NESTA POSTAGEM
BATMAN..RESSURGE
ACOMPANHE ANTES DE ASSISTIR O ÚLTIMO FILME DA TRILOGIA DE CHRISTOPHER NOLAN:
BATMAN: O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE
SESSÃO CRÍTICA
BATMAN BEGINS
SESSÃO CRÍTICA
VOLTANDO À SOMBRA
A história dos bastidores que levaram a Warner a acreditar em Batman Begins é quase parecida com o filme de Burton em 1989. Após o fracasso de Batman & Robin em 1997, os produtores não acreditavam mais em nada relacionado a Batman e nem mesmo em qualquer coisa que o diretor Joel Schumacher pudesse propor.
A sugestão de Schumacher para o quinto Batman seria a presença de Nicholas Cage como O Espantalho. Havia ainda rumores de Robin Williams como o Chapeleiro Louco. Jack Nicholson voltaria apenas nas alucinações do gás hipnótico do Espantalho. O diretor prometeu que o filme desta vez seria sombrio, com base nas HQs de Frank Miller. Eu imaginaria algo psicodélico da parte de Schumacher. Mas se bem que quando ele quer fazer um filme sério, ele o faz muito bem em sua maior parte da filmografia. Mas não adiantou, a Warner disse um sonoro não. Sendo assim, Schumacher já se sentia demitido da empresa do Pernalonga.
Até que surgiu o diretor Christopher Nolan, que já passamos a conhecer com certa notoriedade da crítica com filmes como o indicado ao Oscar Aminésia (tendo a atriz Carrie-Anne Moss de Matrix) e Insônia - uma refilmagem muito melhor que o original e se destacando pela atuação de Al Pacino e Robbin Williams, surpreendendo aqui com um raro papel de vilão.
Nolan sugeriu reiniciar a franquia. A Warner - depois de um largo tempo - se recuperou do trauma e atendeu o pedido de retirar o morcegão da miséria pela segunda vez. Era a vez de reacender o Bat-Sinal mais uma vez. Só que agora, o desafio era cinematográfico. Já que nos quadrinhos tudo já estava resolvido, todos já sabiam que Batman não era mais brincadeira de criança desde os anos 80 e o filme de Burton alavancou o herói à cultura pop. Batman já tinha uma imensidão de fãs fiéis.
Para o papel do herói Batman, entre tantos nomes, o manto ficou com o ator inglês Christian Bale. Marcado por encarnar um empresário de dupla personalidade em O Psicopata Americano - chamando a atenção dos produtores de Batman Begins. Pode se dizer que Bale é o Batman definitivo. O ator ganhou um uniforme mais flexível, facilitando maior locomoção nas cenas de ação. Aquilo que o ator atribuiu em seu personagem no filme de 2000, agora ele associa a Batman e Bruce Wayne - a dupla personaldiade. Como Batman, ele altera a voz para mostrar um tipo misterioso. Como o playboy Bruce Wayne, ele é mais estrovertido e mulherengo. Uma grande sacada para um ator bastante exigente.
É a primeira vez que Batman ganha um grande destaque em termos de história. O argumento detalhista de Nolan, explica exatamente como um milionário comum como Bruce Wayne se tornaria o herói da maior cidade do planeta. Mais do que um homem, ele se torna um simbolo. Há uma longa introdução mostrando a relação de Bruce com a família; o trauma por morcegos; a relação com a amiga Rachel (a namoradinha de Tom Cruise. ) - seu interesse amoroso no futuro - e o duro treinamento ao redor do mundo, para entender mentes criminosas ele teve que se sujar, além de se submeter aos testes de um clã conhecido como Liga das Sombras, liderada por Ra's Al Gul. A sua vingança foi longe e se tornou uma guerra contra o crime. Fora isso, começamos a testemunhar posteriormente a criação de suas armas e o surgimento do seu novo Bat-Móvel, o tumbler. Numa rara sátira, Bruce pergunta ao projetor de armas militares, Lucius Fox: - Tem na cor preta?
Lucius Fox é interpretado por Morgan Freeman, outro ótimo ator em uma Bat-Franquia.
Lucius Fox é interpretado por Morgan Freeman, outro ótimo ator em uma Bat-Franquia.
O Alfred Pennyworth de Michael Gough (23 de Novembro de 1916 - 17 de Março de 2011 aos 94 anos) é muito bem substituido por Michael Caine - uma coincidência é que ambos se chamam Michael (se é que você percebeu) e ambos são Ingleses. Gough também ajudou Caine com conselhos sobre o personagem. Alfred tem mais presença na história aqui, chegando a auxiliar Batman/ Bruce nos momentos mais difíceis - como a cena em que ele interage diretamente na ação quando a mansão Wayne é incediada.
O encontro entre Bale (Batman/Wayne) com o ótimo Liam Neeson (Henri Ducard) é prato cheio para as melhores cenas do filme - desde os momentos de treinamento ao confronto final. A presença de Neeson ofusca bastante o Espantalho interpretado pelo jovem Cillian Murphy, um vilão bem apagado no filme se comparado também a outros vilões mais famosos que já passaram pela franquia cinematográfica.
EXTRAS DE COLECIONADOR
CARTAZES
Batman Begins - Batman V.S. Ducard (O Encontro Final)
A cena do vídeo acima tem uma música que não está oficialmente na trilha sonora* de Batman Begins. Ela entrou posteriormente em O Cavaleiro das Trevas. Apesar da injustiça, a Warner corrigiu este equívoco.
VÍDEOS
Batman: Os Bravos & Destemidos (2ª Temporada, Episódio 11, Chill Of The Night)*
O Encontro com Joe Chill
Uma referência aos quadrinhos quando Bruce encontra Joe Chill. Na série, Chill é um traficante de armas para supervilões.
Super Amigos (1985-1986) - Capítulo 4: The Fear*
Neste capítulo, de um dos mais cultuados desenhos, é explorado as origens do Homem-Morcego.
Bruce e Ducard lutando com sabres de luz
Montagem criada por fãs com referências a Star Wars Episódio I: A Ameaça Fantasma.
Batman Begins (Playstation 2): Trailer
Batman Begins - Teaser Trailer
Batman Begins - Comercial do SuperBowl
Curiosidade: O primeiro comercial na TV Brasileira do filme surgiu durante a propaganda do programa Lavagem de Roupa Suja, vinculado ao Big Brother Brasil 5, no dia 1ª de Abril de 2005 (Sexta-Feira). Depois reprisou durante o intervalo do filme Homem-Aranha, que estreava na Tela Quente, no dia 4. Este vídeo promocional de 30 minutos foi exibido nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Campinas, Brasília, Fortaleza, Salvador e Recife.
Semelhante ao comercial do SuperBowl, as descrições falavam: - O Medo enfrentará o Cavaleiro das Trevas.
A cena do vídeo acima tem uma música que não está oficialmente na trilha sonora* de Batman Begins. Ela entrou posteriormente em O Cavaleiro das Trevas. Apesar da injustiça, a Warner corrigiu este equívoco.
(*Veja mais sobre a origem de Batman na seção seguinte)
A TRILHA SONORA DE BATMAN BEGINS*
Nos filmes de Tim Burton, Danny Elfman marcava com o seu misto clássico de trilha de mistério (o tema principal de Batman), um pouco de humor (com o espetáculo promovido pelo Coringa) e mais gótico (associando-se a chegada da Mulher-Gato e do Pinguim), em Batman: O Retorno. Na saga de Schumacher, o estilo de Elliot Goldenthal foi mais arrojado e a trilha se associava ao clima mais cartunesco. Já em Batman Begins, a trilha sonora da dobradinha James Newton Howard e Hans Zimmer toca fundo, por vezes romântica, no tom dramático da produção com uma grande versatilidade que empolga e emociona.
DA BAT COLEÇÃO: PARTE 5
DVD BATMAN BEGINS - EDIÇÃO ESPECIAL
O menu do DVD de extras abre com um visual de HQ interativa inspirada no filme.
Batman: O Início da Jornada
(Batman: The Journey Begins)
Neste documentário, Christopher Nolan, o diretor, comenta que sempre teve interesse em abordar a saga do Super-Herói de uma forma realista desde o início. Ele sempre foi fã do personagem mas admite nunca ter sido especialista em gibis. Para suprir esse ponto franco, ele teve que contar com um roteirista que entendesse o personagem e o universo dos gibis. David S. Goyler então entra em cena, sendo contatado pelo agente de Chris. Goyler, como sempre quis escrever um filme de Batman, o auxiliou nessa empreitada de trazer uma nova visão renovada e reinventada do Morcego. O roteirista sempre dizia a mãe que um dia iria a Hollywood fazer um filme do Batman.
-Era como se eu estivesse esperando aquela ligação a vida toda.
David S. Goyler (co-roteirista)
Nolan ainda menciona que, infelizmente, Goyler estaria em 8 ou 9 semanas dirigindo um filme, não dando tempo de se dedicar integralmente ao roteiro, mas deixou com Nolan muitas idéias que se tornaria o filme propriamente dito - mesmo sem ter passado as idéias para o papel. Nolan achou ótimo, deu uma sumida por alguns dias, e voltou a ligar dizendo: - Tem que fazer isso, tem que fazer. Por ser tão fã de Batman, David S. Goyler conseguiu reservar um tempo para escrever a primeira versão do roteiro junto a Christopher Nolan.
Segundo Nolan: - A história da origem nunca tinha sido filmada, nem estava no gibi. Portanto, não existe uma versão definitiva de como Bruce Wayne virou Batman. [..] Pegamos elementos que julgamos mais importantes e que tornam Batman a grande lenda que ele é.
Nos quadrinhos, os pais de Bruce Wayne (Martha Wayne e Dr. Thomas Wayne) apareceram pela primeira vez na edição Detective Comics Número 33 (Novembro de 1939). A morte dos pais de Bruce se tornou o ponto de partida pela sua busca por vingança, que logo se tornou uma busca maior por justiça.
A primeira origem de Batman foi contada por Bob Kane (o criador) e Bill Finger (o ilustrador) em duas páginas. Já fazia, inclusive, referências ao seu treinamento para se tornar Batman.
Com o passar dos anos, a história do personagem (mantendo a mesma origem) foi ampliada por outros autores.
Joe Chill (ou Joseph Chill) é o verdadeiro assassino dos pais de Bruce/ Batman. À direita, Batman revela sua verdadeira identidade ao assassino.
Uma das ilustrações de Chill após o disparo.
A morte dos pais de Bruce numa arte impressionante de Jim Aparo (A Queda do Morcego)
Batman vê uma imagem de sua mãe (à esquerda) e o corpo (à direita), sob o efeito do gás alucinógeno do Espantalho (cena do jogo Batman: Arkham Asylum).
Família Wayne no desenho dos Super Amigos saindo de uma sessão de Robin Hood (diferente dos quadrinhos, que citava A Marca do Zorro).
Nos filmes de 1989 (Batman) e 1995 (Batman Eternamente) da série antológica de filmes, Dr. Thomas Wayne foi interpretado por David Baxt e Martha Wayne por Sharon Holm. Charles Roskilly era o jovem Bruce Wayne.
Curiosidade: David Baxt fez o papel de um ladrão em Superman de 1978.
Em Batman Begins, os pais de Bruce foram interpretados por Sara Steward (Martha Wayne) e Linus Roache (Dr. Thomas Wayne). Joe Chill foi interpretado por Richard Brake e o jovem Bruce Wayne por Gus Lewis.
Sara Steward (Martha Wayne) e Linus Roache (Dr. Thomas Wayne)
Emma Thomas (produtora) levanta uma questão interessante por dentro dos bastidores da pré-produção:
- Estamos acostumados a fazer filmes e lutar para divulgar o nosso trabalho. Este, queriamos manter em segredo.
Os documentos e outros detalhes (como contratos) que levavam o projeto Batman Begins de uma mão a outra entre o elenco de produção se chamava The Intimidation Game (O jogo de Intimidação). Quem via o título, estranhava achando que este seria o nome do filme em questão. Os excecutivos da Warner só chegaram a receber as cópias do roteiro (com o devido título falso, inventado por Nolan) depois de pronto.
Batman & Robin e Batman Begins respectivamente
Comparando cenários: Ao contrário da dimensão dos filmes anteriores, cada vez maiores, uma das ironias desta grande produção, segundo Goyler, é que Batman Begins foi produzido em muitos cenários humildes (um desses exemplos é o começo do filme). Deixando de lado aquela imagem de cenários cada vez mais grandiosos e coloridos dos filmes anteriores do diretor Joel Schumacher (Batman Eternamente e Batman & Robin). - Era claro pra mim que, se queriam renovar a franquia, algo muito dramático deveria ser feito, muito diferente. David S. Goyler
Nolan achava que saber o ator que vai interpretá-lo era o ponto mais importante antes de finalizar o roteiro. Para Goyler, era importante encontrar um ator que pudesse atuar como Bruce Wayne e Batman sem precisar contar os minutos para que ele coloque a capa e o capuz para entrar em ação na tela. Nolan aprovou Christian Bale na primeira reunião com a equipe de produção. - Christian empolgou-se tanto para fazer o filme que estava preparado para confiar nas minhas idéias para o projeto. Quando eu o conheci, o roteiro não estava pronto. Comenta Christopher Nolan.
Com base nos conceitos passados pelo diretor, Bale sentiu que este Batman era muito mais perigoso e volátil do que ele já havia visto.
- Chris tinha uma abordagem controlada e específica em termos de como retratar a agressão do personagem, o seu lado animal. Ele falava muito de fazermos Batman ficar agachado na sombras. Está sempre agachado nas grades ou no lado dos prédios como aparece nos gibis. Diz o diretor, Christopher Nolan.
Christian Bale em O Operário
Para fazer o personagem principal do filme O Operário (The Machinist, 2003), Christian Bale teve que perder muito peso. Ele só se alimentava com apenas uma lata de atum e uma maça por dia, chegando a ficar muito magro. Preocupado, Nolan disse: - Como vou poder sugerir, a sério, para a Warner Bros. como você sendo Batman estando tão magro?
Então, Bale começou a ganhar bastante peso muscular, e foi tentando ficar mais forte já que o diretor tinha deixado a idéia de que Batman, para entrar na roupa, seria um cara enorme. - Estava me enchendo de comida o dia todo, levantado pesos, comendo mais e, no fim, acabei atingindo 100 Kg. Comenta Christian Bale sobre o processo.
David Forman (coreógrafo de lutas) esperava alguém bem magro, quando viu Christian Bale soltou um: - Oh, Meu Deus! (risos) Comenta David, sobre a peformace do ator. Mas Bale disse que seguia o que havia lhe dito sobre aumentar o tamanho ao máximo, e se empenhou mesmo. -Foi o que eu fiz, entende? Mas fiquei como um urso e não como um praticante de artes marciais com as curvas e tudo o mais. Comenta Bale. O diretor, então, teve que sugerir gentilmente para que ele diminuísse um pouco.
Bale viu o olhar de Chris Nolan com aqueles ares de: - Nossa, o que esse cara fez? Comenta o ator.
Segundo Emma Thomas, todos se questionavam como ele iria caber na roupa daquele tamanho. Em momento de pânico, Bale então disse: - Droga! Sobre levar a sério a história de ganhar peso, porém, Chirstopher Nolan não acreditava que ele fosse chegar a tanto. Christian anda lembra a piada de outros produtores do filme que dizia: - Diabos, Chris, que filme estamos fazendo, Fatman ou Batman? (risos) Foi quando Bale percebeu que não era isso o que o diretor planejava e foi perder peso.
-Aumentamos o seu tônus e sua resistência muscular para que tivéssemos o corpo necessário para filmarmos o filme. Christian sabia o que fazer, porque era muito atento. Ele conhecia o seu corpo. David Forman (coreógrafo de lutas)
Christopher Nolan ainda lembra admirado que a dedicação de Christian Bale demonstrou ter muita altodisciplina e dedicação ao papel para conseguir fazer isso. -Mutos atores quando começam a trabalhar dizem que vão perder peso para o papel e o pessoal do figurino vira os olhos e diz: - "Até parece." Porque muitas vezes não perdem peso. E então tive que avisar aos figurinistas que ele iria fazer o que se propôs. Disse o diretor. O tempo da agenda do filme era pequeno mas Christian Bale conseguiu emagrecer antes de filmá-lo.
Christopher Nolan ainda relembra que uma das coisas que tornam o filme Superman de 1978 épico foi o elenco. Era o ponto mais próximo que ele queria para Batman Begins. Sendo assim, ele queria dar um trato semelhante. - Então, decidimos chamar os melhores atores e astros possíveis para que os papéis principais fossem salientados pelos ótimos coadjuvantes. Temos um elenco espetacular junto com Christian. Relembra Nolan.
E elenco épico não é átoa. Neste filme vemos nomes de atores experientes como Liam Neeson (Henri Ducard/ Ra's Al Gul), Ken Watanabe (Ra's Al Gul), Rutger Hauer (Earle), Morgan Freeman (Lucius Fox) e Micahel Caine (Alfred). E dentre os queridinhos da geração, tem a Katie Holmes (Rachel). Sem contar o Christian Bale, uma grande revelação e um grande protagonista.
Christian Bale (com apenas 14 anos) em O Império do Sol, filme de Steven Spielberg.
-O legal de ter Liam é que ele acaba sendo um dos vilões. E nunca tinha sido um vilão antes. Sempre fazia papéis paternais carinhosos e prestativos, como mentores, o que ele faz no filme, mas quando ele vira vilão, vira mesmo.
David S. Goyler sobre a atuação de Liam Neeson.
Como descrito, o climax é muito bem trabalhado. Na cena da briga entre Bruce/ Batman e Ducard (Neeson), há uma música que não está presente na trilha (*Veja mais na sessão vídeos desta postagem).
Gary Oldman foi uma idéia de Christopher Nolan para o elenco. Para Goyler, ele não parecia uma escolha óbiva considerando suas atuações anteriores. -Acho que Gary Oldman nunca fez um personagem tão completo. Já fez muitos bandidos, mas ele é um camaleão e Gordon estava dentro dele. Comenta Christopher Nolan.
Jim Gordon (Batman: Ano Um, Frank Miller/ Batman: Número 404-407, Fevereiro-Maio de 1987) à esquerda, e no filme, interpretado pelo ator Gary Oldman, à direita.
-O legal sobre a atuação de Gary Oldman em Batman Begins é que se lermos Batman: Ano Um, de Frank Miller, e vermos como Gordon é retratado no gibi é exatamente igual ao que Gary faz. Vejo Gary no filme e nem penso nele como sendo Gary Oldman. Ele parece Gordon.
David S. Goyler (roteirista)
Sobre a personagem de Katie Holmes, Goyler comenta uma diferença em comparação as mocinhas vistas em outros filmes de Super-Heróis (como, por exemplo, a personagem de Kim Basinger, Vicki Vale, no filme de 89) : - Rachel é uma personagem muito forte que não tem nada de donzela em perigo.
Capa e Capuz
(Cape And Cowl)
Chris Nolan (o diretor) explica que, enquanto analisavam os quadrinhos, se tentava encontrar uma explicação do motivo de Bruce usar o uniforme e o motivo que o fez escolher o morcego como simbolo e chegaram a uma conclusão. Bruce tinha medo de morcegos e assumiu o manto como uma forma de assumir o seu pior medo contra os criminosos. Isso, de certa forma, passou a servir como uma maneira de temê-lo ou respeitá-lo na cidade.
A roupa tem que assustar ou não tem sentido. Para ser assustador e impor algo tinha que ter um senso de função que ajudaria a credibilidade de Bruce Wayne quando vestisse a roupa.
Christopher Nolan (diretor)
Quanto ao visual, o diretor queria que o novo uniforme agregasse qualidades mais naturais, lembrando animais em sua forma. A figurinista, Lindy Hemming, comenta as melhorias de locomoção dentro do manto: - Chris queria que suas pernas fossem mais flexíveis para que abaixasse quando necessário. E ele também queria que Christian pudesse mexer mais a cabeça e não ser como o Super-Herói comum que vira os ombros e a cabeça de uma vez, sabe? Se referindo aos filmes anteriores.
Os figurinistas tiveram a idéia de ser uma roupa de combate - reduzindo o uniforme a forma humana - em comparação ao formato industrial dos uniformes anteriores.
Lindy explica a estrutura:
- A parte interior era de alta tecnologia combinada a um traje de mergulho. Por isso, ele abraça o corpo e parece tão bonita e sensual. Dava pra ver a parte de dentro da roupa. São fibras de carbono. Não deixa que a temperatura do corpo vá abaixo até um certo limite.
Ele vai para a oficina e decide usar um spray de látex preto. Isso não deixa o calor aparecer. Então, se você olhar com óculos noturnos, que detectam o calor isso não deixa que o veja. Quando ele trabalha a roupa, vemos que passa disso para o traje preto.
Durante o processo de criação do uniforme, Christian Bale comenta que passou por momentos interessantes, como o corpo todo sendo moldado. Se foi criado um corpo de gesso do ator apartir deste molde. Uma vez aprovada a idéia, o molde é quebrado e remodelado para fazer as partes de fora do uniforme. Capuz, corpo, pernas, são todos feitos separadamente apartir da moldura original. - Escurecer a espuma o máximo possível foi um problema, já que isso reduz a sua durabilidade. Comenta Graham Churchyard (Supervisor de efeitos visuais). A espuma então não foi pintada, é deixada como está. Assim que os moldes são injetados, são assados em um grande forno. Depois eles saem moldados.
-Uma maneira muito eficiente de se trabalhar é fazer uma secagem ao estilo vitoriano só pra extrair a água.
Graham Churchyard (Supervisor de efeitos visuais)
Com base nos comentários do supervisor de efeitos e equipe: As peças são tiradas e secadas. Então, passadas para o corte. O molde não gera um efeito de tecido industrializado. Há brilhos, áreas desperdiçadas dos lados de espuma, que precisam ser cortadas antes de ser colado na roupa. E são cortadas pacientemente pelos especialistas em cortes. Têm que parecer cortes a laser, não a mão.
- Não é o traje mais confortável de usar. É de látex com espuma. É quente. Mas, no primeiro dia de filmagem, Christian usou todo o dia inclusive o capuz e as luvas e não quis tirar então acho que o nível de conforto melhorou um pouco.
Comenta o supervisor de efeitos, Graham Churchyard, sobre a admirável dedicação do ator Christian Bale.
Comparando: O filme de 89 (à esquerda) e Batman Begins (à direita)
O capuz é expressivo e expressa a raiva de Bruce nos contornos. -Não é uma máscara porque, na verdade, mostra a sua personalidade. Comenta Churchyard. -Dá pra notar como o seu rosto se move embaixo do capuz. Explica Lindy Hemming.
- Ele ficou tão assustador que me surpreendi. O capuz o fez mudar. Comenta Gary Oldman (Jim Gordom). E Christian Bale deixa aqui, um depoimento que, aparentemente, caracteriza a sua atuação: - Ele canaliza o outro personagem. Quando enfrenta um indivíduo que quer derrotar ele deixa de ser humano.
Você fica com o pescoço enorme, é como uma pantera. É um visual de fera como se fosse saltar em alguém a qualquer momento.
Christian Bale sobre o Bat-uniforme.
Depois de seis meses de filmagem, Bale começava a criar um certo sentimento de amor e ódio pelo uniforme por causa da dor de cabeça que a roupa dava, mas ele se motivava: - Use isso. Dizia para ele mesmo. - O cara tem que meter medo. Quando você sente dor de cabeça, mete medo. Não tem tempo pra ninguém. Fica impaciente. Completa Bale, que também assume que usar este uniforme é uma honra.
- Chirs queria mostrar o lado romântico dos gibis, com a capa. Então tinha que ser flexível e capaz de se mexer no vento.
Lindy Hemming (figurinista)
Com notas de produção do supervisor Churchyard sobre a criação da capa: Foi usado um protótipo usando um tecido de veludo. Tudo foi por água abaixo ao ficar ensopada e muito pesada. Então foi criado um tecido próprio pela equipe feito da mais fina seda de pára-quedas. Sendo nylon, à prova de água e estofado, forrados a pêlos minúsculos para que parecesse coberto de veludo. Tudo para se ter a sensação de animal por fora além da natureza de ser à prova d'água e a leveza para voar.
-Fiz muita pesquisa com o departamento de defesa e eles estão experimentando algo chamado de "tecido de memória". É um tecido macio e flexível que, quando submetido a uma corrente elétrica, assume forma rígida.
David S. Goyler (co-roteirista)
-Um homem de carne e osso pode ser destruído mas um símbolo, por sua vez, transcede a idéia de ser apenas um homem.
Christopher Nolan (diretor)
Moldando Mente e Corpo
Após se encontrar com o diretor, Chris foi orientado pelo mesmo a praticar artes marciais. Nolan queria que as lutas parecessem naturais, como se o próprio Bale tivesse inventado.
-Acho que, ultimamente, tem havido um excesso de uso dos cabos, artes marciais e tudo. Chegou a um ponto que as artes marciais deixou de ameaçar porque se tornou um pouco, acho que parece uma dança. Nós ficamos à vontade assistindo-a assim. Comenta Nolan, esclarecendo o motivo pelo qual alguns diretores, assim como ele, buscam filmar cenas de luta com a camera em movimentos ora bruscos ora com tela tremida, para mostrar mais seriedade na briga, de uma forma pertubadora, que interage com a tensão do espectador, o que tira a paciência de alguns ao tentar entender o que poderia estar acontecendo naquele tumulto dramaticamente simulado.
Buster Reeves, campeão mundial de Jyu Jistsu e muito habilidoso nas artes marciais, falou com o coordenador de lutas, David Forman, sobre o Keysi ou método Keysi de luta (Keysi Fighting). Keysi significa do coração. Foi um apelido usado por dois fundadores da luta: Justo e Andy Norman. - Eles desenvolveram a luta há mais de 20 anos. Explica Forman. Eles analizaram vídeos de várias artes para criar esta forma de luta.
Batman, nos quadrinhos, se especializou em todas as técnicas de luta do mundo. O Keysi, que é uma arte mista, resume essa teoria.
-Nos filmes de luta, vimos o Tae Kwon Do tradicional, Muay Thai, Caratê. Vimos tudo isso, mas não vimos o Método Keysi. Em termos de artes marciais, o Wushu foi criado há seculos. Esta é nova, muito nova, está evoluindo.
David Forman
A luta do método Keysi se resume a uma reação emocional, também utilizando o que tiver ao seu redor como arma. Com as mãos vazias, o Keysi consiste em socos, marteladas de punho, chutes, joelhadas, cabeçadas e cotoveladas — nas linhas alta, média e baixa do oponente. Por ser um estilo de luta muito compacta, David Forman prolongou os movimentos, antes de sua finalização, na cena. - Então eu tive que mostrar mais os movimentos. Se, por exemplo, eu tiver que dar um soco no rosto, aumentaria aquele movimento. Tornaria o círculo de movimentos maior. Explica Forman.
Christian Bale aprendeu todas as técnicas e passou por todas as cenas de luta ( um total de 16 confrontos). Durante o treinamento, Liam Neeson elogiou a dedicação do colega.
Forman faz mais declarações sobre a peformace das lutas:
-As lutas Keysi são muito próximas. Então é uma arte perigosa. Os golpes são diretos em partes perigosas do corpo. Então tivemos que tomar cuidado para não lesionar os nossos atores. E nem nossos dublês, é claro.
[..]
- Christian assistia os vídeos em casa e no dia seguinte já tinha aprendido tudo. Ele tem memória fotográfica porque, sabe, eu mostrava pra ele 20 movimentos e, em meia hora já sabia todos os 20 movimentos. Eu não consigo fazer isso e sou coreógrafo. (risos)
Na cena da prisão, Paul Jennings (coordenador de dublê) diz que Bale fez toda a cena de luta, com algumas inserções de Buster Reeves.
Christian Nolan descreve todo o processo das técnicas de Bruce, na forma de Batman:
-Passamos muito tempo determinado o quanto de Batman mostrar. O quanto das lutas mostrar e eu sempre buscava uma representação de Batman do ponto de vista dos criminosos. Então ele não aparecia muito. Ficava mais assustador. Havia mais suspense quanto ao que fazia e onde estava. E isso significava mostrá-lo menos. Tornar as cenas muito mais rápidas para que Batman fosse visto como extremamente rápido e agressivo quase como um animal na sua forma de enfrentar os criminosos.
Forman comenta a luta final e Paul Jennings elogia a dedicação de Liam Neeson:
- Agora podemos usar o real estilo Keysi, no final. E ficou muito forte.
[..]
Liam e Christian queriam muito se envolver, ensaiar. Quando tinham uma folga eles ligavam e dizia: - "Por que não ensaiamos?" Liam é um lutador muito forte. Keysi é uma arte onde se usa muito os cotovelos e os punhos. E liam é muito alto. Acho que ele deve ter 1,93 ou 1,96 m. Ele é bem alto. Então precisava se abaixar para dar os golpes.
Queriamos que fosse tão difícil quanto possível. Queríamos mostrar dois homens bastante treinados e com muita habilidade, muito motivados.
Paul Jennings (coordenador de dublê)
- O trem foi o maior desafio, porque era o desfecho. E todos queria uma grande luta final. Batman está de igual para igual com Ducard. Acho que percebemos que eles estão iguais. Era golpe a golpe, chute a chute e foi isso que tornou esta luta intensa e dinãmica.
[..]
Quando eu percebi a alegria quando Liam acabou a cena, e Cristian também, dava pra ver a alegria no rosto deles, no fim da sequência. Eles acabaram de fazer uma sequência de 10, 15 movimentos e isso é ótimo.
David Forman (coordenador de lutas)
O diretor ficou impressionado com a velocidade e a intensidade com que os atores conseguiram atingir nas cenas de ação fazendo tudo, como eles mesmos, em vez de chamarem os dublês. - Há um elemento na ação e na luta que ainda é a atuação. Então, como diretor, é uma grande vantagem ter atores como Liam e Christian que estão dispostos a mergulhar no personagem e expressar seu físico mesmo nas situações mais extremas. Comenta Nolan, o diretor.
-Meu maior desafio foi fazer o Keysi funcionar na tela. Espero que seja algo novo, criativo. É essa a vantagem do método Keysi. Você pode ser muito criativo com ele, muito criativo.
David Forman (coordenador de lutas)
-Era bizarro o bastante para fazê-lo pensar: -"O que ele está fazendo" E também cruel o bastante para ser verossímil. Christian Bale sobre o método Keysi.
Para Nolan, o Keysi refletiu muito bem a proposta num quesito geral, quanto ao roteiro e nas criações que fazem o persoangem deixar de ser visto como uma figura glamourosa, decorativa mas como uma entidade funcional.
Gotham Levante-se
Alan Wayne é tataravô de Bruce Wayne (futuro Batman), filho de Solomon Wayne e Catherine Van Derm, da primeira geração da Família Wayne. É um dos responsáveis pela construção de Gotham City ao lado de personagens como Theodore Cobblepot (tataravô de Oswald Cobblepot, que se tornaria o vilão Pinguim).
- Theodore Cobblepot (foto à esquerda) e ao lado de Alan Wayne (foto à direita): ambos ajudaram na construção de Gotham City.
A origem de Alan Wayne vem da HQ Batman: Secret Files and Origins Número 1 (Outubro de 1997).
No filme, é mencionado que Thomas Wayne, pai de Bruce, foi responsável pela construção da ferrovia de Gotham. Um transporte público e barato para pessoas de baixa renda.
Buscando uma profundidade mais realista, com locações que fossem reconhecidas pelo público, o diretor Christopher Nolan comenta: - Eu queria fazer com que Gotham se parecesse com uma Nova York com esteróides. [..] Construir toda a cidade de uma forma contemporânea, exagerada.
O período de construção do set foi 100 dias. Tudo foi construído com o tamanho de uma cidade real. -O que o gibi sugere em sua mente? Este é a Gotham que estamos querendo criar. comenta Christopher Nolan.
O visual de Gotham foi escrito juntamente com o roteiro. As viagens passaram por cidades como Nova York (Segundo o desenhista de produção, Nathan Crowley, Gotham sempre foi baseada nessa cidade) Chicago e a velha Kowloo, em Hong Kong. Houveram muitas pesquisas de cenários reais para a construção de uma real Gotham City.
O modelo do bairro pobre de Gotham. -Eu mesmo fiz, na garagem de Chris (o diretor). Comenta Crowley.
As imagens (como as de Bruce olhando o por do sol e outras vistas das cidades) foram construídas através de fotografias reais convertidas para o molde 3D.
Para poder capiturar o máximo possível de fontes fotográficas, foram tiradas aproximadamente 1 milhão de imagens da cidade de Chicago, com vários períodos de tempo (dia e noite, chuva, sol, neve e etc).
Se foi muito pesquisado sobre a origem da batcaverna mas a noção do diretor e dos produtores veio influencida por características das cavernas existentes embaixo da mansão Wayne, em vez de algo construído.
- Porque é Batman Begins, queríamos explicar: "Quem fez a Batcaverna?" (risos) "Como é isso?" "Ou: Como ele joga 500 milhões de toneladas de concreto ali em segredo?" (risos)
Queríamos deixar claro que a Batcaverna não foi construída por ninguém. Ela fica embaixo da mansão Wayne e é uma caverna.
Nathan Crowley (Desenhista de Produção)
Se bem que, nos bastidores da produção, a verdade é que a Batcaverna foi inteiramente construída no estúdio H da Shapperton Studios. Chris exitou um pouco, no caso de encher o estúdio de água. - Depois que ele viu a quantidade de água, ele percebeu que era o melhor a fazer. Era um elemento onde tinhamos muitos reflexos e brilhos, sabe? Como o estúdio era escuro isso ajudou a dar vida à Batcaverna. Comenta Chris Corbould (Supervisor de efeitos especiais).
O bando de morcegos, como da famosa cena o qual Bruce se junta aos morcegos (um certo ritual para aceitar assumir a identidade de Batman) foram feitos digitalmente. -Fizemos um teste inicial para ver como ficariam com morcegos verdadeiros mas eles não tendem a colaborar muito. Um dia de filmagem com eles convenceu a todos a usar morcegos digitais. Comenta Janek Sirrs (Supervisor de efeitos especiais)
- Veio da realidade é claro, usamos morcegos mortos para digitalizar e pegar a forma, recriá-los em 3D, pintá-los, fazê-los parecerem com morcegos reais.
Nathan Crownley
Para se ter os morcegos voando, foi usado o Líder Scanner. Um tipo de tecnologia que passa pela superfície dos objetos, usados por militares e para efeitos especiais. Gravando a forma tridimensional do ambiente, se foi feita a criação digital do set - também impedindo que morcegos batam nos objetos e correspondam a objetos reais, enquanto é filmada a chapa.
-Acho que hoje em dia o papel dos efeitos visuais é maior, na história. Agora podemos fazer coisas que não podíamos fazer antes. Podemos fazê-las sem problemas e com boa relação custo-benefício.
Janek Sirrs (Supervisor de efeitos especiais)
- Porque tínhamos um espaço interno fantástico. Podíamos gravar durante o dia e fazer parecer noite.
Lindy Hemming (figurinista) sobre a criação de cenários noturnos.
Batman: O Tumbler
A comparação com a HQ O Cavaleiro das Trevas (O Batmóvel tanque nos quadrinhos e o Batmóvel do filme, respectivamente).
O visual se inspira em uma mistura de bombardeiro + lamborghini + Humvee (respectivas imagens acima) e coisas diferentes juntas. -Tudo em uma combinação maravilhosa. Diz Nolan.
Nolan preferiu que o Batmóvel fosse criado primeiramente antes de qualquer idéia criativa do filme para se ter uma abordagem contemporânea do carro. - E nossa abordagem diria a todos que o vissem muita coisa sobre o que fazíamos o filme todo ou seja, uma história mais baseada na realidade. Comenta o diretor e co-roteirsita.
Com base no depoimento de David S. Goyler: Quando o roteiro ficou pronto, não foi apresentado só o texto mas também elementos ótimos em Photoshop mostrando como seria o mundo e o Batmóvel para que, na Warner Bros., tivessem uma idéia genial.
Com base nos depoimentos de Chirs (co-roteirista e diretor) e Goyler (co-roteirista): Como se fossem alunos da faculdade de cinema, Nathan Crowley, o desenhista de produção, montou uma oficina na garagem do diretor. - Essa era a diversão. Diz Goyler.
- Chris escrevia o roteiro e ia até a garagem e me encontrava coberto de cola com as idéias de carros. (risos) O engraçado é que ele era bom artesão também.
Nathan Crowley (Desenhista de produção)
O molde de Nolan em massinha. Ele comparava a um croissant
Durante o conceito do Tumbler, Nolan mostrava seu talento de artesão fazendo um molde primitivo de massa de modelar, chegando a dizer mais ou menos assim: - Estava muito cru. Parecia um croissant, não um carro, mas percebi que se mostrasse aquilo às pessoas elas gostariam ou não da idéia, e se não, sabia que era probema.
Nathan e Nolan juntavam suas idéias e faziam atualizações do conceito do Batmóvel, somando uma com a outra. Como idéia evolutiva, Nolan olhava e fazia sugestões ou mudava coisas nele, e depois seguia a um novo passo e assim por diante. Nathan conta a experiência: - Decidimos manter em segredo e começar o que chamamos de "modelagem". Começamos a fazer modelos de carros. Fizemos 5 ou 6 batmóveis. Acho que o que usamos foi o quinto modelo que levamos 8 semanas para construir.
- O protótipo inicial era 90% do que virou o Batmóvel.
David S. Goyler
A vontade do diretor era que o seu Batmóvel fosse um carro real, não só bonito e sem funcionalidade. Ele dizia ao Chris Corbould, supervisor de efeitos especiais: - Quero que seja uma supermáquina. Que tenha desempenho e que atravesse coisas. Esses depoimentos aparentam que o conceito do Batmóvel de Batman Begins era de um potencial maior que o das supermáquinas dos filmes anteriores.
Desenvolvido por uma equipe muito especializada da Inglaterra, Andrew Smith (Supervisor de efeitos visuais) comenta a experiência:
- O Desafio é como fazer algo tão complicado girar e funcionar. Todas as peças foram construídas. Começamos com uma guia. Colocamos o chassis, começamos a fazer a estrutura do motorista e dos passageiros e construímos tudo, do zero. Foi difícil, mas sabíamos que era possível. A frente do carro era diferente, não tem eixo dianteiro. Não tem nada segurando as rodas , ao modo tradicional. As rodas são seguras do lado de fora.
Chris descrevera a abertura do Cockpit como das pétalas de uma flor. -Tentamos convencê-lo várias vezes a um sistema mais fácil para facilitar a nossa vida, mas ele não quis saber. (risos)
O mecanismo acabou sendo o pára-brisa subindo e depois todo o teto se movendo para trás, e os dois assentos se levantando. Foi um pesadelo para acertarmos. Você só precisa ter uma boa equipe técnica para conseguir fazer isso. Comenta Chris Corbould.
- Eles foram tão fiéis ao modelo inicial que os pingos de cola que o Nathan tinha postado no modelo tinham sido reproduzidos. Era estranho olhar para ele.
Christopher Nolan
Tem 2,84 metros de largura e 4,5 de comprimento e acho que tem 1 metro e meio de altura. Pesa 2,5 toneladas. Tem quase meia tonelada de eixo traseiro e pneus. Então o peso é grande.
Andrew Smith
- Todo ficaram surpresos de ver que o Batmóvel estava pronto antes de nós imaginarmos.
Wally Pfister (Diretor de Fotografia)
-É emocionante ver o modelo que Mathan Crowley fez na minha garagem em L.A. virar um carro em tamanho real.
Christopher Nolan (co-roteirista e diretor)
- Dava pra ver em Chris alguém que tinha feito carrinhos quando mais jovem. Ele e Natham conseguiram. Wally Pfister (Diretor de Fotografia)
É ótimo andar naquele carro, ele grita com você. Literalmente, o barulho é de alguém gritando.
Christian Bale - entusiasmado com o Batmóvel.
Feito uma criança sonhadora, Chirs Bale brinca. Liga pra Chirs Nolan e pergunta: - É verdade que posso ficar como Batmóvel? Nolan responde: - Você enlouqueceu, é claro que não pode ficar com o Batmóvel.
Durante os testes, houveram várias tentativas de acabar com o carro para forçá-lo até o limite. O Batmóvel também foi testado com vários saltos no ar para testar a sua resistência - para ver o que poderia ser incluído a mais - e empurrado para vários obstáculos para ver o que podia ser quebrado ou não. Tudo isso antes de entrar nas pistas reais das locações e evitar problemas. -Eu esperava que algo não funcionasse, mas ele seguiu em frente. Comenta o duble, George Cottle, após o treino com os obstáculos.
- Você pode ser o Batman, mas sendo o dublê estando naquele carro, o seu trabalho não é legal.
Christian Bale
-É muito raro dirigir um carro em uma cena dessas com mais de 80 ou 100 KM/H, e com o Batmóvel atingimos velocidades de até 130/ 145 KM/ H, eu acho. E na estrada chegamos a 160 KM/ H.
Wally Pfister (Diretor de Fotografia)
As cenas de corrida com o Batmóvel foram filmadas com a tecnologia Ultimate Arm. Que é basicamente um Mercedes ML55 com um braço de grua controlado automáticamente. - Ele nos dá cenas incríveis de carros andando. Comenta o diretor de fotografia,Wally. - Na primeira noite eles gravavam a 138/ 140 Km/h. Nunca gravei com essas velocidades, só de um Helicóptero. Mas gravar de um carro pra outro é..é rápido. Fala George Cottle (dublê piloto)
Em uma cena, o diretor está filmando na mercedes voando a 160 KM/H e o Batmóvel também a 160 KM/ H. - Então não podemos errar. Se uma coisinha der errado, uma vida vai correr risco. Comenta o diretor de fotográfia.
Sobre uma cena que o Batmóvel quebra um muro o dublê comenta: - Tivemos que quebrar uma mureta enorme. Não importa a altura da mureta, nunca é fácil passar. E eu não queria fazer isso, não queria por o carro lá. Fizemos a cena, o carro ficou arranhado, o vidro quebrou, mas parece que ele está funcionando normalmente agora. Então vou pedir pra ficar com ele no fim do filme. Brinca George.
Na sequência de fuga aonde o Tumber finaliza a sua aterrisagem, voando pela entrada da Batcaverna, gravada em Shapperton, aparentemente foi posto uma caixa para protegê-lo. A intenção é ele pular por uma cachoeira e parar no estúdio. Incialmente a idéia era subir por uma rampa e ir por cima. Devido as limitações do estúdio, como uma porta estreita, faltaria só 8 ou 10 cm de cada lado pro carro passar. No fim, foi decidido incluir um canhão de nitrogênio e atirá-lo do outro lado da cachoeira, mas teria que ser parado rapidamente para não sair do outro lado do set. Um cabo o seguraria por 2,5 ou 3 metros.
- Tudo o que nós fizemos foi real. Nenhuma das capotagens, canhões ou rampas foi feita em CG. E conseguimos mesmo. Isso o torna um filme tão real, que lembra até mesmo de Bullit, Operação França ou Ronin. E tudo feito de verdade.
George Cottle (dublê piloto)
- Acho que esse foi o melhor batmóvel, sem dúvida.
Katie Holmes (Rachel Dawes)
Acima, vocês pode ver uma grande lista com diversas versões do batmóvel (aparentemente faltou a versão tanque das HQs de Frank Miller e o Batmóvel voador do desenho Batman do Futuro).
A Gênese do Morcego
Com base nas descrições do diretor Christopher Nolan e David S. Goyler: A construção do roteiro veio de várias histórias ligadas a mitologia Batman - analisando vários romances ilustrados e gibis diferentes, e em especial os quadrinhos dos últimos 30 anos.
-Achei que tudo o que faria para transformar a história em filme devia ser respeitoso à história do personagem e à mitologia do personagem. [..] Como ele não tinha uma origem definitiva, nem no cinema e nem nos quadrinhos, pudemos brincar com brechas fascinantes da mitologia.
Christopher Nolan (diretor e co-roteirista)
As cenas iniciais do filme resgatam as viagens de Bruce Wayne pelo mundo, como nos quadrinhos de Batman da década de 70.
Meditando: Rha's Al Ghul (à esquerda) e Bruce Wayne (à direita)
- Temos um espaço de sete anos quando ele some de Gotham e aquela história nunca foi contada. Quando eu falei com Chris Nolan disse: - "Tem que contar aquela história". Acho que as pessoas gostam de histórias sobre origens. E foi uma forma de fazer algo novo e diferente que nunca tinha sido feito no cinema, na televisão, nos livros ou quadrinhos. E isso me animou, a Warner Bros. e ao Chris.
David S. Goyler (Co-roteirista)
- A magia da história da origem é que estabelece a ligação fundamental entre nós e os personagens. Como você reagiria se enfrentasse isso e quais circunstâncias incríveis poderia fazer alguém se aventurar, apartir daquele momento na vida até este momento?
Paul Levitz (Prsidente e Editor - DC Comics)
Com base nos depoimentos de Paul Levitz e Bob Schreck (Editor da DC): Através dos editores da DC, foram apresentados aos cineastras as melhores versões da origem de Batman, as formas mais interessantes de se tratar um vilão e o arco clássico que apresenta Ra's Al Ghul. -Temos que deixar os cineastras tirarem inspiração de onde quiserem. Comenta Levitz.
Três ou eras de Batman inspiraram Goyler e Nolan para a criação do roteiro. Para o vilão Dr. Jonathan Crane/ Espantalho, foi utilizado duas ou três de suas cultuadas histórias. Criado por Bill Finger e Bob Kane, a origem do personagem veio na edição número 3 de 1941 da série World's Finest Comics.
Dentre essas inspirações entram:
- Batman: O Longo dia das Bruxas*¹ (Joseph Loeb e Tim Sale - lançado originalmente entre 1996 e 1997), trouxe características de Carmine Falcone*² que agradaram a Goyler. -É uma abordagem sóbria e séria de Batman e gostamos disso. Comenta o co-roteirista;
- Batman dos anos 70, com histórias escritas por Dennny O' Neil, e ilustrações por Neal Adams;
-O grande falecido Julie Schwartz pegou o apelido Ra's Al Ghul de algum lugar, que significa; "Cabeça do Demônio". Nós decidimos que era hora de fazer um novo vilão. Não íamos usar o Pingum de novo.
[...]
Neal Adams fez um ótimo trabalho na caracterização, tornando-a visualmente única. Ele não é um cara comum que se vê na rua mas também não usa roupas espalhafatosas, como as de um Super-Herói.
Denny O' Neil (Escritor/ Ex-editor de Batman)
Rha's se recupera no poço de Lazarus.
Rha's Al Ghul*¹: Surgiu originalmente em Batman Número 232 (Junho de 1971).
*²O relacionamento paternal entre Ducard e Bruce, no filme, foi baseado na HQ O Filho do Demônio
*³Esteve presente em dois episódios da cultuada série de TV, Batman: A Série Animada, com roteiro escrito pelo próprio criador do personagem, Denny O'Neil. Nos E.U.A. os episódios entitulados como A Busca do Demônio: Parte I e II (no original, The Demon's Quest: Part I e II ou episódios 60 e 61 da Primeira temporada) estrearam respectivamente nos dias 3 e 4 de Maio de 1993.
Talia Al Ghul*: a filha de Rha's Al Ghul já teve um relacionamento amoroso com Bruce/ Batman nas HQs. Ela é uma das personagens do filme O Cavaleiro das Trevas Ressurge, interpretada por Marion Cottilard.
*¹Talia em Batman: A Série Animada.
Henri Ducard*: Criado por Sam Hamm, Ducard estava planejado para entrar no filme Batman de 89. Sua primeira aparição nos quadrinhos foi na Detective Comics Número 599 (Abril de 1989) parte do arco Blind Justice (ou Justiça Cega). Na história original, Bruce/ Batman se aproxima de Ducard, ex-agente da interpol, para um treinamento em Paris.
*¹Cenas de Ducard e Bruce Wayne juntos nas HQs e capa da primeira parte do arco Blind Justice.
Dan Didio (Diretor Executivo - DC Comics) comenta sobre Rha's Al Ghul: Ele é alguém que vê Batman como igual, como um possível herdeiro. É o pai do filho que nunca teve.
Segundo o criador do personagem Rha's Al Ghul, Denny'O Neil: - Batman tem uma visão limitada de das coisas: Parar, erradicar a criminalidade. Rha's tem uma visão..interplanetária.
*¹Sobre Carmine Falcone: Criado por David Mazzucchelli e Frank Miller, a primeira aparição de Carmine The Roman Falcone foi em Batman: Número 404. No filme, é interpretado por Tom Wilkinson.
*²Outros personagens: No primeiro número da minissérie Batman: O Longo dia das Bruxas também é possível encontrar o personagem Richard Daniel, que possívelmente deu origem ao personagem Richard Earle (Rutger Hauer) no filme. Nas HQs, ele é um presidente corrupto do banco de Gotham - que morre rapidamente no meio da história - e no filme, é um dos chefões das empresas Wayne (meio inescrupuloso, digamos assim).
Lucius Fox* (Morgan Freeman): Nas HQs, ele não tem ligações com o personagem que teria dado inspiração ao Richard Earle (*veja mais acima em Outros Personagens) e não sabe que Batman é Bruce Wayne.
*Lucius surgiu pela primeira vez na edição 307 (Janeiro de 1979 - ano de estréia do Superman: O Filme) da série de quadrinhos Batman.
Para Christopher Nolan: The Man Who Falls (O Homem que Cai) da HQ Secret Origins de 1989, sugere muitos pontos que levaram Bruce Wayne a se tornar Batman. Explicando melhor as referências da edição número 33 da Action Comics.
*Rachel: No filme, interpretada pela gracinha Katie Holmes, foi inspirada na personagem Rachel Caspian da HQ Batman: Ano Dois, Minissérie publicada entre Junho em Setembro de 1987, com roteiro de Mike W. Barr e ilustrações de Paul Neary, Alfredo Alcala, Mark Farmer e Todd McFarlane (Spawn). A diferença é que, nas HQs, Rachel só conhece Bruce/ Batman depois de adulto e é filha de um dos vilões, O Ceifador.
*¹Rachel ao lado de seu pai, Judson Caspian/ Ceifador. Ele é um empresário que teve a mulher, Mary Rachel Caspian, assassinada na frente de sua filha, quando ela era bem pequena. Partindo dessa história, Judson Caspian vira o Ceifador, um lunático vigilante de Gotham. No lado direito, Ceifador encara Batman.
*²Nota-se que Maggie Gyllenhaal, a atriz que interpreta Rachel em O Cavaleiro das Trevas, é mais parecida com a versão inspirada das HQs.
*³A história de Rachel Caspian (ou Raquel Caspian, segundo alguns tradutores Brasileiros) teria também sido inspiração para a personagem Andrea Beaumont, do longa animado, Batman: A Máscara do Fantasma de 1993, ligando com o personagem Ceifador.
Batman: Ano Um também foi uma das influências de Goyler, por mostrar a relação entre Gordon - que ainda viria a se tornar Comissário - e Batman.
Interpretações clássicas e um visual forte do personagem permanecendo fiél a tudo que o antecedeu - que o torna famoso e indentificável - misturando tudo e ainda adcionar um elemento que o torna moderno. O personagem tem 60 anos e nunca foi mais atual que na visão de Frank. Dan Didio (Diretor Executivo - DC Comics)
O Cavaleiro das Trevas tratava profundamente de política em plenos anos de um certo presidente Americano, Ronald Reagan.
Dan Didio (Diretor Executivo - DC Comics) menciona a HQ Batman: Hush, entre Setembro de 2002 e Dezembro de 2003 das edições 608 a 619, como mais uma obra que revigorou o personagem para a atualidade.
FICHA TÉCNICA
Título Original: Idem
Duração: 140 Minutos
País: E.U.A.
Gênero: Ação
Data de Lançamento: 17 de Junho de 2005 (BRASIL)
Direção: Christopher Nolan
SOBRE
[Santa Maratona! Batman..Ressurge]
BATMAN BEGINS - VOLTANDO À SOMBRA
2012 ©Mestre Ryu (textos, adaptação, gravação (DVD) e edição de imagens)
Post iniciado em 17 de Novembro de 2011.
O menu do DVD de extras abre com um visual de HQ interativa inspirada no filme.
Batman: O Início da Jornada
(Batman: The Journey Begins)
Neste documentário, Christopher Nolan, o diretor, comenta que sempre teve interesse em abordar a saga do Super-Herói de uma forma realista desde o início. Ele sempre foi fã do personagem mas admite nunca ter sido especialista em gibis. Para suprir esse ponto franco, ele teve que contar com um roteirista que entendesse o personagem e o universo dos gibis. David S. Goyler então entra em cena, sendo contatado pelo agente de Chris. Goyler, como sempre quis escrever um filme de Batman, o auxiliou nessa empreitada de trazer uma nova visão renovada e reinventada do Morcego. O roteirista sempre dizia a mãe que um dia iria a Hollywood fazer um filme do Batman.
-Era como se eu estivesse esperando aquela ligação a vida toda.
David S. Goyler (co-roteirista)
Nolan ainda menciona que, infelizmente, Goyler estaria em 8 ou 9 semanas dirigindo um filme, não dando tempo de se dedicar integralmente ao roteiro, mas deixou com Nolan muitas idéias que se tornaria o filme propriamente dito - mesmo sem ter passado as idéias para o papel. Nolan achou ótimo, deu uma sumida por alguns dias, e voltou a ligar dizendo: - Tem que fazer isso, tem que fazer. Por ser tão fã de Batman, David S. Goyler conseguiu reservar um tempo para escrever a primeira versão do roteiro junto a Christopher Nolan.
Segundo Nolan: - A história da origem nunca tinha sido filmada, nem estava no gibi. Portanto, não existe uma versão definitiva de como Bruce Wayne virou Batman. [..] Pegamos elementos que julgamos mais importantes e que tornam Batman a grande lenda que ele é.
Nos quadrinhos, os pais de Bruce Wayne (Martha Wayne e Dr. Thomas Wayne) apareceram pela primeira vez na edição Detective Comics Número 33 (Novembro de 1939). A morte dos pais de Bruce se tornou o ponto de partida pela sua busca por vingança, que logo se tornou uma busca maior por justiça.
A primeira origem de Batman foi contada por Bob Kane (o criador) e Bill Finger (o ilustrador) em duas páginas. Já fazia, inclusive, referências ao seu treinamento para se tornar Batman.
Com o passar dos anos, a história do personagem (mantendo a mesma origem) foi ampliada por outros autores.
Joe Chill (ou Joseph Chill) é o verdadeiro assassino dos pais de Bruce/ Batman. À direita, Batman revela sua verdadeira identidade ao assassino.
A cena da revelação de Bruce surge originalmente na edição Batman número 47, quando Batman investiga a organização de Chill.
O criminoso acaba, no fim, sendo morto, aparentemente, pelo seu próprio grupo antes de revelar a identidade do morcego. É também nesta edição que é revelado o nome do assassino.Uma das ilustrações de Chill após o disparo.
A morte dos pais de Bruce numa arte impressionante de Jim Aparo (A Queda do Morcego)
Batman vê uma imagem de sua mãe (à esquerda) e o corpo (à direita), sob o efeito do gás alucinógeno do Espantalho (cena do jogo Batman: Arkham Asylum).
Família Wayne no desenho dos Super Amigos saindo de uma sessão de Robin Hood (diferente dos quadrinhos, que citava A Marca do Zorro).
Nos filmes de 1989 (Batman) e 1995 (Batman Eternamente) da série antológica de filmes, Dr. Thomas Wayne foi interpretado por David Baxt e Martha Wayne por Sharon Holm. Charles Roskilly era o jovem Bruce Wayne.
Curiosidade: David Baxt fez o papel de um ladrão em Superman de 1978.
Em Batman Begins, os pais de Bruce foram interpretados por Sara Steward (Martha Wayne) e Linus Roache (Dr. Thomas Wayne). Joe Chill foi interpretado por Richard Brake e o jovem Bruce Wayne por Gus Lewis.
Emma Thomas (produtora) levanta uma questão interessante por dentro dos bastidores da pré-produção:
- Estamos acostumados a fazer filmes e lutar para divulgar o nosso trabalho. Este, queriamos manter em segredo.
Os documentos e outros detalhes (como contratos) que levavam o projeto Batman Begins de uma mão a outra entre o elenco de produção se chamava The Intimidation Game (O jogo de Intimidação). Quem via o título, estranhava achando que este seria o nome do filme em questão. Os excecutivos da Warner só chegaram a receber as cópias do roteiro (com o devido título falso, inventado por Nolan) depois de pronto.
Batman & Robin e Batman Begins respectivamente
Comparando cenários: Ao contrário da dimensão dos filmes anteriores, cada vez maiores, uma das ironias desta grande produção, segundo Goyler, é que Batman Begins foi produzido em muitos cenários humildes (um desses exemplos é o começo do filme). Deixando de lado aquela imagem de cenários cada vez mais grandiosos e coloridos dos filmes anteriores do diretor Joel Schumacher (Batman Eternamente e Batman & Robin). - Era claro pra mim que, se queriam renovar a franquia, algo muito dramático deveria ser feito, muito diferente. David S. Goyler
Nolan achava que saber o ator que vai interpretá-lo era o ponto mais importante antes de finalizar o roteiro. Para Goyler, era importante encontrar um ator que pudesse atuar como Bruce Wayne e Batman sem precisar contar os minutos para que ele coloque a capa e o capuz para entrar em ação na tela. Nolan aprovou Christian Bale na primeira reunião com a equipe de produção. - Christian empolgou-se tanto para fazer o filme que estava preparado para confiar nas minhas idéias para o projeto. Quando eu o conheci, o roteiro não estava pronto. Comenta Christopher Nolan.
Com base nos conceitos passados pelo diretor, Bale sentiu que este Batman era muito mais perigoso e volátil do que ele já havia visto.
- Chris tinha uma abordagem controlada e específica em termos de como retratar a agressão do personagem, o seu lado animal. Ele falava muito de fazermos Batman ficar agachado na sombras. Está sempre agachado nas grades ou no lado dos prédios como aparece nos gibis. Diz o diretor, Christopher Nolan.
Para fazer o personagem principal do filme O Operário (The Machinist, 2003), Christian Bale teve que perder muito peso. Ele só se alimentava com apenas uma lata de atum e uma maça por dia, chegando a ficar muito magro. Preocupado, Nolan disse: - Como vou poder sugerir, a sério, para a Warner Bros. como você sendo Batman estando tão magro?
Então, Bale começou a ganhar bastante peso muscular, e foi tentando ficar mais forte já que o diretor tinha deixado a idéia de que Batman, para entrar na roupa, seria um cara enorme. - Estava me enchendo de comida o dia todo, levantado pesos, comendo mais e, no fim, acabei atingindo 100 Kg. Comenta Christian Bale sobre o processo.
David Forman (coreógrafo de lutas) esperava alguém bem magro, quando viu Christian Bale soltou um: - Oh, Meu Deus! (risos) Comenta David, sobre a peformace do ator. Mas Bale disse que seguia o que havia lhe dito sobre aumentar o tamanho ao máximo, e se empenhou mesmo. -Foi o que eu fiz, entende? Mas fiquei como um urso e não como um praticante de artes marciais com as curvas e tudo o mais. Comenta Bale. O diretor, então, teve que sugerir gentilmente para que ele diminuísse um pouco.
Bale viu o olhar de Chris Nolan com aqueles ares de: - Nossa, o que esse cara fez? Comenta o ator.
Segundo Emma Thomas, todos se questionavam como ele iria caber na roupa daquele tamanho. Em momento de pânico, Bale então disse: - Droga! Sobre levar a sério a história de ganhar peso, porém, Chirstopher Nolan não acreditava que ele fosse chegar a tanto. Christian anda lembra a piada de outros produtores do filme que dizia: - Diabos, Chris, que filme estamos fazendo, Fatman ou Batman? (risos) Foi quando Bale percebeu que não era isso o que o diretor planejava e foi perder peso.
-Aumentamos o seu tônus e sua resistência muscular para que tivéssemos o corpo necessário para filmarmos o filme. Christian sabia o que fazer, porque era muito atento. Ele conhecia o seu corpo. David Forman (coreógrafo de lutas)
Christopher Nolan ainda lembra admirado que a dedicação de Christian Bale demonstrou ter muita altodisciplina e dedicação ao papel para conseguir fazer isso. -Mutos atores quando começam a trabalhar dizem que vão perder peso para o papel e o pessoal do figurino vira os olhos e diz: - "Até parece." Porque muitas vezes não perdem peso. E então tive que avisar aos figurinistas que ele iria fazer o que se propôs. Disse o diretor. O tempo da agenda do filme era pequeno mas Christian Bale conseguiu emagrecer antes de filmá-lo.
Christopher Nolan ainda relembra que uma das coisas que tornam o filme Superman de 1978 épico foi o elenco. Era o ponto mais próximo que ele queria para Batman Begins. Sendo assim, ele queria dar um trato semelhante. - Então, decidimos chamar os melhores atores e astros possíveis para que os papéis principais fossem salientados pelos ótimos coadjuvantes. Temos um elenco espetacular junto com Christian. Relembra Nolan.
Christian Bale (com apenas 14 anos) em O Império do Sol, filme de Steven Spielberg.
-O legal de ter Liam é que ele acaba sendo um dos vilões. E nunca tinha sido um vilão antes. Sempre fazia papéis paternais carinhosos e prestativos, como mentores, o que ele faz no filme, mas quando ele vira vilão, vira mesmo.
David S. Goyler sobre a atuação de Liam Neeson.
Como descrito, o climax é muito bem trabalhado. Na cena da briga entre Bruce/ Batman e Ducard (Neeson), há uma música que não está presente na trilha (*Veja mais na sessão vídeos desta postagem).
Gary Oldman foi uma idéia de Christopher Nolan para o elenco. Para Goyler, ele não parecia uma escolha óbiva considerando suas atuações anteriores. -Acho que Gary Oldman nunca fez um personagem tão completo. Já fez muitos bandidos, mas ele é um camaleão e Gordon estava dentro dele. Comenta Christopher Nolan.
Jim Gordon (Batman: Ano Um, Frank Miller/ Batman: Número 404-407, Fevereiro-Maio de 1987) à esquerda, e no filme, interpretado pelo ator Gary Oldman, à direita.
-O legal sobre a atuação de Gary Oldman em Batman Begins é que se lermos Batman: Ano Um, de Frank Miller, e vermos como Gordon é retratado no gibi é exatamente igual ao que Gary faz. Vejo Gary no filme e nem penso nele como sendo Gary Oldman. Ele parece Gordon.
David S. Goyler (roteirista)
Sobre a personagem de Katie Holmes, Goyler comenta uma diferença em comparação as mocinhas vistas em outros filmes de Super-Heróis (como, por exemplo, a personagem de Kim Basinger, Vicki Vale, no filme de 89) : - Rachel é uma personagem muito forte que não tem nada de donzela em perigo.
Capa e Capuz
(Cape And Cowl)
Chris Nolan (o diretor) explica que, enquanto analisavam os quadrinhos, se tentava encontrar uma explicação do motivo de Bruce usar o uniforme e o motivo que o fez escolher o morcego como simbolo e chegaram a uma conclusão. Bruce tinha medo de morcegos e assumiu o manto como uma forma de assumir o seu pior medo contra os criminosos. Isso, de certa forma, passou a servir como uma maneira de temê-lo ou respeitá-lo na cidade.
A roupa tem que assustar ou não tem sentido. Para ser assustador e impor algo tinha que ter um senso de função que ajudaria a credibilidade de Bruce Wayne quando vestisse a roupa.
Christopher Nolan (diretor)
Quanto ao visual, o diretor queria que o novo uniforme agregasse qualidades mais naturais, lembrando animais em sua forma. A figurinista, Lindy Hemming, comenta as melhorias de locomoção dentro do manto: - Chris queria que suas pernas fossem mais flexíveis para que abaixasse quando necessário. E ele também queria que Christian pudesse mexer mais a cabeça e não ser como o Super-Herói comum que vira os ombros e a cabeça de uma vez, sabe? Se referindo aos filmes anteriores.
Os figurinistas tiveram a idéia de ser uma roupa de combate - reduzindo o uniforme a forma humana - em comparação ao formato industrial dos uniformes anteriores.
Lindy explica a estrutura:
- A parte interior era de alta tecnologia combinada a um traje de mergulho. Por isso, ele abraça o corpo e parece tão bonita e sensual. Dava pra ver a parte de dentro da roupa. São fibras de carbono. Não deixa que a temperatura do corpo vá abaixo até um certo limite.
Ele vai para a oficina e decide usar um spray de látex preto. Isso não deixa o calor aparecer. Então, se você olhar com óculos noturnos, que detectam o calor isso não deixa que o veja. Quando ele trabalha a roupa, vemos que passa disso para o traje preto.
Durante o processo de criação do uniforme, Christian Bale comenta que passou por momentos interessantes, como o corpo todo sendo moldado. Se foi criado um corpo de gesso do ator apartir deste molde. Uma vez aprovada a idéia, o molde é quebrado e remodelado para fazer as partes de fora do uniforme. Capuz, corpo, pernas, são todos feitos separadamente apartir da moldura original. - Escurecer a espuma o máximo possível foi um problema, já que isso reduz a sua durabilidade. Comenta Graham Churchyard (Supervisor de efeitos visuais). A espuma então não foi pintada, é deixada como está. Assim que os moldes são injetados, são assados em um grande forno. Depois eles saem moldados.
-Uma maneira muito eficiente de se trabalhar é fazer uma secagem ao estilo vitoriano só pra extrair a água.
Graham Churchyard (Supervisor de efeitos visuais)
Com base nos comentários do supervisor de efeitos e equipe: As peças são tiradas e secadas. Então, passadas para o corte. O molde não gera um efeito de tecido industrializado. Há brilhos, áreas desperdiçadas dos lados de espuma, que precisam ser cortadas antes de ser colado na roupa. E são cortadas pacientemente pelos especialistas em cortes. Têm que parecer cortes a laser, não a mão.
- Não é o traje mais confortável de usar. É de látex com espuma. É quente. Mas, no primeiro dia de filmagem, Christian usou todo o dia inclusive o capuz e as luvas e não quis tirar então acho que o nível de conforto melhorou um pouco.
Comenta o supervisor de efeitos, Graham Churchyard, sobre a admirável dedicação do ator Christian Bale.
O capuz é expressivo e expressa a raiva de Bruce nos contornos. -Não é uma máscara porque, na verdade, mostra a sua personalidade. Comenta Churchyard. -Dá pra notar como o seu rosto se move embaixo do capuz. Explica Lindy Hemming.
- Ele ficou tão assustador que me surpreendi. O capuz o fez mudar. Comenta Gary Oldman (Jim Gordom). E Christian Bale deixa aqui, um depoimento que, aparentemente, caracteriza a sua atuação: - Ele canaliza o outro personagem. Quando enfrenta um indivíduo que quer derrotar ele deixa de ser humano.
Você fica com o pescoço enorme, é como uma pantera. É um visual de fera como se fosse saltar em alguém a qualquer momento.
Christian Bale sobre o Bat-uniforme.
Depois de seis meses de filmagem, Bale começava a criar um certo sentimento de amor e ódio pelo uniforme por causa da dor de cabeça que a roupa dava, mas ele se motivava: - Use isso. Dizia para ele mesmo. - O cara tem que meter medo. Quando você sente dor de cabeça, mete medo. Não tem tempo pra ninguém. Fica impaciente. Completa Bale, que também assume que usar este uniforme é uma honra.
- Chirs queria mostrar o lado romântico dos gibis, com a capa. Então tinha que ser flexível e capaz de se mexer no vento.
Lindy Hemming (figurinista)
Com notas de produção do supervisor Churchyard sobre a criação da capa: Foi usado um protótipo usando um tecido de veludo. Tudo foi por água abaixo ao ficar ensopada e muito pesada. Então foi criado um tecido próprio pela equipe feito da mais fina seda de pára-quedas. Sendo nylon, à prova de água e estofado, forrados a pêlos minúsculos para que parecesse coberto de veludo. Tudo para se ter a sensação de animal por fora além da natureza de ser à prova d'água e a leveza para voar.
-Fiz muita pesquisa com o departamento de defesa e eles estão experimentando algo chamado de "tecido de memória". É um tecido macio e flexível que, quando submetido a uma corrente elétrica, assume forma rígida.
David S. Goyler (co-roteirista)
-Um homem de carne e osso pode ser destruído mas um símbolo, por sua vez, transcede a idéia de ser apenas um homem.
Christopher Nolan (diretor)
Moldando Mente e Corpo
Após se encontrar com o diretor, Chris foi orientado pelo mesmo a praticar artes marciais. Nolan queria que as lutas parecessem naturais, como se o próprio Bale tivesse inventado.
-Acho que, ultimamente, tem havido um excesso de uso dos cabos, artes marciais e tudo. Chegou a um ponto que as artes marciais deixou de ameaçar porque se tornou um pouco, acho que parece uma dança. Nós ficamos à vontade assistindo-a assim. Comenta Nolan, esclarecendo o motivo pelo qual alguns diretores, assim como ele, buscam filmar cenas de luta com a camera em movimentos ora bruscos ora com tela tremida, para mostrar mais seriedade na briga, de uma forma pertubadora, que interage com a tensão do espectador, o que tira a paciência de alguns ao tentar entender o que poderia estar acontecendo naquele tumulto dramaticamente simulado.
Buster Reeves, campeão mundial de Jyu Jistsu e muito habilidoso nas artes marciais, falou com o coordenador de lutas, David Forman, sobre o Keysi ou método Keysi de luta (Keysi Fighting). Keysi significa do coração. Foi um apelido usado por dois fundadores da luta: Justo e Andy Norman. - Eles desenvolveram a luta há mais de 20 anos. Explica Forman. Eles analizaram vídeos de várias artes para criar esta forma de luta.
Batman, nos quadrinhos, se especializou em todas as técnicas de luta do mundo. O Keysi, que é uma arte mista, resume essa teoria.
-Nos filmes de luta, vimos o Tae Kwon Do tradicional, Muay Thai, Caratê. Vimos tudo isso, mas não vimos o Método Keysi. Em termos de artes marciais, o Wushu foi criado há seculos. Esta é nova, muito nova, está evoluindo.
David Forman
A luta do método Keysi se resume a uma reação emocional, também utilizando o que tiver ao seu redor como arma. Com as mãos vazias, o Keysi consiste em socos, marteladas de punho, chutes, joelhadas, cabeçadas e cotoveladas — nas linhas alta, média e baixa do oponente. Por ser um estilo de luta muito compacta, David Forman prolongou os movimentos, antes de sua finalização, na cena. - Então eu tive que mostrar mais os movimentos. Se, por exemplo, eu tiver que dar um soco no rosto, aumentaria aquele movimento. Tornaria o círculo de movimentos maior. Explica Forman.
Christian Bale aprendeu todas as técnicas e passou por todas as cenas de luta ( um total de 16 confrontos). Durante o treinamento, Liam Neeson elogiou a dedicação do colega.
Forman faz mais declarações sobre a peformace das lutas:
-As lutas Keysi são muito próximas. Então é uma arte perigosa. Os golpes são diretos em partes perigosas do corpo. Então tivemos que tomar cuidado para não lesionar os nossos atores. E nem nossos dublês, é claro.
[..]
- Christian assistia os vídeos em casa e no dia seguinte já tinha aprendido tudo. Ele tem memória fotográfica porque, sabe, eu mostrava pra ele 20 movimentos e, em meia hora já sabia todos os 20 movimentos. Eu não consigo fazer isso e sou coreógrafo. (risos)
Christian Nolan descreve todo o processo das técnicas de Bruce, na forma de Batman:
-Passamos muito tempo determinado o quanto de Batman mostrar. O quanto das lutas mostrar e eu sempre buscava uma representação de Batman do ponto de vista dos criminosos. Então ele não aparecia muito. Ficava mais assustador. Havia mais suspense quanto ao que fazia e onde estava. E isso significava mostrá-lo menos. Tornar as cenas muito mais rápidas para que Batman fosse visto como extremamente rápido e agressivo quase como um animal na sua forma de enfrentar os criminosos.
Forman comenta a luta final e Paul Jennings elogia a dedicação de Liam Neeson:
- Agora podemos usar o real estilo Keysi, no final. E ficou muito forte.
[..]
Liam e Christian queriam muito se envolver, ensaiar. Quando tinham uma folga eles ligavam e dizia: - "Por que não ensaiamos?" Liam é um lutador muito forte. Keysi é uma arte onde se usa muito os cotovelos e os punhos. E liam é muito alto. Acho que ele deve ter 1,93 ou 1,96 m. Ele é bem alto. Então precisava se abaixar para dar os golpes.
Queriamos que fosse tão difícil quanto possível. Queríamos mostrar dois homens bastante treinados e com muita habilidade, muito motivados.
Paul Jennings (coordenador de dublê)
- O trem foi o maior desafio, porque era o desfecho. E todos queria uma grande luta final. Batman está de igual para igual com Ducard. Acho que percebemos que eles estão iguais. Era golpe a golpe, chute a chute e foi isso que tornou esta luta intensa e dinãmica.
[..]
Quando eu percebi a alegria quando Liam acabou a cena, e Cristian também, dava pra ver a alegria no rosto deles, no fim da sequência. Eles acabaram de fazer uma sequência de 10, 15 movimentos e isso é ótimo.
David Forman (coordenador de lutas)
O diretor ficou impressionado com a velocidade e a intensidade com que os atores conseguiram atingir nas cenas de ação fazendo tudo, como eles mesmos, em vez de chamarem os dublês. - Há um elemento na ação e na luta que ainda é a atuação. Então, como diretor, é uma grande vantagem ter atores como Liam e Christian que estão dispostos a mergulhar no personagem e expressar seu físico mesmo nas situações mais extremas. Comenta Nolan, o diretor.
-Meu maior desafio foi fazer o Keysi funcionar na tela. Espero que seja algo novo, criativo. É essa a vantagem do método Keysi. Você pode ser muito criativo com ele, muito criativo.
David Forman (coordenador de lutas)
-Era bizarro o bastante para fazê-lo pensar: -"O que ele está fazendo" E também cruel o bastante para ser verossímil. Christian Bale sobre o método Keysi.
Para Nolan, o Keysi refletiu muito bem a proposta num quesito geral, quanto ao roteiro e nas criações que fazem o persoangem deixar de ser visto como uma figura glamourosa, decorativa mas como uma entidade funcional.
Gotham Levante-se
Alan Wayne é tataravô de Bruce Wayne (futuro Batman), filho de Solomon Wayne e Catherine Van Derm, da primeira geração da Família Wayne. É um dos responsáveis pela construção de Gotham City ao lado de personagens como Theodore Cobblepot (tataravô de Oswald Cobblepot, que se tornaria o vilão Pinguim).
- Theodore Cobblepot (foto à esquerda) e ao lado de Alan Wayne (foto à direita): ambos ajudaram na construção de Gotham City.
A origem de Alan Wayne vem da HQ Batman: Secret Files and Origins Número 1 (Outubro de 1997).
No filme, é mencionado que Thomas Wayne, pai de Bruce, foi responsável pela construção da ferrovia de Gotham. Um transporte público e barato para pessoas de baixa renda.
Buscando uma profundidade mais realista, com locações que fossem reconhecidas pelo público, o diretor Christopher Nolan comenta: - Eu queria fazer com que Gotham se parecesse com uma Nova York com esteróides. [..] Construir toda a cidade de uma forma contemporânea, exagerada.
O período de construção do set foi 100 dias. Tudo foi construído com o tamanho de uma cidade real. -O que o gibi sugere em sua mente? Este é a Gotham que estamos querendo criar. comenta Christopher Nolan.
O visual de Gotham foi escrito juntamente com o roteiro. As viagens passaram por cidades como Nova York (Segundo o desenhista de produção, Nathan Crowley, Gotham sempre foi baseada nessa cidade) Chicago e a velha Kowloo, em Hong Kong. Houveram muitas pesquisas de cenários reais para a construção de uma real Gotham City.
O modelo do bairro pobre de Gotham. -Eu mesmo fiz, na garagem de Chris (o diretor). Comenta Crowley.
Maquetes..
e cenários respectivamenteAs imagens (como as de Bruce olhando o por do sol e outras vistas das cidades) foram construídas através de fotografias reais convertidas para o molde 3D.
Visão panorâmica da cidade (3D e real respectivamente)
Para poder capiturar o máximo possível de fontes fotográficas, foram tiradas aproximadamente 1 milhão de imagens da cidade de Chicago, com vários períodos de tempo (dia e noite, chuva, sol, neve e etc).
O cenário onde apresenta a mansão Wayne, Nolan quis mostrar como o público vê a riqueza da família de Bruce - O que é um ponto importante da história. [..] longe das chapas de madeira, armaduras, essas coisas que se tornaram familiares como demonstrações de riqueza. Queremos mostrá-la de um modo novo. Então, existe uma ênfase diferente do lugar e no clima do lugar em relação ao que já vimos antes. Diz o diretor - se referindo diretamente ao filme de 89.
- Porque é Batman Begins, queríamos explicar: "Quem fez a Batcaverna?" (risos) "Como é isso?" "Ou: Como ele joga 500 milhões de toneladas de concreto ali em segredo?" (risos)
Queríamos deixar claro que a Batcaverna não foi construída por ninguém. Ela fica embaixo da mansão Wayne e é uma caverna.
Nathan Crowley (Desenhista de Produção)
Se bem que, nos bastidores da produção, a verdade é que a Batcaverna foi inteiramente construída no estúdio H da Shapperton Studios. Chris exitou um pouco, no caso de encher o estúdio de água. - Depois que ele viu a quantidade de água, ele percebeu que era o melhor a fazer. Era um elemento onde tinhamos muitos reflexos e brilhos, sabe? Como o estúdio era escuro isso ajudou a dar vida à Batcaverna. Comenta Chris Corbould (Supervisor de efeitos especiais).
O bando de morcegos, como da famosa cena o qual Bruce se junta aos morcegos (um certo ritual para aceitar assumir a identidade de Batman) foram feitos digitalmente. -Fizemos um teste inicial para ver como ficariam com morcegos verdadeiros mas eles não tendem a colaborar muito. Um dia de filmagem com eles convenceu a todos a usar morcegos digitais. Comenta Janek Sirrs (Supervisor de efeitos especiais)
- Veio da realidade é claro, usamos morcegos mortos para digitalizar e pegar a forma, recriá-los em 3D, pintá-los, fazê-los parecerem com morcegos reais.
Nathan Crownley
Para se ter os morcegos voando, foi usado o Líder Scanner. Um tipo de tecnologia que passa pela superfície dos objetos, usados por militares e para efeitos especiais. Gravando a forma tridimensional do ambiente, se foi feita a criação digital do set - também impedindo que morcegos batam nos objetos e correspondam a objetos reais, enquanto é filmada a chapa.
Janek Sirrs (Supervisor de efeitos especiais)
- Porque tínhamos um espaço interno fantástico. Podíamos gravar durante o dia e fazer parecer noite.
Lindy Hemming (figurinista) sobre a criação de cenários noturnos.
Batman: O Tumbler
A comparação com a HQ O Cavaleiro das Trevas (O Batmóvel tanque nos quadrinhos e o Batmóvel do filme, respectivamente).
O visual se inspira em uma mistura de bombardeiro + lamborghini + Humvee (respectivas imagens acima) e coisas diferentes juntas. -Tudo em uma combinação maravilhosa. Diz Nolan.
Nolan preferiu que o Batmóvel fosse criado primeiramente antes de qualquer idéia criativa do filme para se ter uma abordagem contemporânea do carro. - E nossa abordagem diria a todos que o vissem muita coisa sobre o que fazíamos o filme todo ou seja, uma história mais baseada na realidade. Comenta o diretor e co-roteirsita.
Com base no depoimento de David S. Goyler: Quando o roteiro ficou pronto, não foi apresentado só o texto mas também elementos ótimos em Photoshop mostrando como seria o mundo e o Batmóvel para que, na Warner Bros., tivessem uma idéia genial.
Com base nos depoimentos de Chirs (co-roteirista e diretor) e Goyler (co-roteirista): Como se fossem alunos da faculdade de cinema, Nathan Crowley, o desenhista de produção, montou uma oficina na garagem do diretor. - Essa era a diversão. Diz Goyler.
- Chris escrevia o roteiro e ia até a garagem e me encontrava coberto de cola com as idéias de carros. (risos) O engraçado é que ele era bom artesão também.
Nathan Crowley (Desenhista de produção)
O molde de Nolan em massinha. Ele comparava a um croissant
Durante o conceito do Tumbler, Nolan mostrava seu talento de artesão fazendo um molde primitivo de massa de modelar, chegando a dizer mais ou menos assim: - Estava muito cru. Parecia um croissant, não um carro, mas percebi que se mostrasse aquilo às pessoas elas gostariam ou não da idéia, e se não, sabia que era probema.
Nathan e Nolan juntavam suas idéias e faziam atualizações do conceito do Batmóvel, somando uma com a outra. Como idéia evolutiva, Nolan olhava e fazia sugestões ou mudava coisas nele, e depois seguia a um novo passo e assim por diante. Nathan conta a experiência: - Decidimos manter em segredo e começar o que chamamos de "modelagem". Começamos a fazer modelos de carros. Fizemos 5 ou 6 batmóveis. Acho que o que usamos foi o quinto modelo que levamos 8 semanas para construir.
- O protótipo inicial era 90% do que virou o Batmóvel.
David S. Goyler
A vontade do diretor era que o seu Batmóvel fosse um carro real, não só bonito e sem funcionalidade. Ele dizia ao Chris Corbould, supervisor de efeitos especiais: - Quero que seja uma supermáquina. Que tenha desempenho e que atravesse coisas. Esses depoimentos aparentam que o conceito do Batmóvel de Batman Begins era de um potencial maior que o das supermáquinas dos filmes anteriores.
- O Desafio é como fazer algo tão complicado girar e funcionar. Todas as peças foram construídas. Começamos com uma guia. Colocamos o chassis, começamos a fazer a estrutura do motorista e dos passageiros e construímos tudo, do zero. Foi difícil, mas sabíamos que era possível. A frente do carro era diferente, não tem eixo dianteiro. Não tem nada segurando as rodas , ao modo tradicional. As rodas são seguras do lado de fora.
O mecanismo acabou sendo o pára-brisa subindo e depois todo o teto se movendo para trás, e os dois assentos se levantando. Foi um pesadelo para acertarmos. Você só precisa ter uma boa equipe técnica para conseguir fazer isso. Comenta Chris Corbould.
- Eles foram tão fiéis ao modelo inicial que os pingos de cola que o Nathan tinha postado no modelo tinham sido reproduzidos. Era estranho olhar para ele.
Christopher Nolan
Tem 2,84 metros de largura e 4,5 de comprimento e acho que tem 1 metro e meio de altura. Pesa 2,5 toneladas. Tem quase meia tonelada de eixo traseiro e pneus. Então o peso é grande.
Andrew Smith
- Todo ficaram surpresos de ver que o Batmóvel estava pronto antes de nós imaginarmos.
Wally Pfister (Diretor de Fotografia)
-É emocionante ver o modelo que Mathan Crowley fez na minha garagem em L.A. virar um carro em tamanho real.
Christopher Nolan (co-roteirista e diretor)
- Dava pra ver em Chris alguém que tinha feito carrinhos quando mais jovem. Ele e Natham conseguiram. Wally Pfister (Diretor de Fotografia)
É ótimo andar naquele carro, ele grita com você. Literalmente, o barulho é de alguém gritando.
Christian Bale - entusiasmado com o Batmóvel.
Feito uma criança sonhadora, Chirs Bale brinca. Liga pra Chirs Nolan e pergunta: - É verdade que posso ficar como Batmóvel? Nolan responde: - Você enlouqueceu, é claro que não pode ficar com o Batmóvel.
Durante os testes, houveram várias tentativas de acabar com o carro para forçá-lo até o limite. O Batmóvel também foi testado com vários saltos no ar para testar a sua resistência - para ver o que poderia ser incluído a mais - e empurrado para vários obstáculos para ver o que podia ser quebrado ou não. Tudo isso antes de entrar nas pistas reais das locações e evitar problemas. -Eu esperava que algo não funcionasse, mas ele seguiu em frente. Comenta o duble, George Cottle, após o treino com os obstáculos.
- Você pode ser o Batman, mas sendo o dublê estando naquele carro, o seu trabalho não é legal.
Christian Bale
-É muito raro dirigir um carro em uma cena dessas com mais de 80 ou 100 KM/H, e com o Batmóvel atingimos velocidades de até 130/ 145 KM/ H, eu acho. E na estrada chegamos a 160 KM/ H.
Wally Pfister (Diretor de Fotografia)
As cenas de corrida com o Batmóvel foram filmadas com a tecnologia Ultimate Arm. Que é basicamente um Mercedes ML55 com um braço de grua controlado automáticamente. - Ele nos dá cenas incríveis de carros andando. Comenta o diretor de fotografia,Wally. - Na primeira noite eles gravavam a 138/ 140 Km/h. Nunca gravei com essas velocidades, só de um Helicóptero. Mas gravar de um carro pra outro é..é rápido. Fala George Cottle (dublê piloto)
Em uma cena, o diretor está filmando na mercedes voando a 160 KM/H e o Batmóvel também a 160 KM/ H. - Então não podemos errar. Se uma coisinha der errado, uma vida vai correr risco. Comenta o diretor de fotográfia.
Sobre uma cena que o Batmóvel quebra um muro o dublê comenta: - Tivemos que quebrar uma mureta enorme. Não importa a altura da mureta, nunca é fácil passar. E eu não queria fazer isso, não queria por o carro lá. Fizemos a cena, o carro ficou arranhado, o vidro quebrou, mas parece que ele está funcionando normalmente agora. Então vou pedir pra ficar com ele no fim do filme. Brinca George.
Na sequência de fuga aonde o Tumber finaliza a sua aterrisagem, voando pela entrada da Batcaverna, gravada em Shapperton, aparentemente foi posto uma caixa para protegê-lo. A intenção é ele pular por uma cachoeira e parar no estúdio. Incialmente a idéia era subir por uma rampa e ir por cima. Devido as limitações do estúdio, como uma porta estreita, faltaria só 8 ou 10 cm de cada lado pro carro passar. No fim, foi decidido incluir um canhão de nitrogênio e atirá-lo do outro lado da cachoeira, mas teria que ser parado rapidamente para não sair do outro lado do set. Um cabo o seguraria por 2,5 ou 3 metros.
- Tudo o que nós fizemos foi real. Nenhuma das capotagens, canhões ou rampas foi feita em CG. E conseguimos mesmo. Isso o torna um filme tão real, que lembra até mesmo de Bullit, Operação França ou Ronin. E tudo feito de verdade.
George Cottle (dublê piloto)
- Acho que esse foi o melhor batmóvel, sem dúvida.
Katie Holmes (Rachel Dawes)
Acima, vocês pode ver uma grande lista com diversas versões do batmóvel (aparentemente faltou a versão tanque das HQs de Frank Miller e o Batmóvel voador do desenho Batman do Futuro).
A Gênese do Morcego
Com base nas descrições do diretor Christopher Nolan e David S. Goyler: A construção do roteiro veio de várias histórias ligadas a mitologia Batman - analisando vários romances ilustrados e gibis diferentes, e em especial os quadrinhos dos últimos 30 anos.
-Achei que tudo o que faria para transformar a história em filme devia ser respeitoso à história do personagem e à mitologia do personagem. [..] Como ele não tinha uma origem definitiva, nem no cinema e nem nos quadrinhos, pudemos brincar com brechas fascinantes da mitologia.
Christopher Nolan (diretor e co-roteirista)
As cenas iniciais do filme resgatam as viagens de Bruce Wayne pelo mundo, como nos quadrinhos de Batman da década de 70.
Meditando: Rha's Al Ghul (à esquerda) e Bruce Wayne (à direita)
- Temos um espaço de sete anos quando ele some de Gotham e aquela história nunca foi contada. Quando eu falei com Chris Nolan disse: - "Tem que contar aquela história". Acho que as pessoas gostam de histórias sobre origens. E foi uma forma de fazer algo novo e diferente que nunca tinha sido feito no cinema, na televisão, nos livros ou quadrinhos. E isso me animou, a Warner Bros. e ao Chris.
David S. Goyler (Co-roteirista)
- A magia da história da origem é que estabelece a ligação fundamental entre nós e os personagens. Como você reagiria se enfrentasse isso e quais circunstâncias incríveis poderia fazer alguém se aventurar, apartir daquele momento na vida até este momento?
Paul Levitz (Prsidente e Editor - DC Comics)
A edição World's Finest Comics número 3 é a primeira aparição do vilão Espantalho.
Dentre essas inspirações entram:
- Batman: O Longo dia das Bruxas*¹ (Joseph Loeb e Tim Sale - lançado originalmente entre 1996 e 1997), trouxe características de Carmine Falcone*² que agradaram a Goyler. -É uma abordagem sóbria e séria de Batman e gostamos disso. Comenta o co-roteirista;
- Batman dos anos 70, com histórias escritas por Dennny O' Neil, e ilustrações por Neal Adams;
-O grande falecido Julie Schwartz pegou o apelido Ra's Al Ghul de algum lugar, que significa; "Cabeça do Demônio". Nós decidimos que era hora de fazer um novo vilão. Não íamos usar o Pingum de novo.
[...]
Neal Adams fez um ótimo trabalho na caracterização, tornando-a visualmente única. Ele não é um cara comum que se vê na rua mas também não usa roupas espalhafatosas, como as de um Super-Herói.
Denny O' Neil (Escritor/ Ex-editor de Batman)
Rha's se recupera no poço de Lazarus.
Rha's Al Ghul*¹: Surgiu originalmente em Batman Número 232 (Junho de 1971).
*²O relacionamento paternal entre Ducard e Bruce, no filme, foi baseado na HQ O Filho do Demônio
*³Esteve presente em dois episódios da cultuada série de TV, Batman: A Série Animada, com roteiro escrito pelo próprio criador do personagem, Denny O'Neil. Nos E.U.A. os episódios entitulados como A Busca do Demônio: Parte I e II (no original, The Demon's Quest: Part I e II ou episódios 60 e 61 da Primeira temporada) estrearam respectivamente nos dias 3 e 4 de Maio de 1993.
Talia Al Ghul*: a filha de Rha's Al Ghul já teve um relacionamento amoroso com Bruce/ Batman nas HQs. Ela é uma das personagens do filme O Cavaleiro das Trevas Ressurge, interpretada por Marion Cottilard.
*¹Talia em Batman: A Série Animada.
Henri Ducard*: Criado por Sam Hamm, Ducard estava planejado para entrar no filme Batman de 89. Sua primeira aparição nos quadrinhos foi na Detective Comics Número 599 (Abril de 1989) parte do arco Blind Justice (ou Justiça Cega). Na história original, Bruce/ Batman se aproxima de Ducard, ex-agente da interpol, para um treinamento em Paris.
*¹Cenas de Ducard e Bruce Wayne juntos nas HQs e capa da primeira parte do arco Blind Justice.
Dan Didio (Diretor Executivo - DC Comics) comenta sobre Rha's Al Ghul: Ele é alguém que vê Batman como igual, como um possível herdeiro. É o pai do filho que nunca teve.
Segundo o criador do personagem Rha's Al Ghul, Denny'O Neil: - Batman tem uma visão limitada de das coisas: Parar, erradicar a criminalidade. Rha's tem uma visão..interplanetária.
*¹Sobre Carmine Falcone: Criado por David Mazzucchelli e Frank Miller, a primeira aparição de Carmine The Roman Falcone foi em Batman: Número 404. No filme, é interpretado por Tom Wilkinson.
Richard Daniel (HQ) é reencarnado como Richard Earle (Rutger Hauer)
Lucius Fox* (Morgan Freeman): Nas HQs, ele não tem ligações com o personagem que teria dado inspiração ao Richard Earle (*veja mais acima em Outros Personagens) e não sabe que Batman é Bruce Wayne.
*Lucius surgiu pela primeira vez na edição 307 (Janeiro de 1979 - ano de estréia do Superman: O Filme) da série de quadrinhos Batman.
Para Christopher Nolan: The Man Who Falls (O Homem que Cai) da HQ Secret Origins de 1989, sugere muitos pontos que levaram Bruce Wayne a se tornar Batman. Explicando melhor as referências da edição número 33 da Action Comics.
*Rachel: No filme, interpretada pela gracinha Katie Holmes, foi inspirada na personagem Rachel Caspian da HQ Batman: Ano Dois, Minissérie publicada entre Junho em Setembro de 1987, com roteiro de Mike W. Barr e ilustrações de Paul Neary, Alfredo Alcala, Mark Farmer e Todd McFarlane (Spawn). A diferença é que, nas HQs, Rachel só conhece Bruce/ Batman depois de adulto e é filha de um dos vilões, O Ceifador.
*²Nota-se que Maggie Gyllenhaal, a atriz que interpreta Rachel em O Cavaleiro das Trevas, é mais parecida com a versão inspirada das HQs.
*³A história de Rachel Caspian (ou Raquel Caspian, segundo alguns tradutores Brasileiros) teria também sido inspiração para a personagem Andrea Beaumont, do longa animado, Batman: A Máscara do Fantasma de 1993, ligando com o personagem Ceifador.
Batman: Ano Um também foi uma das influências de Goyler, por mostrar a relação entre Gordon - que ainda viria a se tornar Comissário - e Batman.
Interpretações clássicas e um visual forte do personagem permanecendo fiél a tudo que o antecedeu - que o torna famoso e indentificável - misturando tudo e ainda adcionar um elemento que o torna moderno. O personagem tem 60 anos e nunca foi mais atual que na visão de Frank. Dan Didio (Diretor Executivo - DC Comics)
O Cavaleiro das Trevas tratava profundamente de política em plenos anos de um certo presidente Americano, Ronald Reagan.
Dan Didio (Diretor Executivo - DC Comics) menciona a HQ Batman: Hush, entre Setembro de 2002 e Dezembro de 2003 das edições 608 a 619, como mais uma obra que revigorou o personagem para a atualidade.
FICHA TÉCNICA
Título Original: Idem
Duração: 140 Minutos
País: E.U.A.
Gênero: Ação
Data de Lançamento: 17 de Junho de 2005 (BRASIL)
Direção: Christopher Nolan
SOBRE
[Santa Maratona! Batman..Ressurge]
2012 ©Mestre Ryu (textos, adaptação, gravação (DVD) e edição de imagens)
Post iniciado em 17 de Novembro de 2011.