Quack Shot
Um dos argumentos mais coerentes que já ouvi, é que, antigamente o pessoal realmente sabia usar licenças para fazer games. Antigamente tínhamos maravilhosos jogos inspirados em desenhos, filmes e afins. Hoje, essas licenças são usadas apenas para arrecadar dinheiro fácil do povo. Somente produtos medíocres são obtidos com tudo isso. Esses jogos porcos baseados em filmes e desenhos famosos feitos para arrecadar dinheiro, são conhecidos como “caça-níqueis”. Quack Shot foge de tudo isso e surpreende.
O game é do Donald, mas nem por isso o Mickey deixa de aparecer
Quack Shot surpreende por não ser necessariamente linear. As fases nos são dadas, e cabe à nós a ordem em que elas serão exploradas, porem, para concluí-las, é preciso visita-las mais de uma vez. Cada fase possui obstáculos que só podem ser superados com determinados equipamentos, que por sua vez, só são obtidos em certas fases, estimulando assim, a exploração e reexploração.
Donald e seu bom humor característico
Acho que o Dr. Eggman devia cobrar direitos autorais sobre essa máquina
Nessa jornada, os equipamentos são muito variados. Aprendemos o quão versátil um desentupidor pode ser. Com ele, paralisamos inimigos, escalamos paredes, e até voamos. Temos também uma arma de milho para eliminar vários inimigos de uma vez, e uma arma de bolhas, para destruir concreto, barris ou gelo (???). Sem contar também com os aparatos para abrir caminhos nas fases.
Bolhas para dissolver concreto \o/
Um pato que precisa de outro pássaro para voar. OK...
O visual é até que bem bonito, com destaque aos backgrounds das fases, um dos mais lindos que já vi. O que atrapalha um pouco nisso tudo, é a animação. Tudo é meio travado, chega a dar certo incômodo às vezes.
Lindos backgrounds. A animação deles é excepcional
A parte sonora conta com músicas muito “bacanosas”. O clima de desenho animado/aventura/descontração/exploração, deve-se muito às músicas. Não penso em Quack Shot sem conseguir me lembrar se sua trilha sonora. Os efeitos sonoros são idênticos aos de Castle of Illusion, mas nem por isso atrapalha, é até agradável.
Para encarar uma aventura dessas é necessário certa paciência, pois pode-se morrer facilmente caso não sejamos cuidadosos o bastante. Temos que ser bastante precisos, porque um mínimo deslize pode acabar em uma morte de buraco infinito (jogue a fase “Hideout” e me entenderá). Mais que preciso, às vezes é preciso ser inteligente. Caminhos e atalhos só são descobertos com muita atenção e lógica. Não adianta nada ser um mestre em pular buracos, eliminar inimigos e evitar armadilhas, sem ter o conhecimento de o que fazer ou aonde ir. Atenção!
Um sequestro! Nossa! Que original!
Um caminho invisível que vai dar em uma sala com um cavaleiro que guarda um tesouro. Aonde foi que eu vi isso antes?
Em suma, Quack Shot é um jogo bom por si só, e não precisaria do apelo comercial da Disney para ser bom. Poderíamos controlar um “Zé Ninguém” ao invés de Donald, que não mudaria em nada (mas convenhamos, o pato rabugento é mais engraçado). Esse é o tipo de jogo curto e consistente, de ações e pensamentos rápidos, perfeito para uma tarde chuvosa.
Um final como esse dá um desgosto...
Nome: Quack Shot Starring Donald Duck
Plataforma: Mega Drive
Pontos fortes: Mecânicas, som e backgrounds das fases
Pontos fracos: Animações travadas, chefes muito fáceis e inimigos tão variados quanto roteiro de filme de Kung Fu
Nota do Léo: 7,5
BOX DE DICAS
Quack Shot pode te fazer travar em algumas partes, por isso, preparei algumas fotos com dicas para que caso alguem trave em alguma parte, possa usar essas fotos como referência para poder prosseguir o jogo. Aproveite!
Essas fotos foram tiradas em pontos específicos do game onde os caminhos e atalhos estão. Use-as como referência
Na fase “Mahrajah”, existe um labirinto de portas para poder se chegar ao chefe. As fotos foram tiradas em ordem de quais portas entrar
Existe um quebra cabeça na fase “Egypt” que envolve um pergaminho e botões. Siga a ordem do pergaminho e pule em cima dos botões correspondentes para abrir o caminho