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terça-feira, 15 de março de 2011

Sessão Crítica: Robocop - O Policial Do Futuro

NESTA POSTAGEM
 
SESSÃO CRÍTICA 
NÃO É MAIS UM BESTEIROL AMERICANO: UMA ANÁLISE DE ROBOCOP O POLICIAL DO FUTURO
SESSÃO CRÍTICA
ROBOCOP: O POLICIAL DO FUTURO

NÃO É MAIS UM BESTEIROL AMERICANO

Quando Robocop se tornou uma série, alguns críticos Brasileiros, durante a exibição aqui no Brasil, consideravam Robocop um enlatado pornochanchada Americano. Mas é verdade que após o primeiro e clássico filme de Robocop, a série teria perdido aquele impacto nas suas continuações.
E é verdade que filmes de robôs desapareceram do cinema Americano, voltando a algum tempo com algumas produções, mas sem o grande impacto que Robocop teve.

Estrelado por Peter Weller (que recentemente havia retornado na 5ª Temporada de 24 Horas) e Nancy Allen - a queridinha de Brian de Palma em muito de seus filmes no começo de carreira - a produção é dirigida pelo imaginativo e ousado Paul Verhoeven, um diretor que investe em títulos que não dispensa uma arte com cenas de nudez ou violência gratuita, como: Instinto Selvagem e Tropas Estelares.

Robocop, segundo o diretor, foi inspirado nos mangas. Note que há influências de: O Oitavo Homem.

Além de uma simples inspiração ou um filme de Herói - Robô. Há muitos detalhes plausíveis, criativos e maduros, em seu roteiro: um setor corporativo no lugar do domínio publico que não mais controla a polícia, numa guerra pelo poder e corrompida pelo crime; a tecnologia é avancada e altamente investida; os noticiários da TV correm, com propagandas, como se estivesse assistindo a uma programa de verdade; excelentes diálogos, fortes e modernos e outros, como tradicionalmente em muitos filmes Americanos, marcam como: Vivo ou Morto Você Vem Comigo - uma característica para tornar o filme mais carísmático. Em um universo corrompido e quase sem esperança, temos diante disso tudo um policial que tenta batalhar até contra o próprio sistema para fazer o seu serviço: Cumprir A Lei.

E Robocop é mais do que isso. Nota-se uma preocupação em procurar tornar o personagem mais do que um Robô: um ser humano. Sua busca e o sentimento ao ter, talvez, perdido a sua própria vida. Se já filosofamos hoje sobre Matrix, também poderíamos filosofar sobre esse filme: Robôs como Robocop tem alma? É possível que eles tenham? Mesmo que feito sobre os restos mortais de um humano?


Capitão Nascimento e Jack Bauer. Policiais com suas terefas e temores: Reencarnações de Murphy?

 Conceitos de auto-aceitação (homem x máquina) teriam sido reprisados em outros filmes de robôs como O Homem Bicentenário (Robbin Willians), e a saga de Johnny 5: O Incrível Robô e Um Robô Em Curto Circuito (esse último traz um conceito mais definitivo em relação ao razoavel O Incrivel Robô)

Segundo o diretor, a sequencia do asassinato de Murphy, retrata o sacrifício de Jesus. Um Jesus Americano que, após a sua morte, se torna invencível.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

CURIOSIDADES
- A música eletrônica Show Me Your Spine da banda P.T.P. toca nos 60 segundos de uma cena num clube noturno. Ela não foi lançada oficialmente na Trilha Sonora do filme e em nenhum lugar na época. Até ser incluída em 2004 no CD Side Trax da banda Ministry. Essa música pode ser ouvida em um videoclipe feito por fãs, veja abaixo:

- O Teaser Trailer de Robocop traz a música tema do filme O Exterminador do Futuro. Sem contar também que os dois foram produzidos pela Orion.


O vilão Dick Jones e o antagonista ED-209

- As telas de visão de tiro possuem referências ao MS-DOS.


Murphy é auxiliado por sua inseparável companheira, Annie

- As diretivas de Robocop são:
* 1."Serve the public trust" (Servir à população)
* 2."Protect the innocent" (Proteger os inocentes)
* 3."Uphold the law" (Cumprir a lei)
* 4."Classified" (Confidencial. Esta era a diretiva que o impedia de atacar executivos da OCP)


REFILMAGEM

Originalmente, Darren Aronofsky (Cisne Negro) estaria na direção e o filme estava previsto para 2010. Com a crise na MGM, produtora responsável, Darren pulou fora. E para a surpresa e torcida dos Brasileiros, José Padilha (Tropa de Elite 1 e 2) está agora a frente da direção do remake, graças a sua excelente repercussão com Tropa 2. É torcer pra dar certo desta vez. As informações sobre a nova versão de Robocop vem de fontes internacionais.

FICHA TÉCNICA

Título Original: RoboCop
Gênero: Ficção Científica / Policial
Tempo de Duração: 102 minutos
  Ano: 1987
País: EUA
Estúdio: Orion Pictures
Distribuição: Orion Pictures Corporation
Direção: Paul Verhoeven
Roteiro: Michael Miner e Edward Neumeier
Produção: Arne Schmidt
Música: Basil Poledouris
Direção de Fotografia: Jost Vacano
Desenho de Produção: William Sandell
Direção de Arte: Gayle Simon
Figurino: Erica Edell Phillips
Edição: Frank J. Urioste

Elenco
Peter Weller (Alex Murphy / Robocop)
Nancy Allen (Anne Lewis)
Ronny Cox (Dick Jones)
Kurtwood Smith (Clarence Boddicker)
Miguel Ferrer (Bob Morton)
Robert DoQui (Sargento Reed)
Ray Wise (Leon Nash)
Felton Perry (Johnson)
Paul McCrane (Emil)
Jesse D. Gonis (Joe)
Del Zamora (Kaplan)
Calvin Jung (Minh)
Rick Lieberman (Walker)
Michael Gregory (Tenente Hedgecock)
Dan O'Herlihy

Sipnose: Depois de ter sido mortalmente ferido em cerco a marginais, policial (Peter Weller) é transformado num misto de máquina e homem a serviço da justiça. É quando tem que enfrentar uma gangue disposta a dominar a cidade, sob a custódia legal de poderoso executivo.

ARTIGO
Robocop - O Policial Do Futuro: Não É Mais Um Besteirol Americano
UM ARTIGO DE MESTRE RYU
(2007, 2011 © Mestre Ryu, textos, pesquisas, críticas e adaptação)