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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Sessão Crítica: Capitão América - O Primeiro Vingador

SESSÃO CRÍTICA 
CAPITÃO AMÉRICA - O PRIMEIRO VINGADOR 
AGORA É A VEZ DO SUPERSOLDADO

Hoje foi uma sexta torturante e sangrenta. Não deixava de contar os segundos para sair daquele inferno diário e correr para assistir a esta grande estréia, e em 3D, na primeira sessão, das 18:50, com a minha inseparável esposa, se refugiado no confortável escurinho.

O que posso dizer primeiramente, como já descrevi em uma postagem anterior, é que Capitão América sempre foi um dos meus heróis favoritos da Marvel ou, senão, o mais. Pelo seu visual, justamente. Isso valeu pelo seu filme de 1990 e pelos quadrinhos que li, com pouco papo e muita ação. O visual 3D pouco acrescenta à diversão do filme, exceto com as jogadas de escudo do Capitão, pra lá e pra cá, sobre os bandidos. Até mesmo a sua técnica com o escudo é mostrado de forma coerente, não deixando o espectador mais exigente ficar viajando pela lógica da arma voltar sempre de forma exata nas mãos do herói.

Na história, ambientada na II Guerra Mundial, Steve Rogers, um jovem franzino, tenta se alistar no exército Americano mas é recusado. Até que lhe surge uma chance de participar de um experimento governamental que lhe torna um homem mais forte que o normal. 

O esforço do personagem em se tornar um soldado é muito identificável com o que se vê em X-Men. Esse tipo de discussão é algo muito tradicional nos quadrinhos da Marvel. A questão do preconceito ou de julgamento das aparências. Isso também mostra que o Capitão América está muito mais próximo de nosso mundo do que se imagina. Ele não é mostrado apenas como um personagem simbólico da América, é um herói que o mundo precisa. Chegamos então a uma clássica conclusão desse primeiro ato do filme: Rogers mostra que o raciocínio pode vencer a força com a grande vantagem de ser um bom observador.

O protagonista Chris Evans (Capitão América/ Steve Rogers) encarna um papel mais sério que seus outros persoangens de filmes baseados em quadrinhos (como O Quarteto Fantástico e Scott Pilgrim Contra O Mundo) e consegue mesmo convecer. Mostrando-se um ator que pode se adaptar ao mesmo personagem em tons diferentes.  Peggy Carter (Hayley Atwell)  , em seus primeiras participações com Rogers, começando pela cena em que estão no carro coversando,  mostra-se uma bom apoio pro herói,  deixando ele mostrar mais de sua personalidade, que depois desencadeia num romance bem convincente. Capitão America é visto como um herói, tanto solitário quanto em equipe.

Também destacam-se Tommy Lee Jones, que trouxe ao carrancudo coronel Chester Phillips um charmoso senso de humor. Hugo Heaving é o vilão, Caveira Vermelha, grande antagonista do Capitão América. Justamente pela época histórica que o filme se passa, concede ao personagem a idéia de um vilão realmente ameaçador - ainda mais por incluir elementos fantásticos, já ampliados em Thor.
A primeira edição de Capitão América nos quadrinhos mostrava o herói - grande simbolo Americano - esmurrando Adolf Hitler - o grande símbolo do Nazismo. No cinema, confrontos envoltos de fantasia, entre EUA V.S. Alemanha, foram marcados pelos filmes da série Indiana Jones.
 O tom do roteiro é perfeito. Mas ao filme, de Joe Johnston, faltou um pouco mais de aproximação real do ambiente de guerra, com presenças de personalidades históricas do que apenas improviso. E nos momentos finais, no último ato de Steven/ Cap. América na II Guerra, deixam um pouco a desejar. Mesmo assim, dá pra sair da sala de cinema bem satisfeito, com vontade de ser Capitão América também, e com boas expectativas para as próximas aventuras.
Não deixem de ficar até o fim dos créditos..
Capitão América Retornará em Os Vingadores

FICHA TÉCNICA
TÍTULO ORIGINAL: CAPITAIN AMERICA - THE FIRST AVENGER
DIREÇÃO: JOE JOHNSTON 
DURAÇÃO: 114 MIN.
PAÍS: EUA
DATA DE LANÇAMENTO: 29 DE JULHO DE 2011
GÊNERO: AVENTURA