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AO PÉ DA LETRA
AO PÉ DA LETRA
A ARTE DO BOM HUMOR COM TEMPERO NIPÔNICO
Antes de games virarem temas de HQs havia a série Heróis da TV. Esta revista tinha sempre, como tema, heróis que estavam abalando na TV em determinado momento. Sua primeira edição foi em 1979. Tendo participações de heróis ilustres da Marvel, como O Homem de Ferro. Com Alexandre Nagado, Marcelo Cassaro, Watson Portela e outros artistas, a série passou a ter como tema o Tokusatsu (ex: Jaspion,Changeman, Kamen Rider Black e etc.). Reconhecido popularmente como: Super Heróis Japoneses, como prefererir. Era uma visão mais pessoal dos autores sobre esse universo. Um pouco desse elemento acabara sendo aplicado nessa produção Street Fighter II, de 93, e na série nacional posterior, de 94-96.
Street Fighter II' foi a primeira série em quadrinhos do Street Fighter a ser lançada no Brasil pela Escala. E também a primeira produção nacional baseada no jogo. Os quadrinhos são baseados no game de mesmo nome, reunindo ação e comédia em histórias paralelas. Entre os envolvidos na produção da revista, estão Wagner Fernandes (Space Warriors) e Massaya. Se a série Heróis da TV era mais próxima ao estilo das HQs Americanas, Street Fighter II possuía traços bem semelhantes ao estilo mangá. Outra coisa é que foi uma das primeiras produções nacionais a herdar ou trazer esse estilo.
Cada personagem tinha uma aventura solo, contando sua história e sua trajetória pelo torneio Street Fighter ou uma história reunindo vários personagens de uma forma cômica. Uma delas era a história: O Rei do Dragon Punch. Aonde Ken desafia Ryu para decidir quem será o dono do mitológico golpe dos jogos como sua característica oficial. Sendo assim, o perdedor estaria proibido de usar. Neste meio tempo, Ryu atravessa o Japão para chegar ao encontro de Ken até os EUA. Detalhe para a irônia à trajetória de Ryu que sempre vaga de um lugar ao outro sempre à pé em busca de desafios - acabando por *ops!* se perder no caminho. Ao chegar, Ken pergunta o motivo da tal demora, nesse momento, Ryu explica o por quê. E começam a luta justamente no cenário de Ken. Os outros Street Fighters estão assistindo à luta no navio, fazendo até cometários cômicos. No fim da história, ninguém ganha. Pois Sagat surge do nada e derruba os 2 com o seu Tiger Uppercut dizendo que ele é o verdadeiro rei do Dragon Punch - Eis agora mais um problema na decisão em questão (risadas à parte).
A história solo de Balrog (Vega nos EUA) na revista, tem um encerramento com a participação surpreendente de Wolverine (condenando Balrog por plágio pelas garras). Até a determinação de Chun li em vingar a morte do pai, deixando de lado sua vida normal de garota jovem e despreocupada, também é vista com certa ironia. Além de contar com uma eficiente dramaticidade ao tocar no delicado assunto de ser a diferença entre os 12 - sendo menosprezada por todos os outros Street Fighters por ser mulher. No final da história, após vencer o torneio, ela volta à vida normal (como no jogo). Já como uma mulher comum, ao receber uma cantada bem abusada, se descontrola e dá uma surra num cara. Provando que o seu fator macho nunca seria deixado de lado.
Em A Missão De Chun Li, a história ganha tons dramáticos no confronto entre Chun li e Vega (M.Bison nos EUA).
Blanka aparece na história: - Blanka no Futebol. A história já começa bem descontraída com Blanka mordendo a cabeça de Ryu (um de seus golpes famosos). Chun li observa a cena e faz uma tirada com a frase: -É por isso que o povo Brasileiro tá morrendo de fome, referindo-se a nossa triste situação de 3ª mundo. Blanka, ao ser contratado para a seleção Brasileira, acaba se envolvendo numa situação bem bizarra: rasga a parte de assinatura no papel de contrato ferozmente, feito uma confirmação. Metendo medo no empresário. Ryu reaparece no estádio se exibindo com o famoso Chute Furacão (Tatsumaki Senpu Kyaku) e encara Blanka representando o time do Japão.
Blanka aparece na história: - Blanka no Futebol. A história já começa bem descontraída com Blanka mordendo a cabeça de Ryu (um de seus golpes famosos). Chun li observa a cena e faz uma tirada com a frase: -É por isso que o povo Brasileiro tá morrendo de fome, referindo-se a nossa triste situação de 3ª mundo. Blanka, ao ser contratado para a seleção Brasileira, acaba se envolvendo numa situação bem bizarra: rasga a parte de assinatura no papel de contrato ferozmente, feito uma confirmação. Metendo medo no empresário. Ryu reaparece no estádio se exibindo com o famoso Chute Furacão (Tatsumaki Senpu Kyaku) e encara Blanka representando o time do Japão.
Dhalsim aparece como golero numa das cenas. E aí rola um jogo de futebol no maior estilo Shaolin Soccer (Kung Fu Futebol Clube), um filme chinês. Blanka sai arrebentando todo o time e Ryu acaba dando um hadouken no goleiro da seleção Brasileira. Mas a melhor cena é quando Ryu acerta Blanka com um Super Dragon Punch, fazendo o mesmo sumir do mapa por um longo tempo. Tudo acaba virando uma grande bagunça.
O visual das revistas variavam entre um estilo caricato, lembrando SD (Super Deformed - uma espécie de traço em que os personagens são anões) e estilo mais próximo ao de um Shonen ou um Gekigá (gêneros de mangá mais dedicados à rapaziada). As tonalidade das páginas varíavam entre colorido ou preto e branco (como os mangás).
Em uma das edições há também um tira sarro de M.Bison (Balrog nos EUA) encarando o desenhista e perguntando o por quê dele não estar na capa principal. Ameaçando com aquelas falas de bandido que todo mundo pega.
Sem dúvida um dos melhores trabalhos nacionais já baseados em um jogo de videogame. Tanto pela fidelidade, quanto pelo fator tira-sarro que diverte bastante. Street Fighter II é uma das provas que os quadrinhos nacionais sabem mesmo fazer humor como ninguém. Recomendado, principalmente para os fãs de Street Fighter, quadrinhos nacionais e mangás. Embora seus dois únicos grandes defeitos sejam as que envolvem pequenas informações técnicas: não se explica nitidamente a data de produção e os artistas (um problema visível na primeira edição).
FICHA TÉCNICA
FICHA TÉCNICA
Título Original: Street Fighter II
Ano: 1993
País: Brasil
Editora: Escala (Série Graphic Games - Edições 1 e 2)
Gênero: Comédia/ Aventura (HQ)
Edições: 3
Páginas: 46 (Ed.1 - Série Graphic Games), 48 (Ed.2 - Série Graphic Games) e 48 (Ed.1 - Especial)
Páginas: 46 (Ed.1 - Série Graphic Games), 48 (Ed.2 - Série Graphic Games) e 48 (Ed.1 - Especial)
PRESENTE DE LUXO
Testemunhe, abaixo, a primeira edição do 1ª Ano de Street Fighter II nos quadrinhos Brasileiros. Todas as imagens foram digitalizadas da minha coleção. Ela curiosamente tem um formato maior do que as outras duas que vieram depois.
STREET FIGHTER II - ANO I: NÚMERO 1 - Parte 1
(GRAPHIC GAMES)
STREET FIGHTER II - ANO I: NÚMERO 1 - Parte 2
(GRAPHIC GAMES)
STREET FIGHTER II - ANO I: NÚMERO 1 - Parte 3
(GRAPHIC GAMES)
Completado em 10/ 03/ 2012 - 11/ 03/ 2012
STREET FIGHTER II - ANO I: NÚMERO 1 - Parte 4
(GRAPHIC GAMES)
Completado em 10/ 03/ 2012 - 11/ 03/ 2012
Completado em 10/ 03/ 2012 - 11/ 03/ 2012
STREET FIGHTER II - ANO I: NÚMERO 1 - Parte 5
(GRAPHIC GAMES)
Completado em 10/ 03/ 2012 - 11/ 03/ 2012
Completado em 10/ 03/ 2012 - 11/ 03/ 2012
Este é o meu presente especial a todos os leitores do Santuário do Mestre Ryu e que também estão acompanhando a essa maratona de Street Fighter II 20 Anos. Recomende aos seus amigos.
Mestre Ryu