimento de Heath Ledger influenciou no sumiço de seu personagem

Coincidência trágica ou não:
Harvey Dent é defendido aqui como um herói que salvou a cidade, apagando qualquer vestígio de seu corrompimento (posteriormente veio a ser Duas-Caras).

E foi assim, a decisão de James Gordon após o último encontro com Batman ao final de Batman: O Cavaleiro das Trevas. Na vida real, Heath Ledger (o Coringa do filme anterior) faleceu após as filmagens por overdose de remédios. Foi também reconhecido pela sua impressionante atuação com um Oscar póstumo. 
Por respeito ao ator, o seu personagem não é mencionado na história em nenhum momento. 


Experiência em IMAX: 
É o primeiro filme que assisto nesse tipo de sala. O destaque maior realmente fica para o som. Mas não recomendo aos cardíacos (pela alta tensão somada às cenas de impacto do filme).

A dimensão da tela proporciona uma melhor visão. Quanto a imersidão de detalhes, podemos observar melhor, por exemplo, detalhes na direção de arte (como Bruce Wayne sujo em uma prisão e seus olhos aparentemente abatidos - testemunhando melhor a peformace de Bale - ou até mesmo as cicatrizes de Bane).
Em uma visão panorâmica de Gotham, os olhos precisam acompanhar cada detalhes surgindo em todos os lados durante a devastação causada por Bane com a máquina do juízo final construída por Dr. Pavel ( Alon Moni Aboutboul ).

Talvez o único problema são as legendas. Pelo tamanho das letras, é difícil acompanhar enquanto assiste às cenas. É preciso mesmo treinar. 


Impactante! Essa é a palavra pra descrever

Batman X Bane: Herói e vilão tem duas grandes lutas. Sabe aquela cena do interrogatório entre Batman e Coringa no filme anterior? Então, as lutas rumam por esse lado. As cenas de luta são mostradas detalhadamente sem truques de camera. Primeiro, Batman é castigado. Depois, Batman devolve o castigo e devolve também as palavras ingratas de Bane. 

Sim, há lesões de desenvolvimento mais visíveis que em alguns vacilos dos filmes anteriores. Como em O Cavaleiro das Trevas - Batman resiste a uma gama de inimigos mas é derrubado por dois cachorrinhos? Piada que circulou entre alguns expectadores. Talvez o roteiro mais redondinho da trilogia seja Batman Begins (o qual merecia ter uma indicação ao Oscar nessa categoria).

Ainda assim, a obra de Christopher Nolan eleva à estatosfera todos os personagens envolvidos (principalmente os coadjuvantes). Ainda que alguns personagens tenham sido descaracterizados (em comparação aos quadrinhos) outras características são acrescidas para se adaptarem à situação o qual a saga se encontra. Tudo isso para contar uma história devida e muito necessária para os dias atuais. Logo fazendo a nós acreditarmos que manter a paz não é nada fácil. 
Por outro lado, também encontramos vestígios para comparar ao holocausto ou às bombas de Hiroshima e Nagasaki. A tecnologia que deveria ser feita para proteger, acaba virando uma ameaça. Quanto ao 11 de Setembro de 2001, bom, isso foi depois. 

Muitas cenas de ação ocorrem a luz do dia (nos quadrinhos, Batman age desta forma em casos de emergência). A fotografia e as situações nos remetem a filmes clássicos. Nolan assume sua influência do visionário Metropolis (1927), filme de Fritz Lang, na construção dos cenários deste.

Christopher Nolan, com Batman: Cavaleiro das Trevas Ressurge, prova que certa mudanças em uma adaptação são necessárias por uma boa causa. E isso não é pecado, pois mesmo onde o personagem se originou (nas HQs) o mesmo é remodelado ou escrito por diversos autores em diversas formas. Aqui, o desenvolvimento chegou a um amadurecimento ainda mais compreensivo. A história é corajosa nesse sentido.

Para um agrado nosso, os fãs das séries em quadrinhos e do mito notarão referências (outras subliminares) evolvendo obras como: O Cavaleiro das Trevas de Frank Miller (Bruce Wayne de cabelos grisalhos por exemplo); Batman: Dead End (filme do You Tube criado por fãs); Batman: A Queda do Morcego (como algumas falas do próprio Bane entre as referências); dos contos escritos por Alan Moore (a essência de ambiguidade vista em Batman: A Piada Mortal) e Neil Gaiman (Batman: O Que Aconteceu Ao Cruzado de Capa?).

A trilha sonora foi composta apenas por Hans Zimmer, desta vez sem a dobradinha com James Newton Howard (seria uma forma de ajudar o filme a concorrer ao Oscar de Melhor Trilha Sonora?).  O trabalho arrojado felizmente trouxe aspectos diferentes dos dois filmes anteriores. É extremamente eficiente nas cenas de tensão e ligadas a cada personagem (quando a música toca, isso logo nos alerta para quem está na tela e o que está por vir). 

Quando passei a sentir falta da essência instrumental dos filmes anteriores, logo é jogado alguma sonorização da principal canção um dia composta por Zimmer e Newton Howard numa determinada cena o qual Batman volta a ativa, por exemplo. Os tons mais sensíveis da trilha, apresentada em momentos tristes inclusive, estão entre os momentos mais tocantes
 Eu estava lá: Com o boné do filme (aproveitei a promoção do combo com pipoca e refrigerante - coisa rara); camisa com simbolo do Batman; calça branca; tênis olympikus preto e branco e meia preta. Parte das vestimentas também combinando com as cores do simbolo do filme. E Estou lá, comendo a pipoca, derrepente pego o refrigerante de guaraná, absorvo com o canudo, e me vejo com os olhos se enchendo de lágrimas entre uma cena e outra*. Era um momento de felicidade também, abri largos sorrisos e me emocionando em outros. 


*Cair para levantar: Enquanto observamos a tentativa de Bruce em superar a derrota (tentar subir e cair diversas vezes, voltando ao fundo do poço) é uma forma de nos motivar mataforicamente. Um dos momentos, ao lado de seus encontros com Alfred, de sensibilizar.

 Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge é melhor que o seu antecessor por buscar um conceito maior. Fica entre um dos melhores filmes do Batman e certamente uma das minhas melhores experiências cinematográficas dos últimos anos. 


Seu encaixe com os filmes anteriores é muito bem sacado. É recomendável assistir Batman Begins e Batman: O Cavaleiro das Trevas em sequência antes para uma melhor apreciação. Pelos muitos detalhes paralelos, muitas coisas são devidamente destrinchadas e outras em flashbacks. Eu recomendo assistir mais de uma vez - e é isso que devo fazer. Esse  merece o Oscar. 

A LENDA TERMINA..OU NÃO?
 
 É muito difícil dizer. Para Batman, a lenda nunca termina. O final, bem, fica a seu critério.

CINTO DE UTILIDADES
MEMÓRIAS DA SESSÃO: A CAMINHADA ATÉ O ESPERADO FILME DO ANO
Antes do filme, encontrei um grupo de jovens (uma garota, com a camisa do Bane quebrando o Batman e outros dois garotos). A garota do grupo, então, perguntou pra mim: - Vai assistir o Batman? Eu: - Sim. A menina: - Conhece alguém que queira ver o Batman? Estamos querendo vender esses ingressos aqui. 

Ela estava com dois ingressos pro IMAX 2D Legendado na mão. Daí eu pensei em quem também queria assistir naquele momento e, talvez, se lamentando por não ter ido ou não ter conseguido os ingressos pro Sábado. Eu, com certa lamentação, acabei dizendo que não. 

Indo para a sala, uma moça estava conversando com a minha mãe, ao lado, e então eu cheguei. A moça: - Ah, não, deixa.. Mamãe chamou: - Vem aqui, fala pra ele. E eu: - O que foi?
Ela: - Você é fã do Batman. Não vai aceitar. 

Ela estava querendo os ingressos IMAX, era fanática pelo Batman, mas como os ingressos se esgotaram, ela estava desesperada e pagaria até uns R$ 50, 00 pelo ingresso. E aí, nervoso, tentando ajudar, indiquei aquela outra menina que estava querendo vender os ingressos. Como não vi a moça da camisa do Bane perto antes, disse que ela estava por ali, com dois garotos.  Coincidentemente, eu acabei vendo essa mesma menina sendo entrevistada por uns repórteres (Salsa e Karim Sama - quem é do mundo Cosplay deve conhecer) acompanhada com os garotos, ali perto. 

Bem, achei isso bem legal. Eu fiquei com pena da moça e fico surpreso que há mais fãs femininas de Batman do que eu imaginei. Espero que ela tenha conseguido encontrar. Pena que nunca mais vou encontrar essa menina correndo atrás dos ingressos IMAX do Batman - e pensei até em voltar no tempo para comprar um ingresso extra. Não é todo dia. Um evento único. Hehe!
No fim da sessão: A galera, entusiasmada, aplaudiu o filme e eu também.

Fora da sala, enquanto as pessoas tiravam fotos com os posters do filme, aproveitava a brecha - esperando ter a menor quantidade de pessoas possíveis no local - para pagar meus micos. Como de costume encontrar artistas Globais em época de estréia de filme, encontrei a atriz Isabel Filardis  passando por lá. Ela tava irreconhecível (nem acreditei que fosse ela).


- Um voo pela HOT ZONE

- Também trouxe o Wilson.

- Venha cá, gatinha.


- Um Fogo Ressurgirá.

- Esse é de matar.

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Crítica do Jornal do Brasil:
'UMA COLEÇÃO DE GRANDES EVENTOS'
Christian Bale e Anne Hathaway contracenam. Atriz interpreta mulher-gato no último filme da trilogia do diretor Christopher Nolan
Por: Felipe Quintans (Jornal do Brasil - 26/07)

Com O Cavaleiro das Trevas Ressurge, Christopher Nolan encerra o tríptico iniciado em 2005 com Batman Begins, seguido de O Cavaleiro das Trevas em 2008. A saga do personagem criado por Bob Kane, do trauma dos anos de infância à apoteose final, cavalgando vitorioso em direção ao pôr do sol, está completa e, talvez, conclusa. O tratamento mais maduro, em oposição ao estilo fabulista de Tim Burton e ao andrógino-cafona de Joel Schumacher, outros dois diretores da "franquia", está diretamente ligado à forma como trabalha o diretor. resultado é um filme que herdou dos clássicos (Lawrence da Arábia, A Batalha de Argel, para citar dois) a qualidade mesmerizante que só o cinema tem.

Longe do confete de Hollywood, em silêncio, com o mesmo diretor de fotografia (o genial Wally Pfister) e o mesmo montador (Lee Smith), a esposa como produtora e o irmão como seu co-roteirista, Nolan não replica nenhum artifício visual ou narrativo que tenhamos visto em quaisquer outros longas de super-heróis, a começar pelo 3D, o qual recusa com veemência, preferindo o formato IMAX, em gloriosos 70 milímetros. Pouco do que está na tela é gerado por computador: o Batman no alto da ponte, vigiando a cidade, é um homem real, a caráter, no alto da maldita ponte.

Tudo é gigantesco e pleno de fisicalidade. E deve ser. A trilogia é encerrada no volume de um trovão e com o impacto de dez deles.

"Espero que você vá e não retorne", deseja o mordomo Alfred (Michael Caine) a um alquebrado Bruce Wayne (Christian Bale, muito carisma, charme zero). Recolhido à própria mansão durante oito anos, carregando a morte do promotor Harvey Dent nas costas, Wayne é instado a salvar Gotham, dessa vez da destruição absoluta. Se o Coringa, o vilão de Heath Ledger em Cavaleiro das Trevas, só queria ver o circo pegar fogo, Bane (Tom Hardy) quer vê-lo em cinzas, no chão. Tal e qual o anterior, não sabemos de suas origens ou de onde vem tanto ódio. Ele não é pior, mas sim mais resoluto. Sua função primeira é nos lembrar (e lembrar ao personagem) de que se trata de um homem numa fantasia de morcego, logo tanto seu corpo quanto sua alma podem ser estraçalhados.

Para sair do exílio e salvar a cidade, Wayne/Batman procura novamente os serviços e traquitanas as mais avançadas de Lucius Fox (Morgan Freeman), que faz o mesmo que o agente Q dos filmes de James Bond, exceto por fazê-lo com o ar de quem oferece fragmentos da Santa Cruz. Estão ainda na seara dos colaboradores o Comissário Gordon (Gary Oldman), um policial novato (Joseph Gordon Levitt), uma bilionária com passado obscuro (Marion Cotillard) e uma ladra transformada em aliada, Selina Kyle (Anne Hathaway). Destacada na turma, a personagem de Hathaway em momento algum é chamada pelo nome óbvio de Mulher-Gato e carrega consigo o valor primeiro da trama: perseverança.

Enquanto seus pares optam pela histeria (Os Vingadores) ou pela estética modernosa (O Espetacular Homem Aranha), o "novo Batman" nos convida sobriamente, sem muitas exigências. 

É possível vê-lo sem nenhum conhecimento prévio do que se passou nos filmes anteriores. Há um homem que mais uma vez deve vencer o próprio medo - neste caso o maior, o da morte. Esse homem não tem como protelar o embate e, no final, deve contar apenas consigo mesmo, embora tantos à sua volta o ajudem ao longo do percurso. A esta jornada tão simples, Nolan e o roteirista David Goyer associam uma série de pequenas e valiosas subtramas que compõe em ritmo constante o quadro maior do filme.

Há nisso uma homenagem ao Cinema - assim, maiúsculo -, podem crer. Um showman instintivo, kubrickiano em suas composições de quadro, Nolan sempre volta a Cecil B. De Mille e sua inabalável fé no "Grande Evento". Quem vai ao cinema paga por sonhos. 'O Cavaleiro das Trevas Ressurge' é uma coleção de "Grandes Eventos" e dá ao espectador o exato tamanho de todos eles. Trata-se do melhor filme de seu gênero e, com a quantidade exata de boa vontade e apreço pela arte, o melhor filme de 2012.
(COTAÇÃO:)

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TRAILERS
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CRÉDITOS
FICHA TÉCNICA
Título Original: The Dark Knight Rises
Duração: 164 Minutos (2 Horas e 45 minutos).
Sessão Acompanhada: 28/07/2012 - Sábado - 19:20 - Cadeira H 08.
Direção: Christopher Nolan
Gênero: Ação/ Drama
País: E.U.A.
Site: http://batmanressurgeofilme.com.br
Sinopse: Batman agora é perseguido pela lei acusado de ter assassinado Harvey Dent em uma busca liderada por seu amigo Comissário Gordon. Ele precisa lidar rapidamente com a chegada do novo vilão Bane que causa destruição e caos em Gotham City enfrentar velhas feridas com a enigmática Selina Kyle e salvar a cidade antes que tudo seja perdido para sempre.

SESSÃO CRÍTICA
 BATMAN: O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE - LÁGRIMAS DE ALEGRIA
Um Artigo de Mestre Ryu 
(textos, edição de imagens e digitalização de imagens)

2012 ©Santuário do Mestre Ryu